Eu sei o que vocês querem, e tá cada vez mais perto. Isso não necessariamente significa "o fim".
Eu sei que o Alex tá de topete nesse vídeo, mas na história ele continua com o cabelo que eu tanto amo. Mentira, ele vem depois do Humbug. SAUASHUASH
Anyways, de volta ao prólogo da nossa história...
Marine POV.
Julie berrava e saltitava de
animação. Eu me contive para não rir, mas era quase impossível.
“EU NÃO ACREDITO! EU NÃO
ACREDITO! EU NÃO ACREDITO!” sua voz parecia com a de um pato esganiçado.
“Julie, se for para ter um
ataque, que não seja no meio da rua, ainda mais em frente à escola, sim?”
“COMO VOCÊ CONSEGUIU ISSO?!
Não é possível! Kevin me disse ontem mesmo que eles haviam esgotado!”
“Bem, eu tenho meus
contatos.” Mentira. Ellie havia deixado dois ingressos em cima da minha cama,
com um bilhete que quase me fizera chorar. “O negócio é o seguinte: o show é
hoje à noite e eu preciso de companhia. Você vem ou não?”
Julie fez uma careta. “Acha
mesmo que vou recusar um show do Arctic Monkeys com a minha melhor amiga?”
Ri. “Não, eu acho que não.”
“Então vamos logo!” ela
disse, me empurrando para fora da pracinha que ficava em frente ao colégio.
“Meu Deus! Meu. Deus. Eu não sei nem que roupa usar! Será que algum deles vai
olhar para mim? E se um deles jogar uma palheta na plateia? E se não
conseguirmos ficar perto? E aí, Marine?”
Não respondi. Fingi estar
concentrada no telefone, e pareceu funcionar. Julie tagarelou até que
chegássemos em sua casa para ela pegar uma roupa e o resto das coisas que
precisava.
“Essa saia ou essa saia?”
ela disse, erguendo duas saias em minha direção. Uma era preta e a outra era
vermelha.
“Por que não usa aquele seu
vestido novo?” perguntei, ainda olhando para a tela do celular.
“É mesmo. Eu me esqueci. Eu
já vinha guardando-o para uma ocasião especial, e logo quando ela chega eu nem
me lembro dele. Que cabeça a minha!”
Julie pegou seu vestido,
meias-calças estampadas e tênis. Por fim, juntou a maquiagem e jogou tudo numa
bolsa qualquer.
“Vamos então?”
“Vamos.” Eu disse, por mais
que eu estivesse com um pouco de medo do que iria acontecer naquela noite.
Julie conversou com a mãe,
dizendo apenas que iria dormir em minha casa e foi liberada facilmente. Então,
assim que chegamos em casa, fui falar com mamãe sobre o show, dizendo que era
do “Louis”, não seria grande coisa e que eu iria me comportar e ficar por perto
de Julie e Ellie o tempo todo. Algumas condições foram concedidas, mas como ela
havia gostado do cara que Alex havia fingido ser, também foi fácil convencê-la.
A abertura da arena era às
cinco horas e o show começava às seis e meia, com participação especial do The
Vaccines para abrir e fechar o espetáculo. Eram quatro horas da tarde, eu e
Julie terminávamos a lição de Química o mais rápido possível para podermos nos
arrumar.
Eu me sentia estranha. Alex
iria embora e desta vez ficaríamos um tempão sem contato nenhum, e
provavelmente não teríamos mais motivos para ter contato; o que tornaria esta
noite algo fora do normal. Ou eu simplesmente estava pensando demais, iríamos
só nos despedir e fim da história.
Procurei uma roupa, nada me
agradava até que me deparei com a minha camiseta do Led Zeppelin que estava
guardada no fundo da gaveta. Eu não a usava há um bom tempo. Foi só então que
percebi que eu não a usava desde o dia em que conheci Alex.
Tentei não amolecer olhando
para aquele pedaço de tecido. Era só uma blusa. É, era só uma blusa.
Não, não era só uma blusa.
Chacoalhei a cabeça,
deixando os pensamentos de lado e a vesti. Em seguida, coloquei shorts claros e
um cinto mais largo, meias 7/8 e botas de cano alto. Julie me ajudou com as
tranças e eu fiz sua maquiagem, já que ela não era muito boa nesse ramo.
Olhei para o relógio. Cinco
e meia.
Adicionei alguns acessórios,
preparei minha mochilinha e esperei Julie terminar de repetir pela décima vez
seu rabo de cavalo.
“Assim está muito justo?”
“Não.” Eu disse, mesmo não
olhando.
“E agora?”
“Não.”
“Acho que vou com ele solto
mesmo. Merda, está todo marcado! E agora?!”
“Julie, só prende essa
porcaria e vamos logo.”
Julie reclamou e amarrou
novamente o cabelo. Tentei reconforta-la, dizendo que estava ótimo mas ela não
caiu muito naquilo. Passamos no quarto de Ellie, onde ela terminava sua
maquiagem básica. Estranho, considerando que há meses atrás ela entupia suas
pálpebras de sombras coloridas. Cara, como
o tempo passa rápido!
“Ellie, meia hora.”
“Já vai.” A típica frase
dita por toda mulher no mundo.
Passou um batom escuro,
limpou um borrado no canto e andou em nossa direção. Todas nós descemos e mamãe
ficou surpresa ao nos ver.
“Minhas meninas!” ela disse,
beijando a minha testa e a de Ellie. “Vocês estão cada dia mais lindas.”
“Obrigada, mãe.” Disse Ellie
por nós duas. “Nós já vamos.”
“Bom show para vocês!”
berrou, assim que Ellie fechou a porta.
Saímos de casa quando eram
seis horas e meia. Provavelmente, os Vaccines estavam lá pela penúltima música.
Ellie, Julie e eu andamos até um ponto de ônibus. Era o único jeito, pois Jimmy
estava no trabalho com o carro e Jamie não poderia nos dar carona pois Julie
estava lá.
Nós tomamos o segundo ônibus
que passou. Ficamos por volta de dez minutos lá dentro. Ellie e Julie
conversaram sobre a banda e eu lançava à ela olhares severos, que praticamente
diziam ‘não-extrapola-ou-então-vai-dar-merda’. Para a minha sorte, Ellie soube
se controlar e então chegamos no ponto desejado, que ficava à um quarteirão da
arena. Assim como algumas pessoas que entravam naquela hora, chegamos atrasadas
e não entramos até que Ellie terminasse a ligação que fez para alguém dos
bastidores enquanto eu distraía Julie para que ela não percebesse. Obviamente,
não entraríamos nos bastidores, mas na pista premium ou algo assim.
Guiei Julie para a outra
entrada. Ela perguntou para onde Ellie estava indo. Não respondi e continuei
dizendo à ela para correr. O segurança checou nossos ingressos e apontou para
um dos portões, que estava aberto e já dava passagem para o som. Julie estava
mais animada do que nunca, e por incrível que pareça eu também.
Enquanto corríamos as
escadas para o portão, me senti a pessoa mais feliz do mundo. Eu adorava ir em
shows, era a minha paixão. Eu queria contar essa história louca para uma pessoa
um dia, mas acho que ninguém iria ligar. Não de verdade.
Entramos. Uma pequena pista
com grades nos guiava até a premium, e então corremos até lá, nos misturando na
multidão e perdendo-nos uma da outra.
A música era tão alta que
poderia estourar os meus tímpanos. Luzes vermelhas e amarelas misturavam-se de
forma ritmada, vez ou outra dando espaço para uma enorme e piscante luz branca.
O solo de guitarra deixava o público mais louco do que o normal, cujo cantava
cada faixa juntamente ao vocalista.
E essa plateia? Não errava
uma letra, o pessoal estava mais excitado do que nunca. Tenho certeza que
qualquer que subisse naquele palco iria ficar completamente eufórico por conta
do incrível efeito que a mistura da música e as vozes em coro provocava.
Mas justo ele havia se distraído. Virou a cabeça num ângulo totalmente
diferente do esperado, como se não houvesse ninguém naquele gramado, que a essa
altura já estaria arruinado. E então, ao encontro dos meus olhos com aquelas
duas órbitas escuras acontecer, eu soube que eu estava incrivelmente fodida.
***
N/A: Passei a semana inteira estudando pra três provas que eu acabei de fazer e eu tô simplesmente exausta, então me desculpem se não respondi comentários, mas quero que saibam que leio cada um deles e vocês são leitoras lindas. Espero que tenham gostado do capítulo ♥
Vc é incrível, assim como sua fic to atrasada pacas, mas olha sua fic é tao boa q eu n lig, mano é que é mt boa msm rauarauarauar parabéns flor, to curiosa de mais pqp
ResponderExcluirMuito obrigada!! <3
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRelaxa, porque toda espera sempre vale a pena!
ResponderExcluirTodo cap é perfeito, mesmo que só pelos míseros detalhes, como a Marine estar usando a camiseta do Led Zeppelin, e por todo o significado disso.
"Eu queria contar essa história louca para uma pessoa um dia, mas acho que ninguém iria ligar. Não de verdade.", isso me derreteu, não sei bem explicar, mas foi perfeito; imaginar que uma história pode significar coisas completamente diferentes pra duas pessoas.
E é muito triste de saber que o fim já tá aí, é esse show e tchau :'(
Maas pelo menos eu sei que esse olhar significativo do Alex vai dar em alguma coisa.
E vale a pena lembrar que Stuck on the Puzzle ainda não teve muita atenção, não sei direito o que você vai fazer, mas espero coisas maravilhosas! - como é de se esperar.
Mas é isso,
bjs, Ana
" foi perfeito; imaginar que uma história pode significar coisas completamente diferentes pra duas pessoas." cara quem derreteu fui eu quando eu li isso djsfhjhjf aff <3
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