Eu
juro que eu tentei voltar para o meu apartamento. Tentei mesmo. Mas aí me
peguei preso entre a decisão de esperar por Arielle em seu quarto ou ir embora
e terminar a música que eu estava compondo para ela.
Pensando
bem, não é uma boa hora. Eu não conseguiria terminar a música do jeito que
comecei, não depois de Johanna, não depois daquilo.
A
música de Johanna parou e pude ouvir a voz de Arielle. Me levantei e arrumei a
gola da jaqueta, esperando para que ela abrisse a porta.
POV Arielle.
Mal
ando pelo corredor do meu andar e o som infernal de Johanna já torna-se alto
para mim. Eu me perguntava todos os dias o porquê de nenhum vizinho ter
reclamado ainda. Maldita seja!
I love playing
with fire
and I don’t
want to get burned!
I love playing
with fire
and I don’t
think I’ll ever learn.
Escancarei
a porta do quarto onde ela e sua banda inútil ensaiavam. Havia sido um dia
difícil no trabalho, não fora fácil dizer àquela senhora que não haviam
vestidos azuis no estoque para a festa da filha dela.
—
Eu já cheguei, portanto, pode parar com essa barulheira.
Johanna
revirou os olhos. — Está bem. Vamos para o Puck Fair, meninas.
Ignorei-a
e me dirigi até meu quarto, onde encontrei Alex parado, em pé. Ele sorriu ao me
ver, mas não era só um sorriso.
— O
que você está fazendo aqui? — perguntei, depositando as sacolas no chão.
—
Não é óbvio? — ele disse, se aproximando. — Quero passar um tempo com a mulher
da minha vida.
Sorri,
massageando seu pescoço. — É mesmo? Quem?
Alex
era perfeito. Chegava a ser perfeito até demais. A sensação de ter aquele
inglês bem-arrumado só para mim não poderia ser melhor.
—
Arabella... — sussurrou em meu ouvido, fechando a porta atrás de mim.
Arrepiei-me.
Então, Alex me beijou.
Fora
um beijo diferente de todos o que já demos. Ele parecia necessitado. Muito
necessitado. Estranhei-o, mas deixei para lá. Aquilo era bom. Sentir seus
lábios cheios de desejo beijando cada canto da minha boca, rosto e pescoço era
muito bom.
Era
como uma coisa nova. Eu nunca havia experimentado aquele tipo de beijo antes,
nem ao menos sabia que ele conseguia fazer aquilo.
Mordeu
meu pescoço enquanto tirava meu uniforme ridículo, no caso, uma babylook polo
vermelha com o símbolo da loja costurado no canto superior esquerdo e minha
jeans preta já desgastada. Tentei guardar o máximo de ar que eu pude, mas
parecia algo impossível de se fazer com duas mãos quentes e enormes deslizando
pelos meus braços.
Alex
era de tirar o fôlego. E era só meu.
Tirei
sua jaqueta e, logo depois, sua camiseta branca. Agarrei seu pescoço e tomei
impulso para enlaçar seu quadril com as minhas pernas. Alex me carregava como
se eu fosse uma pena e aquilo tornou o beijo ainda mais fácil de acontecer. Sua
mão direita passeava por minhas costas, tentando tirar o meu sutiã, e a outra
deslizava pelas minhas coxas, muitas vezes dando apertadas bobas na minha
bunda. Sorri no meio de um beijo e mordi seu lábio. Era tudo o que ele queria.
Ele
começou a andar, ainda me carregando. Pressionei-me ainda mais contra sua
cintura. Céus, como aquilo era bom.
— Alex...
— gemi, partindo o beijo para respirar. Ele também estava ofegante.
— Yes? — disse, com aquele sotaque
incrível, aquela voz incrível, aquele jeito incrível.
Mordi
os lábios. — Nada.
Alex
voltou a me beijar, como se fosse o meu “castigo” por ter provocado. Senti sua
língua ir fundo na minha boca enquanto ele finalmente havia conseguido tirar
aquela peça íntima que, no momento, era estúpida. Ele não perdeu tempo – sua
mão caminhou para o meu seio, me causando arrepios insanos.
Sinto
seu corpo se movendo novamente, e dessa vez Alex me joga na cama, subindo por
cima de mim cinco segundos depois de analisar meu corpo nu com o mesmo olhar de
um gato para um passarinho.
Sua
boca volta a alcançar a minha e resolvo tomar a uma atitude, tirando suas
calças e chutando-as para fora da cama. Arranho ferozmente suas costas enquanto
ele aperta meus seios.
Alex
dirige sua boca para o meu pescoço, dando chupões molhados, então trocamos de
posição. Bagunço seu topete rockabilly, sujando minhas mãos de gel e roço minha
intimidade na dele, deixando-o completamente louco.
Suas
mãos me impulsionam facilmente, aquilo deixou-o ainda mais contente. Ele era o
predador e eu, a presa. E ele certamente tinha total poder sobre mim, aquilo
fora deixado mais do que claro no momento em que perdeu seus olhos no meu corpo
com um sorriso sacana no rosto.
Fecho
os olhos. Sinto beijos quentes pela clavícula de repente, aquilo fez com que eu
me contorcesse. Alex deixa-se caminhar pelo meu pescoço, seios, barriga, até
chegar no meu quadril.
— Alex!
— praticamente grito, ao sentir seus lábios umedecidos através da minha
calcinha.
Ele
sorriu e engatinhou até mim, dessa vez me beijando lentamente enquanto
acariciava a parte lateral do meu corpo na mesma velocidade. Seus dedos
encontram o elástico da minha calcinha e usou um deles para puxa-lo, enquanto o
outro brincava com a região entre minha cintura e virilha, deslizando de leve e
me deixando cada vez mais arrepiada do que antes.
Alex
desce seus lábios para o meu pescoço ao mesmo tempo em que desce seus dedos
para a minha intimidade, finalmente me tocando. Gemi.
The glitter on
the snow
The place to
always go
Do what you
will
Do what you
will
Enterrei
minhas mãos em seu peito, empurrando-o para que ele caísse e assim pude sentar
em sua cintura. Sua ereção já era visível, aquilo era ótimo. Beijei-o, sentindo
suas mãos em minhas coxas.
—
Fuck. — geme, cobrindo rosto com as mãos extremamente suadas ao sentir minha
mão fazer uma massagem provocativa.
Alex
fez sinal para que eu desse passagem, deixando-o ir até sua calça jeans – que encontrava-se
isolada no canto do quarto – e tirar sua carteira do bolso, e de lá, uma
camisinha. Ele se livra de sua cueca boxer azul marinha e, antes de vestir o
preservativo, ele olha para mim e seus olhos perdem-se em mim.
—
Ainda com essa mania idiota? — digo, com a voz rouca, roçando minhas pernas uma
na outra.
Ele
olha para mim com aquele olhar que qualquer mulher adoraria desfrutar. O olhar que
dizia “eu-te-avisei”, e ele ficava mais perfeito vindo daquelas órbitas negras
que me deixavam louca.
Alex
sobe por cima de mim novamente e pousa suas mãos em minhas coxas, empurrando
cada uma para o seu respectivo lado. Ele pressiona uma região da minha virilha
com os dedos indicador e médio e faz leves (porém enlouquecedores) movimentos
com o polegar, enquanto enfiava os outros dois da mão esquerda na minha boca.
Chupei-os tão devagar quanto ele os enfiou.
— Good girl. — disse, acariciando meu
queixo com os dedos molhados.
Ergui
minhas pernas. Eu não estava só pronta como ansiava por aquilo, e certamente
ele também. Mordi os lábios, ao perceber que ele já havia vestido a camisinha.
Alex
enfia suas mãos por baixo dos elásticos laterais da minha calcinha e os
empurra. Sinto parte da minha cintura livre do pedaço de pano e, aos poucos,
toda a região também. O ato fez com que eu me arrepiasse pela, sei lá, décima
vez?
Era
esse o lado bom de Alex na cama. Não importa quantas vezes fizéssemos aquilo,
cada toque seu era sempre uma surpresa. E das boas.
Mas,
daquela vez, Alex parecia dez vezes mais cheio de desejo.
Ele
me preencheu, lentamente. Gemi alto, agarrando um pedaço do lençol com uma mão
enquanto a outra fodia completamente
o cabelo cheio de gel. Arranhei suas costas até que o próprio gemesse de dor,
movimentando seu quadril mais rapidamente contra o meu, causando ainda mais
prazer.
E
então, saiu devagar, me torturando.
— Wow. — ele disse, deitando-se ao meu
lado. — Nós precisamos fazer isso mais vezes.
—
É, precisamos. — digo, sorrindo satisfeita.
***
N/A: "Alex era de tirar o fôlego. E era só meu." Coitadinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não precisa estar logado em lugar nenhum para comentar, basta selecionar a opção "NOME/URL" e postar somente com seu nome!
Se você leu o capitulo e gostou, comente para que as autoras atualizem a fic ainda mais rápido! Nos sentimos extremamente impulsionadas a escrever quando recebemos um comentário pertinente. Críticas construtivas, sugestões e elogios são sempre bem vindos! :)