Encontrava-me
em uma situação que me fez ver o quão perdido estou neste momento, não
conseguia acreditar no quão era horrível tudo que descobri. Miles me contou
tudo que precisava saber e, se não fosse por ele como iria descobrir? Estava
tão cego pelos meus problemas que não enxerguei o que estava acontecendo a
minha volta. Passei a noite inteira acordado pensando no que iria fazer, já era
de manhã, estou a caminho do apartamento de Arielle, não tenho uma linha
coerente de raciocínio para saber o que falar, acho que a raiva me consumiu aos
poucos.
- Que bom
que você chegou – disse Arielle ao abrir a porta – Estamos super atrasados, ou
melhor, você esta atrasado!O que aconteceu? – Entrei e fiquei parado encarando
todas as malas prontas no chão da sala, ela veio ao meu lado – Não me venha
dizer que foi o trânsito, porque não caio mais nessa – disse rindo e, indo em
direção ao seu quarto. – Vou chamar o táxi, ou você quer fazer isso? –
perguntou segurando o telefone, tirei-o de suas mãos e coloquei de volta ao
gancho.
- Nós não
vamos viajar mais.
- Que
ideia é essa?
- Vamos
conversar.
- Alex,
podemos conversar no caminho... eu não posso me atrasar para esse evento, ele é
de extrema importância para mim.
- Senta.
- Alex, o
que você...?
- Senta!
– ela sentou e me encarou confusa, passei as duas mãos no cabelo tentando
pensar em como falar tudo àquilo sem querer esmagá-la.
- Sabe,
eu cogitei a ideia de você realmente ter mudado...
- Por que
esta me dizendo isso? Você sabe que eu mudei.
-
Mentindo?
- Eu
nunca menti pra você... quer dizer, nunca mais depois que soube que estava
esperando um filho seu – disse ela colocando as mãos sobre a barriga.
- Como
você tem a cara de pau de dizer isso ainda? – eu disse nervoso.
- Alex,
eu não estou entendendo.
- Você
não esta grávida! – ela arregalou os olhos.
- É claro
que estou... – ela levantou – Você viu – foi até uma gaveta e pegou um papel,
era o exame, peguei da sua mão e rasguei-o.
- Esse é
o seu exame verdadeiro – tirei de dentro do bolso da calça, empurrei o papel
para ela. Então, ela levantou os olhos e um misto de reações passou pelo seu rosto
– Você falsificou a porra do exame! Como você teve coragem? Como você teve a
coragem de mentir pra mim? Por acaso sou algum tipo de idiota?
- Alex...
eu – disse ela – Eu apenas fiz isso por que eu te amo, eu sempre te amei...
- Mas que
raios de amor é esse? Que passa por cima de tudo e todos? Até dos próprios
princípios morais! Você achou que até quando iria conseguir levar essa mentira
adiante?
- Eu...eu
– disse indo para sala – Alex, isso é uma grande confusão...vamos ir para NY e
tudo se resolverá, você não esta bem...
- Eu não
estou bem? – a segui ate a sala – É assim que você resolve as coisas?
- Me
desculpe, eu cometi tantos erros por sua causa... Mas não vamos estragar o que
nós temos, vamos passar uma borracha em cima disso tudo.
- Você
não estragou nada... por que não temos nada, nunca chegamos a ter desde que
você se tornou outra pessoa... e eu não vou fingir, pra mim já deu.
- Alex,
não, não... – disse ela me segurando para não sair – Pra onde você vai? Quer
dizer, olha, a culpa não foi minha... fiz tudo isso por causa da Sophia e...
- Por que
tudo você tem que colocar o nome da Sophie no meio? Será que você não consegue
assumir seus próprios erros sem colocar a culpa em alguém?
- Não!
Não consigo! Por que simplesmente a culpa foi dela! – respondeu – Quer saber?!
Eu cansei... cansei de tudo isso! Antes dessa garota aparecer, tudo estava bem,
nós nos dávamos tão bem mas de repente tudo isso desapareceu...
-
Arielle, muitas coisas já estavam desgastadas, isso foi uma consequência.
- Não, a
culpa também é sua... que nunca valeu nada mas eu sempre soube que tudo estaria
bem, mas depois você começou a agir como um namorado fiel à ela e isso foi a
gota d’água!
- Por que
ela me fez mudar... quando você encontra alguém que te preenche por completo
nada mais falta e foi isso o que aconteceu.
Ela riu –
Não me venha com esse papinho romântico. Você nunca irá mudar.
- Você
não entende e nunca irá entender... Arielle acabou esta bem? Eu vou embora... –
disse andando de volta a porta.
- Alex,
você não pode sair da minha vida desse jeito – ela começou a chorar – Você não
pode me deixar! Eu vou contar a todos na mídia que estou grávida de você!
Virei-me
para olha-la – Você não faria isso... até por que quem acreditaria em você?
-
Vejamos, Sophia é uma anônima que surgiu na sua vida e já eu sou muito bem
reconhecida por vários aspectos, e eu posso ficar grávida sem a sua ajuda, e você
não tem provas contra mim, esse mísero exame não comprova nada na justiça. A
pergunta é: Quem acreditaria em você?
Suspirei
– Você tem razão, sua mente é friamente calculada, meus parabéns... Mas eu não
vou cair no seu joguinho, fale o que quiser.
- Tem
certeza? Eu vou fazer um inferno a sua vida, eu vou tirar tudo o que você tem!
- Eu não
estou te reconhecendo, sinceramente... Você quer usar a palavra “grávida” para
estragar minha vida, um fato vazio e sem fundamento. Por que tanta raiva?
Ela começou
a gritar e chorar mais – Sophia estava grávida de você! – troquei o peso da
minha perna e senti um nó na garganta – E eu sempre quis isso, estar grávida,
ter um filho seu... Só que isso nunca seria possível, por que eu não posso ter
– ela chorou mais, me senti mal por um assunto que nunca soube – E ela
simplesmente conseguiu isso... mas eu fiz que isso não acontecesse, eu não
permitiria...
- O que
você quer dizer com isso? O que você tem haver com o acidente?
- Eu falo
que não posso ter filhos...uma coisa da qual nunca disse a ninguém e você me
pergunta sobre ela? Sempre ela?! – ela estava gritando.
-
Arielle, eu sinto muito por isso... mas eu quero saber a verdade.
Ela
concordou com a cabeça andando de um lado pro outro – Naquela noite, vocês brigaram
feio... aquilo certamente seria o fim, Jessica foi uma ótima figurante nesta
história...mas o acidente felizmente foi obra do acaso, saiu melhor do que
encomenda – ela riu entre as lágrimas – Eu não imaginava que ela estava grávida
mas saber que aquilo aconteceu foi...
- Para!
Você fez com que Jessica fizesse aquilo... e matou o meu filho?
- Alex,
sem drama – respondeu – Eu não fiz quase nada. Eu nem sabia que ela estava
grávida.
- Você é
louca? Diretamente ou indiretamente você fez! Você deveria estar presa em um
hospício! – um nó deu na minha cabeça – Você é pior do que eu imaginava. –
disse saindo do apartamento e indo em direção ao elevador, para minha sorte
tinha pessoas saindo dali, então entrei e logo fechou rapidamente. Estava me
sentindo mal por tudo e não conseguia acreditar nas coisas que Arielle disse...
Nunca imaginei que ela fizesse planos por tanto tempo, que seria capaz de
coisas horríveis. Cheguei ao subterrâneo, onde é o estacionamento. E andei
apressadamente para o meu carro, entrei, dei a ré e acelerei em direção a
saída, mas de repente Arielle apareceu na frente do carro e eu freei
bruscamente assustado, nos encaramos pelo vidro do carro antes dela cair no
chão. Ela estava tentando se matar? Como ela desceu tão rápido? Olhei para o
outro lado e a porta de emergência estava aberta, ela desceu pelas escadas...
-
Arielle? – sai do carro atordoado e segurei seu punho forte – Você enlouqueceu?
- Acho que sim – ela estava ofegante, a ajudei
a se levantar, mas ela se jogou em cima de mim – Por favor, não me deixe... me
desculpa, eu prometo que irei mudar.
- Chega
de promessas – disse afastando ela – Vai pro seu apartamento Arielle, pra NY,
pra onde você quiser ir, mas me deixe em paz, me deixe viver em paz... Eu prometo que se
fizer isso eu esqueço todo mal que você fez, mas chega!
- Alex...
– ela começou a chorar de novo. Afastei-me, e entrei no carro. Eu não poderia
ficar mais ali.
(...)
Não sabia
o que estava indo encontrar, ou melhor, por que todas às vezes foram assim, mas
seria louco se não fizesse. Toquei a campainha, uma, duas, três vezes e nada. Dei
a volta e olhei a garagem, o carro da Sophie estava ali, impossível não estar
em casa, mas estava tudo fechado. Comecei a chamá-la e nada. Resolvi esperar
uma hora alguém apareceria. Sentei nos degraus da porta. Comecei a pensar no
que dizer... faz tanto tempo que não a vejo.
Fim Alex’s POV.
Mari’s POV.
-
Sinceramente esse filme foi cômico – disse Anne enquanto dirigia de volta pra
casa. Tínhamos ido ao cinema e como já estava anoitecendo passamos na pizzaria
e compramos também umas cervejas.
- Eu acho
que fiquei rindo por mais de 10 minutos sem parar – disse e, tomei um último
gole da lata de refrigerante.
Anne
virou o quarteirão e buzinou para alguém.
- Quem era?
- Amigo
do Nick.
- Hm...
Bonito – disse olhando para fora da janela, exatamente pelo retrovisor.
Segundos depois olhei pra ela e estava me encarando – Que foi?
- Bonito
uhm? – perguntou rindo
- É
bonito, fato. – sorri.
- Vou te
apresenta-lo.
- Não,
não... depois de problemas com namorado estou em off no momento.
- Ah,
fala sério... você mesmo disse dias atrás que estava precisando conhecer
alguém, espairecer...sei la o que você disse... porque tinha bebido.
Eu ri –
Não estava no meu juízo perfeito – Anne virou a rua de casa – E ta, mas ele é o
tipo de homem que tem cara de bonito, mas cheira a problemas e isso eu não
quero.
- Você
diz isso agora, mas quero ver quando estiver frente a frente com ele.
- Anne! –
reaprendi, ela gargalhou. – Quando eu estiver frente a frente ninguém irá ver –
ela riu mais alto.
- Mas é
claro, não é? – ela estava rindo.
Eu olhei
para frente diretamente para a nossa casa – Não é o...?
- Não
é... O que? – ela perguntou parando de rir e, olhou para onde eu estava olhando
– Alex? Mas o que ele esta fazendo aqui?!
- Ah...
Isso não é muito difícil de adivinhar – disse.
- Mas iremos descobrir – Anne subiu com o carro parando em frente à garagem e, descemos. Alex se levantou dos degraus da entrada quando nos aproximamos.
- Mas iremos descobrir – Anne subiu com o carro parando em frente à garagem e, descemos. Alex se levantou dos degraus da entrada quando nos aproximamos.
- Oi
Mari... Oi Anne – ele disse colocando as mãos nos bolsos da jaqueta. Nós
respondemos, mas Anne havia fechado a cara.
- O que
veio fazer aqui Alex? – perguntou Anne.
- Então –
ele limpou a garganta – Eu estou aqui faz um bom tempo e estava esperando
alguém chegar... Eu queria falar com a Sophie.
Eu e Anne
nós entre olhamos – Hm entendi – disse ela – Mas ela não esta. – respondeu
passando por Alex e subindo os degraus, eu permaneci em frente a ele.
- Mas o
carro dela esta na garagem – apressou-se em dizer, Anne virou-se de volta – É,
mas ela não esta.
- Anne,
por que esta me tratando assim?
Ela parou
de procurar as chaves dentro da bolsa quando às encontrou e encarou Alex – Por
que você é um idiota – respondeu – O que você veio fazer aqui depois de tanto
tempo? Já não basta o estrago que fez na vida da Sophie?!
- Por
isso mesmo... quer dizer, eu vim consertar as coisas.
- Acho
que já é tarde de mais.
- O que quer
dizer com isso?
- Quero
dizer que é melhor você ir embora para sua casa.
- Eu vou
esperar ela aqui.
- Fique a
vontade – disse Anne abrindo a porta, Alex me encarou.
- Mari? –
perguntou.
- Mari! –
Anne gritou me fuzilando com os olhos, eu não podia dizer nada... algo que
prometemos.
Eu balancei a cabeça – Me desculpa Alex –
disse e, entrei em casa carregando a pizza, Anne bateu a porta.
- Mas é
muita cara de pau ele aparecer aqui, não acha? – disse Anne indo em direção a
cozinha, acompanhei ela.
- Acho
estranho – disse colocando a caixa da pizza sobre a mesa.
- Arielle
grávida e ele vêm atrás da Sophie? Imagina se ela estivesse aqui ela iria
sofrer o dobro... ela teve razão quando disse que precisava ir embora, consigo
ver isso agora mas em breve ela volta.
- É... –
eu olhei pela janela da cozinha, Alex estava sentado nos degraus – Ele não foi
embora.
- O que?
– perguntou Anne indo ao meu lado, ela olhou – Deixa ele, uma hora ele vai se
cansar e vai ir embora. – disse – Vou ir tomar um banho e depois nós comemos,
tudo bem? – assenti com a cabeça – Você vai ficar aí?
- Eu vou
escolher um filme enquanto isso.
- Ok –
disse Anne subindo as escadas, ouvi a porta se fechar. Por que será que Alex
veio aqui depois de tanto tempo? Alguma coisa aconteceu... mas eu prometi que
não contaria nada... quer dizer, mais ou menos. Depois de pensar por eternos 5
minutos, resolvi ir falar com ele. Abri a porta. – Alex – sussurrei. Ele olhou
para trás assustado. Eu fechei a porta devagar e disse para fazer silêncio.
- O que
esta acontecendo? – ele perguntou confuso.
- Anne
vai me matar se me vir falando com você, mas foda-se. – ele me olhava sem
entender ainda – Prometemos a Sophie que não iríamos falar com você sobre ela.
- Por quê?
- Alex –
suspirei – Sophie tem um jeito estranho de proteger todo mundo e o dela é se
afastando.
- É, eu
sei... eu estava disposto a enfrentar tudo e ficar com ela.
- Mesmo
com Arielle grávida?
- Sim,
mas Arielle não esta grávida. – eu
encarei-o confusa – Mas é uma longa história, eu só preciso falar com Sophie...
por favor Mari, me ajude...eu não vou causar mais nada, eu só vou resolver.
- Alex eu
sei que você tem boas intenções, mas não vai ser possível ver ela.
- Por que
não?
- Ela foi
embora Alex – ele me encarou cético, os olhos ficaram opacos – Ela foi embora
para o Brasil.
Ele ficou em silêncio por um longo momento – Por que ela fez isso?
Ele ficou em silêncio por um longo momento – Por que ela fez isso?
- Acho
que você sabe – respondi e me senti mal por ele. – Então, eu sinto muito Alex,
melhor você ir embora.
Ele
concordou com a cabeça dando as costas e andando em direção a rua, estava
prestes a entrar em casa, quando ele me chamou – Ela foi para qual cidade?
- Para
São Paulo na casa dos nossos pais, mas agora, ela está no litoral, na casa de
praia e... Por que esta perguntando isso?
- Você
pode me passar o endereço de tudo, por favor – eu ia argumentar – Por favor,
Mari. – eu concordei, entrei em casa de volta e, anotei em um papel.
- Aqui
está – entreguei-o. – Mas até agora você não me disse o porquê de tudo isso.
- É a
minha única chance – disse olhando para o papel e depois para mim – E eu não
vou desperdiçá-la.
***
Alex’s POV.
Parecia
relativamente simples quando resolvi o que iria fazer, mas sabia que não seria
nada fácil. Movimentava-me apressadamente pelo meu apartamento enquanto planejava tudo, coloquei tudo que iria precisar em uma bolsa que conseguiria carregar
facilmente nos ombros. Escrevi um bilhete e deixei sob a mesa da sala para
Matt, saberia que ele me procuraria. Havia chegado e saído em dez minutos. Não
pensei ao certo o que estava fazendo, mas estava indo direto ao aeroporto LAX.
Consegui com alguns telefonemas um jatinho particular, eu não podia
simplesmente ligar para o agente da banda...o que seria bem mais fácil mas ele
com certeza estragaria meus planos, ou melhor, ele enlouqueceria se soubesse o
que pretendia fazer e para onde estava indo. E com mais alguns telefonemas
consegui uma pessoa para me buscar no aeroporto. Enquanto esperava pelo jatinho
não conseguia parar de pensar em Sophie e se encontraria ela onde estava
pensando que estaria.
As
intermináveis horas de voo me deixaram exausto e, o fuso horário estava
acabando comigo. Não sabia se iria para casa dos pais da Sophie, mas não tinha
fundamento algum aparecer lá. O senhor que me levaria ao hotel estava a minha
espera, enquanto ele me levava eu pensava em uma forma de ir para Ubatuba já
que infelizmente ele não poderia fazer isso no dia seguinte e eu não poderia
esperar mais. São Paulo me lembrava Nova York de um jeito diferente, as pessoas
passavam caminhando com pressa e tinha transito na maior parte. Precisava de
informações. Desci no saguão de entrada com cuidado para que as pessoas não me
reconhecessem, lembrei que não sabia falar português e isso era uma droga. A
recepcionista me atendeu em um inglês horrível, mas que deu a entender que iria
chamar o gerente e pelo visto ela não fazia ideia de quem eu era.
- Boa
noite Sr.Turner – disse o homem de terno sorrindo amigavelmente – Sou, Eduardo,
o gerente do hotel.
- Prazer
– disse – Então, estou meio perdido e queria saber se poderia me ajudar –
peguei o papel de dentro do bolso da jaqueta e mostrei o endereço – Como faço
para chegar nessa cidade?
-
Ubatuba... é no litoral.
- É longe
daqui?
- Cerca
de 4 horas de carro.
-
Entendi, e onde eu consigo um carro?
- Aqui
perto tem uma concessionária de aluguéis, mas como você nunca foi é melhor
alugar um carro com GPS assim saberá chegar sem ter problemas.
- Será
que você poderia me ajudar com isso?
- Mas é
claro.
Se não
fosse pela ajuda do gerente, acho que demoraria mais para descobrir como ir a
Ubatuba, mas as pessoas brasileiras são bastante simpáticas.
Pela
manhã, tomei café no hotel e dei uma volta pela cidade. Tentei ser o mais
discreto possível, usava um boné e óculos escuros. Ninguém parecia me
reconhecer o que era ótimo, não queria que a mídia descobrisse minha vinda ao
Brasil. O carro só estaria disponível por volta de meio dia e, isso só me
deixava ainda mais nervoso.
Depois de almoçar fechei a conta no hotel e fui buscar o carro. E eles me entregaram um mapa junto, ótimo, mas era em português.
Depois de almoçar fechei a conta no hotel e fui buscar o carro. E eles me entregaram um mapa junto, ótimo, mas era em português.
(...)
Com ajuda
do GPS e informações constantes onde parava, consegui pegar a rodovia. Não
sabia como encontraria a casa de praia, e disseram que são muitas uma do lado
da outra, mas eu tinha o endereço. Eu encontraria nem que passasse a noite
fazendo isso. Já era as 3 da tarde e eu nem havia chegado na metade do caminho.
Pisava cada vez mais fundo no acelerador, tentando afastar o nervosismo. A
sensação era estranha e, ficava cada vez mais forte na medida da qual me
aproximava do meu destino. Não sei explicar, mas também não queria fazer uma
análise. Este era um dos raros momento da minha vida que estava me movimentando
no piloto automático, pensava apenas em como ela iria reagir quando me visse. Mas
o medo que sentia era que ela dissesse que não queria me ver nunca mais.
Fim Alex’s POV.
O final
da tarde era minha parte favorita. A luz suave do sol do inverno combinava
perfeitamente com a paisagem, fazia o mundo parecer coisa de sonho. A
temperatura havia caído bastante, depois de ir ao supermercado voltei pra casa
e arrumei tudo na cozinha, tomei um banho e coloquei um moletom, e uma calça
jeans confortável e resolvi andar na praia. Já era mais de 5 horas e o por do
sol começava a se estender no horizonte. Enquanto caminhava pela praia vi
alguns surfistas na água o que era difícil porque o mar aqui era muito calmo.
Avistei o farol do outro lado e, alguns barcos se aproximando. Havia poucas
pessoas, algumas corriam fazendo exercícios físicos e outras passeavam com seus
cachorros. Então, um sentimento de solidão me abateu. As lembranças pareciam se
reviver em minha mente, como as caminhadas que fazia aqui quando era mais
jovem. Mais cedo pela manhã, havia ligado para LA para pedir para Mari que
passasse na agência e pegasse o telefone e e-mail com Lau, naquela correria
esqueci de tudo e percebi que Mari estava estranha, mas não perguntei ao
respeito, se fosse algo sério ela me falaria. Em três dias voltaria para São
Paulo e começaria minha vida do zero sem nenhum arrependimento e sem olhar para
trás.
Já estava
no final da praia, perto dos rochedos e da entrada de carros. Parei e fitei o
mar. Uma rajada de vento me atingiu, e percebi que começaria a chover. Contra
minha vontade imaginei o que Alex estaria fazendo, estaria no estúdio com os
meninos? Ou em sua casa dedilhando as cordas do violão quando não havia nada
para fazer? E por que meus pensamentos insistiam em se voltar para ele?
Suspirei,
já sabendo a resposta. Por mais que eu quisesse ficar vendo o mar, fazia me
lembrar que estava sozinha. E por mais que me considerasse independente, por
mais que tentasse minimizar os comentários constantes que minha vida se tornou
estava difícil de suportar tudo isso sozinha, de não querer que ninguém
sofresse por mim por que não precisavam saber disso.
Balancei a cabeça, e senti que estava chorando. Ao vir pra cá, tinha a esperança de conseguir encontrar algum descanso para minha mente, mas estava piorando tudo. Parece que eu nunca iria aprender com nenhum dos meus próprios erros. Eu queria culpar alguém, queria culpar ele, mas a única que eu posso culpar sou eu mesma. Durante um bom tempo tive dificuldade em conseguir parar de chorar, foi então que percebi que alguém se aproximava e tudo que consegui fazer foi ficar com o olhar parado ao perceber quem era.
Balancei a cabeça, e senti que estava chorando. Ao vir pra cá, tinha a esperança de conseguir encontrar algum descanso para minha mente, mas estava piorando tudo. Parece que eu nunca iria aprender com nenhum dos meus próprios erros. Eu queria culpar alguém, queria culpar ele, mas a única que eu posso culpar sou eu mesma. Durante um bom tempo tive dificuldade em conseguir parar de chorar, foi então que percebi que alguém se aproximava e tudo que consegui fazer foi ficar com o olhar parado ao perceber quem era.
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N/A: Oiii pessoal! Como foram de
carnaval? Divertiram-se muito? Espero que sim... Porque depois dessa semana
agitada temos mais um capítulo e estamos no final... ): E está sendo um tanto
que difícil tomar algumas decisões...Vamos ver se Alex e Sophie vão se acertar de uma vez... acho que
esse é o penúltimo capitulo mas quem sabe não temos mais algumas surpresas! Aguardem! Nem preciso dizer para serem sinceras nos
comentários né? Um grande Beijo, Letícia e Julia.
Amo toda essa riqueza de detalhes que vocês colocam, juro que me senti ao lado da Sophie vendo o por do sol. Sabe meu ódio pela a Arielle passou tenho pena dela.
ResponderExcluirQuero que esses dois se acertem, eles já tem uma história épica de amor e não podem mais ficar separados. Aguardo ansiosamente o próximo capítulo. Xoxox
QUE FINAL FOI ESSE????COMO ASSIM!!?!?!?Anyway,ótimo capitulo,como sempre x
ResponderExcluirComo vcs terminam o capítulo assim?? Acho que eu não vou aguentar esperar até o próximo hahaha
ResponderExcluirJá tô com o coração apertado com o fim da fic... Foram tantos meses...
Beijos meninas! Adoro vcs :)
Melhor fic ever! Espero que não demore a postar. Beijo meninas
ResponderExcluirMeu Deus, não acredito que vocês pararam o capítulo bem nessa parte!!!! Eu tô com o coração na mão de ansiedade pra saber o que vai rolar com esses dois e nem acredito que a fic tá chegando ao fim :(
ResponderExcluirEsse Alex vindo pro Brasil atrás da Sophia, bem que podia dar uma passadinha aqui em casa, hein???? HAHAHAHAHAHA
Sempre um ótimo capítulo, meninas. Beijos!
Quero lhes pedir que não demorem os outros capítulos, pois estou muito ansiosa!!! Vocês teem muito talento, parabéns, ficou ótimo. Amo a Sophia e o Alez já. Beijiiiinhos, e não demorem taaaanto por favor, se possível que já tenha pelo menos mais um capítulo oara hoje.
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