Maria era excêntrica, mas tão segura de si. Essa noite mostrara que era sensível e que a pose de durona que ela aparentava foi à tona e eu o babaca depois de uns goles de vodca me rendi ao meu sentimentalismo barato e acabei sendo um bom rapaz, o que não combinava comigo. Maria tinha os olhos familiares, por horas eu me peguei pensando se a conhecia de algum lugar, enquanto fumávamos senti um de já vu, como se eu e ela já tivéssemos feito isso, só que há muitos anos atrás.
Flashback ON
– Até parece que você tem medo dos seus pais descobrirem – Ela dizia
enquanto ria de mim e colocava uma mexa de seu cabelo atrás da orelha – Vamos
Alex Turner seja corajoso venha – Ela me chamava para o perigo eu a olhava como
se tudo fosse uma grande brincadeira.
– Esse cemitério é perigoso vamos sair daqui é sério se acontecer algo
com você – Eu tentava lhe dizer, mas ela não me ouvia, entramos no cemitério e
fomos em direção ao tumulo mais longe que havia.
– Aqui, pegue esses cigarros – Ele me deu uma carteira de cigarros e nos
sentamos, não poderia mentir que não estava assustado nunca havia feito coisas
assim – A galera já deve estar vindo – Acendeu seu cigarro e eu a acompanhei.
– E ai galera – Ouvimos vozes era o pessoal chegando, todos devidamente
chapados – Vejo que já começaram a festinha sem nós – Brian disse e tirando do
casaco uma garrafa de vodca.
– Esses dois sempre apressados – Lucie disse surgindo também de trás dos
outros dois caras que eu não conhecia, olhamos para eles e ela bufou – São meus
amigos, relaxem – Ela disse e já foi pegando um cigarro. O cara mais alto e
moreno sentou-se ao lado de Maria e começou a cantá-la, Maria não hesitou e o
beijou. Foi horrível vê-la aos beijos não aguentei e me levantei andando em
direção a outro lugar.
– Aonde você vai garoto? – Ela me perguntou se levantando e indo atrás
de mim, não a olhei e continuei andando, eu queria chorar, queria sumir até que
tropecei em uma pedra e apaguei.
Flashback OF
Maria POV
Não acreditava que noite passada eu quase beijei o Alex, eu não poderia fazer nada errado dessa vez, ele se mostrou tão docemente que estou enojada, minhas crises de bipolaridades estavam aguçadas essa semana. Fui procurar meu remédio, era uma manhã de segunda feira eu teria que ir à universidade que teria palestras sobre como produzir talheres de qualidade, como se eu fosse viver disso.
– Bom dia – Luiza disse enquanto preparava o café, seu rosto estava todo amassado, olheiras se apossarem dela e seus olhos caídos.
– Bom dia e a ressaca? – Disse e dei um risinho para descontrair minha manhã.
– Está ótima – Disse ela irônica – E a sua? – Sua vez de sorrir para mim.
– Não estou de ressaca – Eu disse enquanto me sentava e abria o jornal.
– Nem ressaca moral? – Ela riu enquanto dava um gole em seu café.
– Jamais – Bufei e revirei os olhos – À tarde estou pensando em ir ao Danny para sei lá vê-lo se importa? Ou quer ir junto? – Por fim pegando meu café e dando um gole do mesmo.
– Tenho que ver, eu tenho algumas coisas para fazer – Ela disse se levantando e deixando sua xícara na lavadora de louças.
– E posso saber quais são? – Disse.
– Na verdade não – Ela pegou sua bolsa e sorriu para mim – Mas você vai gostar – Piscou para mim e saiu pela porta.
– Não acredito – Revirei os olhos e terminei de ler meu jornal.
*
Cheguei a universidade estava um pouco vazia, poucos alunos iam há dias assim para aula. Sentei-me em uma mesa que havia no pátio e abri meu livro, comecei a lê-lo e resumi-lo de forma com que eu tentasse aprender um pouco para haver perguntas na palestra. Sinto alguém sentar do meu lado.
– Maria? – Olhei para o lado e vejo Matt. Me assustei um pouco.
– O que você está fazendo aqui? – Disse um pouco rude e ele me olhou arqueando uma sobrancelha – Desculpe, é o que veio fazer aqui? – Tentei sorrir.
– Assim está melhor – Ele sorriu malicioso – Vim aqui conversar com a reitora para produzir alguns projetos por aqui – Ele disse e não pude deixar de fazer uma cara de curiosa – Não, não posso te contar – Ele disse rindo. Bufei. – Cursa o que aqui?
– Relações internacionais – Sorri e lhe mostrei o livro.
– Legal, quer viajar o mundo inteiro? – Ele me olhou de forma que me constrangi.
– Sim, o mundo todo – Disse e não pude me conter e sorrir ao pensar em meus sonhos.
– Você vai com certeza viajar o mundo inteiro e espero que em uma boa companhia – Ele disse com um sorriso torto.
– Espero – E sorri torto também. O sinal tocou nos olhamos – É tenho que ir para a palestra – Disse olhando para meu livro e já indo caminhando.
– E eu vou falar com a reitora – Ele me puxou fazendo com que parasse e o fitasse – Nos vemos de novo?
– Ele disse e seus olhos brilharam. Apenas o olhei e assenti indo em direção à sala.
Se não fosse tão ingênua poderia jurar que Matt estava tendo uma queda por mim, ou pior queria realmente ficar comigo. Como poderia alguém querer ficar com uma garota problemática e chata como eu? Fiquei pensando até que a palestra começou e fui interrompida pela minha consciência dizendo que deveria prestar atenção na maldita professora.
*
Sai da universidade e fui à casa do Danny que me esperava. Ele era bem humorado e devo admitir era bonito também, tinha a pele clara e seus olhos eram de um verde que ao sol parecia uma espécie de verde água, seus cabelos eram pretos e bagunçados, tinha várias tatuagens e uma banda de garagem. Nos conhecemos ano passado enquanto bebíamos e fumávamos em uma festa dos talheres da cidade, fomos pegos por senhores de idade, não éramos especificamente amigos, mas de vez em nunca conversamos, brigávamos muito era engraçado até de se pensar.
– Maria atormentada até que enfim chegou – Ele disse enquanto eu ia dar um abraço nele. – Seu cabelo está fedendo, hora de lavar – Ele disse e deu uma gargalhada malvada.
– Cala a boca mufrey – Eu o chamava assim, não me pergunte o por quê.
– Grossa – Ele disse e fez um gesto para que eu entrasse.
Ele morava com os pais, quando me viram vieram de braços abertos me abraçarem fiquei contente com aquilo, pois fazia tempo que não tinha um abraço “fraternal”.
– Parem de enchê-la disso, vai ficar mal acostumada – Ele disse e indo em direção a seu quarto – Vem logo Maria – Dei tchau para seus pais e fui com ele.
– Seus pais me amam - Eu disse enquanto jogava minha mochila no chão e pulava na sua cama.
– E eu amo a Luiza – Ele sorriu como um bobo enquanto disse. Eu sabia que ele gostava da Luiza há um tempo, mas nunca me deixou ajudá-lo, era uma pena porque os dois formariam um casal muito bonito. Apenas o olhei e rimos juntos.
– Video game ou karaokê? – Ele disse.
– Guitar hero – Disse indo em direção a guitarra do jogo.
– Yeah baby – Ele disse e rimos.
1: Alex tá lembrando, caramba! 2: Matt ataca novamente. Quero mais <3 Beijos
ResponderExcluirSteph
Amo o Matt, mas não dá pra competir com o Alex!
ResponderExcluirCuriosíssima com o que vai aconbtecer!!
Beijos