Minha face
queimou em vergonha e eu baixei olhar não suportando encará-lo.
__ Eu vou
me limpar – murmurei querendo fugir o mais rápido possível da situação mais que
embaraçosa.
__ Eu vou
com você – Catarina murmurou também hipnotizada por ele. Dei um passo para trás
e virei-me em direção ao banheiro mais próximo, Catarina pisava logo atrás de
mim.
Gemi ao me
olhar no espelho e constatar o estado lastimável em que me encontrava, a blusa
branca estava completamente transparente na região do busto deixando à mostra o
sutiã florido que tinha por baixo. Respirei fundo tentando não me descontrolar
e chorar tamanha a raiva e a vergonha.
__ Nossa,
isso está ruim mesmo – o comentário nada animador da minha melhor amiga me fez
querer socá-la.
__ Ah muito
obrigada – murmurei irritada e sarcástica e levemente desesperada.
__ Mas fica
calma, vamos dar um jeito nisso – disse enquanto desenrolava todo o papel
disponível para a secagem das mãos que estava ao lado da pia – Tenta se secar
com isso – me deu o bolo de papel.
Depois de
passar vários minutos tentando desesperadamente secar ao menos um pouco a
camisa, larguei o papel na bancada desisitindo.
__ Não deu
certo – ela murmurou penosa
__ Jura? –
normalmente eu tento relevar Catarina, mas me encontrava em um estágio de raiva
tão grande que foi impossível – Como é que eu vou sair desse banheiro agora?
__ Ajudaria
se eu falasse que transparência está na moda? – indagou sorrindo, na tentativa
de fazer uma piada da situação. Não pude deixar de rir e relaxar por um
instante.
__ Eu estou
falando sério Cata – murmurei
__ Eu também!
Você não vai se trancar nesse banheiro e dar esse gostinho para aquela vadia,
ta entendendo? Você vai sair desse banheiro com a cabeça erguida como se nada
tivesse acontecido.
__ Mas
Catarina eu estou praticamente nua! Murmurei achando todo aquele papo um
absurdo.
__ Meu amor
se a vida te dá um limão, não chupe. Faça uma limonada – pronunciou o ditado
como se fosse um velho provérbio chinês, eu ri e concordei com a cabeça.
__ Tudo
bem, mas vamos daqui direto para a mesa pagar nossa conta e tentar passar
despercebida ok?
__ É assim
que se fala! – ela bateu palminhas, animada com a ideia de sair do banheiro, já
estávamos aqui ao menos 20 minutos.
Toda a
minha confiança esvaiu-se quando ao sair do banheiro avistei Alex e sua
namorada à poucos metros do banheiro. Estanquei no meio do caminho, não podia
deixar que ele me visse assim, muito menos ela.
__ O que
foi? – Catarina questionou, mas logo depois percebeu o motivo – Ah
__ Eu vou
voltar pro banheiro – murmurei tentando dar meia volta, mas fui impedida por
ela1
__ Nada
disso! Você vai continuar andando e ir até aquela porcaria de mesa
__ Não vou
não
__ Vai sim
__ Não
__ Sim! –
ela gritou bem no instante em que a musica deu uma pequena pausa, muitas
pessoas se viraram para observar-nos. Inclusive aqueles do qual eu estava
tentando me esconder.
Baixei o
olhar corando de vergonha quando Alex e seus colegas nos dirigiram o olhar.
__ Oh Meu
Deus – Catarina murmurou preocupada
__ O que
foi? - Perguntei ansiosa
__ Não se
apavora, mas o Alex e a vadia estão vindo pra cá – meu queixo literalmente caiu
e eu olhei para os lados tentando desesperadamente achar um brecha para fugir.
Mas foi em vão.
__ Oi –
Catarina disse quando os dois pararam em nossa frente, virei o rosto lentamente
até encará-lo. O oi de Catarina foi completamente ignorado pelos dois.
__ Sua
camisa ficou bem ruim hein – a ruiva cínica murmurou fingindo complacência – Se
você quiser eu posso te indicar uma lavanderia ótima. Vai ficar mais branca que
antes.
__ Obrigada
– murmurei tentando não transparecer a raiva latejante que crescia dentro de
mim e ignorar o olhar intenso de Alex em meu busto – Mas eu mesma lavo.
__ Você é
quem sabe – deu de ombros. Ela estava pouco se lixando para mim ou minha camisa
– Espero que tenha sorte ao voltar pra casa com a camisa desse jeito.
__ Huh –
murmurei cruzando os braços e tentando inutilmente esconder a transparência.
__ Nós já
estamos de saída – eu agradeci internamente por Catarina finalmente se
pronunciar.
__ É –
concordei – obrigada por se preocupar – murmurei para a moça e sorri falsamente
assim como ela.
Alex se
separou dela por um segundo, tirou a jaqueta de couro preta do corpo e fez
aquilo que eu nunca pensei vir dele. Estendeu-me a jaqueta. Fiquei confusa e
sem reação por alguns segundos.
__ Não
posso aceitar – murmurei
__ Não seja
estúpida eu tenho tantas, essa não me fará nenhuma falta – murmurou com sua voz
um grave, rouca e sotaque britânico delicioso.
Eu sorri
feito uma estúpida e peguei a jaqueta no ar, ela estava quente e tinha o cheiro
de nicotina e perfume caro. Me senti confortavelmente bem naquele instante,
como nunca antes. Sei que aquele gesto não significava nada para ele, assim
como o próprio disse aquela jaqueta não lhe faria nenhuma falta, mas
significava muito pra mim.
__ Obrigada
– murmurei corada – nós já vamos.
Pode
parecer ridículo, mas naquela noite dormi abraçada à jaqueta sentindo seu
cheirinho e a paz que me transmitia.
Hum... é com certeza parece estupido.
ResponderExcluirEu não gostei tanto desse capitulo, sei lá ficou meio irreal de mais.
a d o r o esse capítulo *-*
ResponderExcluirele dando a jaqueta pra ela é surreal de fofo <33333
sim, estou lendo de novo, problem? u.u hahahaha perfeita demais pra ler uma vez só <3