Misfit Love - Epílogo



Terminar essa história sem deixá-los a par dos atuais acontecimentos seria completamente injusto. Por isso farei um resumo do que aconteceu nos meses após o nosso entendimento.
Disposta a me reintegrar por completo na banda, afastando os problemas pessoais que muito me atrapalharam no período, analisei de modo mais neutro o trabalho do AM, podendo construí-lo para apresentá-lo quase finalizado ao Arctic Monkeys. Nesse caso, as nossas atividades precisavam ser compartilhadas, já que para que o meu projeto estivesse completo, eles teriam que me dar o maior número possível de material. Só assim o destrincharia, fazendo o modelo do que seria a arte.
As composições do álbum começaram tardiamente, mais precisamente em agosto de 2012. Desde então foi necessário correr bastante para que houvesse o lançamento ainda no tempo previsto. Mas a atmosfera agradável que se instalou no final do ano e começo de 2013 facilitou o desenrolar das coisas. Letras prontas, algumas músicas gravadas, um tema oficial quase que definido, mistura de ritmos e referências a bandas consagradas. AM foi se formando nessa plataforma, influenciado pela nova visão musical do Arctic Monkeys. Como provavelmente já estão acostumados com as minhas comparações de letras, devo aqui dizer que realmente fiquei feliz com a mistura de épocas que há nesse CD. Se um dia falei que a banda entrava numa fase intimista, o AM veio para mostrar que o lado universalista sempre esteve presente, apenas usado com menos frequência. Também não posso deixar de esclarecer alguns pontos sobre a música Do I Wanna Know?, entretanto, essa parte será comentada depois. Prosseguindo com o processo de criação do álbum, a música R U Mine?, que destoa das demais do disco, foi uma homenagem aos velhos tempos de euforia, com músicas mais dinâmicas. Sendo assim, AM tinha e tem tudo para ser um álbum histórico.
No começo de 2013, abandonamos o Rancho De La Luna e nos dirigimos para o centro de Los Angeles. Meu trabalho há muito deveria estar pronto, mas pouco me preocupei em finalizá-lo assim tão rapidamente, porque cada gravação era uma novidade e, de modo mais íntimo, a minha relação e a de Alex andava muito bem e a ideia de voltar para Londres parecia desagradável. Eles se instalaram no estúdio Sage & Sound, com os produtores James Ford e Ross Orton, em Hollywood, que, diferente do que a localização sugere, não tinha o glamour das demais áreas da região. O estúdio ficava no meio de prédios e casas em construção, deixando toda a banda maluca com o barulho ensurdecedor, afetando o processo criativo que vinha sendo coeso desde o Rancho. Tiveram grandes dificuldades para voltar com o pique de antes, mas, depois, já acostumados com os novos empecilhos, seguiram em frente. Para contribuir no retorno decisivo ao estúdio, frequentamos algumas festas em Los Angeles, e Alex sempre comentava que “às vezes vamos a esses encontros em casas enormes e me pego pensando que estamos em uma pintura de Escher ou algo assim, onde as escadas nunca acabam”. Dias depois ele me levou a uma exposição com imagens do pintor e captei bem o que disse quando passamos horas analisando uma em particular, chamada Relativity. Não dá para negar que há muitas dessas festas no álbum.
Ao descrever essas partes percebo o quanto de conteúdo existe em algumas poucas músicas. Fico imaginando que algumas pessoas um dia ouvirão esse CD e não captarão metade das referências embutidas nele, o que chega a me entristecer. Agora entendo o motivo de nas entrevistas de rádios, revistas e sites, os caras estarem falando com muito mais detalhes o que há nas entrelinhas, ao mesmo tempo em que fiam uma manta de mistério. Para exemplificar meus últimos comentários, posso citar a rescrita do final de No.1 Party Anthem, com referências há várias músicas, como “The Look Of Love”, “A Rush Of Blood” e “House Of Fun”. Ou, ainda - esses são os meus favoritos -, os vocais do Josh Homme estilo David Bowie em Knee Socks, enquanto Alex, Matt e Nick cantam um verso que faz alusão a “Mean Streets” do Scorsese. Aproveitando esse momento, temos muito que agradecer aos vocais incríveis de Nick e Matt, se ajustando a novos pontos da voz de Alex, trazendo ares cósmicos ao backing vocal das músicas com sonoridade R&B.
Acredito que já estejam cansados de tantos detalhes técnicos sobre o AM, mas queria deixá-los cientes do que andou acontecendo em tão pouco tempo. Prometi a vocês que falaria sobre Do I Wanna Know? e agora repassarei os detalhes. Quando Alex um dia disse que uma música em especial poderia ser o novo single, ele estava certo. O problema é que para se livrar do bloqueio criativo que estava tendo ao escrevê-la, precisamos entrar numa das piores fases do nosso relacionamento. Nesse período ele encontrou motivação para completá-la, nos dias em que dividíamos o mesmo espaço no Rancho De La Luna, mas poucas vezes trocávamos palavras ou nos dávamos o trabalho de manter algum tipo de contato. Indiretamente ambas as partes sabiam o que estava acontecendo. Alex muitas vezes preferiu não falar dos encontros que tive nesse período, embora eu discretamente tenha entrado no assunto para saber mais a fundo se uma das garotas com quem ele se deitou poderia ser Alexa. Ao perceber a minha real preocupação, esclareceu que um dia antes de nos entendermos fez uma ligação para a ex-namorada, deixando-a a par da sua real escolha. Desde então ele afirmou que não a encontrou mais e, no fundo, nem mesmo tenta pensar nisso. Ao lembrar o que sofri, afasto automaticamente todas as más recordações e só me dedico as boas que já tivemos e estamos construindo agora. Nós dois viemos nos dedicando a manter o relacionamento saudável e a ter um campo maior sobre o sentimento do outro. Por isso preciso dizer que, sei que Alexa faz parte de Alex e que nunca poderei mudar isso, mas também não cabe a mim passar a vida inteira preocupada com esse pequeno pedaço quando eu mesma tenho um próprio e é a ele que devo dar importância. Sendo assim, houve um crescimento visível na nossa relação.
Sobre como foram os planos daquela noite que ele conseguiu me reconquistar, Alex preferiu me contar os detalhes em frente aos amigos. No dia seguinte ao nosso retorno, nos sentamos na grande mesa montada na varanda e tomamos um café da manhã especial, regado de bons sorrisos. Nick começara contando que Alex ficava até tarde da noite compondo algo no estúdio e que muitas vezes esperava todos irem dormir para fazer isso. Tempos depois ele chegou com Do I Wanna Know? pronta, apresentando-os a música que tanto falava, mas nunca terminava. Pediu para que a ensaiassem e gravassem em segredo. Inicialmente ele não os deixou a par dos problemas que enfrentávamos e foi preciso uma intervenção de Matt para que Jamie e Nick entendessem o que se passava. Alex odiava se expor dessa forma, dava margem para que outros se intrometessem no relacionamento. Mas nesse caso eram os próprios amigos e o seu medo não tinha cabimento. Ele nunca assumiu isso, mas no fundo acho que temia o julgamento dos colegas pela pisada na bola que dera. Enfim, voltando ao ponto principal, Do I Wanna Know? demorou mais do que o previsto para ser gravada, pois tinha vários pontos da melodia que precisavam ser decididos. De base, Alex esperava algo 70s e com alguns elementos de transição entre o Humbug, Suck It And See e o atual álbum, acreditando que tal mistura me agradaria, já que ambas as referências são coisas que muito me empolgam – como a cultura retrô e a minha fase de contato com a banda. Nisso ele acertou em cheio e, para completar, me ganhou com a letra, que não precisa de muito esforço para saber o que estava escrito nas entrelinhas. As gravações foram feitas enquanto eu estava fora, no centro, ou no quarto, trabalhando, e, ainda assim, nas noites que ia dormir cedo. Muitas vezes se aproveitaram de quando dormia até tarde, em tempos que a bebedeira era mais intensa, assumo, para começarem cedo com o trabalho. Finalizado em hora certa, quando Alex foi obrigado a ouvir a minha relação com aquele que nem mesmo gosto de repetir o nome, e quando nos deixamos cientes do que estava acontecendo entre nós, ele finalmente me chamou para um encontro, que no fundo não passou de um motivo para me tirar do Rancho. Combinado com os amigos pediu para que eles empurrassem os móveis da sala, instalassem um projetor para os vídeos caseiros e deixassem as imagens grandes o suficiente para tomar toda uma parede. Os instrumentos foram montados no cômodo e Matt saiu correndo para buscá-lo no bar, tudo isso enquanto conversávamos sobre Casablanca. Saindo pelas portas do fundo no horário combinado, o baterista levou Alex de volta ao Rancho, mas antes ele colocou a chave na ignição da camionete que usáramos para o encontro e colou o post-it no volante. Deixando-me sozinha, sabia que de alguma forma teria a ideia de voltar para casa. Bem, acredito que a partir daí já saibam o que aconteceu e não preciso remoer aquilo que foi dado em detalhes.
Se Alex se dedicou inicialmente a Do I Wanna Know? tempos depois esse trabalho foi passado para mim. Primeiramente que foi graças a ela que tive a ideia para a capa do álbum. Em Los Angeles, no estúdio Sage & Sound, numa das visitas que fiz no horário noturno, esperando que a banda saísse das gravações para irmos a algum lugar beber, sentei em uma das cadeiras da sala de som e acompanhei James Ford, que finalizava a música. Ao terminar, perguntou se gostaria de ouvi-la pronta e, com uma enorme curiosidade, assenti com a cabeça. Fui surpreendida pelas ondas de som que se repetiam na tela do computador, me distraindo sobre o quanto elas falavam sobre a melodia. Em mais um daqueles momentos de epifania, ouvi-a até o fim por pura educação, porque quando a ideia veio a minha cabeça, o que mais desejava fazer era me sentar num lugar tranquilo e produzir. Foi praticamente isso o que fiz, quando silenciosamente saí da sala, carregando meu notebook nas costas, procurando algum lugar que houvesse pouca gente ou o mínimo de barulho possível das marteladas dos prédios ao redor. Até hoje penso que James deve ter me achado uma grande babaca por tê-lo deixado esperando alguma opinião, quando no fundo eu estava correndo para o próprio bem da banda. Pode ser até cômico, mas o único lugar que pude me trancar e ouvir apenas o som do meu próprio cérebro trabalhando foi o banheiro de deficientes. Sentada em uma bacia sanitária, abri um dos programas de edição que mais usava e comecei a construir a base para a capa do álbum. Observando os azulejos em minha frente, pensei no significado do nome AM, nas ondas de som que estavam naquele computador e nas músicas que ouvi até então. Logo de cara captei que AM era uma sigla ambígua em vários sentidos. Não só significava “Arctic Monkeys”, mas também AM poderia ser “after midnight”, que muito combinava com a vibe do CD, perfeito para ouvir após a meia-noite, ou ainda assim as ondas sonoras do computador, chamadas de “amplitude modulation” ou “AM”. Diante disso, não adiei a construção da arte. Há muito havia escolhido a cor, que seria preta, e nenhuma outra ficaria tão bem quanto ela, talvez bordô, mas o mistério perderia o encanto. Sobre o quadro preto desenhei um protótipo de ondulação e decidi que mais uma vez não colocaria o nome da banda na capa, como aconteceu com o Suck It And See. Assumo que essa é uma das minhas jogadas favoritas: quando você põe letras pequenas ou faz uma arte sem um nome específico e conhecido, desperta a curiosidade do consumidor, que logo atenta em procurar detalhes do produto, havendo maior chance de interesse. Ao sair do banheiro com o projeto quase pronto, os encurralei na porta da cabine de gravação, apresentando a minha proposta, que foi recebida com surpresa. Obviamente temi uma reação negativa da banda, mas isso não aconteceu. Eles apenas ficaram impressionados com o tanto de interpretações que pude tirar de uma simples sigla quando a verdadeira intenção deles não passava de autointitular o álbum.
Nessa noite bebemos mais do que o previsto, principalmente depois que James os mostrou o resultado final da música. Sim, Do I Wanna Know? seria o próximo single e também serviria de base para a capa. Mais tarde escolheríamos um trecho específico de ondulação para ser colocado sobre o quadro preto, em cor branca. No meio da bebedeira e de jogadas de sinuca, em que Matt e Jamie insistiam em cantar One For The Road usando o gargalo da garrafa como microfone, Alex, Nick e eu fomos para o lado de fora do bar fumar nossos cigarros. Não lembro bem sobre o que falávamos, mas recordo que logo após o silêncio de termino de assunto, Nick soltou a seguinte frase:
- Nós nunca fizemos clipes com desenhos. – depois arregalou os olhos, pensativo – Não considero My Propeller desenho.
- É um tipo de animação. – dei de ombros, sem querer entrar em detalhes mais técnicos.
- Deveríamos fazer um clipe com desenhos. – reafirmou, jogando a ideia no ar.
Para ser sincera, nem eu e nem Alex demos muita atenção a sugestão bêbada de Nick. Entretanto, mais tarde, quando precisaram pensar num clipe, essa conversa voltou a tona e, por incrível que pareça, ninguém achou idiota demais. A música foi tocada pela primeira num show, na cidade de Ventura, aqui na Califórnia. A recepção foi tão boa, que a pressão sobre o clipe aumentou e eles não conseguiam encontrar nada que fosse digno de Do I Wanna Know?. Inicialmente acataram a sugestão de Nick apenas como teste e, contatando o diretor e animador David Wilson, começaram o processo de construção do vídeo. Rapidamente me disponibilizei para ajudá-lo e de repente estávamos numa grande parceria. Todo o clipe de Do I Wanna Know? foi construído por um trabalho compartilhado, sempre pedindo a opinião da banda, que muito ajudou no cenário desejado. O resultado foi tão bom que tomaram a decisão de lançar oficial e conjuntamente o single e o clipe.
Diante de tantas coisas boas, o Artic Monkeys não poderia estar numa fase melhor. E, estendendo essa frase para mim, posso dizer o mesmo sobre Alex e eu. Há algum tempo atrás vínhamos planejando nos mudar para a Califórnia e com o álbum tudo foi oficializado. Toda a banda está morando aqui, os garotos desajeitados de Sheffield, numa cidade totalmente oposta do que somos, mas que muito tem nos divertido. Hoje me pego pensando sobre o quanto os dias do Suck It And See parecem distantes, assim como os problemas que enfrentamos no ano passado. O álbum em breve será lançado e está uma correria enorme para que tudo esteja perfeito, mas tanto eu quanto Alex encontramos algum espaço para ficarmos juntos, seja dentro ou fora do trabalho. Ultimamente venho fazendo algumas artes para a revista Rolling Stone de LA e, pelo que ouvi nos corredores, é de possível interesse da edição espanhola fazer uma matéria com o Arctic Monkeys, embora não saiba ao certo a data, muito menos se o boato é verdadeiro. O intuito de conquistar a América tem sido bem sucedido e, para ser sincera, fomos muito bem recebidos aqui. Embora Alex sinta saudades constantes da privacidade que tínhamos na Inglaterra, estamos nos acostumando com o excesso de fotógrafos que infectam as ruas.

Esses pequenos detalhes infelizes perdem a importância quando estamos juntos, no nosso apartamento, revivendo os velhos tempos e fazendo novos. Aos poucos críamos um ar caseiro e simultaneamente estamos nos acostumando às noitadas de Los Angeles. No fundo preferimos apenas encontrar os amigos de sempre, dividir uma garrafa de bebida, conversar numa mesa de bar e dar risadas escandalosas sobre piadas sem graça. São essas pequenas coisas que nos fazem felizes, o fato de batalharmos pelo o que desejamos que nos mantém conectado. É bom saber que desde que estamos juntos grande parte das nossas vidas vem sido construídas uma baseada na outra, isso é motivo para nunca reclamarmos de distância. Apoiamos nossos anseios e incentivamos o crescimento mútuo. Quando mais nova eu pensava nos príncipes encantados, quando triste vejo filmes românticos e penso em cavalos brancos... Depois de um tempo percebi que esses príncipes podem existir, que fora dos sonhos são muito mais atraentes e imperfeitos, tornando-os reais, humanos. Por exemplo, o meu tipo favorito de príncipe encantado é um rapaz de quase trinta anos, fumante, de voz rouca, cabelos repletos de gel, uma camisa berinjela e dancinhas recém-aprendidas feitas em shows. Ele não fala mil línguas, nem tem um reino enorme, um castelo de ouro ou um cavalo branco. Alex vai além dessas superficialidades dos contos de fada que muito iludem. Para ser sincera, amo o sotaque característico de nossa cidade, adoro o nosso apartamento branco e abarrotado de LPs, livros e filmes, e, principalmente, antes a sua motocicleta que qualquer cavalo branco desbotado. Sendo assim, o que mais posso pedir, não é mesmo? Talvez tenha alcançado a felicidade plena... Ou quem sabe, para ser mais ciente, tenha alcançado uma minimalista satisfação.

FIM

12 comentários:

  1. felicidade plena é o que eu to sentindo com esse final perfeito *-*

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    1. Obrigada! Foi bom enquanto durou <3

      -Bia xx

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  2. Raphaela L. Siqueira30/07/2014, 00:56

    Não acredito que já acabou! Que final maravilhoso, que bom que eles se acertaram!
    Preciso confessar que, além do enredo excelente que você criou, sua escrita é o que mais me chamou a atenção. Você escreve maravilhosamente bem, garota! O modo como destrinchou cada pensamente e sentimento da protagonista foi simplesmente espetacular =)
    E esse último parágrafo do epílogo...sem palavras.
    Parabéns Bia! Adorei a fic! <3

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    1. Own, estou apaixonadinha por seu comentário! Obrigada por cada elogio e por ter acompanhar a fanfic até o final <3 Me apeguei a cada pedaço da história e dos momentos da personagem, então fico feliz ao ver minhas leitoras inteiradas dos sentimentos da Alice.
      Mais uma vez obrigada e essa fanfic foi apenas para vocês!
      Até a próxima

      - Bia xx

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  3. Isa Pinheiro06/08/2014, 00:56

    Confesso que eu demorei a tomar coragem pra ler o epilogo, dava vontade deparar pra descrever tudo que eu sentia em ler cada trecho. MEU DEUS, JÁ TO CHORANDO DE SAUDADE DELES :( e com mais saudade ainda da tua escrita perfeita que consegue passar cada sensação/sentimento dos personagens, posso me falar que pouquíssimas histórias me envolveram tanto quanto misfit.
    AMEEEEI o quanto tu colocou de toda a parte técnica da coisa e tudo mais, tu é fodaa.
    Vou ficar no super aguardo da próxima história <3
    To em crise e vou ler mais uma vez tudinho. FALEI

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    1. Taí uma vantagem de Misfit Love ser uma fanfic pequena: dá para lê-la todinha rapidinho, não é? Obrigada pelos elogios e comentário! E também estou morrendo de saudades da Alice e do Alex, assim como daquelas análises técnicas dela de como quem não quer nada e sai xingando o Suck It And See kkkkk
      Só porque a fanfic acabou não perca essa sensação boa que é ler sobre esse casal, ok? Sempre que sentir falta deles volta aqui pra se envolver novamente.
      Espero ter uma nova história para postar aqui, realmente espero, estou só pedindo a Deus uma luz para escrever!
      Até lá, só posso oferecer Misfit Love mesmo <3

      Tchau Isa :D

      - Bia xx

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  4. Oi Bia!
    Estive lendo Misfit Love, sempre fui uma leitora "fantasma", mas não me leve a mal, resolvi deixar aqui minhas considerações. A propósito, meu nome é Alice! Acredito que de todas as histórias que li até agora, a sua me cativou mais por N questões, a começar pela forma com que você entrelaçou os acontecimentos da trama tal qual uma peça de quebra cabeças (usando as palavras de sua personagem). Todo esse suspense que foi criado ao redor dos fatores que levaram a protagonista romper com o Alex seguraram muito bem a história. Contudo, não posso ser imparcial sem ser honesta com você. Achei os capítulos finais um pouco escorregadios, talvez porque eu tenha ficado na esperança de uma grande cena do tipo que marcasse os dois, além daquele momento no Rancho de La Luna onde as coisas se acertaram. Na verdade, o "epílogo" poderia se transformar num "prólogo". Sua história é muito rica em vários sentidos e falo em prol da grande maioria das leitoras (eu acredito) que hoje entra nesse site à procura de histórias consistentes com nossos ídolos e não apenas um enredo medíocre, cuja única intensão é copiar descaradamente a escrita fetichista de E.L. James (me desculpem as fãs da escritora, mas é minha opinião). Gosto da maneira como você menciona ícones da cultura pop que influenciam os meninos, bem como o trabalho deles no AM. Isso é bacana de se ver porque mostra que o perfil das fãs da banda não é superficial. Eu me tornei fã dos Arctic Monkeys devido a uma fusão de influências estéticas e culturais que fazem parte de minha vida. O ponto onde quero chegar é: por favor, prossiga com essa história! hahaha :3 Você tem tudo pra construir um roteiro perfeito, partindo do universo da Alice, de repente ela também virando uma artista de renome acabe se sobrepondo ao Turner, a partir daí revelando novas fissuras e resoluções. Além do mais, tem o Matt. Seria interessante você criar uma situação com ele nesse meio, no comecinho de Misfit, eu jurava que ele e a Alice (apesar do histórico quase fraterno), se envolveriam. Bom, é isso, fica a dica. Espero que considere nem que seja um pouquinho da minha observação, tenho certeza que, assim como eu, muitas pessoas vão te apoiar na continuação de Misfit ( ou senão, em tantas outras histórias que você decidir escrever).
    Um grande abraço da outra Alice! X))


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    1. Alice (minha ligação com você já começa por aqui), esse foi o comentário que mais me identifiquei até agora. Eu gostaria de ter mil e um argumentos para te dizer que "não, Misfit Love é toda consistente, do primeiro parágrafo ao último", ou qualquer coisa do gênero, que normalmente uma escritora faz quando vê uma opinião adversa do comum, em que tenta convencer o leitor que fez o melhor para a história. Infelizmente não consigo ser assim, porque nos capítulos finais senti exatamente a mesma coisa que você. Quando eu comecei a postar a fanfic aqui, ela já estava praticamente finalizada. Eu não imaginei que ela fosse ter um retorno tão bom, pois era não só minha primeira história no site, mas a minha primeira história do Arctic Monkeys! Os comentários, os números de visualizações e a curiosidade de vocês atiçada pelo mistério do "o que aconteceu entre esses dois" de certa maneira me impressionou e me pressionou. Quero deixar claro que não vejo isso de modo negativo, pelo contrário, amei cada comentário ansioso e feliz postado aqui. O problema é que realmente fiquei temorosa, porque estava escrevendo uma fanfic despretensiosa, de um casal desentendido, que teve uma pequena crise e depois voltava a se dar bem. Logo, assim como você, senti que o que escrevi para o final de Misfit Love foi insuficiente para aquilo que poderia ter sido escrito. Ao mesmo tempo que rescrevi cenas e coloquei novas, também buscava ideias para deixá-la consistente o suficiente para agradar a todas. Mas acho que fiquei inibida com esse retorno amável das minhas leitoras. Fiquei com medo de escrever "demais" e estragar completamente o enredo. Por isso optei por essa "linearidade", sem grandes emoções ou tragédias, tentando me afastar de algo que pudesse tornar a fanfic "infantil" demais, ou exageradamente apelativa, como é o caso da escrita de E.L. James, que citou em seu comentário.
      Porém, o que você me disse, me abriu uma luz tremenda. Até então estive pensando que, caso fizesse algo a mais sobre Misfit Love, seria voltado para os tempos do Humbug e Suck It And See que Alice tanto fala na história. Mas o que você me deu parece completamente interessante para desenrolar. Também me tornei fã do Arctic Monkeys não só pelo som, mas principalmente por suas influências, que, até mesmo antes deles, muito gostava. Principalmente depois do AM, Alex entrou numa fase um tanto quanto "pica das galáxias" - uma piadinha para descontrair a nossa conversa kkkk -, que poderia sim ser explorado num novo enredo, desenrolado por uma Alice infeliz e dedicada a sua carreira. E, para completar, cá entre nós, o Matt com a Ali é a coisa mais amável do mundo! Não me incomodaria nada escrever sobre eles. Por isso agradeço, do fundo do meu coração, de não só ter expressado sua opinião sincera, que muito combina com a minha, como já falei, mas principalmente por ter sugerido ideias que pudessem compensar a derrapada desse final.
      Obrigada, de verdade, por esse comentário maravilhoso <3 Não confirmo uma Misfit Love versão 2.0, pois quero escrever algo a altura das minhas leitoras, mas prometo pensar no assunto e, caso ideias boas apareçam, pode ser que uma nova fanfic surja.
      OBS: Caso queira dizer algo a mais ou sugerir novos pontos, tenta me procurar em alguma rede social, ok? Não sinta vergonha! O meu twitter é o @bianot e o meu ask é esse aqui http://ask.fm/bianot

      Vários beijos para você Alice e até a próxima (espero kkk)!

      - Bia xx

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  5. Desfecho maravilhoso para uma história incrível. A profundidade do relacionamento da Alice e Alex me atingiu em cheio. Parabéns pela fic tão bem escrita, tão bem desenvolvida e agora, tão bem finalizada. Foi um deleito lê-la =)

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    1. O prazer foi todo meu escrevê-la para vocês! Obrigada por ter acompanhado até o final e por ter gostado do termino <3

      - Bia xx

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  6. Ok, eu já falei mais de uma vez que acho Misfit Love GENIAL, mas agora vou oficializar em comentário.
    Misfit Love é GENIAL.
    Você escreve maravilhosamente bem, e tem alguma coisa na sua escrita que eu não consigo apontar exatamente, que dá uma atmosfera maravilhosamente melancólica à fic. E nesse último capítulo a sua narrativa não só me passou melancolia, mas também me pareceu mágica. Eu não sei outra palavra pra usar, não sei mais o que dizer além de que esse epílogo foi mágico.
    Nos outros capítulos dava pra sentir o amor da Alice pelo Alex, mas era um amor sofrido, o tipo de amor que nos deixa encurralados, mas nesse capítulo não, foi o oposto, a Alice me passou o sentimento de amor livre pelo Alex. Em que ambos se ama plenamente e não têm que esconder isso. E isso me fez sentir borboletas no estômago.
    Aliás, amei o fato de o Nick ter dado a ideia pro clipe de Do I Wanna Know?, é claro hahah
    Antes a fic fazia com que eu me sentisse deprê, como eu já disse, e eu amava isso, mas o epílogo me deixou tão, mas TÃO feliz. É sério.
    O epílogo foi completamente o oposto do resto da fic e mesmo assim se encaixou tão perfeitamente! To louca pra ler o spin-off, e sinto muito, mas eu disse que meus comentários eram meio ruins hahaha
    To indo ler a versão Humbug haha
    Beijos, Bea.

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    1. A sensação ao escrever o epílogo foi completamente oposta ao resto da fanfic. Enquanto eu sentia toda a tensão de Alice e Alex no decorrer de ML, ao chegar no epílogo foi tipo aquela respirada de alívio "deu tudo certo para eles". Também tive preocupação de mostrar que os dois amadureceram depois da confusão. Acho que a parte mais curto é quando Ali meio que diz que não importa se o Al ainda gosta da Alexa, porque ela sabe que tem uma parte sua dentro dele e é para isso que tem que se dedicar <3 O epílogo começou todo o chororô do resto da história. Não só o casal foi feliz ao menos uma vez na vida, mas as leitoras também diminuíram a angústia kkkkkk
      Sempre que possível eu faço o Nick brilhar um pouquinho! Às vezes me pego pensando se eu escolhi o personagem certo para ter mais destaque além do Alex, tipo no lugar do Matt o Nick ser amigo da Alice, sabe? Mas me divirto em escrever umas partes que ele participa, mesmo que pouco.
      Vou agora mesmo responder o seu comentário em Humbug!
      Obrigada por acompanhar a fanfic <3
      Beijos Beazinha!
      - Bia

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