You & I, Capítulo 09: Feeling flows both ways

POV Alex

Eu sinceramente não sei como consegui dirigir até o apartamento da banda. Estava com vontade de voltar e socar aquele cara. E me socar, por ter falado naquele tom com Vic, pois pela sua feição, ela deve ter ficado muito magoada. 

Também não entendia o porque de quando estava tudo bem entre nós dois, acontecia alguma coisa para impedir, e acabava com tudo. E assim que abri a porta, e me deparei com Arielle sentada em um dos sofás, com uma cara nada boa, também não entendia o porque eu ainda estava com ela.

— Você estava com aquela garota?

— Só vá para sua casa, e me deixe sozinho, Arielle.

Peguei uma cerveja no frigobar.
— Alex, o que vocês estavam fazendo até essa hora?

— Outra hora, outro dia conversamos. Agora por favor, eu preciso ficar sozinho.

— Eu só preciso que você me responda isso, Alex!

Ela gritou com lágrimas em seus olhos. E eu me senti pior do que já estava.
Odiava ver as pessoas chorando por minha causa.

— Eu estava com ela sim, mas ela é apenas minha amiga e não fizemos nada, ok?

Eu odiava mentir também  — Agora será que você pode ir?

Ela engoliu o choro me olhando com raiva, virou as costas e saiu batendo a porta.

I had a woman

She went away

And now I'm lonely

Fuck it!

Sentei na minha cama, acendi outro cigarro, e peguei meu violão. Comecei a tocar Across The Universse, me lembrando daquela tarde com Vic. Do jeito que nos olhávamos, das nossas poucas palavras, que mesmo assim entendíamos tudo que o outro queria dizer.

Avistei uma camisa branca jogada na poltrona do meu quarto. A peguei, e o cheiro de Victória ainda estava impregnado na mesma. Sorri, ao recordar da cena em que ela estava mais sexy que o normal, enrolada naquela toalha procurando algo para vestir no guarda-roupas vazio de Matt. E a cara de espanto que fez ao me ver. Depois nós dois deitados na cama, enquanto eu assistia a ela dormir.

E o jeito que ela só ela sabia como provocar, desde sempre.

E tudo que havia acontecido na minha vida, todas as coisas que entraram e saíram, Alexa, Arielle... me faz cair na real que eu nunca havia deixado de amar Vic.

E eu me sentia completamente perdido, sem saber o que fazer sobre isso.

Não fazia ideia de que horas eram. Mas o Sol já invadia meu quarto.

Olhei para o chão e havia duas carteiras de cigarros vazias, jogadas ali junto com uma garrafa de vodca e algumas de cerveja. Você é um tremendo babaca Alex Turner. Tentei me levantar, mas estava completamente sem forças, e desabei na cama novamente vendo tudo girar.

Acordei com alguém acariciando meus cabelos, eu acho, pois não sabia se aquilo era real ou apenas um sonho.

Demorei para abrir os olhos, minha visão estava completamente pesada, eu me sentia um lixo.

— Al, você está péssimo.

Quando notei que era Victória, tentei me levantar rápido da cama, e cambaleei. Ela me segurou pelo braço e me amparou até o banheiro. Me ajudando a entrar na banheira, e puxar minhas calças pelas pernas.

Tudo ainda estava um pouco borrado, e eu escutava a risada abafada dela. Quando fiquei só de cueca, me questionei se ela tiraria, e ela não tirou. Abriu a torneira, e senti um jato de água fria em meus pés,mas em seguida ficou mais quente.

Fechei os olhos e senti ela esfregar a bucha em meus braços. Sentia a ponta dos seus dedos me acariciando, o que me fez ficar arrepiado.

E novamente me veio aquela cena da noite anterior. Eu não entendia o porque que ela estava ali, depois de eu ter sido frio com ela e ter saído daquele jeito.

— Por que você está aqui?

— Fique quieto Alex, você está pra lá de bêbado, estou tentando te ajudar.

Deixei. Até o ponto em que aquilo passou a ficar um pouco constrangedor. Vic, toda meiga e linda, minha... dando banho em um marmanjo como eu.

— ... pode deixar que eu termino. Estou melhor agora.

— Tudo bem, eu vou fazer alguma coisa para você comer.

— Não precisa se preocupar, Vic...

—Apenas termine seu banho.

Victória estava de costas para mim, revirando os armários. Por um breve momento fiquei escorado no balcão tendo visão daquele corpo completamente preocupado comigo.
Eu deveria me desculpar por ter agido daquele modo, afinal, ela é solteira e eu mesmo falei (mesmo não querendo dizer) que ela poderia transar com quem bem entendesse, pois eu não era nada dela.

— Victória?

Ela me olhou com aqueles olhos grandes e lindos.

— Para quem recém estava caindo pelos cantos, você está ótimo Alex.

— Se não fosse você... mas, não é disso que eu quero falar.

— Então diz logo.

— Queria me desculpar por ontem.

— Alex, você não fez nada para ter motivos de me pedir desculpas.

Ela deu dois passos em minha direção.

— Eu fui grosso, eu não deveria ter falado daquele jeito, você não estava fazendo nada de errado.

Ela sorriu, e piscou de um modo como se dissesse que me perdoaria.
— Eu acho... que quem deve desculpas a alguém aqui, sou eu.

— Desculpas pelo o quê?

Traguei me cigarro, e a encarei com curiosidade, mas antes passei meus olhos em seu pequeno decote. Vic raramente usava decotes. Seu olhar estava diferente junto com seu corte de cabelo e ela parecia um pouco nervosa, mas tentava se manter calma de algum modo.

E ela deu mais dois passos.

— Eu não sei. Talvez por tudo ou só por isso.

E num impulso ela me beijou.

POV Vic

 Depois daquela conversa com Danilo, eu realmente soube o que queria. O que eu sempre quis.

Eu havia sido acordada por um telefonema de Matt, dizendo que Alex e Arielle haviam brigado por minha causa, ou algo assim. Ele soube pois Arielle tinha ligado para Bree contado sobre, mesmo elas não sendo tão íntimas.

E seria melhor eu ir ver como ele estava.

Danilo insistiu em me levar até lá e depois de ter encontrado Alex naquele estado, tentei ficar calma, e dar um jeito naquela situação.

Quando me dei conta, eu já estava ao beijos com mesmo na cozinha.

Era uma confusão de mãos, braços e abraços, beijos e sensações. Derrubamos coisas pelo caminho, enquanto Alex me guiava, olhando intensamente em meus olhos até chegarmos no sofá. Ele beijava o meu pescoço e suas mãos se entrelaçaram com as minhas
— Oh, Victória.
Ele sussurrou o meu nome ao pé do meu ouvido. Arrepiada.
— Alex-ander.
Ele soltou um riso, aquele que eu amava e odiava ao mesmo tempo.
Eu não conseguia parar e nem pensar. Alex me deixava em transe. Comecei arranhar suas costas por cima daquela maldita camiseta. Alex passou a puxar o meu cabelo, acariciar minha cintura e brincar com a barra da minha blusa.
Ver aquele tecido branco cobrindo o tronco de Alex, estava me frustrando.
Empurrei ele, para que ficasse de joelhos e deixei uma parte de seu corpo despida. Distribuí alguns beijos na região de seu ombro e pescoço, e ele se arrepiou, mostrando sua excitação. Arrancou minha blusa com urgência, em seguida senti meu sutiã frouxar e Alex pegá-lo.
— Esse fica comigo.
Ri de seu comentário, mas não deixando de mordiscar o lóbulo da sua orelha. Ele me puxou, mais ainda, pra si e minhas pernas rodearam a sua cintura. Ele apertava minhas coxas, e chupava meu pescoço insaciavelmente. Eu suspirava de prazer com aquilo. E dane-se as malditas marcas que ficariam ali. Deixei que minhas mãos se entrelaçassem na sua nuca, e selei nossas bocas. Puxava seus lábios para mim, e ele tinha a maior satisfação em roçar o seu membro pulssante entre minhas pernas. Nossa línguas bailavam deliciosamente. Que pareciam não querer conhecer o seu fim.
— Quarto.
Implorei.
E não demorou muito para cairmos na cama dele. Com mais pressa ainda, ele fez meu shorts parar em qualquer canto, desde que não continuasse no meu próprio corpo. Alex deu alguns beijinhos no pé da minha barriga, me deixando completamente arrepiada, como qualquer toque dele contra minha pele. Foi subindo, até chegar a minha boca novamente e me beijou, dessa vez com ainda mais desejo... enquanto suas mãos vagavam pelos meus seios sem pudor algum, as minhas se afagavam naqueles cabelos negros.
Dei um jeito de tirar a bermuda dele, com os meus próprios pés e ele ajudou a retirá-la. E aí sim eu pude ter visão e noção do quanto Alex me desejava.
No mesmo momento senti minha calcinha escorregar pelas minhas pernas, e no meu sexo mais beijos e chupões depositados. Um. Dois dedos introduzidos. E um calor tomar meu corpo junto com prazer. Alex sorria em me ver gemendo e sussurrando seu nome. Em me ver completamente tomada por ele, e me contorcendo de baixo dele.
A temperatura do corpo de Alex estava bem mais quente que a minha, foi meio que um choque térmico e por consequência ele apertou uma das minhas nádegas com um pequena força, mas era estranhamente gostosa. Colei ainda mais meu corpo ao dele e senti nitidamente a sua ereção. Uma sensação inexplicável. Inexplicável, porque eu sempre havia sonhado com aquilo, em ter Alex clamando por mim. O que só fez aumentar o meu desejo. Ele saiu de cima de mim rápido, mas foi o suficiente para eu olhá-lo com uma cara tipo ''vai me deixar aqui, assim?''.
Ele riu, se desfez de sua boxer preta, abriu a gaveta da cômoda e pegou uma camisinha. Mal terminou de vesti-la, e me penetrou, sem menos um simples aviso, o que me fez soltar um quase grito. Em seguida gememos em uníssono. E acabei me perdendo nas contas de quantas vezes aquilo se repetiu. Uma melhor que a outra. E outra. E outra.
Por mais que eu tivesse transado com vários caras, incluindo Danilo, eu sempre imaginei que com Alex seria diferente. E estava sendo. Talvez porque havia sentimento, havia amor, ou ele era simplesmente incrível na cama e conseguiu me deixar fora de si.
Talvez aquilo seria uma das coisas que eu poderia me arrepender no futuro, mas não me importava, o que importava era ver Alex ali em meio de suspiros dizendo meu nome e o quanto eu era importante pra ele. E assim, ele sabendo o quão era importante pra mim, também.

n/a: Capítulo mais atrasado que Axl Rose em seus shows, mas tivemos alguns imprevistos por isso a demora :(

Por isso pedimos desculpas infinitas pra vocês e agradecemos pra sempre os comentários. Eles nos deixam além de feliz, sério!

Clima de lançamento do clipe "Do I Wanna Know?", bateu inspiração e tá aí Vilex +18. <3 

Euzinha aqui tô carente, feliz, triste... por isso não liguem se o capítulo estiver um pouco bipolar.

Não vou falar muito, porque tô mortinha de sono. 

Esperamos que tenham gostado! Beijosss