Stuck On the Puzzle 32: I Always Knew.

N/A: OI
Então, eu ia deixar pra postar na sexta, porque... Sexta. Enfim, mas vocês deram sorte que a tia tá feliz porque teve a oportunidade de ir no melhor show da vida dela ontem à noite e eu tô me dando bem nos estudos. Boa leitura!



Continuei perambulando pelo mesmo corredor, sem voltar para a sala onde a maioria do pessoal estava. Eu não queria que ninguém me visse.

Decidi me trancar no banheiro por um tempo, por mais que não fosse a coisa certa a fazer. Me olhei no espelho. Minhas tranças estavam bagunçadas. Meus olhos estavam cobertos de maquiagem borrada, mas não tanto. Eu sabia que se eu tentasse arrumar só iria piorar, então não fiz nada.

Encarei minha silhueta no espelho até que eu começasse a ter uma crise existencial. Era o melhor jeito de esquecer meus problemas, porque aí eu poderia me ocupar com perguntas do tipo: isso tudo é real? Qual é o propósito disso tudo?, e afins.

Infelizmente, o telefone impediu o processo que estava quase se completando. Xinguei baixinho e atendi de primeira.

“Marine falando.”

“O Alex está aí?”

Fiz uma careta, confusa.

“Não. Quer deixar recado? Porque se for pra anotar, deu azar.”

A voz do outro lado da linha riu. “Tá, quando você encontra-lo você pode dizer a ele que ele vacilou quando deixou você sozinha no corredor?”

Fiquei quieta, engolindo em seco e amolecendo totalmente sem querer.

“...”

“E que ele sabe que você deve estar puta com ele mas ele quer vê-la de novo para se desculpar?”

“Voltei para 2010 e não sei?” perguntei, com um sorriso bobo no rosto.

“Sabe, eu mudei muito desde aquela época pra cá. Mas quero que saiba que, em relação à você, eu sempre fui o mesmo idiota. Não queria dizer isso pelo telefone. Eu queria te falar isso pessoalmente.”

Engoli o choro. “Aonde você está?”

“No corredor de cima. É só seguir em frente e subir duas escadas. Estou esperando por você.”

Dizendo isso, desligou o telefone.

Não perdi tempo me arrumando. Peguei minha mochila e corri até a escada como se o mundo fosse acabar se eu não o fizesse.

Primeiro degrau. Meu coração já estava a mil por hora.

Quarto degrau. Eu não posso fazer isso.

Sexto degrau. Eu preciso fazer isso.

Nono degrau. Isso é um violão tocando?

Décimo primeiro degrau. É agora.

Último degrau. Fodeu.

Olhei para o lado. No final do corredor, Alex Turner estava sentado, tocando seu violão enquanto fumava. Andei lentamente até ele, que não tirava os olhos do instrumento até que eu parasse um pouco próxima à ele.

“Essa sua blusa”, ele disse, tirando o cigarro da boca e soprando a fumaça para cima. “Você a reconhece? Você estava usando ela no dia em que nos conhecemos.”

Arrumei uma mecha de cabelo e sorri como resposta.

“Vem, senta aqui. O que quer que eu toque?”

Franzi o cenho. “É assim que você pede desculpas?”

 É a melhor maneira, pelo menos agora.” Ele deu de ombros. “E se for errado, que seja errado. Quem liga?”

“Eu ligo. Porque eu sei que há mais garotas na sua vida, e quando esse show acabar você vai repetir esse processo e as palavras que decorou no espelho.”

Alex parou de tocar e olhou para mim, sério.

“Pode haver um milhão delas no meu universo, mas acredite, você vale por todas elas.”

Olhei para baixo, em silêncio.

“Eu sei que eu não sou bonita como elas.” Foi a coisa mais idiota que poderia ter saído da minha boca.

“Você é linda.” Ele disse. “E lá no palco, eu percebi que você fica mais bonita ainda quando não está olhando para mim.”

Cara, que coisa triste de se dizer.

“E quando eu estou?” perguntei, seca.

“Eu não sei, porque eu fico hipnotizado.”

Não respondi. Queria continuar olhando para o chão, onde eu só tinha a visão das minhas pernas cruzadas e as dele. Olhos. Grande merda. Quem foi o idiota que inventou isso?

“Você nunca deveria ter falado comigo.” Eu disse, mesmo sabendo que aquilo fora a melhor e a pior coisa que aconteceu na minha vida. “Olha só no que deu.”

“O que você esperava?” Ele se aproximou. “Foi você quem começou tudo isso. Você e esse seu jeito estupidamente apaixonante. Se lembra daquela aposta?” ele levantou meu queixo. “Você fez isso acontecer. E se as coisas estão assim, a culpa é sua.”

“Eu sei.”

“E eu também sou um idiota.” Ele jogou os braços para o alto. “Um idiota por me deixar levar nesse seu joguinho. Por não conseguir tirar você da minha cabeça igualmente idiota nem mesmo à base de mulheres e drogas.”

Respirei fundo. “Acho que somos dois idiotas, então.”

“And we are back, L.A.!!!” gritou o vocalista do The Vaccines, provocando mais gritos enquanto eu e Alex nos encarávamos.

“Nós mudamos tanto”, eu disse, melancólica. “Você se lembra? Quando eu cheguei aqui, eu era responsável e certinha. Eu não sei mais quem eu sou.”

Alex sorriu. “Não importa. Você me deixa louco de qualquer jeito.”

Silêncio. Ele tornou a falar um ou dois minutos depois.

“Você pode continuar me odiando. Foda-se. Eu só queria que você soubesse disso tudo. Eu não aguentaria ver o meu reflexo se eu fosse embora sem desabafar para você.” Ele limpou o nariz e sentou-se novamente. “É isso. Você está livre de mim agora, se quiser. Me desculpe se eu fui um parafuso solto. Não foi a minha intenção.”

Olhei para ele, sentindo meus olhos marejarem e aos poucos me levantei. Foi preciso muita coragem, mas consegui me virar e voltar para a escada. Então, quando comecei a descer, simplesmente cambaleei e bati na parede, deixando as lágrimas caírem.

“O que eu ‘tô fazendo?” me perguntei.

Subi novamente e voltei correndo para Alex. No final das contas, não importava se era a coisa certa a fazer ou não. Mais ou menos na metade do caminho, Alex percebeu minha presença e se levantou, largando o violão ao mesmo tempo em que joguei minha mochila para longe. A cada centímetro mais perto, uma onda de ânsia e desespero tomava conta de mim.

Pulei em seu colo e ele correspondeu, me segurando pelas coxas. E então eu o beijei. E ele me beijou de volta. E nos beijamos até perder o fôlego. Eu não acreditava no que eu estava fazendo, mas ele iria embora e eu não conseguiria negar que sentiria falta dele de maneira alguma, então foda-se.

Alex se moveu, e então senti minhas costas encostando-se na parede. Torci para que ninguém chegasse lá. Imaginei que Alex havia dado um jeito para que ninguém nos pegasse juntos e o pensamento me reconfortou. Puxei sua mão para dentro da minha blusa, foi aí que ele partiu o beijo. Ambos estávamos ofegantes.

“Marine, eu não quero estragar tudo pra você.”

“Quem disse em estragar?” tentei beija-lo, mas fui impedida.

“Você não precisa fazer isso só porque não vamos mais nos ver.”

“Ninguém falou nisso, Alex. Eu quero. Menos falação e mais boca, lembra?”

Alex me largou e se sentou no chão.

“Se você quiser parar...”

“Me beija.”

“O que?” ele disse, confuso.

“Você é surdo?” eu disse, me sentando novamente em seu colo, fazendo-o ficar paralisado. “Eu quero sentir alguma coisa. Me beija logo antes que eu mude de ideia.”

Agarrei-o pelo pescoço, beijando-o. Com a outra mão, entrelacei meus dedos em seus cabelos, agarrando-os e puxando para mais perto.

Nos separamos. Tirei minha blusa. Alex ainda estava perplexo. Continuamos o beijo e fiz impulso para que ele se deitasse.

Ele estava confuso e surpreso com a minha iniciativa. Era compreensível, não tinha problema. Alex resolveu tomar uma atitude e, aos poucos, levou sua mão ao meu cabelo e agarrou-o enquanto acariciava minhas costas quase nuas. O pior de tudo era que eu estava gostando daquilo. E nada mais existia para mim além dele.


Alex POV.


Marine me puxou pela jaqueta, fazendo com que eu voltasse a ficar sentado. Me livrei das minhas roupas e a puxei-a gentilmente. Sua mão agarrou meu cabelo, deslizou pelo pescoço desceu pelo meu ombro até chegar no meu peito, fazendo meu corpo se enrijecer todo. Retribuí, ameaçando a tirar seu sutiã.

“Você é linda” eu disse, no intervalo de um beijo.

Ela voltou a me abraçar, arranhando meus ombros. Beijei seu pescoço e trocamos de lado. Agora eu estava por cima dela, explorando cada canto daquela menina que me tirava do sério desde o primeiro dia.

Abro os olhos. Marine tem os dela fechados. Ofeguei, levando minha boca ao seu queixo. Senti sua mão em minha mandíbula e deslizei meus dedos por sua cintura. Sorri no meio de um beijo, ao sentir o choque de seu corpo contra o meu. Ela está tão entregue que não consegue mover-se direito.

Me levantei, puxando-a comigo e encaixando meu colo entre suas pernas enquanto ainda nos beijávamos. Precisávamos de ar, e então mesmo sem querer, paramos.

Olhei para ela. Seus cabelos castanhos estavam bagunçados e fios rebeldes caindo sobre seu rosto, seus olhos diziam “eu não pretendo fazer nada de bom”, e seus lábios nunca haviam parecido tão convidativos. Ela era inacreditável.



Marine POV.


Desde quando eu acho esse babaca bonito?!

Eu não aguentaria olhar para Alex por mais um segundo. Iria acabar comigo.

Beijei-o, obtendo retribuição imediata. Ele me deitou no chão novamente e seus lábios voaram direto para o meu pescoço.

Entrelacei minhas pernas em sua cintura. Tentei arranhar suas costas, mas ele impediu, agarrando minha mão e consequentemente esticando o meu braço direito. Olhei para o lado, observando seu braço sobre o meu, sua mão na minha. Suas veias saltavam, sua boca roçava no meu ombro. Gemi.

Alex me tomou pela cintura novamente, fazendo com que eu me arrepiasse por completo. Ele me carregou e trocamos de posição, só então percebi sua mão na parte de trás do meu sutiã. Alex não conseguia abrir de jeito nenhum e ambos rimos no meio de um beijo.

“Essa porcaria não sai!” ele riu, inclinando-se.

“Me desculpa, o fecho é na frente.”

“Ah, é claro.” Ele sorriu.

Abri meu sutiã e joguei-o longe, voltando a beijar Alex, que já massageava lentamente meus seios. Desabotoei a sua calça e ele a tirou em um segundo, logo depois fazendo o mesmo com as minhas botas e os meus shorts.

Alex passou o dedo pelo elástico da calcinha e deslizou ao mesmo tempo em que o puxava. Era insano e de arrepiar a maneira como ele fazia aquilo.

Ele deslizou sua mão pela parte traseira da minha coxa, vez ou outra apertando a minha bunda, repetindo aquele movimento paralelamente até descer para a minha virilha. Gemi mais alto do que devia e ele sorriu, mais satisfeito do que nunca. Era inevitável não soltar nenhum som, digamos assim, quando as mãos quentes de Alex Turner percorriam um caminho pelo meu corpo nunca antes percorrido por ninguém.

Alex parou de me beijar e olhou para mim com o olhar mais perverso do planeta Terra, descendo seus dedos para a minha intimidade. Era como se eu dissesse “não se atreva”, mesmo ansiando loucamente para que aquilo acontecesse.

Então ele me tocou. Algo sagrado não deixou minhas costas quebradas na hora em que as contorci. Arfei contra seu pescoço, agarrando fortemente seus cabelos enquanto ele continuava com aqueles movimentos, mordendo o lóbulo da minha orelha de leve. Eu já podia sentir seu membro pulsando de tesão contra a minha coxa.

Ele se livrou da calcinha com um gesto devagar, descendo-a lentamente para enfim lança-la para algum canto qualquer. Meu corpo inteiro tremeu e ele me pressionou contra ele.

“Alex...”

Suas mãos puxaram os meus cabelos e levantamos, mas ainda sentados. Alex me deita e, instantes depois, percebo que ele está completamente nu, assim como eu.

Nos encaramos. Ele se aproxima, me agarrando pelo quadril, e em seguida me preenche. Arfei de dor. Era uma dor boa. Logo depois disso, ele continuou com chupões, mordidas e beijos enquanto eu gemia.

Apoio meus cotovelos em seus ombros enquanto bagunço ligeiramente seus cabelos. Alex começa lentamente, acelerando o processo aos poucos.

“Fuck!” ele sussurra em meu ouvido. Sorri, beijando-o novamente.

Chegávamos ao nosso ápice. Alex me estimulou ainda mais com os dedos e enfim aconteceu.

Ele cambaleou para trás e caiu ao meu lado. Nós dois tentávamos recuperar o fôlego. Demorou um pouco para que eu conseguisse recuperar o meu.

Recolhi as minhas roupas e vesti-as. Alex pareceu não entender muito, mas eu só não queria ficar deitada naquele chão, nua. Ele então fez o mesmo e deixou que eu repousasse sobre o seu ombro.

“Estou com sono. Que horas são?”

“Sono?!” disse, ofendido de mentirinha. “Acabamos de...”

“Você me entendeu.”

“Eu não sei. Esquece isso. Descanse um pouco.” Alex empurrou minha cabeça para o seu ombro outra vez e acariciou meus cabelos.

Ficamos em silêncio. Os Vaccines ainda tocavam.

“Ainda me odeia?” ele perguntou, quebrando completamente o meu coração.

Respirei fundo e fechei os olhos, me acomodando ainda mais em seu peito.


“Eu nunca te odiei.”


***

N/A: Let's go to bed before you say something real, let's go to bed before you say how you feel...
Desculpem se a cena quente ficou uma bosta. Não sou muito boa com essas coisas. Não sou boa com romance, também. Muito menos na vida real.

4 comentários:

  1. “Porque eu sei que há mais garotas na sua vida, e quando esse show acabar você vai repetir esse processo e as palavras que decorou no espelho.”- out.
    “Pode haver um milhão delas no meu universo, mas acredite, você vale por todas elas.” ❤️❤️
    Pra termina, o Alex diz: 'pronto, já pode ir embora', e é exatamente isso que ele vai fazer. Só que ai a Marine se toca que isso não faz sentido, sai correndo, beija ele como se não houvesse amanhã e começa a se despi -fiquei só imaginando a cara perplexa do Alex.
    E ai finalmente acontece!
    E depois que acontece... “Estou com sono. Que horas são?” *facepalms*
    Sério, to apaixonada por esse capito, cada detalhe, desde a ligação e... finalmente a espera acaba (!!!!), mas o melhor mesmo foi, como de costume, a última frase: “Eu nunca te odiei.”
    ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
    Bem, mas acho que é isso. Mil beijos, Ana ;')

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cara, muito obrigada mesmo! Amo seus comentários!
      Beijão <3

      Excluir
  2. MEU MUNDO CAIU
    STOL SEM CHÃO
    QUE CAP FOI ESSE?
    OMG, OMG
    FINALMENTE CARALHOOOOOO
    MINHA REAÇÃO https://www.youtube.com/watch?v=HlCGkxgQ56c

    VAAAAAAAAAAAAAAI VAIIIIII MARINEEEEEEEEE


    <33333333333333333

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. EU NUNCA RI TANTO! SOCORRO!
      Beijão, Mandinha. <3

      Excluir

Não precisa estar logado em lugar nenhum para comentar, basta selecionar a opção "NOME/URL" e postar somente com seu nome!


Se você leu o capitulo e gostou, comente para que as autoras atualizem a fic ainda mais rápido! Nos sentimos extremamente impulsionadas a escrever quando recebemos um comentário pertinente. Críticas construtivas, sugestões e elogios são sempre bem vindos! :)