Still Take You Home 08: Don't you love her madly?

- Você realmente pensa em ir para a Austrália? – Alex disse para Claire enquanto faziam o caminho para a casa dela. Alex estava intrigado e queria a todo custo descobrir o fato da urgência daquela viagem e o por que dela querer tanto aquilo.

- Sim Alex. É o meu futuro. – Disse Claire enquanto vasculhava na bolsa seu celular. Alex olhava para ela instigado, querendo descobrir, querendo fazer parte da vida dela, mas o fato é que ele não conseguia. Não com aquele tipo de abordagem.

- Quero te levar para jantar amanhã. – Disse ele enquanto se focava nas ruas que passavam despercebidas pela moça ao seu lado.

- Alex... Please. – Disse Claire enquanto digitava alguma coisa no celular. – Não faça isso. – Disse mais uma vez, agora desligando a tela do seu iphone e olhando-o. – Você sabe que... – Ela foi interrompida por Alex.

- Não, deixa isso quieto. É melhor, eu fui estúpido em achar que poderia te conhecer melhor, após esses três meses, mas vi que você não da chance. – Disse para ela que se sentiu nervosa e aquele carro pareceu apertado demais.

- Não é isso, é só que é não somos um casal para irmos jantar assim, Alex. – Claire se sentia triste, recebeu uma mensagem de Kate que dizia que teriam que esperar mais algumas semanas para a confirmação da viagem, por outro lado, ela imaginou ficar sem Alex, sem as noites dormidas ao lado dele, sem o sexo, sem o cheiro dele e isso causou um efeito devastador em sua mente. Ela queria abraça-lo urgentemente.

- Tudo bem. – Disse Alex enquanto aumentava o ar condicionado. Ele sentia da mesma forma que ela. Confuso demais para entender os próprios sentimentos, confuso por querê-la tanto e ao mesmo tempo não saber como tê-la por completo. Eles já eram um do outro, mas ambos não sabiam disso.

Se eu não tivesse ficado louco por aquela garota, eu poderia jurar que estava ficando doente. Peguei meu cigarro e o acendi o mais rápido possível, tragando e trazendo a fumaça para dentro da minha alma. Deixei meus músculos relaxarem e soltei o peso do meu corpo, me encostando-se a um muro da universidade dela.  Eu devia ir atrás dela? Eu devia voltar com a Arielle? Eu devia? O que eu devia mesmo?

- O que faz perdido por esses lados, Alex? – Ouvi a voz de uma jovem. Olhei e percebi que o rosto era conhecido. Sorri em devolução e joguei meu cigarro no lixo, após apaga-lo. Cocei a nuca por não saber o que responder e acabei desistindo de tentar explicar a Kate o que estava fazendo ali. No campus da universidade dela. – Quer conversar? – Ela disse espontânea, como se esperasse por aquilo.

- Quero. – Disse sem delongas. – Vamos a algum café? – Disse caminhando, mas percebi que Kate não me seguia. – Algo errado? – Disse.

- Não... É só que, acho melhor a gente se sentar aqui mesmo, nas mesas do campus. – Disse ela sério fazendo uma cara bem estranha. Ela caminhou até o lugar e sentou-se, a segui juntando-me a ela.  Acendi um cigarro e ela me repreendeu.  – Alex... O que houve? – Ela disse.

- Não sei... – Tentei explicar com as mãos, algo que eu não sabia, excedendo nos gestos e não falando nada. – Claire. – Disse apenas.

- Ela me contou tudo... E bem, posso ser sincera? – Disse e eu assenti. – Ela te ama mais que tudo nesse mundo. Desde que ela começou a sair com o Tom, ela estava mudada, ela tinha uma estranha obsessão em não ser de ninguém, em aproveitar a vida sem medir os riscos. Quando você apareceu, isso se intensificou. Ela começou a se interessar por você a partir do momento em que você a cobiçou e isso a fez a mulher que ela é. – Kate parou por um segundo para ver se estava tudo bem e eu assenti incentivando-a a continuar. – Acontece, que meses e meses compartilhando a intimidade com alguém a fez mudar. Todas às vezes que ela ia te encontrar, ela se produzia bem mais, queria te impressionar. Ela queria estar sempre linda para você, queria ser a melhor para você e ela nem percebia isso. – Kate disse rolando os olhos. – A maneira como ela fala de você é evidente a carga de sentimento que há, tirando a tensão sexual de vocês que pode ser sentida de longe – Rimos um pouco – Alex, Claire já sofreu muito. Ela batalhou demais para entrar nessa universidade, para sair de Connecticut e vir para Los Angeles, ela tinha toda a vida planejada e você não estava nos planos. E talvez você não esteja ainda. Apesar de tudo. – As últimas palavras me fizeram cair em si e olhá-la um pouco assustado.

- Como assim? – Disse.

- Não sou a melhor pessoa para te dar essa notícia. Creio que terá que esperar por ela. – Disse Kate e eu coloquei as mãos em meu cabelo, friccionando rapidamente.

- Eu queria lutar por ela, ou sei lá, fazer qualquer coisa que a fizesse ter certeza do que eu sinto, but i can’t. Ela não deixa. – Disse.

- Ela deixou...  Ela se permitiu, mas você era um perigo, um risco...  – Disse Kate. Os olhos dela ultrapassaram minha cabeça, fixando em algum ponto logo atrás de mim. O perfume conhecido por meu olfato percebeu que alguém estava atrás de mim. Ousei virar-me e encontrei a silhueta dela e a daquele professorzinho. Rolei os olhos e traguei meu cigarro, apenas encarando Claire.

- Alex. – Disse ela. – O que faz aqui? – Disse novamente e eu levantei-me indo até ela, e depositando um selinho longo. A intenção não era aprofundar o beijo e sim marcar território.  Não posso negar que beijar aqueles lábios não era nenhum sofrimento. Ela me afastou delicadamente e pareceu envergonhada.

- Bem, Kate e Claire, vamos, nós temos que acertar a passagem, o hotel e conversar com o diretor do projeto. – Disse aquele professor com um tom de superioridade que me deu vontade de quebrar os dentes dele. Após a vontade súbita de batê-lo, eu cai em si, nas palavras que haviam sido ditas. Por ele, por Kate e o olhar dela denunciava que aquilo era verdade.

- Você está indo embora? – Disse me afastando um pouco dela. – Como? Por quê? – Disse baixo, quase um sussurro.

- Alex... Eu, eu preciso. – Disse-me e eu apenas a encarava. – Meu sonho. – Se eu me sentia patético naquele momento? Eu sentia tudo. E eu não sabia o que agir, eu tinha uma raiva gigante dentro de mim implorando para ser explorada.

- Porra Claire. Eu entendo que você tenha esse sonho, mas você nem sequer pensou no que sente por mim, ou no que temos? Porra! – cuspi as palavras e Kate tentou me acalmar. – Aposto que foi esse otário que te influenciou a me deixar. – Disse indo pra cima do professor. E ele vindo em minha direção.

- Ah, o rockstar está com o coração partido? – Disse ele num tom insolente e de deboche. – Acontece que você nunca deu o que ela queria, nunca deu o apoio e a certeza de que no fim no dia você iria leva-la para a casa e beijá-la até o anoitecer. Então poupe a todos esse discurso de que você está ficando sem ela, que ela está partindo. Você nunca foi nada. Você sempre achou que pode ter as mulheres que quisesse. Isso pode até ser verdade, mas no fim do dia elas procuram os caras que elas sabem que são pra sempre. – E naquele momento a única coisa que eu queria era me socar e não mais o professor. Porque ele estava certo. Um relapso de consciência me tomou e eu vi que era jogo perdido. Respirei fundo, olhando uma última vez para Claire, seu rosto já estava marcado pela expressão chorosa, algumas lágrimas já podiam ser vistas escorrendo. Virei-me e comecei a caminhar o mais rápido que eu podia, queria chegar a meu carro e sumir. Dirigir e nunca mais me sentir um tolo.

- Alex! Espera! – Sua voz inundou meus ouvidos, mas eu não queria encara-la, eu não queria ver a decepção que eu fui para ela. Eu simplesmente não podia olhar naqueles olhos verdes e perceber que eu não os tinha. –Alex! – Disse novamente. Parei subitamente e virei para tentar olhá-la. Fui surpreendido com um beijo. Seus lábios encostaram-se aos meus tão fortemente, que achei que ela queria arranca-los. Uma nuvem nebulosa com certeza invadiu minha mente, porque a partir daquele momento, eu me esqueci de tudo ao meu redor.

- Breana, não o acorde! Vamos tirar fotos e zuar com ele depois – disse enquanto tirava fotos do Alex babando e todo rabiscado. –Jamie e Nick peguem aquelas canetas para desenharmos um pênis na bochecha dele. – Disse e eles riram cúmplices.

- Vocês são ótimos! – Disse Matt que tentava conter os risos. – Imagino quando vocês se casarem. – Rolei os olhos e rimos. Eram tão bons os momentos que eu passava com eles. Eram incríveis, eram sensacionais. Os consideravam meus amigos e fazia apenas poucos meses que havíamos nos tornado uma espécie de gangue. Eu me sentia em casa. Jamie e Nick voltaram com as canetas e começaram a desenhar várias formas obscenas no rosto do Alex, que dormia feito uma pedra.

- Quando ele acordar, ele vai matar vocês! – Disse e Breana deu de dedo pra mim.

- Relaxa florzinha, já fizemos coisas piores com ele – E todos eles se entreolharam cúmplices. Depois de termos terminado de rabisca-lo, nos juntamos e tiramos várias fotos. As risadas não conseguiram se mantiver baixas e acabamos acordando ele. Alex nos olhou confuso, com os olhos semiabertos. Ninguém mais conseguia conter o riso e acabamos todos soltando gargalhadas.

- Mas que porra... – Disse ele confuso e depois parou pra pensar e fez uma cara de indignado. – Seus filhos da puta. – Soltando um riso depois, entrando na onda de todos.

Oi gente. Desculpe pela demora em postar STYH, mas é que agora como estou trabalhando, não tenho mais o tempo necessário para me dedicar. Como hoje é feriado, levantei cedinho com a inspiração na flor da pele e consegui escrever. Não ficou tão longo, porque não posso deixar escapar alguns detalhes, já que só tem mais 2 capítulos para o fim. Queria agradecer a cada leitora que comentou, e até as que não comentam, mais leem. E é isso. Bom feriado pra vocês.

Anne.