New York Memories: 02 The stranger in my room.


 Talvez eu estivesse ficando louca ou talvez só estivesse bêbada o suficiente. Mas o fato era que estava dirigindo o carro de um total estranho. E outro fato de minha irresponsabilidade era, eu o estava levando para minha casa.  Não tive outra escolha, ele não sabia me dizer quem era ou a onde vivia. A unica palavra clara que me disse até agora, foi um nome. O nome de uma mulher.
 Ele dormia ao meu lado no banco do carona. Seu carro era um Toyota 4x4. Apesar de eu achar que não fazia muito seu estilo. Mecho no porta luvas. Alguns CDs e uma papelada sem importância. Pego um CD  com a capa feita a mão com algum tipo de desenho moderno surreal. Dentro dele uma foto. Ele alguns anos mais novo, com uma moça bonita de lindos olhos azuis e feições marcantes. Pareciam felizes. Atraz da foto um bilhete.
          "Honey, i will play this game
                     forver and ever.      
                                 With love Alexa "
 Alexa...
  Estaciono o carro enfrente ao prédio da rua 34, que ficava em frente aos trilhos do metrô. Tento acorda-lo.
-Hey, wake up.- Falo alto no seu ouvido, dando uns tapas em sua cara. Ele parece reagir. - Vamo, temos que entrar.
  O café estava ralo. O suficiente para uma xícara de chá-fé. Espero que isso seja o suficiente para acordar o estranho à minha mesa.
-Toma vai ajudar.- Me olha desconfiado, exita pegar a xícara mas logo se rende. Solta alguns gemidos, com certeza um efeito da bebida.  O silêncio domina meu apartamento. Não acho conveniente enche-lo de perguntas porque também ele não parecia disposto a responde-las.  A paranóia mandava recados. O  pensamento que talvez amanhã eu estaria em uma manchete do New York Times. Algo como : " Jovem de 23 anos é encontrada morta com 26 facadas no peito. Suspeito ainda não foi identificado."
Perdida nos meus pensamentos não percebo avia se posto de pé. Olhando um dos meus quadros com muita atenção. Era o central park a noite. Não parecia pois estava mais obscuro e as árvores não pareciam mais tão harmoniosas.
-Eu gosto desse. São poucas as pessoas que podem admirar isso.- Ele estava perdido dentro da pintura, e a única coisa que consegue dizer é  "verdade". -Será que agora pode me dizer seu nome? - Ele me olha. Lança um sorriso pretensioso, que por mais irritante que fosse de certo ângulo poderia ser charmoso.
- É  Alex, mas você já deveria saber.- Dá de ombros, sentasse no sofá . Como se ja estivesse familiarizado.
-E por que eu deveria saber?
-Por que  outro motivo me traria a sua casa? - Ele ergue as sobrancelhas. Penso na resposta mais coerente.
-Pena. - A verdade teria que esperar- De um bêbado com o coração partido. - Ele olha para o chão. Novamente padecendo perdido. Talvez  tenha sido meio rude de minha parte ter tocado na ferida mas pareceu o melhor a se dizer. Ele começa a sorrir, fica a poucos metros de mim.
-Você costuma ter pena de muitos caras?- Malícia, era tudo que parecia sair daquela boca.
-É melhor você me dizer quem é Alexa antes.- Seus olhos se misturam em um misto de surpresa e dor. E aquela mania de fixar toda aquela dor nos meus.
-Quem é você?- Ele sussura, chega mais perto. O ar fica denso. Afasto me dele dando de costas.
- Olha você pode dormir aqui. É tarde e não sei o número de um táxi.
   Ansiedade ou medo não importa, algo não me deixava  dormir. Talvez fosse o estranho dormindo no meu sofá. Rabisquei a madrugada inteira. Ele. Sei que isso é estranho. Ele, Alex ficou em minha mente por meses e era tudo que conseguia desenhar. E agora  estava ali no meu sofá.
Sem cerimônia toma café. Eu cochilei, acordei com o assobio da chaleira. O susto maior foi ver que o tal Alex olhava tranquilamente o meu caderno de desenhos. Alex percebe que  estou acordada e dá um meio sorriso.
-Você é uma ótima artista.- Me apresso em tirar o caderno de suas mãos. -Está apaixonada.- foi uma afirmação.
-Não. Curiosa.- Digo. Se levanta da mesa. Veste a jaqueta, pega as chaves do carro e vai em direção da porta. Na soleira da porta se vira para mim.
-NCB às 20h.- Me dá uma piscadela sumido corredor a fora. Enquanto permaneço imóvel.
                            .....
Trabalhar, o melhor a se fazer. De todas as minhas decisões impulsivas, largar a faculdade e me mudar para NYC foi a melhor. Não via meus pais a quatro anos. Morar na cidade que nunca dorme poderia ser solitário, eu gostava disso.
 No outono a vista do Empire State era inigualável, toda a cidade parecia mais encantadora. fazia desenhos nos pontos turísticos mas os designers de logos sustentavam a casa.
 Uma moça chama minha atenção.
-Você pode desenhar a gente? - Eu apenas afirmo com a cabeça. Os dois se posicionam.  Ela sorria para mim enquanto o rapaz desajeitado a abraçá e a olhava. Sabe, aquele olhar que faz o tempo parar, aquele olhar de filme, aquele olhar que nunca avia recebido. Meu longo histórico de relacionamentos fracassados me tornará aquela pessoa solitária que admirava aquela cena.
NBC as 20h.
- Alô
-Olá Lydia, o que vai fazer as 20h? - Minha única amiga na cidade.
- Nada. podemos ir na reinauguração daquela boate na times square.- Colunistas da vogue, ocasionalmente modelo, paga para se divertir e prima da minha melhor amiga. Agora minha melhor amiga.
-Preciso da sua TV as 20h.- TV era algo dispensável. Tinha outras coisas importantes para se comprar antes.  uma banheira quem sabe.
-Okay, até as 20h.
-Até.
Lydia mora no Upper East Side. Sendo a vizinhança rica e famosa, na maioria das vezes que a faço uma visita sou surpreendida com um paparazzi me confundindo com alguém famoso. O que era ridículo, porque não sou bonita nem ostento magreza.
Entro no saguão, o porteiro sorrir para mim, corro até o elevador. James segura a porta para mim.
-Olá Merinda, quando vai  me dar uma oportunidade de ser seu modelo? - Ele sorri lindamente, não era atoa pois era da Marc  Jacobs.
-Não sei,  estou sendo muito disputada.- falo brincando. James um cara legal com senso de humor.

-Liga a TV- adentro na casa.
-Onde fica todo aquele idealismo ant-TV? -Lydia vem atrás de mim.
-Eu encontrei ele.- ela liga a TV- NBC!- se atira ao meu lado no sofá.
-Quem mulher?
-O cara do central park- solta um gritinho e começa a tagarelar.
Eu prestava atenção na televisão. Uma vinheta aparece, e uma mulher apresenta o que presumo  ser uma banda. Pois as palavras "quinto álbum " e "eles " me dam essa dica. A câmera corta para dois caras. Alex  com o sobrenome de Turner e um cara forte de olhos verdes com nome de Matt Helders.
-É ele.- digo
-Quem?
-Alex Turner.- ela se cala.
 De todas as perguntas a única que me interessou foi a última. " Alex fazem 4 anos que vocês não veem a NYC,  porquê?" ele dá aquele mesmo olhar perdido para a câmera mas antes que percebam seu desconforto Matt responde " Estávamos muito ocupados trabalhando em LA."
-Não acredito que esse cretino é seu cara misterioso.- Fala Lydia.
-Você o conhece? - ela pensa um pouco.
- Só de fama.- arqueio a sobrancelha - Fama de bad boy, ele  destruiu algumas das minhas modelos.- O cara que "conheci" no central park não parecia o tipo bad boy. Deveria ser um efeito colateral de ter o coração partido.


NA: Oiii meninas. Eu sei o primeiro capítulo estava muito curtinho, na realidade acho que foi mais um prólogo que um capítulo. Mas aí está a Merinda e o Alex e essa vibe misterioso entre eles. Curtam o capítulo,bjs.

2 comentários:

  1. perfeitooo, aguardo os próximos *----*

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  2. Huhuh adoro essa atmosfera misteriosa da fic; e a Merinda é desenhista! Amay <3
    Eu sinceramente não tenho nenhuma previsão pra essa fic além de estar no começo, não deixou nada claro ainda, mas eu amo essa vontade de descobrir mais! Espero que as coisas sejam esclarecidas futuramente.
    Só fica mais atenta aos erros gramaticais, como "havia"
    Besos, Bea :*

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