Então, eu ia deixar pra postar na sexta, porque... Sexta. Enfim, mas vocês deram sorte que a tia tá feliz porque teve a oportunidade de ir no melhor show da vida dela ontem à noite e eu tô me dando bem nos estudos. Boa leitura!
Continuei perambulando pelo
mesmo corredor, sem voltar para a sala onde a maioria do pessoal estava. Eu não
queria que ninguém me visse.
Decidi me trancar no
banheiro por um tempo, por mais que não fosse a coisa certa a fazer. Me olhei
no espelho. Minhas tranças estavam bagunçadas. Meus olhos estavam cobertos de
maquiagem borrada, mas não tanto. Eu sabia que se eu tentasse arrumar só iria
piorar, então não fiz nada.
Encarei minha silhueta no
espelho até que eu começasse a ter uma crise existencial. Era o melhor jeito de
esquecer meus problemas, porque aí eu poderia me ocupar com perguntas do tipo: isso tudo é real? Qual é o propósito disso
tudo?, e afins.
Infelizmente, o telefone
impediu o processo que estava quase se completando. Xinguei baixinho e atendi
de primeira.
“Marine falando.”
“O Alex está aí?”
Fiz uma careta, confusa.
“Não. Quer deixar recado?
Porque se for pra anotar, deu azar.”
A voz do outro lado da linha
riu. “Tá, quando você encontra-lo você pode dizer a ele que ele vacilou quando
deixou você sozinha no corredor?”
Fiquei quieta, engolindo em
seco e amolecendo totalmente sem querer.
“...”
“E que ele sabe que você
deve estar puta com ele mas ele quer vê-la de novo para se desculpar?”
“Voltei para 2010 e não
sei?” perguntei, com um sorriso bobo no rosto.
“Sabe, eu mudei muito desde
aquela época pra cá. Mas quero que saiba que, em relação à você, eu sempre fui
o mesmo idiota. Não queria dizer isso pelo telefone. Eu queria te falar isso
pessoalmente.”
Engoli o choro. “Aonde você
está?”
“No corredor de cima. É só
seguir em frente e subir duas escadas. Estou esperando por você.”
Dizendo isso, desligou o
telefone.
Não perdi tempo me
arrumando. Peguei minha mochila e corri até a escada como se o mundo fosse
acabar se eu não o fizesse.
Primeiro degrau. Meu coração
já estava a mil por hora.
Quarto degrau. Eu não posso
fazer isso.
Sexto degrau. Eu preciso
fazer isso.
Nono degrau. Isso é um
violão tocando?
Décimo primeiro degrau. É
agora.
Último degrau. Fodeu.
Olhei para o lado. No final
do corredor, Alex Turner estava sentado, tocando seu violão enquanto fumava.
Andei lentamente até ele, que não tirava os olhos do instrumento até que eu
parasse um pouco próxima à ele.
“Essa sua blusa”, ele disse,
tirando o cigarro da boca e soprando a fumaça para cima. “Você a reconhece?
Você estava usando ela no dia em que nos conhecemos.”
Arrumei uma mecha de cabelo
e sorri como resposta.
“Vem, senta aqui. O que quer
que eu toque?”
Franzi o cenho. “É assim que
você pede desculpas?”
É a melhor maneira, pelo menos agora.” Ele deu
de ombros. “E se for errado, que seja errado. Quem liga?”
“Eu ligo. Porque eu sei que
há mais garotas na sua vida, e quando esse show acabar você vai repetir esse
processo e as palavras que decorou no espelho.”
Alex parou de tocar e olhou
para mim, sério.
“Pode haver um milhão delas
no meu universo, mas acredite, você vale por todas elas.”
Olhei para baixo, em
silêncio.
“Eu sei que eu não sou
bonita como elas.” Foi a coisa mais idiota que poderia ter saído da minha boca.
“Você é linda.” Ele disse.
“E lá no palco, eu percebi que você fica mais bonita ainda quando não está
olhando para mim.”
Cara, que coisa triste de se
dizer.
“E quando eu estou?”
perguntei, seca.
“Eu não sei, porque eu fico
hipnotizado.”
Não respondi. Queria
continuar olhando para o chão, onde eu só tinha a visão das minhas pernas
cruzadas e as dele. Olhos. Grande merda. Quem foi o idiota que inventou isso?
“Você nunca deveria ter
falado comigo.” Eu disse, mesmo sabendo que aquilo fora a melhor e a pior coisa
que aconteceu na minha vida. “Olha só no que deu.”
“O que você esperava?” Ele
se aproximou. “Foi você quem começou tudo isso. Você e esse seu jeito
estupidamente apaixonante. Se lembra daquela aposta?” ele levantou meu queixo.
“Você fez isso acontecer. E se as coisas estão assim, a culpa é sua.”
“Eu sei.”
“E eu também sou um idiota.”
Ele jogou os braços para o alto. “Um idiota por me deixar levar nesse seu
joguinho. Por não conseguir tirar você da minha cabeça igualmente idiota nem
mesmo à base de mulheres e drogas.”
Respirei fundo. “Acho que
somos dois idiotas, então.”
“And we are back, L.A.!!!” gritou o vocalista do The Vaccines, provocando mais
gritos enquanto eu e Alex nos encarávamos.
“Nós mudamos tanto”, eu
disse, melancólica. “Você se lembra? Quando eu cheguei aqui, eu era responsável
e certinha. Eu não sei mais quem eu sou.”
Alex sorriu. “Não importa.
Você me deixa louco de qualquer jeito.”
Silêncio. Ele tornou a falar
um ou dois minutos depois.
“Você pode continuar me
odiando. Foda-se. Eu só queria que você soubesse disso tudo. Eu não aguentaria ver
o meu reflexo se eu fosse embora sem desabafar para você.” Ele limpou o nariz e
sentou-se novamente. “É isso. Você está livre de mim agora, se quiser. Me
desculpe se eu fui um parafuso solto. Não foi a minha intenção.”
Olhei para ele, sentindo
meus olhos marejarem e aos poucos me levantei. Foi preciso muita coragem, mas
consegui me virar e voltar para a escada. Então, quando comecei a descer,
simplesmente cambaleei e bati na parede, deixando as lágrimas caírem.
“O que eu ‘tô fazendo?” me
perguntei.
Subi novamente e voltei
correndo para Alex. No final das contas, não importava se era a coisa certa a
fazer ou não. Mais ou menos na metade do caminho, Alex percebeu minha presença
e se levantou, largando o violão ao mesmo tempo em que joguei minha mochila
para longe. A cada centímetro mais perto, uma onda de ânsia e desespero tomava
conta de mim.
Pulei em seu colo e ele
correspondeu, me segurando pelas coxas. E então eu o beijei. E ele me beijou de
volta. E nos beijamos até perder o fôlego. Eu não acreditava no que eu estava
fazendo, mas ele iria embora e eu não conseguiria negar que sentiria falta dele
de maneira alguma, então foda-se.
Alex se moveu, e então senti
minhas costas encostando-se na parede. Torci para que ninguém chegasse lá.
Imaginei que Alex havia dado um jeito para que ninguém nos pegasse juntos e o
pensamento me reconfortou. Puxei sua mão para dentro da minha blusa, foi aí que
ele partiu o beijo. Ambos estávamos ofegantes.
“Marine, eu não quero
estragar tudo pra você.”
“Quem disse em estragar?”
tentei beija-lo, mas fui impedida.
“Você não precisa fazer isso
só porque não vamos mais nos ver.”
“Ninguém falou nisso, Alex.
Eu quero. Menos falação e mais boca, lembra?”
Alex me largou e se sentou
no chão.
“Se você quiser parar...”
“Me beija.”
“O que?” ele disse, confuso.
“Você é surdo?” eu disse, me
sentando novamente em seu colo, fazendo-o ficar paralisado. “Eu quero sentir
alguma coisa. Me beija logo antes que eu mude de ideia.”
Agarrei-o pelo pescoço,
beijando-o. Com a outra mão, entrelacei meus dedos em seus cabelos,
agarrando-os e puxando para mais perto.
Nos separamos. Tirei minha
blusa. Alex ainda estava perplexo. Continuamos o beijo e fiz impulso para que
ele se deitasse.
Ele estava confuso e
surpreso com a minha iniciativa. Era compreensível, não tinha problema. Alex
resolveu tomar uma atitude e, aos poucos, levou sua mão ao meu cabelo e
agarrou-o enquanto acariciava minhas costas quase nuas. O pior de tudo era que
eu estava gostando daquilo. E nada mais existia para mim além dele.
Alex POV.
Marine me puxou pela
jaqueta, fazendo com que eu voltasse a ficar sentado. Me livrei das minhas
roupas e a puxei-a gentilmente. Sua mão agarrou meu cabelo, deslizou pelo
pescoço desceu pelo meu ombro até chegar no meu peito, fazendo meu corpo se
enrijecer todo. Retribuí, ameaçando a tirar seu sutiã.
“Você é linda” eu disse, no
intervalo de um beijo.
Ela voltou a me abraçar,
arranhando meus ombros. Beijei seu pescoço e trocamos de lado. Agora eu estava
por cima dela, explorando cada canto daquela menina que me tirava do sério desde
o primeiro dia.
Abro os olhos. Marine tem os
dela fechados. Ofeguei, levando minha boca ao seu queixo. Senti sua mão em
minha mandíbula e deslizei meus dedos por sua cintura. Sorri no meio de um
beijo, ao sentir o choque de seu corpo contra o meu. Ela está tão entregue que
não consegue mover-se direito.
Me levantei, puxando-a
comigo e encaixando meu colo entre suas pernas enquanto ainda nos beijávamos.
Precisávamos de ar, e então mesmo sem querer, paramos.
Olhei para ela. Seus cabelos
castanhos estavam bagunçados e fios rebeldes caindo sobre seu rosto, seus olhos
diziam “eu não pretendo fazer nada de bom”, e seus lábios nunca haviam parecido
tão convidativos. Ela era inacreditável.
Marine POV.
Desde quando eu acho esse babaca bonito?!
Eu não aguentaria olhar para
Alex por mais um segundo. Iria acabar comigo.
Beijei-o, obtendo
retribuição imediata. Ele me deitou no chão novamente e seus lábios voaram
direto para o meu pescoço.
Entrelacei minhas pernas em
sua cintura. Tentei arranhar suas costas, mas ele impediu, agarrando minha mão
e consequentemente esticando o meu braço direito. Olhei para o lado, observando
seu braço sobre o meu, sua mão na minha. Suas veias saltavam, sua boca roçava
no meu ombro. Gemi.
Alex me tomou pela cintura
novamente, fazendo com que eu me arrepiasse por completo. Ele me carregou e
trocamos de posição, só então percebi sua mão na parte de trás do meu sutiã.
Alex não conseguia abrir de jeito nenhum e ambos rimos no meio de um beijo.
“Essa porcaria não sai!” ele
riu, inclinando-se.
“Me desculpa, o fecho é na
frente.”
“Ah, é claro.” Ele sorriu.
Abri meu sutiã e joguei-o
longe, voltando a beijar Alex, que já massageava lentamente meus seios.
Desabotoei a sua calça e ele a tirou em um segundo, logo depois fazendo o mesmo
com as minhas botas e os meus shorts.
Alex passou o dedo pelo
elástico da calcinha e deslizou ao mesmo tempo em que o puxava. Era insano e de
arrepiar a maneira como ele fazia aquilo.
Ele deslizou sua mão pela
parte traseira da minha coxa, vez ou outra apertando a minha bunda, repetindo
aquele movimento paralelamente até descer para a minha virilha. Gemi mais alto
do que devia e ele sorriu, mais satisfeito do que nunca. Era inevitável não
soltar nenhum som, digamos assim, quando as mãos quentes de Alex Turner
percorriam um caminho pelo meu corpo nunca antes percorrido por ninguém.
Alex parou de me beijar e
olhou para mim com o olhar mais perverso do planeta Terra, descendo seus dedos
para a minha intimidade. Era como se eu dissesse “não se atreva”, mesmo
ansiando loucamente para que aquilo acontecesse.
Então ele me tocou. Algo
sagrado não deixou minhas costas quebradas na hora em que as contorci. Arfei
contra seu pescoço, agarrando fortemente seus cabelos enquanto ele continuava
com aqueles movimentos, mordendo o lóbulo da minha orelha de leve. Eu já podia
sentir seu membro pulsando de tesão contra a minha coxa.
Ele se livrou da calcinha
com um gesto devagar, descendo-a lentamente para enfim lança-la para algum
canto qualquer. Meu corpo inteiro tremeu e ele me pressionou contra ele.
“Alex...”
Suas mãos puxaram os meus
cabelos e levantamos, mas ainda sentados. Alex me deita e, instantes depois,
percebo que ele está completamente nu, assim como eu.
Nos encaramos. Ele se
aproxima, me agarrando pelo quadril, e em seguida me preenche. Arfei de dor.
Era uma dor boa. Logo depois disso, ele continuou com chupões, mordidas e
beijos enquanto eu gemia.
Apoio meus cotovelos em seus
ombros enquanto bagunço ligeiramente seus cabelos. Alex começa lentamente,
acelerando o processo aos poucos.
“Fuck!” ele sussurra em meu
ouvido. Sorri, beijando-o novamente.
Chegávamos ao nosso ápice.
Alex me estimulou ainda mais com os dedos e enfim aconteceu.
Ele cambaleou para trás e
caiu ao meu lado. Nós dois tentávamos recuperar o fôlego. Demorou um pouco para
que eu conseguisse recuperar o meu.
Recolhi as minhas roupas e
vesti-as. Alex pareceu não entender muito, mas eu só não queria ficar deitada
naquele chão, nua. Ele então fez o mesmo e deixou que eu repousasse sobre o seu
ombro.
“Estou com sono. Que horas
são?”
“Sono?!” disse, ofendido de
mentirinha. “Acabamos de...”
“Você me entendeu.”
“Eu não sei. Esquece isso. Descanse
um pouco.” Alex empurrou minha cabeça para o seu ombro outra vez e acariciou
meus cabelos.
Ficamos em silêncio. Os
Vaccines ainda tocavam.
“Ainda me odeia?” ele
perguntou, quebrando completamente o meu coração.
Respirei fundo e fechei os
olhos, me acomodando ainda mais em seu peito.
“Eu nunca te odiei.”
***
N/A: Let's go to bed before you say something real, let's go to bed before you say how you feel...
Desculpem se a cena quente ficou uma bosta. Não sou muito boa com essas coisas. Não sou boa com romance, também. Muito menos na vida real.
“Porque eu sei que há mais garotas na sua vida, e quando esse show acabar você vai repetir esse processo e as palavras que decorou no espelho.”- out.
ResponderExcluir“Pode haver um milhão delas no meu universo, mas acredite, você vale por todas elas.” ❤️❤️
Pra termina, o Alex diz: 'pronto, já pode ir embora', e é exatamente isso que ele vai fazer. Só que ai a Marine se toca que isso não faz sentido, sai correndo, beija ele como se não houvesse amanhã e começa a se despi -fiquei só imaginando a cara perplexa do Alex.
E ai finalmente acontece!
E depois que acontece... “Estou com sono. Que horas são?” *facepalms*
Sério, to apaixonada por esse capito, cada detalhe, desde a ligação e... finalmente a espera acaba (!!!!), mas o melhor mesmo foi, como de costume, a última frase: “Eu nunca te odiei.”
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
Bem, mas acho que é isso. Mil beijos, Ana ;')
Cara, muito obrigada mesmo! Amo seus comentários!
ExcluirBeijão <3
MEU MUNDO CAIU
ResponderExcluirSTOL SEM CHÃO
QUE CAP FOI ESSE?
OMG, OMG
FINALMENTE CARALHOOOOOO
MINHA REAÇÃO https://www.youtube.com/watch?v=HlCGkxgQ56c
VAAAAAAAAAAAAAAI VAIIIIII MARINEEEEEEEEE
<33333333333333333
EU NUNCA RI TANTO! SOCORRO!
ExcluirBeijão, Mandinha. <3