Jigsaw IV











03 de Março, 2013

Felizmente o show tinha ocorrido bem. Porém mesmo depois de horas, e vários drinks, a cabeça de Amanda ainda latejava da descarga de adrenalina. 

Agora depois do seu quinto Flamejante, se arrependia de ter ingerido cada gota de álcool em seu corpo.

Uma pequena agitação na entrada da festa a chama atenção. 

Um grupo de pessoas sorri e bate palmas para algum famoso que acabou de chegar à festa. 

Sua curiosidade foi provocada até certo ponto, porem a sua falta de interesse na maioria das pessoas considerada celebridades era maior. Permaneceu ali, sentada no bar, pedindo outra dose. 

Uma pessoa surge repentinamente em seu lado. Ou seria o álcool em suas veias que gerou essa ilusão?

- Olá – o som daquela voz lhe era familiar. 

- Oi – respondeu massageando as têmporas.

- Ainda tá nessa? 

 Amanda virou a cabeça com tanta força que viu o mundo girando a sua volta.

- O que? – depois de as formas entrarem em foco ela conseguiu identificar a fonte daquela voz. 

O cara da cerveja. 

Ele ainda exibia aquele sorriso debochado no rosto. Quase como um acessório de moda. 

– O que você quer?

- Nada.

- Você tem uma fixação com essa palavra ou algo assim? 

 Um gosto ruim tomou conta da boca de Amanda. Ela não podia vomitar encima do Cara da cerveja.

- Não, simplesmente não quero nada. Além de uma bebida. 

 E lá estava o sorriso. 

Uma musica do Klaxons extremamente alta começou a soar pela boate. A cabeça de Amanda parecia uma caixa cheia de abelhas que zuniam sem parar.

- Ok – respondeu usando todas as forças que possuía para não vomitar enquanto abria a boca. 

O Cara da cerveja percebeu que ela não estava bem.

Ele a segurou pela mão e a arrastou pela confusão que é a pista de dança até o banheiro. 

No instante em que chegaram no vaso, o corpo de Amanda colocou tudo para fora.  

Um gosto amargo tomou conta de sua  boca. Saliva era produzida desesperadamente na tentativa de expulsar aquele gosto acido. 

Ela olhou para o lado e uma forma muito embaçada de um homem se formava na fraca luz que iluminava a cabine.  Sua cabeça estava girando, sentia que ela iria explodir.

Sem querer soltou um gemido de dor, a figura do homem se sentou ao seu lado.

- Você está bem? 

 Ele sussurrava as palavras em seu ouvido, mas parecia que sua voz vinha de quilômetros de distancia. 

Ela acenou com a cabeça sem ter a força para pronunciar uma palavra. Um calor passou por seu corpo e ela vomitou outra vez. Arqueou sua costa e enfiando a cabeça no vaso. 

O homem segurou seus cabelos evitando que se sujassem. 

Uma onda de alivio a tomou quando finalmente acabou. 

Ainda tinha uma dor de cabeça de matar e um gosto horrível na boca, porém o enjoo e a tontura estavam bem mais brandos.

Agora podia ver quem era o homem que a tinha salvado.

-Você é o cara da cerveja – ele a olhou com um ar de espanto.

-Você não se lembra de ter falado comigo agora pouco?

-Hmm... Eu deveria? – se sentia fraca, mas ao menos conseguia falar sem ter que colocar o estomago para fora.

-Talvez... – disse o Cara da cerveja olhando para o teto do banheiro. 

Ele voltou a olhar para ela. Parecia desinteressado. 

- O que acha de dar o fora daqui? – sussurrou as palavras como se tivesse acabado de dizer algo muito errado.

-Acho uma ótima ideia. 

De repente ele se levanta e estende uma mão para Amanda. 

Ela agarra sua mão com força tentando evitar uma provável queda. Felizmente conseguiu se levantar sem muitos acidentes. Logo partiram para fora do banheiro. 

Uma musica com decibéis acima do suportável inundava o lugar. Entupido por corpos suados e  grudados uns nos outros. 

Se Amanda não estivesse tão mal, até suportaria algumas horas ali dentro.

Depois de conseguirem fugir daquela confusão, o silencio de um estacionamento os cercou. O único barulho que se escutava era o das ondas.

-Ok, eu posso me virar daqui - falou Amanda com uma voz rouca que provavelmente não iria durar muito se continuasse falando. 

O Cara da Cerveja a olhou de canto de olhou.

-Não mesmo.

- E por que não?  

Ela tentou chegar mais perto dele. Tentou parecer mais intimidadora. Mas quando deu o primeiro passo sentiu as forças deixando o seu corpo.

-Uma mulher, semi bêbada, seminua, sozinha, nas ruas de Los Angeles às três e quarenta da manhã?

-E qual a diferença disso tudo que você falou e eu ficar com você? 

-Você me conhece. – disse já a levando para o carro.

-Nem sei o seu nome.

- Alex. Meu nome é Alex.

4 comentários:

  1. O nome é Alex PORRA! O sobrenome nós já sabemos kkkkk! Tá fodones Liv, continua logo!
    Quero dizer, depois dos vestibulares e afins.

    Bjos, Babs.

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    Respostas
    1. Pode deixar Babs!
      Vou tentar não pensar na Amy pra ver se estudo um pouco kkk!

      Bjundas para você 💋

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  2. Continuaaaa amiga

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