Point of View: Alex
A dor de cabeça fazia minhas têmporas saltarem, e
estava difícil de fazer os olhos ficarem fechados. Talvez Matt estivesse certo,
e eu não deveria ter tomado mais do que três shots de tequila por cima de toda
a cerveja e outras porcarias que já havia ingerido naquele dia.
Ou dias. Tinha a sensação de que na verdade estava
de ressaca a mais de uma semana.
Mas é que era difícil ficar sem saber nada sobre o
que você mais quer. O silêncio era ensurdecedor, e o álcool ajudava as sinapses
a trabalharem mais devagar, e pararem de conversar na minha cabeça.
Então quando eu soube que deveria ir atrás dela, peguei
o carro em direção a Barnsley. A estrada correndo pelos meus olhos. Mas só
depois de algumas doses é que eu consegui partir para o rumo certo, sem saber
se seria bem recebido ou não.
A imagem de Luisa, abrindo a porta e sorrindo para
mim não parava de se repetir na minha cabeça. Eu queria que isso acontecesse,
mas não sabia que seria daquela maneira. Na verdade, com ela, quase nada saia
como planejado.
Fruto da teimosia, e do fato de não acreditar em
uma palavra do que eu digo, eu acho.
Talvez fosse isso que não me deixava descansar,
então. Ou o fato de que ela simplesmente estava ali. Dormindo do meu lado,
agarrando as mãos finas em minha camisa. Tão silenciosa. Tão vulnerável.
Respirava devagar, as pálpebras rosadas e as bolsas
nos olhos mais suaves do que eu jamais vira. O cheiro do seu cabelo ela de algo
refrescante.
Vê-la dormindo só não era melhor do que tê-la
acordada para mim.
E como eu queria... Como era difícil não querer,
quando seu corpo estava tão próximo. Minha mão passeou de novo por suas costas,
e eu reprimi a vontade de alcançar mais longe mais uma vez.
Get down Alex. Você precisa dormir. Está bêbado e
cansado demais pra algo que quer tanto.
Respirei fundo, encarando o teto. Saber que ela me
queria de alguma forma, era suficiente. Por enquanto.
Ela não deixava prévias, e por isso, talvez, eu
ainda estivesse surpreso. Pra falar a verdade... Não sentia essa ansiedade há
algum tempo, e parecia idiota pensar isso.
- Está vendo, o que faz com a minha cabeça? –
Sussurrei, e fechei os olhos pela décima vez, eu não sei.
Me concentrei no som de sua respiração, e a abracei
mais forte. Ela se mexeu e suspirou, puxou um pouco mais minha camisa, e se
encaixou novamente, como se lembrasse que eu estava ali.
Depois de um tempo e mais algumas tentativas a
cabeça pesou e o silêncio, dessa vez taciturno, me encontrou.
***
Abri os olhos. Pisquei. Fechei de novo. Sorri.
Ele estava ali.
Tentei de novo, dessa vez com êxito, e vi que já
era claro. Alex estava acordado, sentado na minha poltrona branca, virado para
a porta de vidro que dava na varanda, na verdade quase na varanda em si. Fumava
um cigarro, e acho que não deveria ser o primeiro. Me mexi na cama e ele
percebeu a movimentação voltando-se para mim, mas não disse nada.
Me espreguicei, tendo consciência de que minha
blusa mostrava pouco mais do que minha barriga e meu short não cobria o que
deveria cobrir. Estralei os dedos dos pés, e me virei de lado, colocando as
mãos sob a cabeça.
- Eu devia saber que você não é do tipo que dorme e
acorda junto. – Disse rindo, a voz ainda dormente. – Sou tão má companhia assim?
Ele tirou o cigarro da boca, soltou a fumaça no ar
e sorriu, voltando-se para a janela e encarando a rua.
- Você é tão má companhia que se eu não saísse daí
provavelmente iríamos acordar de outra maneira.
- Mais próximos, eu suponho.
- Uhum. – Ele concordou com o cigarro na boca, e eu
ri, jogando a cabeça pro lado, e me espreguiçando de novo, dessa vez me
colocando sentada na cama.
Ele não vestia a jaqueta, que estava pendurada na
poltrona. A camisa preta estava com mais de quatro botões abertos, e estava
descalço. O cabelo... Não sei se é possível descrever, mas se espichava bagunçado
para todos os lados.
Ali eu fiquei observando-o, coçando um pé no outro,
até que terminasse seu cigarro. Na minha cabeça eu não tinha certeza de muitas
coisas, mas se pudesse escolher um estado de espírito para congelar pra sempre,
seria aquele onde me encontrava. A barriga formigava, mas a cabeça estava leve,
e as minhas bochechas queimavam. Encará-lo por mais de um minuto era difícil, e
no fim eu sempre desviava.
Assim que terminou de fumar ele se levantou e veio
até mim, sentando-se na cama. Me coloquei de frente pra ele, sentando sobre uma
perna, e encurtando a distância. Pude ver a corrente grossa e dourada que
carregava no pescoço bem de perto.
- Por um minuto pensei que tivesse ido embora. –
Confessei sorrindo.
Então ele se aproximou e me pegou pela cintura, me
colocando próxima a seu colo. Uma de minhas pernas em volta dele, enquanto me
prendia novamente em seu tronco, e ele me acariciou antes de me beijar
lentamente, suas mãos segurando meu rosto.
- E partir sem agradecer por ter dado um teto a um
andarilho bêbado? – Alex disse entre o beijo, me fazendo rir, e mordi seu lábio
em resposta, provocando-o e fazendo ele puxar bem devagar.
- Acho que consegui entender toda a ansiedade que
eu sentia antes de dormir, essa noite. – Dei-lhe um selinho antes de continuar.
– Acho que era vontade... sabe... de você.
Ele sorriu e trouxe meus lábios para sua boca mais
uma vez, dessa vez me direcionando a seu colo, algo que aceitei de bom grado.
Senti sua calça alta entre minhas coxas e não pude deixar de rir, mas logo meu
foco se direcionou para suas mãos que se se enfiavam na lateral do short cor de
rosa que eu usava. Minha respiração acompanhou a sua, de repente mais pesada.
Meus olhos grudaram e pareceu que não iam se abrir nunca mais. Eu sentia algo
tão claro e intenso dentro do peito, algo que sufocava a vontade de sair
correndo dali, com medo de estar fazendo a coisa errada, de todas as maneiras
possíveis.
Errei o beijo, esquecendo de mover meus lábios,
concentrada no movimento que seus dedos faziam na pele do meu quadril, e Alex
se aproveitou para descer seus lábios pelo meu pescoço, passando pela clavícula
e se demorando em longos beijos sobre meus ossos aparentes, quando alcançou com
as mãos a linha da minha calcinha. Então eu senti que com o queixo, ele
empurrou a alça fina da minha blusa para o lado, que caiu arranhando meu braço.
De repente um som de tambores se sobressaiu ao da
minha respiração, e levou um segundo até eu perceber que na verdade era o som
do meu coração em meus ouvidos. Senti Alex apertando meu quadril e trazendo-o
para frente, enquanto descia seus lábios ásperos sobre meu colo, até muito
perto de onde eu sei que era seu objetivo. Seus cabelos acariciavam meu queixo,
e droga, como eles eram pornográficos. Me dei conta das minhas mãos,
massageando o colarinho da camisa agora arruinada, e a agarrei com força.
- Alex... – Saiu mole demais, o que obviamente não
gerou o efeito que eu queria. – Alex, espera.
Ele parou de me beijar, e soltou um longo suspiro,
levantando a cabeça. Fiz força para finalmente abrir os olhos e o encontrei me
encarando.
- Me desculpe. – Ele disse antes que eu pudesse
responder alguma coisa pra justificar minha atitude.
- Não, não é isso...
- É só que... Eu não consigo...
- ...Alex, não tem que se desculpar...
- ...controlar a vontade...
- ...eu é que não sei se consigo...
- ...de te ter comigo...
- ... shut up!
Tapei sua boca com meus dedos, e o fiz olhar pra
mim.
- Você não entende... Eu quero também. Quer dizer,
eu acho. Quando você me toca... É a única coisa que eu quero, na verdade. É só
que... – disse corando um pouco mais, tirando a mão de seus lábios e subindo a
alça da minha blusa – eu preciso ter certeza. De nós dois. Quer dizer, não é
como se eu nunca tivesse feito absolutamente nada disso... –
Ele sorriu, o sorriso de canto bonito e sincero que
dava de vez em quando. Então beijou minha testa, e eu aproveitei para
abraçá-lo, e descansar meu coração em seu peito.
- Você não ter medo de ser você, é o que me faz te
querer. Está tudo bem... – Afagou meus cabelos.
- Eu não sabia que um sujeito como você poderia ser
tão compreensivo. - disse sorrindo, e saiu abafado porque minha boca estava
encostada em seu pescoço, que riu e pulou pra cima em resposta.
- Tem muita coisa sobre mim que você não sabe. Mas
vamos ter tempo pra isso.
Nos despedimos depois de mais beijos e toques, e
cada um deles marcava minha pele como se ela fosse feita para isso. Eu me
encaixava nele, e seu toque já era tão familiar, que eu me sentia etérea.
Observei Alex se vestir, e peguei meu robe caído do
lado da cama, vestindo-o em seguida. Descemos as escadas em silêncio, e eu
evitei tocá-lo para que não acabássemos voltando para de onde saímos. Algo me
dizia que ele possuía quase a mesma linha de raciocínio.
Olhar para frente da porta de entrada só me fez
lembrar de como eu ia sentir falta dele. Como do nada, e de repente era óbvio,
eu sabia que sentiria. E não mais tinha vergonha de assumir isso pra mim mesma.
Eu gostava dele.
- Vejo você logo, menina brasileira? – Perguntou
com as mãos no bolso da jaqueta, de costas para a calçada. Não tinha ideia da
hora, mas fazia uma brisa gelada e o sol acabava de galgar todo o céu do sábado
com seu rosa alaranjado.
Abri um sorriso, e alcancei seus ombros mais uma
vez, me erguendo um pouco, e beijando sua bochecha.
Ele refez o gesto, e então se separou de mim,
movendo-se para fora da minha calçada. Pude ver que tirava o maço de cigarro do
bolso da jaqueta antes de fechar a porta.
Me permiti uns minutos de fantasia e sorrisos
idiotas, revivendo as lembranças sonolentas da noite anterior na minha cabeça.
Pfff, eu sabia ainda menos como seria daqui pra frente.
Não estava errada quando assumi que não poderia ter
controle sobre isso.
Uau, que conclusão animadora.
Mas mesmo internamente assinando o documento onde
dizia que junto com toda essa avalanche de sentimentos, viria também a culpa e
os desentendimentos, e que eu passaria bem longe de algo como namorada, porque
já havia uma namorada de verdade, me permiti sentir aquilo que eu queria.
Aquela coisa que aos poucos, acordava dentro de mim.
Passei a hora seguinte na cozinha, fazendo
panquecas com mel e mirtilos colhidos do jardim. Reguei as plantas, e por muito
tempo tudo pareceu mais brilhante, mais coeso e bonito. Estar feliz é
transbordar a felicidade para tudo a sua volta, para cada grão de terra ou
pássaro cantante, para cada louça suja.
Voltei para o quarto, mas antes de tomar uma ducha
para aliviar a temperatura que meu corpo insistia em manter, caminhei
pacientemente até a prateleira do meu pequeno estúdio agarrando o álbum cor de
creme com letras pretas centralizadas na capa, e colocando o disco pra tocar. Pela
décima quarta vez, talvez?
- É Lou.... Mesmo que no fim você termine como
material de composição, como essa daqui terminou. Quer saber, foda-se.
O tempo faria com que minhas poucas certezas fossem
suficientes.
Eu dormi com um cara mais velho.
Esse cara gosta de mim.
Essa cara era Alex Turner.
***
- Eu daria um dedo pra saber o motivo desses
olhinhos brilhantes. – Julie me confessou enquanto entrávamos no Loft, e
avistei Georgie numa mesa ao fundo.
- Ainda não é o momento! – Respondi, pouco antes de
sorrir pra loira familiar de pele bronzeada que ficou animada em nos encontrar.
– Georgie, que bom te ver de novo!
- Julie, querida. E finalmente, você Luisa! – Nos
abraçamos, o cheiro de frutas do perfume dela tomando todo o ar que eu
respirava. – É um prazer te ver aqui também. Bom, temos muito o que conversar.
Eu adorei as fotos que fizemos no estúdio, sério, estão maravilhosas. Eu quero
uma mocca, por favor. – Ela pediu pra garçonete que esperava atenciosamente. –
Vocês?
A maneira decidida e objetiva como ela se
comunicava era de se admirar. Georgie Flores era o tipo de pessoa que você
pararia para escutar o dia todo. Olhei para Julie e concordamos que queríamos
mocca também.
- Mas o que acham de nós colocarmos a Luisa para
umas fotos em algumas locações? Conversei com alguns grupos, e todos
concordaram que fotos ao ar livre dariam mais características ao ensaio. - ela
continuou.
A tarde passou com Julie e Geo decorrendo sobre
mais algumas fotos que eu faria para nosso projeto, incrementando elementos
artísticos. Falaram sobre poesias da Yoko e mais vento no meu cabelo. Interferi
no que pude da conversa, e na verdade estava mesmo ansiosa para que o projeto
conseguisse caminhar bem, e que pudéssemos iniciar logo o ano letivo.
Decidimos onde faríamos as fotos, e dessa vez
Georgie cuidaria das roupas das modelos. A exposição seria em pouco menos de
duas semanas, e as coisas precisavam ficar prontas o mais rápido possível, por
isso assim que acertou os detalhes, ela saiu de prontidão, não sem terminar de
lanchar e soltar algo sobre seus planos futuro, de volta à América.
Julie e eu ficamos a sós então, e ela pediu mais um
café. Mexia no cabelo ruivo sem parar.
- Estou ficando maluca com o pessoal da edição do
nosso grupo, estão enrolando muito! E a parte da organização do local está
atrasada, Georgie pediu que eu cuidasse também. Ai, você tem sorte de ser a
modelo e não pegar a parte técnica.
- Não por vontade própria. – Frisei.
- Não seja ingrata, você é uma beldade. Merecia ter
sua beleza evidenciada. Confie em mim, vai ser incrível! E vamos ter três
longos anos para estudar até morrer de estresse. – Rimos, e ela se voltou para
o celular, pensativa.
- O que aconteceu Julie? Você não tirou os olhos do
celular durante a conversa, está ansiosa...
- Ora, nada, está tudo bem! – Forcei um olhar, e
ela recolheu as mãos sob o colo, olhando para a janela. – Okay. É só o
Phillip... E eu. A gente andou discutindo um pouco, sobre coisas fúteis. Acho
que ando meio nervosa com a apresentação, e ele também pegou um emprego extra
numa empresa pequena de computação. Estamos cansados, juntando para a nossa
casa... Ás vezes parece tão difícil.
- Vocês são duas pessoas tão especiais e focadas. É
compreensível que estejam estressados, mas tanto trabalho só tem sentido se
passarem por isso juntos, afinal, o objetivo é o bem estar dos dois. – Peguei
sua mão, o esmalte rosa das unhas um pouco gasto nas pontas. – Essas brigas vão
fazer vocês se desgastarem. Quando meus pais brigavam, papai sempre se oferecia
pra fazer o jantar com minha mãe, eles ouviam uma música especial, e
conversavam sobre tudo, junto de um bom vinho. Faça isso, e seja sincera. Vocês
precisam se ajudar, para passar por essa maré alta.
Ela apertou minha mão, grata, e sorriu gentilmente.
- Obrigada, de verdade Lou. Agora anda, - ela se
voltou para o café ainda quente, e tomou um gole – conta! Porque está toda
sentimental e sorridente, anh? Também percebi seus olhinhos vagos hoje.
- Não é nada Julie... É só um cara.
Os olhos dela arregalaram e eu podia sentir seu
espanto.
- Acalme-se! Estamos nos conhecendo, e não é nada
demais. Acho que na verdade, não tem como ser... – disse, soltando na voz todas
as dúvidas que vinha amontoando.
- Como assim? Você não deveria estar feliz? Ele não
é casado, é?
- Talvez. – Ela me olhou com espanto. – Não, ele
não é casado, mas tem alguém importante pra ele. É um pouco mais complicado que
isso, Julie... Talvez... Talvez ele só esteja em um plano muito diferente do
meu.
- Já entendi, você não quer falar muito sobre. –
Ela sorriu. – Eu quero muito que seja feliz Luisa. Não deixe de buscar isso,
entendeu? Talvez esse cara seja furada. Mas você é uma das pessoas mais
sensatas que conheço, e acho que não se deixaria levar por algo vago.
Mesmo que ele seja de um plano transcendental,
talvez tenha algo dele no seu plano. Se você sente algo por ele, só precisa
enxergar isso. E se ele sente, precisa se decidir, pra que vocês não magoem
ninguém. É uma questão de equilibrar tudo.
Encarei a parede de vidro, deixando o olhar vagar
sobre as pessoas que corriam para as casas após o fim do expediente, enquanto
meus pensamentos reproduziam o clipe de “Alexmebeijando.avi” na minha cabeça.
Em HD.
- Eu estou tentando Julie... – Me voltei para ela,
e seus olhinhos ansiosos me encontraram. – Obrigada.
Nos abraçamos em despedida, e dessa vez deixei
Julie me levar para casa, porque uma chuva forte começava a banhar as ruas de
Barnsley.
***
Pedi para que Julie me deixasse a um quarteirão de
casa, já que ela revelara que estava atrasada para um compromisso com o pessoal
do buffet da exposição. A chuva tinha diminuído, mas a poucos metros de casa os
pingos dobraram de tamanho e o barulho aumentou, me fazendo cobrir a cabeça
numa tentativa ínfima de me molhar menos.
Foi quando caminhei rapidamente por um arbusto e
ouvi um miado baixo e triste. Refiz meus passos, e ouvi o miado agora mais
alto, mas igualmente desolador. Fucei dentre as folhas, densas e avistei uma
bola de pelos manchados de cinza, se escondendo da chuva.
O gatinho provavelmente me atacaria se não
estivesse tão fraco pra sequer olhar pra mim. Com cuidado o peguei, e o fato de
ele se deixar levar tão fácil me fez pensar a quanto tempo estaria ali.
Embrulhei o bichano que tremia de frio no meu casaco, e ele abriu os olhinhos
devagar. Devia ter algumas semanas de vida, provavelmente filho de uma mamãe
sem teto. Olhei em volta, procurando por mais algum gato abandonado, mas
felizmente não achei nenhum.
Depois que o ajeitei, fiz o caminho até minha casa,
pensando no que Sofi acharia disso. Antes de entrar porém, uma voz me chamou.
- Luisa!
- Benjamin! – Ele estava na frente da porta da sua
casa, carregava sacolas de supermercado e vestia o uniforme do trabalho. – Tudo
bem??? Estou com um pouco de pressa, encontrei um gatinho e ele está doente.
- Ah, claro! Espere um minuto, eu vou até aí!
Ele deixou as sacolas na entrada, e veio até mim.
Acabou se molhando um pouco, mas não chegou perto da minha situação. Os cabelos
grudaram no rosto, e o frio o deixava mais pálido. Alto e desajeitado, nunca
achei que a camisa e a gravata combinavam com ele.
- É melhor entrarmos, se você não quer ficar doente
também. – Mostrei o gato encharcado pra ele, e peguei minhas chaves no bolso,
abrindo a porta. – Deixe ele comigo, enquanto você toma um banho quente e se
agasalha. As tardes essa semana vão ser chuvosas, pelo visto...
- Obrigada. É bom te ver Ben.
- É bom te ver também Lou.
***
N/A: Espero de coração que vocês não fiquem bravas com esses capítulos gigantes. Sobre a demora, ah, eu nem posso exigir nada, nenhum compromisso de vocês. Apenas agradecer quem ainda espera e acompanha a fic, de coração! Eu não desisti e tô ansiosa par continuar.
Construir esse relaciô não é fácil, e eu procrastinei muito para voltar a escrever, acredito que pela minha falta de noção da vida, do universo e tudo mais. Estou de greve, e passei muito tempo mesmo lendo e vendo filmes que estavam tão atrasados... Mas umas coisas estão acontecendo, e estou sendo forçada a criar uma rotina. Felizmente, acho que dá bem pra eu postar mais um capítulo semana que vem. Me cobrem, quero sentir esse amor (ou ódio).
Haha, amo vocês. Beijos, Débs.
E Benjamin voltou! Não sou do team dele mas, definitivamente, gosto do personagem. Ai ai ai o que é esse casal maravilhoso Alex e Lou? Amo os diálogos deles, amo o momento que você cria entre/para os dois. É evidente o carinho que o Turner tem por nossa querida garota brasileira mas também é evidente que o coração de Alex cabe muitos amores. Não importa o quanto ele seja fofo, querido e tudo o mais... Ele sempre será o que ama muitas garotas e é isso aí. Eu sou totalmente desilusionada em relação a ele hahaha Fico feliz que a Lou seja bem consciente e pé no chão. Meu conselho pra ela seria: aproveita mas não se apega. Sua escrita é maravilhosa e isso não se discute. Amei... como sempre. Quero mais.
ResponderExcluirBeijos, Steph.