Não sou uma pessoa que
sonha com coisas surreais ou aleatórias, mas no momento em que abri os olhos,
só podia ser uma brincadeira, e de muito mau gosto, aquele não era o meu
apartamento e muito menos Sophie...
era... – Bom dia Alex – ela abriu os olhos sorrindo. – Arielle?
- Dormiu bem?
- O que aconteceu? – minha
cabeça doía cada centímetro, com certeza eu havia bebido e disso eu me lembro
muito bem.
- Qual parte você não se
lembra? – ela se descobre dos lençóis levantando-se da cama nua, e fico
intrigado, não acreditando que isso realmente tenha acontecido, e tentando me
lembrar, eu me recordo eu realmente transei com Arielle, como isso foi
acontecer? – Posso lhe contar o que você quiser querido.
- Arielle – levanto-me da
cama vestindo-me, colocou a mão sobre a temporã, minha cabeça dói, sigo ela até
o banheiro – Eu não sei como fui deixar isso acontecer...
- Eu sempre soube que você
voltaria pra mim Alex – ela diz ligando o chuveiro – Não precisa se explicar,
como sempre tive o melhor sexo com você – vejo-a sorri.
- Você não entende – tento
dar um fim nisso – Eu estava bêbado demais, e com pensamentos confusos, eu não deixaria isso acontecer se estivesse
sóbrio.
- Oh, você estava
suficiente sóbrio para transar comigo – ela entra embaixo do chuveiro – Bom,
agora que voltamos, você vai ficar ai ou vai vir aqui comigo?
- Arielle, nós não voltamos
e nem iremos – sai do banheiro cansado dessa discussão banal que nem eu mesmo
estou entendendo o porquê, termino de me vestir, tudo que eu tenho a fazer é ir
embora.
- Alex! – Arielle grita
quando eu já estava na sala vestindo minha jaqueta, ela aparece molhada
enrolada em uma toalha – Pra onde você vai?
- Vou embora.
- Francamente – ela diz – Vai
embora pra onde? Acho que Sophia não quer te ver mais.
Sophie. Sophie. Sophie.
Esse nome vem se repetindo na minha cabeça o tempo todo, e o jeito como Arielle
falou fez me lembrar de tudo, encaro-a friamente – Eu que não quero mais te ver. – Caminho até a porta e abro-a. E
minhas sobrancelhas se arqueiam, não acredito em quem eu estou vendo e pela a
cara, nem ela. – Que surpresa, o que essa vadia está fazendo aqui?
Arielle aparece atrás de
mim assustada, e Jessica encara-a. – Eu, eu... eu sou uma admiradora da Arielle
– ela diz – E minha empresa está interessada em seus trabalhos.
Dou risada debochado – É
uma ótima desculpa – ela arregala os olhos.
- É verdade Alex – Arielle
se pronuncia.
- Eu não to nem aí.
- E você Alex o que esta
fazendo aqui? – Jessica pergunta curiosa e receosa.
- Isso não é da sua conta –
respondo passando pela porta, entro no elevador mas antes que a porta se
feche... – Tenham um ótimo dia, acho que vocês têm muito em comum.
Encosto-me nas paredes do
elevador, e encaro o espelho, estou visivelmente cansado, não sei mais o que
fazer, mas sei do que eu realmente precisaria, Sophie. Engulo seco. Arielle por um lado tem razão, ela não quer me
ver e a culpa é minha, eu estraguei tudo de novo e piorei ainda mais, poderia
sumir agora mesmo. – As portas do elevador se abrem despertando-me. Único lugar
é voltar pra casa, mas não quando sua casa é outra pessoa. Torna tudo mais
difícil.
Fim Alex’s POV.
‘’A cada dia uma nova
surpresa’’ era esse o lema de vida que eu iria passar a adotar porque não era
possível. Primeira toda essa história do Alex com a Jessica e agora o Arthur,
realmente não sei mais o que pensar. No momento em que ele falou que queria
algo novo eu já tentei me esquivar disso, não iria querer um novo
relacionamento agora, mesmo estando separada de Alex, que inclusive eu amava
muito. Não fazia sentido algum isso. É impossível parar de ama-lo, pelo menos não agora e entrar em outro
relacionamento e com seu ex também não é algo legal. Confusão. Uma grande
confusão. Tudo se resumia a isso. E eu só queria sumir, mas não poderia deixar
meus objetivos de vida por tudo isso.
Estava no quarto fingindo
estar descansando quando na verdade minha mente estava a um milhão. Não queria
conversar com ninguém, não queria ver ninguém, mas mesmo assim alguém bateu na
porta e entrou. Era incrível que mesmo se estando em sua própria casa a
privacidade ainda era difícil. Olhei em direção a porta e me assustei com quem
vi. John estava lá, faziam meses que eu nem sequer sabia onde ele estava.
- John – sorri. Estava
surpresa sim, mas também estava feliz. - É você mesmo?
- Sophie – ele sorriu e se
aproximou – como você está? Soube o que aconteceu...
Lembrei de tudo e a
tristeza voltou a tona – Está tudo bem... E você? Por onde andou?
- Eu estou bem, estava a
trabalho em Nova
York. Aceitei um emprego e acho que irei me estabilizar lá...
Mas fiquei sabendo do seu acidente e resolvi vim te ver.
- Nossa que legal – fiquei
realmente feliz por John – Você não precisava se preocupar, eu estou bem...
- Não me parece bem, alias
aqui ninguém parece – ele suspirou – Sophie, sei que eu fui um idiota e que
talvez eu nem mereça a sua confiança, mas eu queria muito ser seu amigo. Ainda
tenho sentimentos por você, não da forma de antes, mas te quero bem. Me diga o
que realmente aconteceu?
Aquilo soou verdadeiro e
mesmo que John tivesse feito tudo o que fez eu lembro bem que ele se redimiu e
me ajudou com Alex. Ele foi humilde o bastante para me mostrar que errou. Então
porque não confiar?
- Pode parecer estranho eu
estar contando isso para você, mas... – olhei para o lado – eu e Alex terminamos
e acho que é definitivo – John me olhou sério, não esboçou nenhuma reação,
apenas me olhou.
- O que ele fez?
Suspirei e resolvi contar a
história toda. John me ouviu pacientemente, contar aquela história ainda me
deixava confusa e triste.
- Eu realmente não gosto do
Alex, mas Sophie pelo que você me contou, não sei, posso estar errado – ele
respirou fundo - acho que tem algo estranho ai...
- Como assim John?
- Sua amiga Jessica e
Alex... não sei ele parecia gostar mesmo de você, porque eu sempre percebi o
jeito que ele te olhava.
- Mas o Alex é um
conquistador, ele não deve estar nem ai. Quer dizer, eu também achava que ele
pudesse me amar, mas ele nunca irá mudar...
- Cuidado com o que você
fala, porque as pessoas mudam sim e pensa bem no que você esta fazendo... –
Continuamos conversando sobre coisas banais e John me contou que conheceu
alguém em Nova York
e que estava tudo bem. Estava muito feliz por ele e feliz por sentir que
poderíamos ser amigos, sem toda aquela tensão.
- Bom Sophie, eu preciso ir
– disse ele se levantando. Fiz o mesmo ficando de frente pra ele.
- Tudo bem John... – sorri
– foi muito bom conversar com você!
- Eu também fiquei feliz,
ainda mais por saber que você está bem e que não foi nada grave... – nos
abraçamos. Nessa hora a porta se abriu novamente, mas dessa vez era Arthur que tinha uma cara de poucos amigos.
- Ah, me desculpem – ele
disse – eu não queria atrapalhar...
- Bom eu já vou indo
Sophie. Até mais... – John balançou a cabeça para Arthur e saiu.
- Quem era esse cara?
- Um amigo... Por quê?
- Sei lá, não gostei dele –
revirei os olhos – vamos conversar gata?
- Arthur já te disse que
não quero conversar... e para de me chamar de gata! – sai enfurecida em direção
ao banheiro, pelo menos lá eu poderia ficar um pouco trancada. Arthur estava
sendo difícil, eu não queria magoa-lo, mas ele força a barra.
Jessica’s POV.
- O que ele estava fazendo
aqui? – entro no apartamento assim que Alex some de vista.
- Não precisa gritar –
disse Arielle fechando a porta calmamente.
- O que aconteceu aqui?
Porque você está praticamente nua?
- Ué, estava tomando banho.
– ela responde – Ou você acha que se toma banho vestida?
- Isso foi algum tipo de
piada?
- Não, minha querida fã. – ela anda em direção ao
quarto dando um risinho – Aliás, o que você esta fazendo aqui?
- Como assim? Nós temos um
acordo esqueceu? E até agora não entendi o que Alex estava fazendo aqui?
- Ele veio afogar as mágoas
– ela para por um momento – Afogar as mágoas. – ela repete séria, olhando pra
janela.
- Arielle, você precisa me
ajudar a conquistar o Alex.
Ela dá um sorriso – É claro
Jessica – ela anda até mim – Mas você tem que fazer tudo o que eu vou te falar
agora. – engulo seco – Você consegue fazer isso?
- Eu faço tudo pelo Alex.
(...)
Fim Jessica’s POV.
Anne’s POV.
Era meu papel de amiga
contar a verdade, por mais que aquilo fosse difícil, estava tentando várias
vezes conversar com Sophie, mas sempre alguém atrapalhava, ou ela estava tão
deprimida que se trancava no quarto e Nívea “fazendo o papel de boa mãe” não me
deixou incomodar, mas estava na minha própria casa e não conseguia fazer isso, era
frustrante. Aproveitei que não tinha ninguém em casa, e Arthur também tinha
sumido de vista, e encontrei Sophie na cozinha. Assim poderia conversar com ela
sozinha.
- Sua fome multiplicou
ultimamente – disse parada ao lado da porta, ela levantou o olhar para mim e
sorriu fraco, depois focou os olhos em seu prato com bacon e ovos. – Adotando hábitos
americanos? – me referia ao prato.
- Acho que sim – respondeu
sem me olhar, era visível o quanto Sophie estava arrasada, e parecia cada dia
pior. Caminhei até a mesa e sentei a sua frente, fiquei alguns minutos calada
tentando achar as palavras certas.
- Sophie?
- Hum?
- Preciso falar com você.
- Fale.
- É sério. – ela me olhou e
pediu para continuar – Alex nunca mentiu pra você sobre o que aconteceu aquele
dia no show. – falei rápido e suspirei, ela largou as talheres fazendo barulho.
- Anne, me conte isso
direito. – ela se curvou diante a mesa.
Flashback on
Entrei na sala assim que
vi o que iria acontecer, Alex com certeza não aguentaria por muito tempo,
tinha ouvido a conversa do lado de fora, eu sabia que tinha acontecido algo
errado.
– Acho melhor vir comigo
Jessica – A puxei pelo braço – Preciso ter uma conversa com você e tenho
certeza que não quer que seja aqui. – ela me olhou com uma cara, mas saiu
comigo. Ela puxou seu braço e foi andando na frente, até chegarmos ao lado de
fora do hospital, no estacionamento, onde estava seu carro.
- Anne, olha, estou muito
abalada, você ouviu aquelas acusações sobre mim? Eu sinceramente não acredito
que ouvi aquilo, e nem ao menos consegui ver Sophie...
- Não precisa fazer teatro
pra mim Jessica – ela arqueou as sobrancelhas – Eu já sei de tudo. – ela olhou
pros lados, na realidade eu não sabia de nada, só tinha algumas desconfianças,
mas com certeza ela acabaria me contando o que quer que fosse.
- E o que você sabe?
- Pra que esse joguinho
Jessica? Vamos me conte, eu sei que você vem dando em cima do Alex desde que
pos os olhos nele.
- Ah, você não sabe de nada
– ela respondeu dando as costas.
- Você acha? Vamos ver o
que Sophie acha de tudo isso. – ela se virou – E o que você quer com Alex? Você
acha que tem alguma chance com ele? Ou quer fazer o mesmo com o Arthur, parece
tão similar há anos atrás.
- Anne você é tão patética.
- Olhe só, colocando as
garras de fora – ela ficou séria e eu sorri – Eu nunca achei que você fosse
assim, e eu pensei que você até tinha mudado, mas olhe só para você.
- Olhe só para mim? – ela
riu – Ela só para você! Quem você pensa que é pra dizer essas coisas? Eu vou
embora, mande lembranças a Sophie – ela andou em direção ao carro eu segurei
seu braço.
- Você armou aquilo tudo,
não foi? Não tem coragem pra falar?
Ela deu um sorriso cínico –
Talvez. – e deu uma piscada. Entrou dentro do carro e saiu às pressas. Já tive
a certeza da qual eu precisava.
Flashback off
- Você tem certeza do que
esta me contando?
- Qual é Sophie? Você acha
que eu mentiria sobre isso? – respondi – Tenho total certeza, você tem que
conversar com Alex, eu não sei o que Jessica esta tentando fazer, ou o porquê
disso tudo, mas uma coisa eu tenho certeza, Alex não tem culpa.
- Eu não quero ver ele –
ela respondeu.
- Como assim?
- Eu não sei, cada vez fica
mais difícil, eu não consigo namorar alguém como ele, quando estamos sozinhos
as coisas simplesmente fluem, mas depois parece que tudo vira uma bagunça...
- Sophie... o que você ta
querendo dizer? – ela se levanta e vai até a bancada e pega um jornal e abre em
uma página e me mostra, eram fotos deles, no dia do show discutindo na rua e
depois o acidente, e no hospital.
- Eu não aguento mais isso
– ela diz se sentando – E ver essas fotos me lembram coisas horríveis, e coisas
que... – ela suspira – eu estava... Grávida... e se não tivesse acontecido nada
disso, eu ainda estaria... – seguro sua mão, ela deixa uma lágrima escapar.
- Sophie... não faço ideia
do que você esteja sentindo, mas sei que é difícil, você tem que ser forte... e
você precisa saber a verdade, e eu sei que você ama o Alex e eu tenho certeza
que ele também, não deixe que ninguém acabe com o que vocês tem... – ela já
estava chorando e aquilo partiu o meu coração, era minha melhor amiga, eu me levantei
e fui ao seu lado e abracei-a – Tudo irá melhorar.
(...)
Fim Anne’s POV.
Estava na cozinha com Anne,
depois de uma conversa um tanto perturbadora e que parecia fazer sentido, mas
eu não queria mais pensar sobre isso, eu simplesmente estava tentando deixar
pra lá. A campainha toca. Eu vou atender, enquanto Anne termina de comer sua
maça.
- Jessica? – eu a encaro,
ela sorri.
- Posso entrar? – dou
passagem a ela e depois fecho a porta, ela se vira pra mim e me abraça – Como
você está? Não consegui te visitar no hospital.
- Eu... estou bem – nos
soltamos – É e... isso é estranho.
- O que é estranho?
- Minha última imagem sua
não é das melhores... – engulo seco.
Ela concorda – E é
exatamente isso que eu vim falar com você.
- Falar sobre isso?
- Eu preciso ser verdadeira
com você – que diabos ela esta falando? – Preciso contar sobre o dia do show –
ela pausa, eu a encaro – Eu armei tudo.
- Tudo o que?
- O bilhete, eu dei em cima
do Alex e tudo o que aconteceu foi culpa minha... eu, nem sei como eu tive
coragem de fazer isso, eu sinto muito Sophie.
Eu havia parado de
respirar? Não pode ser... não acredito que minha própria amiga teria feito
isso, eu estou com olhos arregalados e lágrimas caindo. – É verdade isso?
Ela revira os olhos e passa
a mão pelos cabelos – É, é sim.
- E você fala assim desse
jeito? Com toda essa calma? – eu praticamente grito.
- Você não queria a
verdade? Então, é essa.
Anne entra na sala
assustada assim que vê Jessica, ela deve ter ouvido eu gritando – O que esta
acontecendo aqui? – Anne fica do meu lado.
- Olha, eu disse o que você
precisava saber – Jessica diz – Eu vou embora. – eu seguro seu braço.
- Não – falo – Me diz o
porquê, me fala o porquê – eu grito.
Jessica me encara e parece
pensar – Eu não acredito que vou falar isso – ela ri – Sophie eu acho que eu
nunca gostei de você, possa ser que só um pouquinho mas você é tão tediosa...
- O que?
- Pois é, e você deve estar
se perguntando o porquê de tudo isso, sabe que nem eu sei. Com o Arthur foi à
mesma coisa, ele não teve culpa de nada, ele só havia bebido demais e me
aproveitei da situação e você como sempre acredita em tudo o que vê, esse é o
seu mal, sabia? Acho que nunca enxerga as coisas a sua volta, eu nem sei como
você conseguiu fazer Alex Turner se apaixonar por você, ele não merece você.
Eu bati, eu acertei o meio
da cara dela, antes mesmo que eu percebesse, eu não sei quanta força usei, mas
foi o suficiente pra fazê-la cair no chão e deixar a marca de cinco dedos em
sua cara, “ele não merece você”. Ela
estragou a minha vida, foi a gota d’água.
Ela se levantou devagar com
a mão no rosto e me encarou, meu peito subia e descia rápido, Anne ficou
paralisada ao meu lado. – Como você pode fazer isso comigo?
- É bem simples, eu nunca
gostei de você, nunca. – ela diz – E
sabe o por quê? Porque tudo sempre foi você, sempre tudo é você, e o mundo
inteiro quer saber de você! – ela gritou e chutou uma cadeira – Eu estou
cansada de ser sempre a sua sombra!
- Minha sombra? Você ficou
louca? – foi a minha vez de gritar.
- É o que sempre aconteceu!
Minha mãe sempre preferiu você a mim, ela sempre te defendia! Você era o
exemplo! E francamente, olhe só pra você, tem o mundo inteiro aos seus pés e
não dá à mínima, finge que vive na normalidade enquanto anda aparecendo em
revistas!
- Como você pode dizer uma
coisa dessas? Sua mãe me defendia porque você fazia suas burradas e colocava a
culpa em mim! E tudo pra você significa isso? Ter o mundo inteiro aos próprios
pés? Pois saiba que eu nunca tive, e eu não me importo com isso, eu não ligo
para coisas materiais, e o que você quer a minha vida? Pois saiba que não irá
tê-la, eu já estou cansada disso tudo, você destruiu muita coisa. – eu comecei
a soluçar – Eu estava... Grávida...Como pode ser tão cruel?
- Grávida?
Anne segurou meus ombros,
parecia que eu ia desmaiar, mas nos encaramos, eu não precisava responder, mas
eu não esperava por isso – Pois saiba que eu não me importo. Por mim você devia
ter morrido.
Eu fui pra cima dela, bati
de novo na cara dela, não era eu ali, estava fora de mim, Anne nos separou com
muita dificuldade me empurrando pra trás enquanto ela se levantava e gritava. –
Você vai pagar por isso!
- Chega! – eu disse – Saia
da minha casa, agora!
- Com muito prazer.
- Você é um monstro Jessica
– digo chorando, Anne a puxa pelo braço pra fora de casa enquanto ela diz
coisas horríveis sobre o filho que perdi, eu escorrego pela parede sentando no
chão, soluçando, como ela pode fazer isso?
- Sophie – Anne vem
correndo e se ajoelha diante de mim – Ela já foi embora, você esta bem?
Eu balanço a cabeça
atordoada, era muita coisa para processar, minha cabeça iria explodir – Como
ela pode fazer isso? Como?
- Sophie, ela enganou todo
mundo ela é boa nisso, mas foi muita frieza dela fazer isso e falar essas
coisas, ela nunca foi sua amiga, ela só queria o seu mau e...
- Eu preciso ver o Alex –
digo levantando – Eu preciso falar com ele.
- Sim amiga, mas agora não,
ta chovendo muito, vai descansar um pouco, você ta nervosa...
- Mas é claro que eu to
nervosa! – falo um tanto alto e suspiro – Não me impeça de ir, eu tenho que
consertar as coisas.
Ela concorda com a cabeça –
Vai la, boa sorte – ela me abraça, eu limpo as lágrimas no rosto com as mãos. –
Qualquer coisa me liga.
Eu pego as chaves do carro
em cima da mesa e antes de sair – Obrigada amiga.
(...)
Realmente a chuva estava
intensa, mas eu não tinha tempo, parei o carro do outro lado da rua, e me molhei
inteira, o porteiro me olhou assustado como se eu fosse um fantasma, ele me
deixou subir, e dentro do elevador olhando no espelho entendi o porquê. Quando
as portas metálicas do elevador se abriram, meu coração acelerou, eu estava em
frente a sua porta, e minha coragem sumiu. Mas eu não tinha como fugir disso,
meu cabelo molhado pingou sobre minha mão, e eu apertei a campainha.
Alex’s POV.
O cigarro parecia ser um
calmante para os meus pulmões ou a morte para eles, mas eu estava pouco me
fodendo pra isso, meu apartamento parecia um enterro, caixas ainda fechadas,
coisas espalhadas, latas de cervejas pelo chão, posso dizer que aquilo era o
fim... levantei minhas pernas para mesa de centro e a estendi, estralei o
pescoço. A chuva do lado de fora caía intensamente, parecia tudo estar em foco, a
noite havia chegado, e mais um dia sem... Sophie.
Ok, eu estou bem. Consigo superar a isso, foda-se. Campainha toca. Não
tenho um minuto de paz? Olhei pra janela, está caindo o mundo lá fora e alguém
aparece aqui. Por que o porteiro não me avisou? Deveria ser alguém da banda. Fui
até a porta e a abri, quando encarei aqueles pares de olhos verdes chorando não
entendi o que acontecia, ela estava molhada por causa da chuva, com maquiagem
toda borrada e chorando, segundos seguintes ela se jogou pra cima de mim me
abraçando, eu levantei os braços, ela chorou mais ainda, então eu a abracei
ainda sem entender nada, o que quer que fosse que tinha acontecido ela estava
aqui. – Sophie? Vai ficar tudo bem.
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N/A: Oii meus queridos! Como vocês estão? Temos mais um capítulo e espero que vocês gostem pois pode parecer meio chato porque tem coisas que tem que ser resolvidas, detalhes...sabe como é. Nem vou mencionar a demora já mencionando-a pois vocês sabem o motivo e que espero que cesse logo. Fiquem a vontade para sugerir ideias.
Um grande beijo, Letícia e Julia.
Um grande beijo, Letícia e Julia.
MEU DEUS QUE CAPITULO FOI ESSE? DIVINO, PFTO LINDO, CHOREI. fazia tanto tempo que vcs não postavam um novo, quase morri de felicidade enquanto lia esse capitulo, gostei bastante vcs tão de parabéns como sempre lindas, o único problema é a demora, mas enfim, vocês disseram que podemos dar sugestões e aqui vão algumas minhas: bem eu gostaria que essas 2 putas da arielle da jessica se fodessem um pouco, essas filhas da puta já fizeram todo mundo sofrer, tem que sofrer um pouco, bem, tbm gostaria que o alex a shopie tivessem outro momento de paz e romantismo, como aquele da ilha sabe? amei aqueles capítulos, mas tbm queria de tivesse um ciuminho com o miles e tals, ah não sei amo essa fic e façam como quiserem, obg de nada, amo vcs <3
ResponderExcluirChorando por esses dois, cara como essas duas (Jéssica e Arielle) são víboras!
ResponderExcluirComo a leitora a cima, espero que eles tenham um momento romântico, só deles, para que possam se reconciliar! Meu peito doeu ao ler as últimas linhas do capítulo, não queria que acabasse antes do Alex dizer que a ama >':
Postem logo o outro capitulo, por favooor!
COMO ASSIM O CAPITULO ACABA NA MELHOR PARTE
ResponderExcluirEstou MORTA no chão
Definindo o capítulo: LÁGRIMAS, eu to no chão. Nem acredito que uma das minhas fics favoritas ta acabando,os personagens mais maravilhosos do mundo vou sentir saudades
ResponderExcluirA fic está cada dia melhor e mais madura :) <3
ResponderExcluirPassando aqui para informar que em breve terá capítulo novo, em breve. Fiquem ligadas! Obrigada por todo carinho!
ResponderExcluirAhhhh! Bem na melhor parte acabou!! Mal posso esperar pelo próximo capítulo!
ResponderExcluirBeijos