TV IN BLACK & WHITE 08: THE ANSWER FOR ALL FEARS

N/A: Gente, a música vai ser de extremante importância na cena! Eu recomendo vocês darem play quando o link aparecer no capítulo. Ok? ♥

...

 - Matt, você pode levar a Alexa? – perguntei quando voltei à mesa.

 - Ah, posso. Mas você não vem?

 - Não, eu vou pegar um táxi e vou para o meu apartamento. Estou cansada – disse enquanto pegava a minha bolsa – Não se preocupe comigo, cuide dela.

  - Tudo bem.

  Fui até Alexa e ajudei-a a se levantar.

  - Matt vai cuidar de você, ok? Fique bem, amanhã eu vou ver você.

  - Você foi demais no karaokê, Elle. Amo você – ela me abraçou desajeitada.

  - Também amo você.

  Despedi-me de Matthew depois de dar algumas instruções á ele e depois fui para o balcão onde Alex estava. 

  - Vamos logo, quero sair antes que eles saiam.

  - Quer dizer que Alexa bebeu até não poder mais, huh? – nós estávamos indo em direção à saída.

  - Ela bebeu muito, mas eu acho que acabou se divertindo. Conseguimos fazer com que ela parasse, o máximo que vai ter é uma enxaqueca. Alexa pode ser magra, mas até que é forte quando se trata de bebida. Falando nisso... Como está Jamie?

  - Sendo mimado como se deve – nós já estávamos fora do bar – Ele vai ficar bem.

  Quase toquei no nome de Arielle, mas não queria falar sobre aquilo. Pelo menos não naquele momento.

   - Vem, meu carro está logo ali – ele estendeu a mão para que eu pudesse a segurar.

  Em plena consciência ou não, pela grande razão desconhecida que levava a culpa por minhas atitudes toda vez que Alex estava comigo, eu segurei sua mão. E sentir o calor dela derretendo o frio da minha fez com que eu não me arrependesse daquilo.

   - Não sei porquê estamos de mãos dadas – falei.

  - Você quer que eu solte? – perguntou olhando para mim.

  - Não disse que isso me incomodava.

  Ele levou ás costas de minha mão aos seus lábios e ali depositou um beijo.

  Imaginei que ele pensava a mesma coisa que eu. Os dois, bem lá no fundo, escondido atrás de todas as dúvidas que fazia-nos se perguntar se era certo ou errado, sabiam do que o outro sentiu um dia. Naquele momento só queríamos saber como seria as coisas se o passado não tivesse sido como foi.

...

  - Nossa, eu fiquei um dia sem vir aqui e parece que se passou uma semana – falei assim que abri a porta do apartamento.

  - Por que você vai se mudar, afinal? – ele perguntou enquanto fechava a porta atrás de si.

  - É idiota, mas eu demoro muito para me adaptar e se um dia eu casar e tiver filhos, quero viver lá. Por isso resolvi me mudar.

   - E você pensa em se casar e ter filhos agora?

  - Não agora. Mas eu também não quero que demore mais quinze ou vinte anos. Quero ver meus filhos crescerem enquanto eu sou jovem o suficiente para acompanha-lós. É claro, tudo isso se eu tiver filhos. Ou se eu casar.

  Alex riu e balançou a cabeça.

  - O que foi?

  - Nada, é só que eu não imaginava que você quisesse isso para você. Sabe, uma família e coisas do tipo.

  - Você acha que isso é ruim? – perguntei indo em direção à cozinha.

  - Não. Não mesmo – ele se sentou no balcão e ficou em silêncio enquanto eu procurava comida na geladeira e nos armários.

  - Você está com fome?

  - Um pouco – deu de ombros – Nós podemos pedir alguma coisa.

  Eu virei para ele e o encarei de braços cruzados.

  - Eu falei algo de errado? – perguntou.

  - Afinal de contas você não me conhece mesmo, não é Turner?

  - Não conheço? – arqueou a sobrancelha.

  - Não! Ao contrário iria saber que eu adoro cozinhar e que faço isso muito bem.

  - Tudo bem – ergueu as mãos como se rendesse – Não está mais aqui quem falou. E o que você vai fazer?

  - Capeletti á Romanesca e você irá me ajudar. Depois nós iremos ter aquela conversa que você queria.

...

  No final das contas, Alex tinha se mostrado um bom ajudante na cozinha.

  Eu arrumei a mesa na varanda do apartamento, pois o céu estava bonito demais para ficarmos sob um teto. Um dos motivos para eu gostar tanto daquele prédio, é que ele tinha a típica arquitetura Nova Yorkina, mas as varandas eram grandes e espaçosas, proporcionando um pouco de ar livre aos moradores e a oportunidade de observar o céu. E quando acendia as luzes de natal que eu havia colocado por toda sua extensão, tudo ficava um pouco mais mágico.

  Nós dois havíamos terminado de jantar e após uma conversa comum e descontraída, eu queria ouvir o que ele tinha a me falar.

  - Devo admitir, você cozinha muito bem – ele disse.

  - Você tem sua parte do crédito – sorri – Mas agora será que podemos ter aquela conversa? Como está Arielle, afinal? Soube que ela estava na cidade.

  Meu comentário o pegou de surpresa.

  - Arielle...Está em um voo de volta para Los Angeles. Nós terminamos – ele encarava as luzes do prédio no outro lado da rua – Eu não podia fazer isso por telefone.

  - Sinto muito.

  - Tudo bem. Nós ainda estávamos vendo como poderia ser... Mas então eu percebi que não era aquilo que eu queria para mim, então achei melhor terminar antes que eu pudesse a magoar – voltou a olhar para mim, só que dessa vez de modo muito mais sereno.

  De um jeito quase... Apaixonado.

  - Eu vou pegar mais vinho – falei me levantando – Você quer?

  - Claro.

  Eu fui até a cozinha em passos apressados. Meu coração estava acelerado. Eu sabia onde tudo aquilo ia acabar e sabia também que era errado. Porém saber de tudo isso não me impedia de querer.

  - Droga, o que eu vou fazer? – resmunguei enquanto colocava vinho nas taças.

  Ainda na cozinha, ouvi a música vinda da sala de estar. Peguei as duas taças e fui até lá.

Alex estava parado perto da estante analisando um dos poucos discos que deixei.

  - Nick Cave & The Bad Seeds é a banda preferida do meu pai – falei chamando sua atenção.

  - Então seu pai tem bom gosto.

  Ele se aproximou de mim, tirou as taças de minha mão e as colocou na prateleira da estante que agora estava quase vazia.

  - Dança comigo – me puxou pela mão fazendo com que nossos corpos ficassem colados um no outro.

  A voz de Cave soava pelo lugar, nós nos movíamos lentamente, nossas mãos encostadas uma a outra como uma valsa. Era como se o mundo lá fora não existisse e só nós dois habitássemos a Terra. Então, Alex começou a acompanhar a música, cantando em um sussurro rouco e falho perto de meu ouvido:

They are knocking now upon your door
They measure the room, they know the score
They're mopping up the butcher's floor
Of your broken little hearts

Oooh, Oooh

Oooh,Oooh

 O’children

  Nós éramos de uma sintonia perfeita. Ele colocou um braço em volta de minha cintura e eu coloquei outro em seu ombro. Delicadamente ele pressionou sua testa contra minha para poder me olhar nos olhos quando voltou a cantar:

O’children
Lift up your voice, lift up your voice
Children
Rejoice, rejoice

  Ele me beijou lentamente nos lábios e eu senti o tempo parar. Entrelaçou uma mexa de meu cabelo entre seus dedos e afundou seu rosto em meu pescoço aspirando meu perfume. Meu corpo se arrepiou. Entrelaçamos as mãos e nos apertamos um contra o outro, querendo se fundir, querendo deixar de ser dois para se tornar um.

  - Elle... – sussurrou.

  - Só cante para mim – pedi.

Here comes Frank and poor old Jim
They're gathering round with all my friends
We're older now, the light is dim
And you are only just beginning

Oooh, Oooh

Oooh, Oooh

O’ children

We have the answer to all your fears
It's short, it's simple, it's crystal clear
It's round about, it's somewhere here
Lost amongst our winnings

  - Eu não quero que esse momento acabe – falou.

  - Talvez se fecharmos os olhos, ele dure para sempre... E nós podemos dançar juntos, sem pensar se é certo ou errado. Nós podemos nos amar, nós podemos fazer o que as circunstâncias do passado não permitiram. E podemos nos permitir sentir-se bem, porque aqui... Agora, nós não vamos ferir os sentimentos de ninguém.

  - E isso um dia vai ser possível no mundo real, Elle?

  - Eu não sei. Ninguém sabe, mas o que importa é que agora estamos aqui ouvindo essa música e dançando. É só isso que importa.

  E nós continuamos dançando, sozinhos, não queríamos pensar em nada. Não queríamos pensar em ninguém. Queríamos só saber que naquele instante nós podíamos nos beijar. E nós beijamos, e podia jurar que foi o melhor beijo de minha vida. Tudo naquele momento do tempo parecia ser o melhor de minha vida. Era como estar na estória de um livro antigo. Era algo que eu não saberia explicar direito.

  Então eu cantei e ele cantou junto comigo.

Hey little train! We are all jumping on
The train that goes to the Kingdom
We're happy, Ma, we're having fun
And the train ain't even left the station

Hey, little train! Wait for me!
I once was blind but now I see

Have you left a seat for me?
Is that such a stretch of the imagination?

 

  Alex aumentou o ritmo de seus passos e me prensou contra a parede. Beijou-se com mais vontade do que antes tinha feito e eu fiz o mesmo. Suas mãos deslizavam pela lateral de meu corpo e seu simples toque me fazia estremecer por dentro. Eu precisava dele e não tinha o mínimo peso na consciência por isso.

   Sua boca se encaixava perfeitamente na minha, sua língua massageava a minha calorosamente. Suas mãos alternavam entre meus cabelos e minha cintura, onde ambos eram apertados fortemente. A falta de ar era evidente, o calor que emanava dos nossos corpos dificultava mais a nossa respiração, tendo que apelar para o afastamento de nossas bocas para conseguirmos respirarmos.

   O ajudei a tirar a camiseta, jogando-a em qualquer canto do quarto, perdendo-se ali. Como o grande cavalheiro que Alex era, fez questão de abrir meu zíper, se livrar de minha calça. Deixando minha intimidade apenas coberta pelo tecido fino da calcinha. Ele a tateou fazendo com que eu mordesse os lábios involuntariamente, o que só serviu de incentivo para ele continuar. Eu entrelacei minhas pernas em torno de seu tronco e ele apertou com toda força que pode seu corpo contra o meu. Pude sentir sua ereção sob o jeans que usava, contrai meu corpo contra o seu quando minha intimidade roçou em seu quadril.

  - Por que a gente não tira isso? – suas mãos passavam por de baixo de minha blusa.

  - Ótima ideia – respondi tirando-a em um rápido movimento.  Agora ele estava livre para apalpar meus seios, me fazendo deseja-lo cada vez mais.

  - Acho melhor irmos para a cama.

  Alex apenas concordou com a cabeça e me segurou com as pernas ainda envolvidas nele, nos conduziu até a minha cama. Jogou-me sem pudor e logo em seguida tirou o jeans que vestia.

  Ainda de pé, ele abriu minhas pernas e só então se deitou sob mim. Eu me ergui por um segundo para que ele pudesse abrir o fecho de meu sutiã, e quando ele jogou a peça em algum canto do quarto, não se demorou a começar beijar e mordê-los com vontade.

  Com os pés em seu quadril, eu fui dando um jeito de tirar a box que ele vestia.

  - Quem diria que você é tão engenhosa – disse rindo. Deslizava meus pés por cima de seu membro, arrancando um suspiro pesado dele.

   - Eu sei fazer muito mais do que você pensa.

  Alex sorriu malicioso e então, deslizou sua boca por minha barriga, até chegar ao interior de minhas coxas. Afastou a calcinha expondo a intimidade úmida e inchada. Eu senti o arrepio percorrer por todo o meu corpo e meus pés se contorceram quando sua língua pode ser sentida por mim. Suas mãos estavam agarradas em minhas coxas, enquanto as minhas se entrelaçavam em seus cabelos que no momento, já estavam bagunçados e molhados. Sua boca quente em mim me proporcionava uma sensação que jamais outra pessoa foi capaz. Nem mesmo Matt, entretanto não era justo pensar nisso em uma hora daquelas. Não na hora em que Alex Turner estava me fazendo gemer.

  - Alex... – chamei por seu nome já ofegante.

  Ele me olhou sorrindo sacana e passou o dedo polegar pelo canto dos lábios. Tentei levantar-me para chegar mais perto do seu corpo nu, mas fui impedida com suas mãos grandes, me empurrando para a calma novamente. Fiquei parada analisando seu próximo movimento, seus olhos estavam de uma maneira predatória, percorriam meu corpo desejando-o. Soube que estava em perdida quando seu sorriso característico surgiu.

  Alex afastou um pouco mais minhas pernas e se aproximou. Quando ele finalmente fez o que eu tanto queria, uma explosão de prazer tomou conta de mim.  Era muito melhor do que tudo que eu poderia ter pensado.  Ficamos um momento naquela posição, ele apenas dentro de mim. Como se estivéssemos desfrutando e guardando aquele momento para sempre. Os gemidos mesmo que tímidos começaram a aparecer quando Alex começou a se movimentar. Com as batidas frenéticas e descompassadas de meu coração, eu sentia a respiração falhar e a visão ficar turva. Tentava controlar os gemidos que pediam para sair de minha garganta a cada estocada de Alex, mas desisti quando ele segurou meus quadris com força e acelerou seus movimentos. Alex mordiscou meus mamilos enrijecidos depois de saciar minha vontade de seu beijo caloroso.

  Não havia nenhuma possibilidade de sentir algum remorso.

...

  Nós transamos a noite toda e quando terminamos, estávamos extasiados.

  Eu me aconcheguei nos braços de Alex com a cabeça repousando em seu peito que subia e descia no compasso da respiração enquanto ele passava seus dedos delicadamente na extensão de meu braço.

  - O que acontece agora? – perguntei.

  - Agora eu não sei. Mas amanhã eu vou preparar um café maravilhoso para você.

  Eu sorri. Era incrível como eu me surpreendia cada vez mais com a doçura que Alex tinha.

  - É sério, Alex.

  - Elle, não se preocupe com isso nesse instante. Feche os olhos e tente dormir um pouco. Vou estar aqui quando acordar.

  E eu fechei os olhos. A consciência estava me deixando aos poucos, a única coisa que ouvia era a respiração de Alex e seus batimentos cardíacos. Então, eu ouvi sua voz sussurrar:

“Estou louco por você, Elle”

  Não tenho certeza se ele realmente falou aquilo, ou se eu já estava sonhando. A única coisa que sei, foi que dormi feliz aquela noite.

...

N/A: Olá! Espero que tenham gostado do capítulo, pois eu gostei de escrever ele ♥ O que posso dizer é que vem uma reviravolta por aí...

Vejo vocês no próximo capítulo! Love always, Bel.

PS: Quase me esqueci de colocar aqui o devido agradecimento á Anne que me ajudou com o capítulo. Obrigada Anne ♥