That's Where You're Wrong: Capítulo 27


Alex’s POV.

Estava na sala de um hospital andando de um lado para outro, podia ouvir ainda os barulhos da sirena da ambulância ecoando pela minha mente, a confusão formada no meio da rua, os repórteres, parecia até um pesadelo. O peso da culpa que estava sentindo não facilitava porra alguma. Como fui deixar isso acontecer?  Matt, Nick, Breana e Anne estavam aqui e tentavam me acalmar, mas isso seria impossível, já fazia mais de meia hora que Sophie havia sido levada, será que tenha sido tão grave? Olhei o relógio já se passava das 2 da manhã. 
Der repente, os pais de Sophie aparecem, junto com Mariana, e pela cara deles parecem que acabaram de sair da cama...obviamente.

- O que aconteceu com Sophie? – Nívea logo entrou na sala perguntando – Vim correndo assim que recebi seu telefone Anne. – ela se voltou para Anne – Alguém pode me dizer o que houve?

- Então Nívea... – Anne começou – Ela sofreu um acidente... foi atropelada.

- Meu Deus! Como isso foi acontecer? – ela gritou desesperada.

- Não sei exatamente... – Anne olhou para mim discretamente – Parece que ela estava atravessando a rua e o carro a pegou.

- Mas Sophie nunca foi de se distrair... vocês já entraram em contato com o motorista?

Anne negou com a cabeça, Matthew se aproximou perguntando em qual estado de saúde ela se encontrava.
Fiquei no canto da sala, escutando a conversa... não tinha condições de falar coisa alguma e com certeza se eles soubessem o que realmente havia acontecido iam querer me matar...

Mari se aproximou – O que realmente aconteceu Alex? – ela perguntou baixo.

Eu não a respondi, fiquei encarando o chão – Alex... seja lá o que for que tenha acontecido saiba que pode contar comigo. – eu a olhei nos olhos e esbocei um sorriso fraco em concordância.

- E você Alexander sabe do que realmente aconteceu? – Nívea gritou do outro lado da sala e, todos me encararam e segundos seguintes viraram o rosto desconfortáveis com a situação, pois ninguém iria falar nada... Por sorte o médico entrou me salvando do que quer que fosse que eu poderia falar ou me entregar.
Todos foram para cima dele perguntando sobre tudo, ele tinha aparência de 40 anos, alto, usando óculos e segurando uma prancheta, sua expressão era cansativa.

- Por favor, se acalmem – ele pediu – Antes de qualquer coisa, Sophia tinha namorado ou...? – ele perguntou olhando sua prancheta.

Todo mundo o olhou confuso e inclusive eu pela pergunta... – Sim, sou eu – me aproximei.

- Então, eu lamento Sr. Turner – ele começou e imaginei que soubesse quem sou eu – Sophia perdeu o bebê.

- O que? Como assim? – saiu mais alto do que eu imaginei, e todos estavam do mesmo jeito.

- Ela estava grávida, apareceu no exame de sangue que fizemos. – respondeu, e ele nos olhou e continuou – Bom, era muito recente, provavelmente nem ela mesmo sabia... Tinha mais ou menos duas semanas.

- Mais ou menos? – pensei em voz alta.

- Sinto muito, ela perdeu o bebê. – concluiu ele.

Dei alguns passos para trás, como grávida? Meu Deus... Porra... ela não iria me perdoar nunca... um filho meu... passei a mão no cabelo. Porra.

- E como ela está Doutor? – Matthew perguntou, enquanto Mariana tentava acalmar Nívea, que me olhava indiferente.

- Ela está bem, apesar de ter perdido muito sangue.

- Podemos ver ela?

- No momento não é apropriado, mas só posso deixar uma pessoa entrar... e pela manhã podem ficar no quarto quando tudo estiver concluído.

- Será que eu posso entrar? – eu pedi.

- Como assim você quer entrar, eu sou a mãe, eu que deveria e...

- Nívea – Matthew a interrompeu – Deixe ele ir... ele precisa...

- Mas Matthew?!

- Nívea – ela concordou não realmente querendo.

Eu atravessei aquele longo corredor acompanhado do médico, paramos na porta do quarto. – Pode entrar, mas não demore muito, por favor. Eu já volto. – ele disse, e depois saiu entrando em outra sala.
Respirei fundo antes de empurrar a porta e entrar. E quando a vi deitada naquela cama de hospital toda minha força havia desabado, parei ao seu lado e peguei em sua mão, fechei os olhos com raiva de mim mesmo por tê-la colocado na situação que está, e então chorei.  Abri os olhos e passei a mão pelo seu cabelo macio, o que nós fizemos Sophie? Grávida? Isso era sério demais... ela nunca me perdoaria.

(...)

Senti alguém me balançando, acordei assustado.

- Alex? – Era Matt – Você dormiu aí?

- Na verdade não consegui dormir... Devo ter cochilado.

- Eles deixaram você ficar aqui no quarto da Sophie?

- Eu sei ser bem insistente...

- Imagino... – ele olhou pro lado – E ela como está?

Ajeitei-me no minúsculo sofá – Tendo melhoras, mas ainda não acordou... Os remédios eram fortes.

- E o que vai fazer depois?

- Eu ainda não pensei sobre isso... – olhei pra ela e me sentia cada vez mais culpado – Que horas são?

- Nove da manhã, e os pais da Sophie já estão aí, querem ver a filha...

- Já entendi...

Eu havia passado a noite toda ao lado da Sophie, e só conseguir depois de ter praticamente implorado ao médico, eu precisava ficar ao lado dela, ela precisava de mim... e eu precisava dela...e tudo parecia uma eternidade, parecia um pesadelo que não iria acabar, e o pior estava apenas começando... quando entramos na sala de espera meu maxilar endureceu e fechei minha mão em um soco... minha vontade era de socar a cara dela...

- Calma Alex... você...

Não deixei Matt terminar ele deve ter visto minha expressão fui direto pra cima dela que conversava com Nivea e Mariana – Mas é muita cara de pau sua aparecer por aqui! – minha voz já estava alterada. Todos se viraram.

- Esta falando de quem? – Jessica se fez de desentendida.

- Acho melhor você parar de bancar a mocinha...

- Alexander? O que você esta fazendo? – Nívea perguntou.

Ignorei Nívea – É melhor você sair daqui agora Jessica eu não me responsabilizo por meus atos...

- Alex – Matt veio para o meu lado – É melhor sairmos daqui.

- Sair? Quem tem que sair daqui é essa... – parei.

- Alguém tem que me explicar o que esta acontecendo! – Nívea exigiu.

- Eu explico Nívea – disse Jessica – Sophie sofreu o acidente simplesmente por culpa dele! Do Alexander! – ela me encarou – Ela viu ele me agarrando! Aliás todos viram! Mas pelo visto ninguém quis contar a verdade para vocês!

Mariana colocou a mão na boca, e Nívea me olhou assustada com raiva.

- Não acredito que você disse isso! – gritei.

- Vai dizer que é mentira? Que não foi por isso que Sophie sofreu o acidente?

Fiquei em silêncio porque realmente não tinha nada a dizer... era verdade... 

- Eu sabia! – Nívea disse – Sabia que você tinha algo a ver com isso mas não desta forma... você é pior do que eu pensava...

- Mãe... – Mariana a puxou pelo braço.

- Agora que todos já sabem quem é quem por aqui, agora acho que posso ver a Sophie.

- Não! – gritei – Não vou deixar você vê-la.

Nos encaramos e Anne apareceu, viu o que estava prestes acontecer e puxou Jessica – Acho melhor vir comigo Jessica – Anne disse – Preciso ter uma conversa com você e tenho certeza que não quer que a seja aqui.

Jessica mudou sua expressão e Anne a puxou pelo braço fora da sala, mas antes de ir ela sorriu... maldita. Ela estava fingindo, mas porque tudo isso?

Matthew entrou na sala. – O que houve? Ouvi gritos desde da outra sala.

- Me tira daqui, por favor – Nívea olhou pra mim – Antes que eu passe ainda mais mal.  – Matthew não entendeu nada, mas eles saíram da sala, deixando eu, Matt e mariana sozinhos.

- Me diga que não é verdade isso que a Jessica disse?! – Mari perguntou.

- Mas é claro que não! Não realmente a verdade...

- Então, me conte o que realmente aconteceu.

Suspirei – Melhor nós sentarmos.


Flashback on

24 horas atrás


Saímos do palco e fomos direto para o camarim, o show foi realmente eletrizante.

- Ah, eu preciso de uma cerveja bem gelada – disse Nick abrindo o frigobar.

- Não só você – disse Jamie – Para todos nós.

- Já estava realmente sentindo falta de dias assim – disse Matt se jogando no sofá.

- Concordo com você – disse pegando uma cerveja.

- Bem que podíamos voltar à estrada – Jamie.

- Seria uma boa ideia, mas no momento estou preferindo ficar em casa.

- Em casa? – perguntou Jamie – Ou ficar com Sophie? – revirei os olhos e todos riram. – Olha, realmente está apaixonado Turner. Que gracinha.

- Não sou o único por aqui, sabe. – Matt e Nick ficaram quietos, e depois rimos.

- Pelo menos você confessa ao contrário desses dois – disse Jamie.

- Ei, eu não disse nada. – disse Matt.

- Exatamente. – Jamie.

- Então, vou ver minha garota, fiquem aí conversando – ele saiu e rimos.

- Acho que vou fazer o mesmo – Nick piscou saindo.

- Posha, vou ter que procurar uma companhia então – ele se levantou – Até mais Alex.

Ri sozinho, fazer shows realmente cansava, sentei para descansar um pouco e tomar minha cerveja, bateram na porta, será que eles não sabiam abrir a porta ou era alguém da produção. Levantei-me e abri a porta.

- Jessica?

Ela se encostou ao batente da porta – Oi Alex.

- O que você ta fazendo aqui?

- Vim conversar.

- Sinto muito, mas já estou de saída.

- Pelo visto não, vejo que precisa de companhia para seu drink. – ela passou se esfregando em mim pela porta.

- Olha, é melhor você sair agora Jessica ou...

- Ou o que? – ela pegou a garrafa da cerveja e levou a boca – Vai chamar a segurança? – ela riu sozinha. – Ou que tal falarmos para Sophie sobre aquele dia do jantar?

Bati a porta com força – O que você quer Jessica?

- Sabe que eu ainda to indecisa... – ela colocou a garrafa sobre a mesa – Sua vida deve ser tão excitante, que tal torna-la ainda mais? – ela se aproximou de mim.

- Jessica eu sei qual é o seu tipo então...

- Eu não sei o que você viu na Sophie, ela é tão sem sal...

- E eu não sei como você pode falar isso da sua própria amiga, mas estou começando a duvidar de que seja.

- Ah, Alex você parecia ser mais esperto... – ela segurou em meus braços e tentou me beijar.

- Não – disse e empurrei ela – Você não acha que eu vá...?

- Não acho, tenho certeza – ela começou a tirar sua roupa, ou melhor, rasga-las, soltou o seu rabo de cavalo – Jessica pare com isso – fui até ela – Você está fora de si – ela me empurrou contra o sofá, cai sentado, ela veio pra cima de mim, e me fez cair sobre ela.

- Pare com isso, você vai acabar se machucando... – tentei impedi-la, ela parou e começou a gritar do nada e a chorar, me jogou no chão, saindo de cima de mim. Só entendi depois que levantei. Sophie. Ela ficou me encarando... Não, não, não...

- Sophie... – disse – Não é isso que você esta pensando...

- Sophie! – Jessica entrou na frente dela – Você está vendo isso? – ela falava e gritava sobre seu corpo e suas roupas – Ele me agarrou a força, me machucou! Eu juro que eu tentei de tudo... – O QUE? – Mas ainda bem que você chegou...  

PORRA! Só pode ser brincadeira isso, merda.

(...)


Flashback off


A conversa que tive com Mari e Matt me ajudou a ver que as coisas poderiam ser resolvidas, por outro lado uma parte de mim estava nervoso, Mari ficou tensa com a situação e disse que melhor que deveríamos fazer era comer alguma coisa, principalmente eu por causa da minha cara, até que ela tinha razão. Sentamos-nos em uma mesa afastada na lanchonete do hospital, o silêncio estava dominando. Eu só conseguia pensar o que iria falar com Sophie quando ela acordasse, e isso estava me matando aos poucos. Mari estava de cabeça baixa e Matt olhava o cardápio.

- Tem hambúrguer... é isso ou sopa meu amigo. – Matt disse.

- Pode ser – respondi não me importando muito.

- Alex – Mari segurou minha mão – Tudo vai acabar bem, e eu vou te ajudar. – disse ela confiante.

- Eu espero, e espero que Sophie acredite em mim...

- Ela tem que acreditar cara – Matt.

- Ela vai, só precisamos de um tempo... minha vontade era de acabar com a Jessica!

- Mari, pode ter certeza que você não é a única.

(...)

Fim Alex’s POV.


A claridade nunca incomodou tanto, minha visão estava embaçada, abri e fechei os olhos diversas vezes, e apertei-os. Até que fitei o teto, não era o do meu quarto, virei à cabeça e encontrei uma janela, com cortinas que iam até o chão e estava aberta. – Olhei para o outro lado e havia um sofá grande branco, uma mesa com muitas flores, puxei o meu braço e doeu, tinha muitos fios. – Olhei para a máquina que monitorava os sons da onde saiam os bipes, estavam em um hospital, mas como eu havia ido parar ali? O quarto era tão claro, por ser tão branco. Eu estava confusa, tentando lembrar o que tinha acontecido. Escuto a porta se abrir e fechar me estico para ver quem é.

- Sophia! – uma enfermeira adentrou ao quarto – Você acordou – ela se aproxima olhando a máquina e depois volta a me olhar – Como se sente?

- Eu... não sei – respondo mas minha voz sai meio estranha – O que aconteceu?

- Você não se lembra? – ela me encara com olhos curiosos, eu balanço a cabeça negativamente como resposta – Vou chamar o Dr.

Espero impaciente por alguma resposta e em alguns minutos o médico entra e acompanhado do meu pai. Pai?

- Oi Sophia, sou o seu médico – disse parado ao lado da cama – Como você está?

- Eu não sei, um pouco tonta e enjoada – respondo – Pai o que aconteceu? – pergunto diretamente olhando pra ele, que se aproxima e segura minha mão.

- Você sofreu um acidente Sophie – ele responde.

- É normal que não se lembre, você bateu forte com a cabeça – o médico diz medindo minha pressão. Levo uma das mãos até a temporã da minha cabeça e sinto um curativo ali.

- Sua pressão está baixa, por isso o enjôo. – ele anota em sua prancheta – Vou pedir para trazerem os medicamentos necessários e sua refeição. Em breve você terá alta.

Ele saiu deixando eu e meu pai as sós. Meu pai puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado e ficou me encarando.

- Está tudo bem? – pergunto e ele sorri.

- Eu que deveria perguntar isso, não é querida?

Sorrio – Está tudo tão confuso na minha cabeça, parece peças de um quebra cabeça.

- Você não precisa se lembrar agora, o que você precisa é descansar.

- Por que eu tenho a leve impressão de que está me escondendo algo?

- Eu não estou escondendo nada.

- Você é um péssimo mentiroso – ele curva os lábios em um mini sorriso. – Vamos, me conte.

- Acho que deveria chamar sua mãe... – ele tenta se levantar, mas impeço.

- Pai, por favor – ele se senta novamente.

Ele suspira – Você... querida, estava grávida mas perdeu o bebê no acidente. – ele me olha com medo da reação. Mas eu o encaro, não acreditando, então sinto que meu coração vai parar, grávida? Alex... Levo instintivamente as mãos para barriga, grávida do Alex? Sorrio por um segundo, mas as lágrimas descem.

- Eu sinto muito filha – meu pai diz.

Uma enfermeira entra trazendo remédios – Pai posso ficar sozinha? – minha voz sai embargada, ele me olha preocupado.

-Tem certeza?

- Sim. – ele dá um beijo na minha testa antes de sair.

Sinto falta de ar, e então não consigo parar de chorar.

(...)


Alex’s POV.

Depois de sairmos da lanchonete fomos para a sala de espera, não havia ninguém lá. Sentamos no sofá, logo depois Matthew, o pai da Sophie, apareceu com o médico que estava cuidando da Sophie. Os dois conversavam provavelmente sobre o estado dela. Mari se levanto e Matthew veio em nossa direção.

- Pai, você estava com ela? – Mari perguntou aflita – Esta tudo bem?

- Calma Mari, eu estava lá sim – ele sorriu – Sophie acordou e nós conversamos um pouco... – o sorriso do rosto dele sumiu, parecia preocupado – E ela esta bem...

Levantei na hora com a informação – Ela acordou? Preciso vê-la!

- Você poderá ir vê-la – disse o médico – Mas mantenha a calma, com a batida forte na cabeça ela não se lembra sobre os fatos que a levaram ao acidente, mas isso é só questão de tempo.

- E eu tive que contar a ela sobre a gravidez – Matthew disse – Uma hora ou outra ela ia saber...

- Tudo bem Sr. Nightingale – suspirei – Mas será que posso vê-la agora?

- Aguarde, nós já o chamamos.

Sentei impacientemente, todos sentaram-se também. E parece que o médico sumiu. Essa demora estava me corroendo. E Matt não parava de bater os pés no chão e batucar com as mãos parecia que ele estava tocando bateria.

- Cara, será que dá pra você parar com isso? – disse com as mãos enfiadas na cara.

- Sr. Turner? – levantei a cabeça, uma enfermeira.

- Sim? – levantei.

- O senhor já pode entrar – olhei pro Matt e ele disse boa sorte, é acho que preciso. Passei pelos longos corredores, abri a porta e lá estava ela, sentada na cama, parecia um pouco melhor apesar da sua feição triste. Seus olhos foram em minha direção, seus lábios formaram em um sorriso, mas então der repente sumiu.

Fim Alex’s POV.

Assim que ouvi a porta se abrir, Alex apareceu e então tudo desmoronou, como uma bala direto para a minha cabeça. Show, bilhete, camarim, Alex, Jessica, Multidão, chuva, luz e o baque. O que aconteceu ficou claro, lembrei de tudo no mesmo instante.
Ele se aproximou meio receoso e sentou-se ao meu lado. Olhei pra ele esperando que ele falasse algo, mas não falou. O silêncio era horrível.

- Sophie... – ele começou e eu prendi a respiração – preciso saber se...

- Eu já me lembro de tudo? Se eu sei de tudo? – ele concordou com a cabeça – Sim, eu sei.

- Sophie eu... eu não sei nem o que falar – houve uma pausa – quer dizer, não sei como começar...

Eu queria que ele sumisse da minha frente, porque eu estava triste, magoada, por tantas outras coisas... mas suspirei – Que tal começar pelo começo?

- Primeiro, quero que saiba que eu te amo demais e não posso te perder... – ele suspirou e começou a contar tudo que tinha ocorrido, fiquei em silêncio tentando digerir o que ele estava me contando, era difícil acreditar nele. Como assim uma das minhas melhoras amigas poderia ter feito isso? Ir até o camarim, dar em cima do meu namorado, rasgar as próprias roupas, me mandar um bilhete e tudo isso para que eu pudesse ver? Era insano demais. Ele parou de falar e esperou que eu dissesse algo.

- Sinceramente eu não consigo acreditar, e muito menos porque não existe motivo para isso...

- Eu também não mas o que eu lhe disse é a verdade, a única verdade. Eu nunca faria isso com você. – Então lembrei sobre a fama do Alex, que ele nunca iria mudar, e nem por ninguém. Alexa e Arielle vieram em minha cabeça. E Miles com todas as suas conversas e avisos.

- Eu preciso de um tempo.

- Um tempo? Pra que?

- Preciso encontrar uma linha coerente nesta história, não faz nada sentido e...

- Mas Sophie?!

- Alex como você quer que eu acredite em você? Quando tudo o que você faz é eu não acreditar em você.

Ele enfiou as mãos na cara, passou as mãos pelos cabelos e se levantou, andando de um lado para outro – Olha, é melhor você ir embora, eu não quero mais... te ver – deixei que as lágrimas viessem porque não estava aguentando mais segurar.

- O que? Você vai acabar com tudo? – ele alterou a voz.

- É.

- Ótimo – disse – Porque você vai se arrepender do que esta fazendo, talvez um dia quando perceber o quanto eu te amo. Uma prova disso foi o nosso filho que... infelizmente não deu certo – sua voz foi ficando embargada e ele ficou de costas para esconder que estava chorando – Adeus.

Então ele saiu do quarto, e meu coração se apertou, eu não sabia o que sentir, nunca pensei que pudesse doer tanto, se eu havia feito o que tinha que ser feito, por que estar tão machucada? Eu queria acreditar nele, mas não conseguia, todas aquelas palavras eram inacreditáveis. Não tinha que ser assim... mas não dá pra fechar os olhos e fingir que ta tudo bem. Eu sei, eu sei que isso vai me partir ao meio.

(...)

Pouco tempo depois, minha mãe chegou, e ficou comigo, estava toda feliz, eu não perguntei o porquê, mas pelo menos ela não tocou no assunto da noite passada e nem o porquê de ter me encontrado chorando. O médico havia vindo aqui e disse que havia recebido alta. Me arrumei, peguei minhas coisas e sai do quarto, estava feliz em poder ir pra casa e ver todos, mas exceto uma pessoa, uma pessoa que não deveria estar ali. Arthur? Arthur? O que ele estava fazendo ali?

- Arthur? O que você esta fazendo aqui? – perguntei surpresa. Ele sorriu e veio em minha direção, encantador como sempre.

- Sophie, como você está?

- Sophie espero que não se importe, mas chamei-o para vir nos fazer uma visita, vejo que está surpresa – minha mãe disse.

- É, você mãe? – disse meio sarcástica – Estou surpresa sim. – Arthur me abraçou um tanto quanto apertado.

- Estava com saudades gata – ele disse em meu ouvido.

Nesse momento Alex, Matt e Breana se aproximaram. Eu tratei de me soltar do Arthur que foi persistente, mas consegui. Alex nos fuzilou com o olhar e Arthur só sorria e não tirava os olhos de mim, Matt e Breana me abraçaram, me desejando melhoras, minha mãe fuzilava Alex enquanto ele fazia isso comigo. Estava uma situação constrangedora. Eu me sentia horrível.

- Bom Sophie, é melhor nós irmos embora daqui – meu pai me pegou pelo braço. Eu olhei pra trás e Alex ainda me encarava. Quando encontramos a saída um monte de repórteres e fotógrafos estavam ali.

- Quem chamou a imprensa? – Mari perguntou gritou, ela surgiu atrás da gente, minha mãe estava ao meu lado e do outro meu pai, enquanto tentávamos chegar em nossos carros, quando seguranças apareceram. Eu estava me sentindo perdida ali. Com um monte de gente gritando meu nome e tirando fotos. Porque tudo isso? Só conseguir ficar calma quando entrei no carro e saímos dali.


Alex’s POV.

Sophie abraçando esse cara? E quem era ele? Eu estava tão atordoado que por mim quebrava a cara dele. Matt percebeu o que eu estava a ponto de fazer e ficou do meu lado. Isso tudo era uma grande palhaçada. Matthew tirou Sophie da sala e sua mãe o cara da sala.

- Cara, se acalma – disse Matt.

- Quem era ele?

- É o ex-namorado da Sophie! Não acredito que minha mãe chamou ele aqui! – mari respondeu – Esse idiota não devia estar aqui.

- Concordo com você – disse, e Mari saiu atrás deles.

Pra mim já deu, estava claro o que Nívea queria, e que provavelmente Sophie iria querer, era o que ela merecia. Não dava mais pra aguentar. Sai andando e Matt me seguiu.

- Onde você vai?

- Vou embora.

- Pra onde.

- Por a cabeça em ordem.


Fim Alex’s POV. 


Jessica’s POV.

- O que? – ela gritou.

- Foi isso mesmo que você ouviu Arielle... – olhei para o lado nervosa com a situação – Um carro passou por cima dela.

- E ela morreu? – senti uma hesitação em sua voz.

- Não, só deve ter quebrado alguma coisa...

- Ótimo – agora ela parecia aliviada – Não gosto dessa vagabunda, mas não queria que ninguém se machucasse.

Dei risada – Nem eu, nem eu...

Arielle sorriu, sentou-se no sofá e me olhou – E você já foi visitá-la?

- Sim, e claro dei uma de vítima como sempre... mas não me deixaram vê-la.

- Ele estava lá?

- Sim, e tentou me obrigar contar a verdade, mas me fiz de desentendida e a mãe dela ouviu tudo, tive que contar o que aconteceu... agora ela o odeia ainda mais!

- Perfeito! Agora Alex vai ficar triste e sensível... bela oportunidade! – sorri e demos risada.


Fim Jessica’s POV.


Arielle’s POV.

Depois de ir visitar Jessica em seu apartamento, fui direto para o meu me sentindo vitoriosa pelo meu plano que estava indo muito bem... Tirando o fato da Sophia ter sido machucada, mas a culpa não é minha, nem de ninguém, ela deveria saber que se tem que olhar para os dois lados antes de atravessar a rua. Tirei meus sapatos e comecei a imaginar como seria conquistar Alex novamente, se eu conseguir uma vez... conseguiria de novo. Sai de meus devaneios com o som da campainha, eu não esperava ninguém e até achei estranho o interfone não ter tocado. Levantei e fui em direção a porta.

- Arielle você tem noção do que aconteceu? – Miles estava aparentemente nervoso, entrou feito um furacão.

- Tudo bem, entre e sinta-se em casa – disse ironicamente.

- Não tem graça Ari, o negócio ta ficando sério!

- Miles, por favor, do que você está falando?
- Você não sabe do que aconteceu? – balancei a cabeça negativamente – Sophia foi atropelada ontem!

- Ah é isso... Achei que fosse algo mais importante – Miles soltou uma risada nervosa.

- Você não acha isso importante? Será que você não vê que pelo seu plano coisas ruins estão acontecendo?

- Miles eu não planejei que um carro aparecesse e atropelasse ela, isso não estava em meus planos... – ele revirou os olhos e passou a mão pelo rosto – Eu não queria que isso acontecesse, mas aconteceu não é mesmo? E o que eu tenho a ver com isso?

- Ari me escuta! Esquece isso, esquece esse plano, esquece tudo! – ele se aproximou de mim pegando em minhas mãos – Nós podemos sair do país, vamos para Inglaterra ou para qualquer outro lugar!

- Não! Está tudo indo como eu queria, tirando a parte do atropelamento...mas... agora o Alex vai ser meu novamente e nada vai me fazer mudar de ideia Miles! – ele só poderia estar brincando.

- Você está ficando louca! Sedenta por vingança e isso não irá te levar para lugar nenhum – ele se levantou – Ari é óbvio que o Turner ta apaixonado pela Sophie, eles se amam! Alex pode até voltar para você, mas não será amada e nenhuma pessoa merece isso.

- É claro que não, mas se ele voltar pra mim é porque ele me ama!

- Tudo bem Arielle, faça o que você quiser! – houve uma pausa – eu vou embora... esqueça de mim, tenho muitas coisas para fazer. Quando você se esquecer de tudo isso e quiser algo sério comigo pode me procurar, enquanto isso não acontecer eu to fora...

O QUE? – Miles, não! – gritei – Você não pode me abandonar! Você prometeu me ajudar...

- Prometi, mas você foi longe demais! Está passando dos limites e eu não quero ter mais nada a ver com isso...

- Tudo bem, então vai embora! Não preciso de você... – ele olhou pra mim com um olhar de decepção, aquilo doeu, afinal eu ainda era um ser humano com sentimentos, depois disso ele bateu a porta me deixando sozinha. Não agüentei e joguei um vaso na parede. Comecei a chorar, mas eu devia ser forte, e nada me impediria! Alexander David Turner ainda seria meu com ou sem ajuda de Miles.


Fim Arielle’s POV.


Quando finalmente cheguei em casa, pude descansar realmente, apesar da minha mãe vir em cinco em cinco minutos no meu quarto saber se eu estava bem, ela estava me assustando desse jeito. Mas eu sabia que era só preocupação, meu pai havia passado por aqui. E Mari havia sumido. Disse que queria falar comigo, mas não apareceu, mas estava cansada demais para pensar em algo. Estava deitada na cama tentando parar de pensar em Alex e em tudo que havia acontecido, praticamente eu chorava toda vez que lembrava do ocorrido. – Ouvi batidas na porta e gritei pra entrar. Deveria ser minha mãe outra vez, eu estava deitada virada de costas para a porta. A pessoa fechou a porta sentou-se na cama e colocou a mão em meu ombro. – Sophie? – Ao ouvir a voz paralisei, e virei rapidamente.

- Arthur? O que você esta fazendo aqui?

Ele sorriu fraco – Você deveria parar de me perguntar isso toda vez.

- E você deveria começar a me responder.

- Certamente – ele me encarou por alguns segundos e me senti desconfortável, Arthur sempre foi irreverentemente lindo e continua, ombros largos, cabelo escuro ondulado liso, os olhos castanhos escuros, e seu charme consegue seduzir qualquer uma.

- Então... – levantei da cama mantendo distância – Nem vou perguntar como você conseguiu entrar porque... é meio obvio. – Minha mãe. – Mas a pergunta é... O que você veio fazer aqui em Los Angeles?

Ele se levantou também – Sophie, sei que muitas coisas aconteceram no passado, mas eu estou afim de deixar isso pra trás e começar algo diferente.

- Do que você está falando?

Ele caminhou até mim – Eu vim aqui por causa de você, porque eu nunca realmente te esqueci... e acho que merecemos outra chance.

O QUE?


Alex’s POV.

Nunca me senti assim antes, estava tão perdido na minha própria cabeça como nunca, ouvi uma batida forte em cima da mesa, levantei meus olhos que já estavam pesando, e agarrei ao copo em minha frente, e bebi em um gole só a bebida, e pedi outra mais forte ainda. Era tudo o que eu precisava no momento. Nem sei aonde fui parar, em algum lugar no meio do nada, traguei um pouco do cigarro, pelo menos podia fumar aqui dentro. Como Sophia podia me deixar assim? E como ela é rápida em conseguir outro cara, esse veio de encomenda direto Made in Brazil outro idiota nas garras dela. Ri sozinho...uma forte imagem dela veio em minha mente, ela estava grávida... fechei os olhos lembrando do acidente, mas que porra!! Bati o copo com força em cima do balcão. Senti duas mãos no ombro e logo uma voz atrás de mim. – Noite ruim? – Fiquei parado por alguns segundos, mas eu conhecia aquela voz não faz tanto tempo... me virei. Era ela mesma. Não mudava nunca, e não deixaria de ser linda e provocante.

- Acho que precisa de companhia. – disse e meu corpo tombou pro lado.

- Arielle.

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N/A: Olá pessoal, voltamos com mais um capitulo. Obrigada por serem tão pacientes! E com isso demoramos mais neste capítulo, fizemos algo mais trabalhoso e longo. Espero que vocês curtam! Decidimos colocar o Arthur na história por ideia de uma leitora cujo o nome nós não sabemos mas está identificada assim : "XX", então obrigada por isso e obrigada por ler! Teremos novidades a cada capítulo, surpresas e histórias para se encontrarem e serem reveladas. Então é isso,
Um grande beijo, 
Letícia e Julia.





8 comentários:

  1. Porra! Agora danou-se tudo! D:

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  2. Ansiosíssima para a próxima atualização, tenho fé que a Anne vai colocar a Jéssica no lugarzinho dela! E que a Mari vai fazer a Sophia enxergar a verdade e Aleeex... não fode, Alex! -.- Trate de dar um pé-na-bunda da Arielle!

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  3. AI MDS NÃO ACREDITO QUE VCS SEGUIRAM MEU CONSELHO, FICO MUITO FELIZ MESMO POR SABER QUE VCS LERAM MEU COMENTÁRIO (ME SENTI ESPECIAL) E EU QUE FICO FELIZ POR ESSA FIC, ELA É INCRÍVEL, EU AMO ESSA FIC E CADA VEZ MAIS ELA FICA MELHOR (TO EMOCIONADA COM ESSE CAP) E REALMENTE GOSTO MT DESSA HISTÓRIA, DA SUA ESCRITA, DE TUDO MDS! não vou ficar mais cobrando pelo próximo capitulo como antes, desculpas por eu ter enchido o saco de vocês, até porque agora eu sei que vcs estão estudando e tem mais oq fazer, então vou ficar aguardando o desenrolar da história e ao próximo capitulo dessa fic maravilhosa. (ps: realmente me senti especial quando vi meu nome mencionado no N/A, fiquei mt feliz, e a proposito meu nome é giovanna mas pode chamar de XX mesmo)

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Giovanna você é um amor! hahahah

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    3. ah mds obrigada, fico mt feliz, e amor é essa fic de vcs <3

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  4. essa XX é uma gracinha e foi uma boa ideia a dela mesmo kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk apimentou as coisas kkkkkkkkkkkkk amei esse capitulo e amei a fic mas espero que a shopie e alex fiquem juntos e Ari e a jessica se fodam!!!!!!!!!

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  5. Gente, esse capítulo foi muito bom!! Que ódio eu fico dessa jessica e arielle mesmo sendo ficção! rs E já tô começando a odiar o arthur tb! haha
    Adoro muito essa fanfic!
    Beijos meninas :)

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