- Matt? – o chamei assim que voltei á
casa – Matt, onde você está?
Fui até o jardim.
Não havia ninguém.
- Matt?! – fui
até a cozinha e então parei quando percebi que na geladeira havia um bilhete
preso com um dos imãs de pinguins.
“Espero que tenha tido um bom passeio.”
- Droga –
resmunguei sentindo raiva de mim mesma.
Pelo visto, eu também iria dormir sozinha.
...
Na manhã seguinte,
antes mesmo do despertador soar meu telefone tocou me arrancando do sono.
Peguei o aparelho na bancada e cerrei os olhos para identificar o nome no
visor. Era Amanda.
- Alô?
- Desculpe lhe
acordar, mas ironicamente liguei para avisar que vai poder ficar na cama até
mais tarde.
- Por quê?
Aconteceu alguma coisa?
- Bem, as
filmagens do dia de hoje não vão acontecer. Jamie está resfriado, pegou uma
gripe daquelas. Além disso, a namorada de Turner está na cidade e ele gostaria
de passar um dia com ela ou qualquer coisa do tipo.
- Arielle
Vandenberg está na cidade? – sentei-me na cama abruptamente.
- Ela é a
namorada dele, não é? De qualquer modo, não podemos filmar até Jamie estiver se
sentindo melhor. Afinal o nome do documentário é Five Days With Arctic Monkeys e não com 3/4 dele.
- Tem razão,
então me avise quando as coisas normalizarem.
- Ok, aproveite
esse tempo para descansar. Até mais.
Depois de
desligar, imediatamente disquei o número de Matt. Chamou até cair na caixa
postal. Então, liguei novamente. Caixa postal. Era óbvio que ele não queria
falar comigo, mas resolvi deixar uma mensagem:
- Matt, me desculpe por ontem. Eu não sei o
que deu em mim para lhe deixar sozinho e ir falar com o Alex. Eu preciso saber
que você não está com raiva de mim. Por favor, me ligue assim que puder.
Em seguida,
disquei o número de Alexa que atendeu logo no segundo toque.
- Elle... –
choramingou.
- Está tudo bem?
– perguntei mesmo sabendo que as probabilidade dela estar bem eram mínimas.
- Alex não
apareceu ontem – seu tom era sério – Eu sabia que isso ia acontecer, por isso
não cheguei a entrar no restaurante. Eu fiquei esperando para ver se ele iria e
ele não foi.
Suspirei. Ela não
precisava saber que ele havia a deixado para vir atrás de mim. Não aconteceu
nada além de eu ter o mandado pastar no campo. Alexa não precisava disso.
- Você quer vir
para cá? Eu estou na casa que era dos meus pais.
- Você vai morar
ai? – perguntou.
- Sim, esse é o
plano. Vem para cá, a gente inventa alguma coisa para fazer.
- Tudo bem, daqui
a uma meia hora estou aí.
- Ok, vejo você
daqui a pouco.
...
Não demorou muito
para a campainha soar pela casa. Corri para atender a porta e ao abri-la, não
só Alexa como Matt estavam parados na varanda.
- Oi, como você
está? – falei dando um abraço em minha amiga.
- Como a vida
permite estar – disse rindo.
Ao nos separar,
fitei Matt que parecia chateado. Então, o abracei o mais forte que consegui.
Ele não hesitou e me envolveu em seus braços fazendo com que eu sentisse um
aconchego que só ele conseguia me proporcionar.
- Me desculpe –
sussurrei.
- Está tudo bem.
Nós separamos
quando Alexa pigarreou.
- Aconteceu
alguma coisa? – perguntou.
Matt e eu nós
entreolhamos e em seguida balançamos a cabeça negativamente.
- Então... O que
vamos fazer? Temos um dia inteiro pela frente – ele logo levou a conversa para
outro rumo.
- Vamos
simplesmente aproveitar o dia e ver o que dá vontade de fazer – sugeri.
- Por mim tudo
bem, desde que aproveitar o dia inclua uma boa dose de álcool – Alexa falou
virando de costas e entrando na casa.
Boa parte de
nossa manhã foi gasta na tentativa de encher um enorme colchão d’água. O
colchão foi uma das coisas que achei enquanto explorava o porão da casa para
achar a antiga vitrola que pertencia ao meu pai.
Quando finalmente
o colchão estava cheio, o colocamos no gramado e nós três nos deitamos ali e
ficamos observando o céu, enquanto conversávamos sobre os mais variados
assuntos possíveis. Até que chegamos a um tópico que eu realmente estava
torcendo para que não fosse tocado: relacionamentos amorosos.
- Eu não me
arrependo do tempo que passei com ele – Alexa ia dizendo – Ele me proporcionou
momentos muito especiais. Mas não deu certo... E eu deveria ter dito não quando ele me convidou para jantar. Afinal
o que passou, passou. Talvez ele não tenha ido porque se deu conta disso á
tempo. Não é?
- Talvez –
resmungou Matt enquanto brincava com uma mecha de meu cabelo.
Eu fitava o céu
desejando voar para longe dali e me poupar das complicações que a visita de
Alex poderia me trazer.
- É... Deve ter
sido isso. Eu o conheço, ele não teria deixado de aparecer por outra razão ou
para me magoar.
- Por que você o
defende tanto? – perguntei – Por que você sempre acha que ele não seria capaz
nem de matar um inseto, quem diria de te magoar? O Alex não é uma criança
inocente.
Alexa se sentou
no colchão e me encarou:
- Eu não o
defendo, mas o fato de você nunca ter gostado dele não lhe dá o direito de
julgá-lo como o pior ser-humano do mundo.
- Ah, é mesmo? – ergui-me
– Então porque ao invés dele ir ao restaurante ele...
Parei de falar no
meio da frase. Senti a mão de Matt se fechar ao redor de meu pulso, Alexa me
olhava fixamente esperando por uma conclusão e naquele instante eu pedi para
algum extraterrestre me abduzir imediatamente.
- Ele... Foi
buscar a namorada no Aeroporto – falei por fim – Arielle está na cidade.
- Ele me trocou
para ir buscar a Arielle no aeroporto e nem teve a consideração de ligar para
avisar? – bufou - Inacreditável. Sabe, eu sempre achei que ele tinha ficado com
ela quando nós ainda estávamos juntos.
Alexa continuou
falando por um tempo que eu não saberia dizer se foram cinco ou dez minutos.
Matt repetia a toda hora para ela se acalmar. Por mais que eu não me desse bem
com Vandenberg, não poderia deixa-la sair como culpada. Talvez houvesse a
possibilidade de Alex ter ido buscar ela, mas aquilo não importava. Não foi por
isso que ele havia deixado de ir ao restaurante.
- Alex não foi jantar com você porque ele
veio falar comigo – falei abruptamente.
Houve silêncio
imediato.
- Ele veio até
aqui e quis trazer de volta assuntos do passado – continuei – Assuntos que não
eram nem para terem existido, muito menos serem reavivados depois de tanto
tempo.
- E que assuntos
são esses?
- Ele veio dizer
que – fiz uma pausa para respirar fundo – Ele acha que eu era apaixonada por
ele.
- E por que ele
acharia isso?
- Eu não sei,
Alexa. Ele acha que eu não gostava dele justamente por ser apaixonada por ele.
Eu não sei o que diabos passa pela cabeça do Alex, nem porque ele fez isso, mas
ele fez. Quando eu me irritei com as coisas que ele estava falando eu o deixei
falando sozinho. Foi isso.
O silêncio prevaleceu
novamente. Nós três ficamos quietos esperando que o outro fizesse alguma coisa.
- Então... –
começou Matt.
- Eu preciso
beber – falou Alexa se levantando.
- Onde você vai?
– perguntei – Eu não tenho bebida aqui.
- Então eu vou
para o Slaterry’s.
- Nessa hora do
dia? – Matt também se colocou de pé.
- Nunca é cedo
demais para encher a cara, meus amigos – riu – Vocês vem ou não?
“E que opção nós temos?”, pensei comigo
mesma.
...
Para minha surpresa, Alexa não era a única
reprimindo sentimentos com álcool àquela hora. Havia algumas pessoas no bar
além de nós. Nenhum deles parecia estar muito feliz.
Sentamos-nos em
uma mesa mais afastada e enquanto Matt e eu pedimos cerveja, Alexa logo pediu
uma dose de tequila.
- Você não
deveria beber isso agora – tentei a advertir.
- Sabe Elle, hoje
eu quero ficar muito, mas muito bêbada. E depois quem sabe arranjar um cara
para me levar para casa. Mas não se preocupe, antes de me embebedar
completamente eu quero ficar sóbria o suficiente para cantar no karaokê.
Matt deu um longo
suspiro e naquele momento soube que ele estava pensando a mesma coisa que eu.
Quando o dia acabasse, “bem” não era o adjetivo que se encaixaria na situação.
Sem que ao menos
percebesse, a noite foi chegando e com ela as pessoas também. A cada minuto que
se passava o bar ficava mais cheio e as luzes foscas iam se acendendo.
Nós conseguimos
fazer com que Alexa parasse de beber, pois ela já estava afetada o suficiente
para se esquecer de seus problemas.
- Pega, bebe um
pouco mais de água – dei o copo á ela.
- Elle, você é
tão querida. Ela não é querida, Matt? – falou com um sorriso débil no rosto –
Eu sei que se Alex não namorasse comigo ele se apaixonaria de volta por você,
sim, eu sei.
Eu enterrei minha
cabeça entre as mãos desejando ficar invisível.
- Falando no
diabo – Matthew sussurrou no meu ouvido.
Ergui a cabeça
lentamente e olhei em direção á entrada. As probabilidades da noite não acabar
bem aumentaram em 50% quando Alex resolveu ir justamente ao Slattery’s. Mas o
que estranhei, foi o fato de ele estar sozinho. Não havia sinal de Arielle.
- O que você
cochichou no ouvido dela? Eu quero saber também – falou Alexa.
- Chung, está na
hora de ir – falei me levantando.
- Não! Eu ainda
não cantei no karaokê – resmungou feito uma criança birrenta.
- A gente instala
o meu lá em casa, agora vamos.
- Não! Só vou
quando eu cantar no karaokê. Não... Você vai cantar no karaokê.
- Eu odeio
karaokê, Alexa. Esquece isso e vamos embora.
- Por que você
quer ir embora tão depressa? O Matt parece bem, você não está se divertindo?
- É Elle, você
não está se divertindo? – o meu amigo tinha um sorriso nos lábios.
- Você não está
ajudando Matthew.
- Eu já volto -
ele piscou para mim e levantou-se.
Olhei em volta e
meus olhos encontraram Alex no balcão do bar. Estava de costas e tragava um
cigarro, enquanto os dedos de sua outra mão deslizavam sob a superfície úmida
da garrafa de cerveja.
Nós tínhamos que
sair dali sem chamar sua atenção.
- Voltei – Matt
se sentou novamente.
- O que você está
fazendo? Nós vamos embora.
- Acho que não
nesse exato momento – respondeu com um tom sarcástico.
- Eba! – Alexa comemorou.
- Como assim? Nós
vamos agora...
Matt ria tanto,
mas eu não conseguia entender o porquê. Foi ai que eu ouvi a voz da mulher soar
no microfone.
- Você não fez
isso – olhei para ele furiosa.
- Qual é! Eles
tinham a sua música.
- Onde está você,
Elle? – a mulher perguntou e o holofote começou a se mover entre as pessoas.
- A Elle está
aqui! – Alexa gritou.
Então, a forte
luz branca encontrou-se á mim. Meu coração começou a bater rápido e em toda
minha existência e minha crença em vida em outros planetas, eu nunca desejei
tão forte para que um Alienígena resolvesse me abduzir naquele exato momento.
- Vai Elle. Irá
ser pior se você não for.
- Que droga de
música você escolheu? – perguntei.
- Ah, uma velha
conhecida sua. Você sabe a letra, disso eu tenho certeza.
- Vai, Elle! –
Alexa gritou – Elle! Elle! Elle!
- Elle! Elle! –
Matt resolveu ajuda-la a me envergonhar ainda mais.
Para meu
infortúnio, meias dúzias de pessoas se juntaram ao coro. E quando percebi já
não eram meia dúzia, era o bar inteiro gritando repetidamente o meu nome.
- Tudo bem, eu
vou! – me rendi.
Urras e assobios
se espalharam pelo local. Caminhei lentamente em direção ao pouco como se
caminhasse para a cadeira elétrica. Quando subi os degraus, a mulher me
conduziu para frente do microfone.
Dali de cima pude
ver claramente. Alex agora estava com os olhos em mim e seu sorriso era cheio
de malícia.
Olhei para a tela
e identifiquei o nome da música: I Hate Myself for Loving You
by Joan Jett and The Blackhearts. Não pude conter o riso, essa era a música
que eu escutava repetidamente quando estava sofrendo de coração partido.
A canção começou
junto com a contagem, eu tentava não ficar nervosa para conseguir cantar pelo
menos como um ser humano normal.
Midnight,
getting uptight, where are you?
You said you'd meet me, now it's quarter to two
I know I'm hanging, but I'm still wanting you
You said you'd meet me, now it's quarter to two
I know I'm hanging, but I'm still wanting you
Hey, Jack, it's
a fact they're talking in town
I turn my back and you're messing around
I'm not really jealous, but don't like looking like a clown
I turn my back and you're messing around
I'm not really jealous, but don't like looking like a clown
I think of you
every night and day
You took my heart then you took my pride away
You took my heart then you took my pride away
Quando o refrão chegou, eu já não
estava ligando muito. Simplesmente
tentei me divertir.
I hate myself for loving you
Can’t break from the things that you do
I wanna walk but I run back to you
That’s why I hate myself for loving you
As pessoas gritavam em incentivo. Eu
estava achando aquilo a coisa mais hilária do mundo.
Daylight spent
the night without you
But I've been dreaming about the loving you do
I won't be as angry about the hell you put me through
But I've been dreaming about the loving you do
I won't be as angry about the hell you put me through
Hey, man, bet
you can treat me right
You just don't know what you was missing last night
I wanna see your face and say forget it just from spite
You just don't know what you was missing last night
I wanna see your face and say forget it just from spite
I think of you
every night and day
You took my heart then you took my pride away
You took my heart then you took my pride away
Ousei
olhar para Alex. Ele estava balançando a cabeça no ritmo da música e sorrindo.
I hate myself for loving you
Can’t break free from the things that you do
I wanna walk but I run back to you
That’s why I hate myself for loving you
Eu o encarei diretamente enquanto
cantava os últimos versos, assim como eu via as pessoas fazendo nos filmes.
I think of you every night and day
You took my heart then you took my pride away
You took my heart then you took my pride away
I hate myself for loving you
Can't break free from the the things that you do
I wanna walk but I run back to you
Can't break free from the the things that you do
I wanna walk but I run back to you
That's why I hate myself for loving you
I hate myself for loving you
Can't break free from the the things that you do
I wanna walk but I run back to you
Can't break free from the the things that you do
I wanna walk but I run back to you
That's why I hate myself for loving you
I hate myself…For loving you
I hate myself…For loving you
I hate myself...For loving you
I hate myself…
I hate myself for loving you
A música chegou ao fim. Eu tinha a
sensação que meu coração iria pular de meu peito a qualquer instante. As pessoas gritavam e batiam palmas. Eu
estava eufórica.
- Essa foi Elle
Deville, pessoal! – a mulher havia voltado ao palco – Palmas para essa
apresentação eletrizante.
Eu me curvei em
agradecimento e saí do palco. Estava indo em direção á nossa mesa quando alguém
me puxou pelo braço me impedindo de prosseguir.
- Bela
apresentação, Deville. Você até que canta bem – falou Alex.
- Obrigada. Na
verdade eu não gosto muito de karaokê.
- Percebi pelo
jeito que você se mexia lá em cima. Bem sensual para ser sincero.
Eu desviei o
olhar para algo que eu não sabia que estava procurando.
- Eu quero falar
com você – delicadamente ele virou meu rosto rente ao dele.
- Nós já
conversamos sobre isso.
- Não, eu
realmente preciso falar com você. Por favor.
- Olha, estou
cansada, com fome e eu quero ir para o meu apartamento onde minha cama de
verdade está me esperando. Aquela cama que tem na casa dos meus pais não é lá
muito aconchegante.
- Eu levo você,
Elle – insistiu – Diferente do que você pensa, eu não sou um cafajeste sem
sentimentos. Para mim é como se o passado não tivesse passado. Não sei
exatamente a razão disso, mas faço uma ideia...
- Vai ver que
você é o Dr. Manhattan e é capaz de controlar o tempo – respondi irônica.
- Não, não é isso.
É porque eu ainda penso em você – sorriu – Agora só me diz que vai aceitar
falar comigo, por favor.
Como minha mãe
bem dizia: Quem está na chuva é para se molhar. Eu já estava toda encharcada, uma
gota a mais não iria fazer diferença.
Beeel! Arrasou mais do que a Elle no karaokê! Hahahahahahahaha levar ela em casa, aham mr. Turner, vc não engana ngm. Próximo capítulo promeete. To super ansiosa! *.*
ResponderExcluirPs. O blog tá lindooo. Vcs são incríveis mesmo, meninas!
ResponderExcluircaramba tava com saudades dessa fic, o capitulo tá incrível muitas emoções, espero ansiosa pelo próximo, e sobre o novo desing do blog eu amei porém estou meio perdida quanto as atualizações das fics, enfim até o próximo.
ResponderExcluirOi! Então, as atualizações de todo um mês irão ficar nessa página: http://arcticmonkeysfanfics.blogspot.com.br/p/atualizacoes.html
ExcluirO link dela também está no slide, no terceiro para ser mais exata.
Espero ter esclarecido sua dúvida! Beijos.
Adorei, o próximo capítulo pelo jeito promete, mal posso esperar pra ler! E o novo layout do blog tá ótimo :)
ResponderExcluirAlexa bêbada, Alex um tanto quanto carinhoso e novo layout do blog. Tudo perfeito! Só fico aqui me perguntando como a Alexa se sentiria se o Alex e a Elle se envolvessem...ansiosa pra saber se a resposta chegará nos próximos capítulos! Beijos!
ResponderExcluirAiaiaia... Essa fanfic me deixa tão atônita. Sem palavras e super ansiosa. QUERO SEXO desses dois pra ontem hahaha.
ResponderExcluir♥
Como vc termina o capítulo assim? Preciso já do próximo! Preciso desses dois juntos! Haha beijos
ResponderExcluirElle é diva! Hehehehe Já não consigo achar palavras para dizer o quanto me divirto e adoro essa fic. Bel, você é demais. Beijinhos <3
ResponderExcluirSteph
Que lindo!!! Amei <3
ResponderExcluirMal posso esperar pelo próximo capítulo!
Bjs