Beyond the imagination: 13- Habits



Alex POV

Alexa está sorrindo enquanto uma lagrima desce seu rosto, ela levanta a mão, se despedindo. Quem poderia presumir que ela realmente estava se despedindo? Um carro em alta velocidade entrou na traseira do táxi em que ela estava. Alexa foi arremessada para fora. Tão fina e delicada com cortes marcando sua pele perfeita, vidro entre seus cabelos, sangue escorrendo por cima do capô. Mas serena como se estivesse dormindo. Então, a ambulância chega e tira Alexa do meio dos destroços. Vou correndo até ela e no topo de sua cabeça, uma poça de sangue começa a se formar. Respiro fundo e seguro sua mão, e por alguns milésimos, sei que ela não acordara para me contar seus sonhos, ou chorar seus pesadelos, ela ficou presa dentro dela mesma. Presa em seu inferno pessoal.

-Pulso?
-Estabilizado.
-Fraturas?
-Não.
-Hemorragia?
-Sim. Preparar tomografia, e sala de operação. Chame a equipe de traumatismo.
-Ok. Tempo de chegada?
-10 minutos. Primeiros socorros em andamento.- a enfermeira que estava passando as informações para o hospital não tira os olhos de Alexa, enquanto outros dois enfermeiros arrumam algumas coisas antes de colocar nela. Um deles, pega uma tesoura e corta o tecido jeans de sua camisa, revelando seus seio e sua barriga magra demais. Eles colocam alguns fios e ligam, monitorando seus batimentos, e a entubam ali mesmo. A enfermeira tenta conter o sangramento da cabela de Alexa com gaze, mas logo desiste. A ambulância para e uma maca com uma equipe a espera, ela continua entubada e vou ao lado dela. Entramos no saguão principal e a enfermeira, uma mulher pequena e bem arrumada, me para enquanto a levam.
-O senhor não pode entrar.
-Eu sou noivo dela.
-O senhor não pode entrar na sala de operação.
-Eu preciso saber o que está acontecendo.
-O senhor pode dar a entrada dela, enquanto isso, posso ver o que está acontecendo.- concordo com a cabeça e vou atrás dela, que me leva até a recepção.
-Boa noite senhor.- ela fala sem emoção em sua voz, e sem tirar os olhos da tela.-Gostaria de dar entrada?
-Sim, por favor.
-Sexo?
-Feminino.
-Idade?
-31.
-Cor?
-Branca.
-Profissão?
-Modelo.
-Distrito?
-Los Angeles e Nova York.
-Escolaridade?
-Superior.
-Como chegou até o hospital?
-Ambulância
-Tipo de acontecimento?
-Acidente de carro.
-Ocupante do veiculo? Atropelamento? Ciclista? Motociclista? Pedestre?
-Ocupante do veiculo.
-Nome completo.
-Alexa Chung.- ela tira os olhos da tela e olha para mim, sua expressão vai de surpresa a chocada.
-Documentos?
-Não os tenho aqui.
-Preciso  deles Sr.Turner.
-Estão drenando os coágulos, faça a entrada com urgência. Me responsabilize pela burocracia mais tarde.- um homem, que parecia ser um médico disse, junto com a enfermeira que estava cuidando de Alexa. A mulher da recepção concordou e eles saíram.
-Data de nascimento?
-5 de novembro de 1983.
-Nacionalidade?
-Inglesa.
-Local de nascimento?
-Privett, Hampshire, Reino Unido. - a mulher digitava rápido o suficiente para não tirar os olhos da tela. Mesmo assim, com tamanha velocidade, ainda ficava impaciente, nervoso e com mais pressa de sair de lá e ver se Alexa estava bem. A mulher que me atendia de chamava Taylor. Loira, alta, magra, olhos claros. Seu rosto era comprido. Ela era mais alta que eu, e saiu apressada para dentro das portas com alguns papéis na mão. Passei a mão em meus bolsos para pegar um cigarro, mas tirei o anel que Alexa havia recusado.
Saí da recepção e fui para a rua, ainda estava úmido e calor, então liguei para Matt, enquanto tragava um cigarro atrás do outro.
-Alex, sabe que horas são?
-Alexa está no hospital.
-O que?
-Venha para cá.
-Certo, estamos indo.- então desliguei. Pensa em toda a situação era surreal. Como de uma noite que tinha tudo para ser perfeita, terminou em um hospital? Me pego com um sorriso sínico e uma lágrima se formando discretamente. Respiro fundo e volto para a sala de espera.
Sou chamado por Taylor, que me entrega o celular de Alexa.
-Era a única que ela tinha.- ela me entrega o Iphone branco, com um único trincado. Ela me lança um sorriso discreto, me consolando.
-Obrigado.- falo automaticamente enquanto encaro o trincado. Taylor é chamada e sai. Volto novamente para a sala de espera e me sento em um canto mais afastado. Ligo para ver se ainda funciona e para minha surpresa ainda está com 63% de bateria. A foto que descanso de tela dela é uma foto nossa, preta e branca, tremida. Estamos sorrindo de verdade e a foto uma bônus, e não sorrindo para a foto. Meu celular vibra no bolso e há duas mensagens de voz:

*Matt
*Alexa

" Alex, estamos presos no transito. Desculpa, mas vamos demorar."- a voz suave de Breanna fala enquanto Matt fala sobre o GPS.
Respiro fundo diversas vezes, tentando resistir.

" Só pra te dizer que estou com saudades de você, e que tudo que eu gostaria agora, era estar com você. Independente do que nos separe, sempre vamos arrumar um jeito de voltar um para o outro. Feliz aniversário de não-namoro-encontro-casual-ou-do-que-você-queira-chamar-isso. Prometo sempre segurar sua mão, falar as palavras quando forem necessárias e não as falar quando desnecessárias. Aquecer, e ficar em seu coração, o fazendo e o chamando de casa. Te amo, sempre sua, Alexa. "

-Tudo bem?
-Não Matt.- Breanna pegou meu celular e ouviu junto a Matt e a mim novamente a mensagem de Alexa.- Eu a perdi. De novo.
-Como ela está?- Breanna perguntou baixo, apoiando a mão em meu ombro.
-Sr. Turner?- Taylor estava com a enfermeira que cuidou de Alexa na ambulância. Levantei o olhar para elas e esperei que prosseguissem.- A Srta. Chung teve traumatismo craniano, e hemorragia interna. O cérebro dela está inchado, e com coagulosos. Vamos a colocar em coma induzido para que o sistema nervoso possa se acalmar e voltar ao normal.- a enfermeira falou depressa, como se tivesse pressa em arrancar o band-aid.- Matt se levantou, pedindo para que pudesse falar em particular com a enfermeira.
-Vai ficar tudo bem. Médicos usam termos que dão a falsa ilusão de ser pior do que realmente são.- ela me abraçou delicadamente.
-Coma não é um termo que dá a ilusão de ser pior do que realmente é. Coma é a pior coisa que realmente pode ser.- Matt desviou os olhos do medico e dois enfermeiros e nos olhos com pesar.
-Você confia nela?- Breanna segurou meu rosto com as mãos, assim como Alexa fazia enquanto me dava uma bronca e depois me beijar.- Por que ela sempre confiou em você. Ela sempre acreditou no amor de vocês. Ela não vai desistir, e nem você Alex. Ela prometeu.
-Nós quebramos nossas promessas antes mesmo de faze-las. Eu já a perdi antes, e agora, de novo.
-Só não torne as coisas mais difíceis do que realmente são.- ela me entregou meu celular, se levantou e foi até Matt, ouvir o que os médicos achavam. E antes que todos meus fios se arrebentassem, fui para o apartamento dela, porque lá, eu sabia que haveria uma Alexa viva, feliz, bêbada me esperando atirada no sofá, teria o cheiro dela. Teria o fantasma que eu queria que me perseguisse a noite. Teria tudo o que eu não teria mais dela.
.........................................................................................................................................................................................N/A: Depois de um bloqueio criativo e muita falta de tempo... Meu primeiro POV do Alex. Não sei se ficou bom, ou se ficou muito igual ao da Alexa, mas eu não sabia que ia ter um pov do Alex! Enfim, desculpa a demora, e espero que vocês gostem do rumo que a fic ta tomando. Amei os comentários e por isso fiquei louca com o bloqueio! Enfim, acho que já tem outro cap vindo ainda pra essa semana, ou menos, talvez, who knows?!





3 comentários:

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