N/A: Antes que vocês me matem...
Eu odeio viajar legal na maionese quando eu escrevo, mas toda fanfic tem a sua parte viajada. Essa é a minha. Eu espero que pra vocês não tenha ficado tão boba e infantil o quanto pareceu pra mim.
Se bem que fanfic nasceu por causa dos nossos sonhos viajados com os nossos ídolos. É. Mas é uma história, e aconteceu nela. Então foi mal se ficou uma bosta.
Alex não tirou os olhos de
mim durante umas quatro músicas. Eu dançava, sacudia a cabeça e ria de acordo
com o ritmo de cada uma delas. Era para ser uma noite inesquecível e eu não
deixaria meu pseudo-ódio por Alex acabar com aquilo. O pessoal estava feliz, eu
estava feliz. Aquilo era surreal.
Eles terminaram uma música e
Matt continuou com a bateria. Todos aplaudiram e gritaram, fazendo Alex e Nick
sorrirem.
“Los Angeles!” O público berrou. “Rock city! Tonight is Friday, my friends...
There are no excuses.”
“Seu convencido da porra”,
pensei.
Matt fez um pequeno solo e
outra música começou. Essa era mais animada e todos começaram a pular,
inclusive eu.
Saw it and she grabbed it and it wasn't
what it seemed
The kids all dream of making it,
whatever that means
Passou-se um tempo e a
música parou. Todos aplaudiram. Alex sorriu, coçou a cabeça e pegou o
microfone.
“Sabem”, Alex começou a
falar e todos os outros membros da banda olharam para ele, confusos.
Obviamente, aquilo “não estava no script”. “…eu sei que vocês devem se
perguntar se eu gosto do que eu faço, se é maneiro. E tudo o que eu tenho a
dizer é que eu não poderia ter uma vida melhor.”
A plateia berrou. Pelo olhar
de Alex sobre as inúmeras pessoas em histeria, ele não estava dizendo aquilo
somente com o intuito de deixa-las felizes pela interação do artista com o
público.
“Não, sério” ele andou até
Matt. O holofote o seguiu desde a bateria, passando por Nick e parando em
Jamie. “Esses caras, vocês estão vendo eles? Eu não seria nada sem esses três
filhos da puta.”
Gritos. Flashes. Os sorrisos
meio ‘o-que-está-acontecendo-?’ de todos os três. Alex ainda não havia
terminado.
“Eu não tenho coragem de
chamar isso de ‘emprego’. Eu odeio essa palavra. É como se fosse algo que eu
estivesse sendo obrigado a fazer.” Desabafou. “Mas adivinhem? Eu amo o que eu
faço. Eu amo pra caralho.”
“Ele por acaso resolveu se
abrir ou algo assim?” perguntou Ellie, do nada. Sua presença me deu um pequeno
susto, há um certo tempo ela não estava ali.
“…e acima tudo, a música! A porra da música, onde eu
estaria hoje se não fosse por ela?”
Alex deixou os fãs gritarem
por um tempo enquanto tomava a famosa cervejinha de palco.
“Estar numa banda é ótimo.
Compartilhamos interesses, criamos refrões, viajamos e conhecemos pessoas
novas.”
As últimas três palavras me pegaram
de jeito. Cruzei os braços, recompondo a postura e ao mesmo tempo rezando
mentalmente para que ele não dissesse meu nome.
“Então eu vou contar uma
história para vocês. Eu tive a oportunidade de conhecer uma pessoa… Uma garota.
Uma garota maravilhosa, desta vez. Ela está aqui.” Congelei. Ellie me encarou.
“E ela pode negar isso para si mesma e para todo o mundo, mas eu não posso
negar o quão grato eu sou por ela ter participado de um certo período da minha
vida. Porque as coisas são assim, eu acho. Quanto mais valiosa a pessoa é, menos
tempo conseguimos com ela.”
Meus olhos estavam
marejados. Do nada, quis simplesmente deixar aquele lugar. Eu queria ir embora,
sair correndo sem olhar para trás. Eu queria voltar para o Brasil, para o meu
pai e para a vida que eu tinha aos quinze anos. Só que não dava mais.
“Eu vacilei. Eu... Eu amo
essa garota, eu não tenho vergonha de falar.” Com apenas algumas palavras e
olhos já um lacrimejados, Alex Turner fez mais uma vez o público ir à loucura.
É, homem chora.
“Eu a amo, por mais que
talvez daqui a alguns anos ela não seja mais relevante para mim e nem eu para
ela. Se for para ser uma tatuagem imaginária, que seja, porque ela é do tipo
que faz a nostalgia valer a pena. Não é todo dia que você vê alguém assim.”
Então a bendita da lágrima
caiu.
“Ei. Vem cá.” Ellie disse,
me abraçando.
“Isso é meio idiota, mas é a
verdade: sabem quando a gente escuta o coração falar mais alto do que o nosso
cérebro? Foi o que eu fiz. E eu fodi tudo. Eu me apaixonei por ela.”
A coisa piorava a cada
palavra dita por ele. Eu já esmagava Ellie enquanto provocava um dilúvio em seu
ombro.
“E essa história acabou,
sabem por que? Porque eu sou teimoso. Sou teimoso com tudo. Com um acorde
errado, o volume do som, tudo. Principalmente com o amor. Para falar a verdade,
eu nem sei o que é isso direito. Não tem uma definição correta. Eu já sofri
tanto por causa disso, sabem? Tanta gente já me deixou por causa disso. Nos
filmes, quando você ama uma pessoa, tudo dá certo. Na vida real, só se você
tiver muita sorte. Eu acho que amo essa garota da qual falei porque ela é a
única que consegue despertar a dor e a euforia em mim de uma tal maneira, do
jeitinho dela. Porque dói olhar para ela. Dói pra caramba. Mas é a melhor e a
pior dor do mundo.”
Minha visão ainda estava
preta e Ellie me abraçava forte. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas do
nada acordes de violão ecoaram pelo ambiente e Alex começou a tocar.
Era uma letra linda. Naquela
hora eu chorei pra caralho. Chorei porque nunca na minha vida toda eu me
arrependi tanto de ter aprendido inglês. Chorei porque sentia falta do meu pai.
Porque eu sentia falta do Brasil, é. Chorei porque aquilo tudo era pra mim.
“Para de chorar.” Disse
Ellie, mas ela também chorava. Então comecei a rir no meio do choro. Aquilo foi
patético, mas eu iria lembrar daquilo pela vida toda.
“Ellie...” eu disse, ou ao
menos tentei dizer. “Se algum dia Jimmy e mamãe se separarem, você foi a melhor
irmã que eu já tive.”
“Cala a boca, porra” ela
disse, limpando os olhos. Nós duas rimos e voltamos a nos abraçar.
“Isso é gay”, eu disse.
“Muito gay.” Completou. “Mas
foda-se.”
Sorri para ela. “Foda-se.”
Me separei de Ellie para
aplaudir junto com todos. Sequei as lágrimas, por mais que eu estivesse
desmoronando por dentro. Pedi para ela me levar para o backstage, eu não
aguentaria ficar mais um segundo lá. Estávamos chegando lá. Alex tossiu, tirou
o violão do colo e sussurrou no microfone:
“Você está por aí, eu sei…
Foi pra você.”
Fiquei parada em frente à
porta, encarando-o. Ellie percebeu que eu não iria aguentar e me empurrou,
sumindo com o transe.
Quando entrei, ouvi a voz de
Alex um pouco abafada e os gritos do público. Eu não conhecia aquele lugar, mas
procurei um canto para me esconder. Um canto isolado daquela sala, onde os
caras que deviam ser do The Vaccines se preparavam para mais uma apresentação.
Me encontrei sentada num
corredor quieto e vazio, tentando não chorar. Eu não conseguia pensar em outra
coisa a não ser segurar o choro, embora aquele tipo de pensamento só piorasse
as coisas.
E então, alguém se sentou ao
meu lado. Não exatamente do meu lado, um pouco mais afastado.
Olhei rapidamente. Era Alex.
Ele segurava sua jaqueta de couro azul e seu cabelo cobria um pouco dos seus
olhos.
“Ah, cale a boca.” Eu disse,
voltando a olhar pro chão.
“Eu não disse nada.”
“Mas está pensando.”
“É verdade. Eu estou.”
Declarou.
It does a dozen somersaults
And leaves you supercharged
“E no que, posso saber?”
“Que meu coração está
bombardeando sangue para cada canto do meu corpo e que eu poderia explodir a
qualquer minuto.”
“Explodir?” questionei,
confusa.
“Só na prática. Eu já
explodi faz um bom tempo.”
Makes me want to blow the candles out
Just to see if you glow in the dark
Shalalala
Funguei o nariz, olhando
para cima. Porra.
“Está brava comigo?” Cala a boca, seu merda, eu não quero chorar!
“Não.” Murmurei.
Ficamos em silêncio por alguns
instantes. Resolvi me levantar, notei que ele fez o mesmo.
“Você está bem?” perguntou.
“É claro que não. E você?”
Ele demorou um tempo para
responder, só então olhei para ele. Alex me examinava.
And you're acting like a stranger
Because you thought it looked like fun
“Eu não sei.”
Respirei fundo, me virando
completamente para ele. “Como viemos parar aqui?” choraminguei. “Que tipo de
confusão nós somos?”
And did you ever get the feeling
That these are things she's said before
Alex não respondeu. Os
Vaccines tocavam enquanto nos encarávamos. Era uma espécie de rodízio de shows.
Enquanto os caras do Arctic Monkeys descansavam, o The Vaccines tocava.
“Do tipo Alex e Marine.” Ele
disse, vestindo a jaqueta e andando até mim. Ele sorriu ao perceber que ainda
era alto perto de mim, bagunçou meus cabelos e depositou um beijo na minha
bochecha.
E então, desapareceu dali
para aparecer mais uma vez no palco. Dessa vez, a banda iniciou com uma música
que ele dizia ser um novo single e que repetia muito uma tal de “shalalala”. Eu
não sabia que música era aquela. Só sei que, apesar da letra não ser tão
tocante assim, me deixou mal.
***
N/A: Eu disse que usaria essa música pra uma ocasião especial! E a música que ele tocou pra Marine no violão, bem, cabe à vocês imaginar. ^^
Eu esqueci de por o link no outro cap., mas aqui tá a roupa da Marine: http://www.polyvore.com/evil_twin/set?id=151613817
E aí, gostaram?
Eu n sei se quero te encher de abraços por ter escrito esse capítulo maravilhoso ou dizer umas mil vezes q vou ficar triste quando a fic terminar. Cara, parabéns, o cap ficou demais! Alex chorando, se declarando pra Marine, Ellie e Marine chorando, The Vaccines e o mais importante: A JAQUETA AZUL ❤️❤️
ResponderExcluirKkkkk mds, só lembrei da música homem não chora quando li "É, homem chora".
Bjsss
Aiiiiiiii
ResponderExcluirCom certeza foi viajado esse capítulo, mas como você disse, toda fic nasce dos sonhos viajados dos fãs x333 Foi simplesmente perfeito, meio clichê, mas essa é uma das partes favoritas de todo mundo, não?
Todo esse choro me mata, tanto que eu quase comecei a chorar junto. E esse discurso do Alex? morri, e morri ainda mais por causa da jaqueta azul ❤️❤️ ( sinto um pouco como se eu estivesse copiando da Ingrid, mas oq ela disse é bem verdade )
Mas é isso, esse foi um capítulo cheio de um tal de shalalala que foi tão tocante que me deixou mal.
Bjsss, Ana :)
AMAY O CAP, XOREI XOROS, AMAY JAQUETA AZUL, AMAY MOMENTO GAY, mas porra Marine, para de ser bobona UDHSAUDHASUD
ResponderExcluirps. tambem lembrei da musica com a frase "é, homem chora" UDHSAUDHUSADHAS na proxima o Alex tem que falar pra Marine "estou indo embora..." UHDUSADHUSADHASUDSAU