Beyond the imagination: 12- Stars


Acordei com dor no pescoço, me recusando a abrir os olhos e ainda com um sorriso por tudo o que tinha acontecido, me virei para Alex e cai no chão. Estava no meu apartamento no meio da minha sala, minha bolça estava no lugar de sempre. Me levanto desesperada, completamente vestida e com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Procuro algum vestígio de qualquer coisa. A cama ainda estava feita, e tudo na sua mais perfeita harmonia. Meu celular, ainda dentro da bolça, ainda com 45% de bateria, sem ligações perdidas ou mensagens, apenas e-mails normais. Ligo para Alex, ele demora a atender, mas no final desiste
-Oi.- ele fala
-O que aconteceu?- pergunto logo de cara.
-Do que você esta falando pequena?
-Do que aconteceu ontem e de como eu vim parar em casa.- me sento no sofá, sentindo o desconforto e o cansaço do meu corpo.
-O que você anda usando? Ou ligou para o número errado?- ele muda o tom ,como se eu fosse pensar em outro, quando nem tempo eu tive para esquecer ele, e como esquecer o quanto eu amei e me dei a ele?
-Não Alex, é exatamente com você que eu quero falar. Sobre como eu ainda me sinto quando você terminou com Arielle,e como nós fomos felizes no final de semana. De como tudo foi tão romântico e sexy. De como eu continuo a precisar de você, e o quanto eu me senti única quando você me disse que me amava.Não pode ser um sonho, nem uma alucinação. Foi real e eu sei disso.- ele ficou mudo do outro lado, suspirou. Ele saiu de onde estava por que o barulho intenso da rua tomou o lugar que sua voz deveria usar. Ele entro logo depois em outro lugar fechado e nesse permaneceu.- Alex porque você não me fala nada? Por que sempre eu tenho que descobrir as coisas?- minhas lagrimas caíram dos meus olhos e minha voz desapareceu, ele continuava em silencio, mas não tinha desligado.-Você usa o amor que eu sinto por você como bem entende. Eu não quero ser seu brinquedo, para quando você estiver cansado de supermodelos, eu quero paz, a mesma que você me roubou quando entrou na minha vida. E veja agora, eu estou falando sozinha, por que você se recusa a responder as minhas perguntas. Mas eu também canso,e nada dura para sempre...
-Não ouse dizer isso por telefone. E de nenhuma outra forma.
-O que você quer que eu faça? Fique te esperando? Que eu viva de suas migalhas? Você sabe Alex que eu não sou esse tipo de mulher...
-Quando você voltar ao normal, me ligue.- ele desligou. Encarei o celular e o atirei na bolsa. Pensei em ligar para Matt, ou descobrir se alguma coisa dessas tinham realmente acontecido .Peguei novamente o celular e o liguei.
-Onde vocês está? Precisamos conversar.- falei com um tom duro.
-Na sua Starbucks.- Ele vive na sua Starbucks? Mas que merda de maniaco por controle!- concordei com meu subconsciente.
-Estou indo.
-Não, eu vou ai.
-Vou liberar a sua entrada, a porta vai estar aberta e eu estou indo para o banho.- percebi quando ele engoliu em seco.- Se junta a mim?- ele ficou em silêncio, por uns três minutos, meu interfone tocou e liberei a entrada dele. Alex ainda não tinha desligado.
-O que você acha?- ele falou antes de abrir minha porta, mas ouvi a voz dele no corredor, me derretendo. Fiquei paralisada. Ele entrou e me encarou com o celular no ouvido, assim como eu.
-Eu...Ah...- ele deligou o celular e atirou os óculos escuros no sofá, junto com celular. Se aproximou de mim com passos longos e tirou o celular de mim, o colocando junto. Ele me puxou para seus braços, mas só me encarou.
-O que você quer saber?
-Eu...
-O que?
-Bom, eu quero saber se...
-Você estava chapada ou se se confundiu?
-Não, Alex eu...
-Você me confunde. Uma hora desaparece e logo depois me procura e me diz que me ama. Eu sou um fantoche em cordas que você puxa. Isso não soa justo para mim.- ele me puxava cada vez mais perto, mas não me tocava.
-Eu preciso de você. Do seu tempo, do seu toque... Do seu amor.- ele me encarou por um momento, levou as mãos até meu rosto.
-Você será minha amanhã? Ou apenas essa noite?
-Você é meu?- sussurrei quase sem voz, sucumbindo aos seus olhos e suas mãos firmes no meu rosto. Alex deu um sorriso de canto, mas não atingiu seus olhos.
-Por que você só me liga quando está chapada?
-Por que eu posso.
-Você esta certa.- ele relaxou e eu o abracei.
-Vamos sair para jantar?- perguntei em seu peito. Alex me deu um sorriso de lado e sabia que não deveria me importar muito com o que me vestir. Não arrumei o cabelo, mas eles ficam bons como se eu tivesse o feito.
-Já sei, você dirige.- falei enquanto pegava minha carteira e meu celular. Alex apoiou sua mão na base da minha cintura. Chamamos o elevador e pela primeira vez não pedi para que ele se afastasse, queria sua proximidade. Senti seus olhos me secando e não consegui segurar o sorriso, enquanto encarava as portas do elevador.
-Qual o poder dessas portas?- ele falou e rimos enquanto saiamos do elevador a caminhávamos para entrarmos no carro e sairmos para o transito. Me enganei ao acha que não estava calor. Está uma noite abafada, úmida. Alex tirou sua jaqueta de couro e ficou apenas com uma camisa branca, justa em seus braços, seu jeans azul escuro e um par de sapatos caqui. Eu tirei o casaco, ficando apenas com uma camiseta jeans clara, calça skinny preta e ankle boots pretas.
- Você aprende rápido.- Alex entrou na avenida principal e ficamos em silêncio. Peguei meu Iphone e sincronizei com seu som e logo Shiver começou suavemente.
- Alexa nem começa com essas músicas.-  ele sacou seu Iphone e digitou algumas coisas, mas não mudou de música então eu coloquei Snap Out Of It e ele me olho impressionado, sua boca se abriu e formou um " O " perfeito.
-Alex calma é só uma música.- falei rolando os olhos e encarando a estrada escura.
-Que ainda não foi lançada!- ele falou cada parte da palavra lentamente, como se eu não soubesse, ou não fosse obvio.
-Eu sei, peguei com o Josh.- sussurro com ironia.- E posso dizer que eu gostei bastante.
-Sério?- ele ficou abismado.
-Só queria saber quem é essa garota que faz do seu coração brinquedo nas horas vagas de tédio.- Alex pegou seu cigarro e o acendeu, rápido demais, como se tivesse usando as duas e não apenas uma, enquanto dirigia.
-Você Alexa.
-Eu?- a batida lenta do final de No.1 party anthem fez trilha sonora para meu silêncio.
-Não se lembra como foi a primeira vez que você cedeu sem fazer seus joguinhos?- ele tinha um sorriso no canto dos lábios, ele mal podia conter seu ego inflado pelo fato de eu ter me rendido naquela noite. De como nosso olhares não se sustentavam mais sem uma reação contida. De como ele se sentou ao meu lado em um pub qualquer e colocou um whisky na minha frente. De como ele me sugeriu descaradamente de irmos para qualquer lugar para que ele apenas pudesse se desfazer em mim e eu apenas concordei com um sorriso tão malicioso e cheio de luxuria quanto o dele. De como estávamos morrendo por aquele momento.
-Se lembra ao menos que música era?
-O Children, Nick Cave and The Bad Seeds.- ele tragou o cigarro e antes que Alex pudesse terminar com seu cigarro, o tirei de seus lábios e os coloquei no meu, não tinha gosto de Alex, apenas a nicotina forte. Sem me importar o terminei em uma só tragada, não pude deixar de fazer uma careta.
-Nada mal.- admito no final.
-Você me deve um cigarro.- Alex pegou minha mão e entrelaçou seus dedos nos meus.- Quantos quilos você perdeu Alexa? - ele apertou a articulação do meu dedo, que consequentemente se tornou um choque de dor.
-Não quero brigar agora Turner.- ele beijou a mesma articulação e relaxei. Demoramos mais uns vinte minutos, Alex estacionou na frente de um restaurante, não muito chique. Aquelas ruas cheias de garotos solitários e garotas bêbadas. As filas do lado de fora e o tamanho das roupas, não eram nenhuma novidade para mim, aquela parte de LA eu conhecia. Alex sorriu maliciosamente e podia ver sua excitação ao deixar tudo com um ar de mistério. Ele chegou ao lado de uma fila enorme, indo diretamente ao segurança que de prontidão o deixou entrar, depois ele entrou em um corredor secundário, completamente vazio. Reconheci a bancada que costumava ficar. Ele sorriu e logo me puxou pelo pulso para de volta para o fluxo intenso de pessoas de dentro do pub.
-Reconhece?
-Como esquecer?- ele percebeu o êxtase em mim e logo me tirou de lá. O segui para fora e voltamos para o carro. Sem entender o porque ele tinha feito aquilo e porque tão rápido e porque daquele jeito, apenas deixei que Alex conduzisse aquilo da forma que quisesse.
Alex nos lançou novamente no transito, dessa vez indo cada vez mais para a parte mais nobre da cidade. Não pegamos transito e chagamos rapidamente a uns dos melhores bares de LA, Bar Marmont.
O bar anexado ao famosíssimo e também conturbado hotel Chateau Marmont, frequentado por muitos artistas, inclusive Lindsay Lohan morou lá por um tempo, bem na sua época mais rebelde. Deu trabalho, claro, e deixou uma dívida de mais de $50 mil.
O Bar Marmont fica fora do hotel, na Sunset Boulevard e muitas vezes está com lista fechada para convidados.
-Alex, como?- perguntei chocada enquanto ele me conduzia para dentro. Logo o maitre apareceu.
-Boa noite senhor...
-Turner.
-Mesa para 2, senhor?- Alex concordou com a cabeça discretamente.- Por favor me acompanhem.- Ele nos levou para o segundo andar com apenas uma mesa.- Tenham uma boa noite, qualquer coisa só apertarem aquele botão- O senhor bem arrumado que nos atendia apontou para um sistema idêntico ao da starbucks- Que virei atende-los.- concordamos e ele se retirou. Alex afastou a cadeira para mim e eu me sentei. Logo um par de dose de tequila apareceu com uma mulher com os cabelos presos, a bandeja em uma mão e outra atrás das costas, o limão e o sal já estavam em seus respectivos lugares. Ri da situação e um sorriso enorme ficou estampado em meu resto. Alex sujou a ponta do dedo de sala e estendeu a mão, para que depois de tomar o shot, e o limão, deveria chupar seu dedo. Apertei os olhos, o olhando de lado e entrei em seu jogo de malicia, assim eu o fiz assim que a atendente se retirou e fechou a porta atrás dela. Virei o liquido do pequeno copo, que desceu queimando minha garganta, logo mordi e chupe o  limão ainda apertando os olhos, abri os olhos apressada, procurando Alex e o sal, dava para ver que ele estava morrendo de rir de mim, ele havia afastado a mão enquanto eu tomava a tequila, com toda a lentidão que poderia se passar naquele momento ele  aproximou o braço, e eu logo puxei com urgência. O sal foi meu alivio.  Chupei com tanta força e pressa que senti dor em minha bochechas, abri os olhos e olhei para Alex que ainda sorria, pensei em o provocar, mas sabia que era isso que ele queria então apenas o mordisquei de leve e me recompus, enquanto eu pegava o saleiro e ele ajeitava o shot e o limão. Ele esperou eu pensar onde colocar o sal. Mordi o lábio e pequei um punhado de sal, colocando na palma da minha mão. Alex ficou decepcionado, e isso era visível, ele do mesmo jeito virou o shot e sem careta ou urgência pegou o limão e o mordeu, e sem tirar o olhos de mim abriu minha mão e lambei o sal, sem tocar em minha pele. Segurei seu queixo e o puxei para meus lábios, ainda sentia toda a explosão de sabores em seus lábios e sabia que ele também sentia. O beijei intensamente, até ficar sem folego. Então apenas me sentei, sem demonstrar que estava tão mexida quanto ele.
-Então, meu querido, o que você quer com todo esse mistério.- ele se aproximou assim como eu, me imitando, colocando os cotovelos e a mão na frente se seus lábios.- Me confirmar do que eu já sei?
-Que seria...?
-Assumir que você é gay!- ri alto, gargalhei e ele também. Minha barriga doía e meus pulmões não se enchiam mais de ar, já ria sem som, apenas me mexendo para frente para tás.
-Acabou?- Alex arqueou a sobrancelha quando me acalmei.
-Ai de você ser gay Turner! Nada contra, adoro o gays, mas não você!
-Não dessa vez, srta. Chung.
-Então fale sr. Turner.
-Eu sei que posso estar ao ponto de fazer a maior merda da minha vida, mas se eu não fizer, eu vou morrer...
-Para de enrolar e fala logo Alex.
-Eu te amo, e amo muito. E não quero que isso acabe nunca, e eu poderia apenas falar por bastante tempo, o que você talvez nem saiba que eu reparo em você por exemplo, o seu sinal de nascença preto bem abaixo da sua nuca- levo rapidamente a ponta dos dedos para lá e acho o pontinho minusculo.- ou que você odeia coisas não simétricas, e que todos os números devem ou estarem pares ou impares. Que você gosta de ser abraçada enquanto dança, ou que odeia seus dedos dos pés, que talvez a sus boca tenha a forma de um coração, e que eu nunca me atreveria a contraria-la. - ele se interrompeu e molhou os lábios com a língua de uma forma tão sexy quanto o inferno.- Eu poderia, mas sei que você choraria e você não gosta da cara que você faz quando chora. De alguma forma que eu não sei explicar, você é a razão de tudo. Eu te amo, com toda a minha vida e quero você nela a sua vida toda. Quero que cada por do sol e nascer você esteja comigo. Eu quero você pra mim e só pra mim para sempre. Eu quero ficar velho, e chato, e ter uma casa como você sempre fala. Quero poder ver você rodeada de filhos e netos. Quero ser o motivo de suas lágrimas, mas também de seus sorrisos, dos seus problemas, mas também das suas soluções. Em resumo, quero ser seu inicio, meio e fim, por que pra mim você é tudo isso e muito mais.- as lagrimas rolavam sem poderem serem contidas.- Alexa Chung, você me daria o privilégio de aceitar de casar comigo?- Alex tirou um anel de ouro branco, cravejada em diamantes, era fina e delicada, simples porem imponente, era lindo demais. Alex segurou a caixinha de veludo e uma das mãos enquanto pegava minha mão direita com a outra.
-Alex é lindo...
-E é seu.
-É lindo demais.- ele pegou minha mão e a apoiou na mesa, para que pudesse pegar o anel e o colocar em meu dedo.- É demais para mim. Desculpa, mas eu não posso aceitar.- ele apenas olhou dentro dos meus olhos.- Eu te amo, e não descordo de nada de que você falou. Mas, não sou o que você merece Al.- abaixo o olhar, ele não se mexe.- Me desculpa.- as lagrimas não pararam nem por um momento. Me levantei as pressas e sai, Alex não veio atrás de mim e logo peguei um táxi.
-Boa noite srta. Para onde?
-Rua 6. -Me sentei em meu lugar, chocada. Já estava com o sinto, procurando as chaves. Eu ainda estava em choque, meia que sentada de lado, olhando para a janela do táxi, ainda parado quando Alex apareceu, ele saiu apressado, acho que talvez correndo, seus olhos acharam o meu e sorri, ele apenas respirou. Ouvi um barulho alto e olhei para Alex e logo depois para trás e tudo ficou preto.

..................................................................................................................................................................N/A: Olá! Esse pode ser um dos últimos posts, mas não o final da fic. Então se você tá lendo e gostando, só deixa um ' Oi! '. Só pra eu saber que você existe e gosta!

2 comentários:

  1. Nãooooo! Não pode acabar assim! Alex tem q ficar com elaaaa 😢

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  2. ai mds tá maravilhosa,mas eles tem que ficar juntos!

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