Era por volta de
4hr da tarde quando Alison chegou ao meu apartamento para me ajudar a decidir
sobre as montagens dos palcos. No geral a estrutura do lugar será simples para
as primeiras bandas, que serão bandas que recebem menos alvoroço de fãs e
mídia, mas para bandas como Coldplay, Arctic Monkeys e Oasis eu queria algo que
fosse mais característico deles, por isso, na reunião mais cedo decidimos
entrar em contato com o engenheiro que faz a estrutura dos nossos eventos e
pedi a ele alguns desenhos que caberiam no nosso espaço passando tudo o que eu
precisava, e em poucas horas eu já tinha as propostas.
― Vai ser uma grande mudança de cenário do show
do Coldplay para o do Arctic Monkeys. ― Disse Alison analisando uma das plantas.
― Vai sim. Mas vai ficar bom, quero fazer algo
diferente para o Arctic, algo que nem eles mesmos tenham pensando, sabe?
Mas nada do que
eu havia visto até então chamara minha atenção de verdade.
― Vocês se dão bem, né? Digo, os meninos no
geral.
― Acho que sim, Alison. Eu gosto muito deles;
Matt, Nick e Jamie. Agora o Alex é diferente, sabe?
― Diferente? Se você fala pela parte de ele ser
complemente gostoso e incompreensivelmente sensual, eu posso te entender... ― Rimos.
― É, Alex tem suas particularidades. Sempre com
aquele olhar que faz você se sentir num campo minado, como se você não pudesse
se sentir segura de si na presença dele.
― Eu li uma
matéria, logo depois do Indie
Music Festival, falando sobre a ausência dele no show. É verdade aquilo?
Alison
apresentava um tipo de sutileza como se não quisesse parecer intrometida no
assunto. Mas eu não me importava em contar a ela toda a história do show; sobre
como eu quase pirei ao entrar no camarim e dar de cara com eles, a maneira como
o Alex simplesmente sumiu e como tudo se desencadeou desde então. De fato, a
última coisa que eu pensava nos últimos dias era no processo. Aquelas
lembranças pareciam tão distantes...
― Vocês são amigos agora?
― Amigos eu não
sei, mas Alex é uma pessoa boa no fundo... e não é possível não se abalar com
isso. ― Eu alternava olhares entre as folhas e meu notebook, mas realmente não
prestava muita atenção. ― E até quando ele está sendo um completo imbecil, ele
faz isso por um bom motivo.
Motivos como
preocupação e tentativa de proteção. Como ele vivia fazendo em relação ao Miles
e talvez ele estivesse certo sobre suas teorias. E falando nele, havíamos nos
falado mais cedo. Ele me contou que estava na Inglaterra, mas não disse o
porquê. E para ser sincera, talvez eu nem quisesse saber, não queria ouvir
Miles mentindo para mim.
*
* *
Enquanto nos mantínhamos
concentrados nos assuntos do festival como telefonemas com empresários e hotéis
para decidir onde as bandas ficariam hospedadas, contratos lidos, entrevistas
dadas, viagens inesperadas, detalhes de últimas horas acertados, contratação
inesperada de técnicos e reuniões com vários engenheiros de som, os dias se
passavam sem que percebêssemos. A questão dos palcos já estava quase toda
resolvida, só falta o Arctic Monkeys que até então nenhuma ideia legal havia
surgido.
Com o incidente
do aluguel do clube, decidi fechar naquela mesma semana a compra do lugar. - Já
tinha até planos para fazer algumas mudanças na estrutura quando tudo
terminasse. E estava até pensando em um nome: Independent Club ou qualquer outro que soasse mais legal. - Eu
ainda teria de esperar um mês para me tornar a proprietária do local, mas
perante aos nossos advogados a clube já era meu a partir do momento que
entreguei o cheque ao antigo proprietário. Era muita coisa para fazer com tão
pouco tempo.
Alison havia
praticamente se mudado para o meu apartamento. E eu estava realmente surpresa
com a disposição dela; sempre de prontidão para segurar o eixo das coisas
quando elas ameaçavam sair de controle. Depois de uma conversa lógica com Alex
no telefone ele liberou o clube para que eu começasse a fazer os preparativos
para o show, apesar de ainda não ter passado o aluguel para o meu nome, porém
eu começava a confiar que Alex honraria sua parte no trato. Ah, e ele também
não comentou sobre o seu súbita partida na manhã que acordara em minha casa, na
verdade o único telefonema que trocamos foi para falar sobre o aluguel. Eu
tinha uma leve desconfiança que o seu sumiço tinha a ver com sua namorada, uma
hora ela teria de dar as caras, certo?
Na quarta-feira,
Liam, Noel e eu fechamos a data para a divulgação do show do Oasis. A notícia
seria dada por três meios simultaneamente: Havia uma carta que tínhamos escrito
juntos e que seria publicada em cada um de nossos sites oficiais. Isso três
noites antes do festival.
* * *
Era quinta à noite e a Laura e
Meanna tinham acabado de sair do meu apartamento depois de um dia longo de
trabalho, eu tentava convencer Alison do mesmo, mas ela insistia em terminar as
coisas que ainda estavam pendentes.
Eu estava colocando uma
lasanha no micro-ondas para comermos, quando meu telefone tocou; era da
recepção do prédio dizendo que havia uma encomenda para mim, pedi que um dos
mensageiros a trouxesse. Quando abri o pacote, me surpreendi ao encontrar um
livro. Um livro com o titulo; Guia
Prático de Culinária Para Iniciantes. E mais abaixo com uma letra mais
desenhada a palavra Bolos. Abri o livro e percebi que ele já estava
marcado uma página específica onde havia a receita de um brownie de chocolate
com menta e sorvete, e no final, assinado numa caligrafia um pouco torta tinha
um A que mais
parecia um triângulo seguido de David.
Alex não era o
tipo que dava sem pedir algo em troca. E eu achei realmente curioso o fato de
ter aberto o armário da cozinha e encontrado todos os ingredientes necessários
para fazer o brownie. Ingredientes que ele havia escolhido.
O relógio marcava
um pouco mais de 10hr da noite, e decidi que não era tão tarde para me
aventurar na cozinha. Alison apareceu perguntando se eu precisava de alguma
ajuda, mas eu simplesmente disse que ela podia ir dormir - Alison morava do
outro lado da cidade, e mesmo que eu pagasse um táxi, estava tarde parar ela ir
para casa. - Separei todos os ingredientes na quantidade que era pedida
preparando a massa e deixando a cobertura por último. E em um pouco mais de uma
hora eu já tinha o resultado final. Não me atrevi a comer, de fato, não estava
com vontade, por isso o coloquei na geladeira e separei um pote de sorvete de
creme da Haagen Dazs.
Fui para cama,
mas sem intenção de dormir, acabei pegando meu notebook e fiz algo que a muito
estava com vontade. Mesmo sabendo que não era uma boa ideia, abri o google e
digitei Alex Turner and Alexa Chung e cliquei em imagens. No geral eram imagens
dos dois saindo de casas noturnas, passeando pelas ruas, em algum show,
aeroportos... e em todas elas eu via o sorriso infantil no rosto de Alex,
aquele tipo de sorriso que você nem mesmo percebe que está dando, aquele
sorriso que expressa apenas felicidade.
Alexa era linda,
sem dúvidas. A model girl que todas as garotas sonham ser, sempre bem
arrumada, bem humorada e encantadora.
Senti um amargo
na garganta quando abri uma imagem que era a reprodução de uma carta que Turner
havia escrito para ela. Eram palavras lindas e únicas, o tipo de texto que não
se escreve por qualquer motivo para qualquer um, demostrava um sentimento raro
e verdadeiro.
Eu fiquei
irritada. Irritada por Alexa ser tão bonita. Irritada por ela ter amado Alex um
dia, irritada pela existência dessa maldita carta, irritada com o semblante de
menino ingênuo que Alex tinha na maioria das fotos. Irritada comigo mesmo por
me importar tanto. Foda-se a Alexa-it-girl-Chung,
foda-se o Alex-the-coolest-guy-Turner, e
foda-se também a Arielle-Alex’s-girlfriend- Vandenberg.
E qual é o problema comigo? Eu sou Victória Bodini e eu não irei permitir que
outro rockstar babaca entre na minha vida sem mais menos, muito menos alguém
como Alex Turner que, sem sombras de dúvidas, é a pessoa mais prepotente, arrogante
e irritante que eu conheci em toda a minha vida. Perdia até para o Liam, e olha
que aturar o casula da família Gallagher não foi uma tarefa fácil pra mim.
Fechei meu
notebook e tratei de rolar na cama até pegar no sono.
* * *
A sexta-feira
chegou de um jeitinho diferente. Todo o surto sentimental que eu tive na noite
passada foi embora sem deixar lembranças, talvez fosse culpa da TPM, ou de toda
a tensão sexual que me envolvia nos últimos dias. Mas a primeira coisa que eu
fiz foi ligar para Alex, antes mesmo de sair da cama.
— Hum... — ele
resmungou como se ainda estivesse dormindo. E eu apostava que estava.
— Bom dia,
Turner. — minha voz não estava muito diferente da dele.
— Hum... tchau. —
mal consegui entender o que ele fala, mas o que entendi foi o bastante para que
eu gritasse seu nome antes que ele desligasse o telefone na minha cara. — O quê
que foi, porra?
— Quando você
acordou comigo, você estava menos mal-humorado. — Ouvi uma risada preguiçosa
que era um sinal de que estava ganhando sua atenção. — Quer tomar café da manhã
comigo?
— Você me acordou
às... 8hr da manhã pra me chamar pra tomar café? Tá tudo bem? Onde você quer
que eu vá hoje, na Victória Secret comprar lingerie, por que se for acho que
eu não vou me importar se eu puder ver você experimentando?
Não, na
verdade tem algumas coisas que estão muito boas. Como o fato de eu ter ficado
completamente irritada por ver fotos suas com a sua ex-namorada. — Cala a boca, Alex. Tá tudo bem sim, e eu
só queria que você viesse aqui mesmo, nenhum outro lugar, eu juro. Se ajudar,
ontem eu passei algumas horas na cozinha depois de receber uma encomenda.
— Hum... isso é
bom... — ele fez uma pausa. — Só um minuto, Vic. — De repente o som do outro
lado da linha ficou abafado e eu fiquei me perguntando o que e com quem ele
estava falando. ― Não posso ir agora.
― Hum... ― fiquei
em silêncio por alguns segundos imaginado o que ele teria de mais importante
para não vir aqui. ― Tudo bem, então.
― Eu preciso
desligar, agora. A gente se fala depois. ― Sua voz era carinhosa, mas eu podia
ver perfeitamente que ele estava com presa para terminar a ligação.
― Tá. ― desliguei
o celular jogando o aparelho sobre a cama e perdendo completamente a vontade de
acordar.
* * *
Pela tarde, peguei
as credencias e dei um pulo no banco para depositar o valor correspondente ao
show do Arctic Monkeys e do Oasis. Eu poderia tirar o resto do dia de folga, já
que eu não tinha absolutamente nada para fazer. Decidi sentar num café qualquer
dentro do shopping e tomar um Mocca enquanto eu lia um artigo numa revista
qualquer. O artigo falava, ironicamente, do novo álbum do Miles Kane.
O clipe de Don’t Forget Who
You Are, música do próximo disco de
Miles Kane, acabou de sair. Dirigido por Dan Sully, o vídeo todo em preto e
branco mostra as ruas de Liverpool e lembra bastante os anos 60, trazendo até
referência à épica apresentação dos Beatles no telhado da Apple Records.
Além disso, o artigo fala
sobre uma possível volta do The Last Shadow Puppets, já que o B-side de Don’t
Forget Who You Are, Get Right, havia
sido escrito com a participação de Alex Turner. E no final tinha uma entrevista
que ele fala sobre a carreira solo, influencias, participações no novo álbum...
E sobre a sua vida particular:
I: Você tem essa imagem de playboy. Como você se sente sobre isso?
M: Playboy? Sério? Não é verdade. Eu sou apenas um amante. E isso vai
estar na minha noite de hoje: Como eu posso ser um playboy? Eu estou indo para Stringfellows
com três modelos. É o que faço e é uma tarefa difícil. Modelos e tudo mais, pode
ser besteira. Mas é bom desfrutar de vez em quando, é claro.
Senti meus lábios ficarem
secos e meus olhos se molharem. Eu não queria acreditar que nesse exato
momento, como ele mesmo havia dito, Miles estaria dormindo com modelos.
Eu sentia falta dele. Muita falta mesmo. E
tudo o que eu queria, era que ele voltasse logo para que pudéssemos ficar
juntos. Talvez ele tivesse um bom motivo para dizer aquilo, talvez fosse apenas
uma brincadeira. Eu queria esquecer tudo o que já havia passado e fazer uma decisão
importante na minha vida. Talvez fosse hora de me afastar de Alex e lutar para
ter de volta o homem que eu sempre amei, lutar para fazê-lo apenas meu. Mas tinha uma pergunta em
minha cabeça que estava me deixando maluca: Você
realmente sabe distinguir o certo do errado, Bodini?
Irritada comigo
mesma, e ainda com vontade de chorar, joguei a revista em minha bolsa, peguei
meu café e me levantei. Mas ao que eu o fiz alguém esbarrou em mim fazendo meu
café quase cair.
― Oh, me
desculpa. Eu não te vi. ― Eu ainda estava concentrada no copinho em minha mão,
tentando fazer o liquido não cair.
― Não, tudo bem.
― e quando me virei para pessoa, não consegui esconder a surpresa. Sabe aquele
momento que seu coração acelera e você não entende porra nenhuma, porque a
pessoa a sua frente nunca te fez nada para você ficar ansiosa na presença dela?
Mas então toda a confusão mental da noite passada voltou em minha mente. E eu
soltei com a voz um pouco atrapalhada; ― Alexa?
Ela deu um
sorriso confuso. Mas então sua confusão logo se tornou algo como felicidade e
surpresa, eu não entendi nada. ― Oh... Você é Bodini. Victória Bodini. É um
prazer conhecer você.
― Er... Obrigada.
― Eu estava completamente confusa, sem a menor ideia do que fazer. Alexa Chung,
uma das mulheres mais influentes no mundo da moda e do entretenimento dos dias
de hoje, estava na minha frente, encantada, dizendo que era um prazer me
conhecer, quando tudo o que eu conseguia pensar era que ela era ex-namorada do
Alex Turner.
― Eu tenho
acompanhado o desenvolvimento do Indie Music Festival, e apesar do incidente
daquela noite, tudo foi fantástico. Estou muito ansiosa para ir nessa edição
especial. Admiro muito o seu trabalho.
― Poxa... ― Então
eu fiz o que eu menos esperava fazer. ― Bem, aqui está uma credencial do
festival. É só mostrá-lo na entrada dos bastidores.
Acho que nem ela
esperava que eu fizesse aqui, e no momento em que ela agradeceu eu via a
burrada que eu tinha feito. Era um passe livre para ela e Alex estarem no mesmo
lugar no mesmo instante, mais próximo do que eu gostaria que estivessem. E eu
ainda me perguntava por que eu me importava.
― A gente se vê
lá, então. ― Acenei me afastando o mais rápido possível.
Assim que entrei no meu carro
peguei meu celular e liguei para Laura.
― Acho que eu fiz
uma merda. ― Chorei.
― Ai, meu Deus...
Você dormiu com o Turner. Eu sabia! Meanna está me devendo duzentos dólares,
haha!
― Hey! ― Gritei.
― Quer dizer que vocês estão fazendo apostas pelas minhas costas? Vocês são
duas cachorras.
― Ops! ― Riu. ―
Era segredinho.
― Não, eu não
dormir com o Turner e se algum dia essa ideia passar pela minha cabeça, por
favor, me matem.
― Tudo bem. Mas o
que você fez assim de tão grave?
― É que... eu
esbarrei com uma pessoa sem querer no shopping, e essa pessoa começou a falar
do Indie Music Festival, e eu acabei
dando uma credencial para ela.
― Ué, nós podemos
cancelar o número da credencial. E pra quem foi? Um fã retardado de alguma
banda?
― Não... ― Fiz
careta só de me lembrar de quem era. ― Foi pra Alexa.
― Ai, caramba,
Vic. Você é bem burra às vezes. Tem ideia da zona de guerra que aquele lugar
vai virar?
― Hã? ― Até a
parte “burra” eu entendi, mas “Zona de Guerra”...
― Ariella e Alexa
no mesmo lugar. Elas não se suportam. Há boatos que o Alex traiu a Alexa com
ela.
Certo, Laura não
entendeu o ponto critico da situação, mas algo me dizia que era melhor assim.
― Eu sei... por
isso mesmo. Mas, espera, o Turner traiu a Alexa? ― Aquilo era novo pra mim.
― Não sei se é
verdade, você melhor do que ninguém sabe como a mídia é sensacionalista, mas eu
li em vários sites que é bem provável que ele tenha traído ela com a Ariella,
até mesmo pelo tempo que foi de um relacionamento para outro. Em questão de
poucos meses, dois ou três.
― Hum... Então,
essa é merda. Não posso simplesmente cancelar a credencial da Alexa.
― Isso é verdade.
Mas eu tenho certeza que ela vai manter a pose profissional, e bem, a Ariella,
acho que ela não é do tipo que fazer barraco em backstage. Ela prefere chamar a
atenção no Vine. ― Demos uma gargalhada.
― Vamos sair para
beber? Tipo, hoje. Pra uma boate qualquer.
― Só se for na
Playhouse. Quero pagar de VIP.
Rolei os olhos.
― Em qualquer
lugar que você entrar comigo, você vai pagar de VIP, Laura.
― Nojenta!
A questão do
Playhouse é a seguinte: Há décadas essa vem sendo uma das mais importantes
casas noturnas de Hollywood, mas há três meses ela estava a ponto de falir. O
proprietário do lugar entrou em contato comigo e sugeriu uma sociedade para que
a lugar não fechasse. Eu coloquei uma grana e agora o que está me dando a
chance de salvar o Indie Music Festival é esse investimento.
― Tudo bem, eu
sei que você está sem dinheiro para pagar pelas tequilas.
― Vou chamar a
Meanna e a Alison, te pego ai às 23:30.
* * *
Como sempre, não
conseguia entrar no Playhouse sem passar pela sala do Senhor Gregori Beanz. Um
ex milionário que perdeu a fortuna em Vegas e hoje mantem a única mansão que
lhe restou em Hollywood graças as duas filhas e aos lucros da boate. Não, eu
não desperdiçava meia hora da minha noite naquela saleta de vidro porque eu
queria, mas Beanz se sentia na obrigação de me dar satisfações sobre cada gasto
e cada lucro casa.
Só me vi livre
dele depois da quarta dose de bebida alcoólica, isso porque ele percebeu que eu
começava a ignorar seus discursos e me preocupar mais com o tempo que ele
levava para fazer a combinação de sal, limão e tequila.
― Esqueci que
existe a parte chata de vir aqui. ― Meanna disse ao que me sentei ao lado das
meninas fazendo um sinal para o garçom.
― Uma rodada
dubla de tequila e uma garrafa de Chivas Regal 12 anos.
― Alguém aí quer
ficar beba. ― Alison disse antes de dar um gole na sua bebida.
― Beanz me mata
com todo o papo sobre a administração desse lugar. Como se já não bastasse a
parte chata de ser dona do Indie Music.
― Rolei os olhos e roubei o copo de bebida de Laura, que me lançou um olhar
nada legal.
― Nossa que
chato... ― Soltou ela de maneira sarcástica. ― Deve ser muito chato receber
mais da metade dos lucros da boate mais famosa do lado Oeste do USA e dirigir o
maior festival de musica Indie. Sua vida é muito triste, Victória.
― Cala a boca,
vou te deixar sem bebida.
― Acho que eu sei
o porquê da vontade da Bodini ficar bêbada hoje. ― Voltei minha atenção para
Meanna que pela carinha que ela fazia eu sabia que ela não diria algo
verdadeiramente útil. ― O Alex foi hoje buscar a Ariella no aeroporto. Eu,
concidentemente, estava lá esperando meu irmão que chegou de Newcastle hoje e
vi tudinho.
Thomas Puente,
era um surfista metido a mochileiro que estava sempre perdido em algum lugar do
mundo, há quatro meses ele foi participar de um campeonato de Kitesurf na Austrália, e depois de
ganhar o premio de 100 mil dólares ouvi dizer que ele gastou a metade dando
festas. Mas 100 mil virou piada depois que ele assinou um contrato de um ano
como garoto propaganda da Saint Kidd uma linha de roupa
desenhada por Dougie Poynter. Apesar de suas origens latinas, Tom era o típico
garoto do surf, loiro dos olhos azuis com aquele bronzeado natural que deixava
qualquer garota com água na boca.
Naquele momento,
o garçom chegou com nossas bebidas e eu levei o tempo preciso para virar minha
dose para entender o que Meanna estava dizendo. Se Alex foi buscar Ariella no
aeroporto quer dizer que ela não estava aqui naquela manhã em que Turner dormiu
na minha casa.
― Falando nos
casos do Alex, sabe que está na cidade também? ― Olhei para Alison. ― Alexa
Chung. Eu a vi saindo do Mondrain, acho que, há uns dois dias. Não é lá que o
Arctic Monkeys está hospedado?
― Eu sei, a Vic
encontrou com ela no shopping. Você acreditam qu- ― Mas eu tratei de dar um
cutucão em Laura antes que ela terminasse de fazer a burrada.
― São duas
competidoras em potencial, Vic.
― Argh, para! Não
sei de onde vocês tiram essa ideia que eu estou a fim do Alex. Isso é ridículo,
e vocês sabem muito bem que tudo o que há entre a gente são apenas assuntos
profissionais.
― E uma tensão
sexual que dá pra cortar com uma faca, claro. ― Tentei fazer cara de mal
humorada, mas não controlei a risada. Meanna sempre tinha as comparações mais
sem graça que podia existir.
― Tudo bem. ―
Alison encheu se copo de uísque tomando um gole antes de continuar. ― Você pode
até negar que está atraída sexualmente pelo Turner, mas ele não está a fim de
fazer o mesmo. Porque ele não tirou os olhos de você desde que você se sentou
aqui.
Impulsivamente,
me virei procurando por ele. Mas não o encontrei. ― Cadê?
― Depois diz que
não quer nada com ele ― Laura riu. ― Do outro lado da aera Vip. ― A área VIP se
resumia em uma enorme sacada interna que rondava as quatro paredes do lugar.
Levantei-me e
desviei meu olhar até o lado oposto e vi Alex em pé ao lado de uma mesa virando
uma dose de alguma bebida, quando ele terminou seu olhar caiu sobre mim, por
alguns instantes. Eu quase sorri. Quase, pois no segundo seguinte pude ver que
ele estava acompanhado não só por Matt, Breana, Nick, Jamie e Kate, mas também
de outra mulher que, naquele momento, estava se aproximando dele e passando um
dos braços por seus ombros enquanto falava alguma coisa em seu ouvido. E ele
ouvia, ouvia com atenção em mim.
― Aquela é a
Ariella? ― Perguntei.
― Aham, ― alguém
respondeu e não foi nenhuma das meninas. A voz era grossa demais para ser de
qualquer uma delas. ― e eu não acredito que foi só te deixar uma semana próxima
a ele que você se rendeu aos encantos do Alex Turner, Bodini... ― Meu coração
disparou.
Por vários
motivos que eu não sabia explicar. Talvez fosse o fato de que eu me sentia como
se estivesse sido pega fazendo algo de errado. Talvez fosse pelas palavras
ditas que apesar do significado não havia um tom triste ou severo por trás
delas, do contrario, o tom era de brincadeira. Talvez fosse apenas efeito da
bebida. Mas eu não consegui me virar.
― Mas eu não acho
que você vá se envolver com um cara como ele. Você é esperta, e Alex não quer
nenhum tipo de compromisso com a vida. ― Senti os braços de Miles em minha
cintura. Não era um toque possessivo, era apenas um toque. ― Porém se tiver
caído na dele, não vou me importa que ter de reconquistar seu coração, Vic. ―
Com um movimento rápido e ágil, Miles me virou para ele. ― Saudades de você.
E olhar naqueles
olhos castanho, ouvir aquela voz, sentir aquela presença tão próxima me
desarmava. Sorri de maneira exagerada e espontânea, passando meus braços por
seu pescoço e o beijando. Tê-lo ali, só me dava uma certeza; Eu o amava.
― Você sumiu...
― Eu...
― Não, tudo bem.
― Dei de ombros.
Fiz sinal com a
cabeça indicando para que nos sentássemos à mesa.
― Cuidaram bem a
minha garota? ― Miles repousou a mão sobre minha coxa de maneira que me fez
sentir, sim, sua garota.
― Nós cuidamos.
Resta saber se ela está se cuidado bem. Se você a quer só pra
você, não é aconselhável deixa-la sozinha por muito tempo. Bodini não tem
juízo.
Não tinha mesmo
não. E a prova disso era que eu estava aponto de voar no pescoço da Meanna. Com
amigas assim eu, realmente, não preciso de inimigos.
― Isso é verdade?
Acho boa a ideia de te levar comigo para onde quer que eu vá.
― Melhor ainda,
se, na próxima vez que você sumir,
pelo menos avisar para onde está sumindo, não?
Laura, assim como
Alex, não tinha engolido a repentina viagem de Miles. E a conhecendo bem eu
sabia que ela não deixaria barato. Miles também a conhecia, por isso preferiu
levar na brincadeira e apenas riu enquanto Alison soltava um Ouch! ao meu
lado.
― Você vai ficar
para os shows? ― Perguntei e enchi meu copo com o liquido que restava na
garrafa.
― Vou, Alex me
pediu para tocar com eles, a 505.
― Oh, eu acho
simplesmente maravilhosas as suas participações na 505. ― Os olhos de Meanna
brilhavam. Acho que ela nunca vai deixar o lado groupie, para ser uma
profissional por completo. E era isso que mais gostava nela. ― Sempre quis ver
vocês juntos ao vivo. Miles, você sabe que eu sou uma grande fã das suas
músicas?
― Meanna só está
tentando ganhar um ingresso para sua turnê na Europa.
― Bem, sua chefe
vai tirar umas semanas de férias para assistir aos shows, se ela te liberar
você pode ir junto.
― Meanna acabou
de entrar para equipe, férias só depois de ano. ― Dei de ombros dando uma
risada que foi acompanhada pelo outros na mesa.
― Tá vendo,
Alison... É isso que te espera, achou que trabalhar para Bodini seria fácil?
Mas o clima gostoso da
conversa foi embora tão rápido como chegou.
― Miles, que
surpresa te ver por aqui.
Para mim, a
surpresa era a cara de pau que Alex tinha de ir até a minha mesa acompanhado da
namorada.
― Alex!
Ariella... ― Miles se levantou os cumprimentando.
Eu e Laura
trocamos olhares, eu podia até enganar Meanna e Alison, mas Laura me conhecia
muito bem, e sabia que no fundo eu me importava.
Terminei com todo
o conteúdo do meu copo e pedi ao garçom uma dose da vodca mais forte que tinha
no bar e mais uma garrafa de uísque. E quando eu completava meu copo mais uma
vez, eu via Alex abraçar Ariella pela cintura e beijar seu pescoço enquanto
concordava com alguma coisa que Miles dizia.
― Se você ficar
com essa cara, Miles vai perceber que há algo de errado, Vic. ― Olhei para
Laura dando olhar desanimado.
― Por que ele
precisa ser tão inconveniente?
― Ele não é, só
veio cumprimentar o amigo, e ele está com a namorada que também é amiga do
Miles. É inconveniente para você porque você gosta dele.
― Eu não quero
que o Miles fique amigo da Ariella. E eu não gosto dela.
― Quanto você já
bebeu hoje?
― Não o bastante.
Alguns instantes
depois, os outros meninos da banda e as garotas que estavam com eles se
juntaram a nós. E todo mundo conversava, ria e fazia piadas de qualquer coisa.
Exceto duas pessoas: Alex e eu.
Alex parecia mais
preocupado em deslizar a mão por Ariella e me encarar do que participar da
conversa, e eu não sabia aonde ele queria chegar, mas uma coisa ele estava
conseguindo fazer: Me irritar.
― Está tudo bem?
Você está um pouco quieta. ― Miles tocou meu queixo me fazendo olhar para ele.
Meanna, Laura,
Breana e Kate tinha descido até a pista de dança. Matt e Nick foram até o salão
de jogos que tinha no lugar. E Alison, Jamie, Alex e Ariella continuavam
sentados à mesa conversando sobre alguma coisa referente ao tempo que eles
ficariam na Califórnia para gravar o novo álbum.
― Tudo bem! ― Dei
de ombros. ― Só efeito da bebida que me deixa um pouco lenta. ― Ri.
― Se você quiser,
podemos ir para outro lugar aonde você possa descansar enquanto fazemos algo
mais interessante.
Uma de suas mãos
tocou minha coxa fazendo um carinho convidativo enquanto subia sob minha saia.
― Miles... há
pessoas aqui.
― E ninguém está
vendo. ― Miles me puxou para mais perto me colocando sentada em seu colo. ―
Você não ideia de como é difícil manter a calma perto de você. ― Seus lábios
tocavam meu pescoço me arrepiando por completo me fazendo arfar.
― Senti a sua falta todos os dias...
Ajeitei-me sobre
seu colo de maneira que eu podia senti-lo ficando pronto para mim. Olhei em
seus olhos com um sorriso sacana nos lábios antes de beijá-lo. Deus sabia o
quanto meu corpo sentia falta do dele. O quanto eu precisava de algo que me
completasse e me tirasse o foco. E só de pensar nele eu ficava com água na
boca, sem querer esperar. Suas mãos agarraram minha cintura de maneira
possessiva sob minha blusa e não demorou muito para eu sentir seu toque na
curva do meu peito. Eu não queria me importar com as pessoas ao meu redor, nem
com o lugar onde eu estava. Tudo o que eu precisava era me agarrar à linha
tênue que me mantinha próxima a Miles, essa linha que me permitia esquecer Alex
e pensar apenas no homem que estava comigo. Deslizei meus dedos por seus fios
cabelo os puxando no instante que ele descia seus beijos até meu pescoço. Soltei
um gemido baixo seguido de um riso. Afastei seu rosto do meu pescoço com a
intenção de voltar a beija-lo, mas fomos interrompidos com um baque de algo
caindo no chão. No susto, deslizei de volta para o sofá ajeitando a minha
blusa.
― Ops! Foi mal.
Vou até o bar buscar outra. ― Alex dizia enquanto me lançava um olhar sínico,
devido ao acidental esbarrão que ele possivelmente deu e fez a garrafa se
chocar ao chão e quebrar.
― Quer ir embora
daqui? ― Miles disse ao pé do meu ouvido.
Assenti. ― Só
preciso falar com as meninas.
― Eu vou com
você... ― Alison disse se levantando.
Eu tinha a
intenção de ir atrás de Laura e Meanna, e muito menos ir atrás de Alex, mas
precisava de alguns segundos sozinha. Precisava sair aquele ar pesado.
― Alison, vai na
frente, te encontro lá...
No bar e peguei
uma garrafa de Absinto e um copo e fui até a parte mais afastada da boate.
Virei três doses uma seguida da outra. O que foi o suficiente para deixar minha
visão turva. Respirei fundo. Não era essa a imagem que eu, uma empresária de
grande nome, deveria ter, muito menos num lugar público. Mas a culpa não era
minha se estava me comportando mal. A culpa era do dono da mão que segurou meu
pulso de maneira quase agressiva.
― Posso saber o
que foi aquilo? ― Alex disse olhando em meus olhos.
Não consegui
responder de início. O álcool confundia minha mente mais do que a minha visão e
eu sabia que minha voz sairia embaraçada e preguiçosa se eu falasse. Por isso,
sorri. Sorri e toquei seu rosto com a ponta dos dedos. Seus olhos brilhavam com
os reflexos das luzes neons do lugar, e, cada vez que elas piscavam, sua
afeição parecia mudar.
― Por que você
está fazendo isso comigo? ― E quando sua mão suavizou o toque em meu pulso e
ele aproximou seu corpo do meu, decidi que Alex estava tão bêbado quanto eu. ―
Eu fico louco de ciúmes quando te vejo conversando com outro cara. E quando te
vi agarrada com o Miles, aquilo... Aquilo me machucou. Eu tive vontade de
quebrar a cara dele. A forma como ele mente para você e você acredita,
Bodini... Isso me mata.
― E você não
mente? ― dei um passo para trás e passei a mão pelo cabelo. ― E você também não
está me enganado, Alex?
Respirei fundo e
me apoiei à meia parede. Peguei a garrafa enchendo meu copo com mais uma dose
que eu virei garganta abaixo em poucos segundos.
― Eu nunca
escondi de você eu tenho uma namorada.
― Eu não... ―
Alex estava tão lindo. O cabelo um pouco despenteado, os olhos um pouco
pequenos, os lábios entreabertos. Tudo isso me dava vontade de abraça-lo. ― A
Alexa. Por que... Ela está na cidade. E vocês... Vocês têm mantido contato. Eu
sei que, eu não sei exatamente, mas foi ela, não foi? Foi ela que te ligou
naquela manhã e foi para ela que você correu? Não foi, Alex? Eu só queria que
você me deixasse em paz. Volte para Alexa, porque é isso que você quer. E me
deixa levar a porra da minha vida. Me deixa ser feliz com o Miles.
― Você nunca será
feliz com ele. ― Alex deu um passo a frente prensando meu corpo contra a meia
parede atrás de mim. ― Sua felicidade não é ele.
― Então me deixa
fingir que sou feliz.
― Eu não posso.
Não aguento imaginar o fato de que você vai ficar esperando por ele enquanto
ele está na Inglaterra com outra. Ele não te ama, Vic.
Mesmo com todo o
álcool em meu sistema eu não conseguia ignorar as palavras dele. Eu não queria
acreditar! Miles não tinha ninguém na Inglaterra. Nem modelos... Ele era meu,
dessa vez, só meu.
― Por que você
está fazendo isso? ― Senti meus olhos ficarem molhados e uma vontade enorme de
chorar tomava conta de mim.
― Porque eu não
quero que você se machuque, mais do que já foi machucada por ele.
― Você é o único
que está me machucando aqui. ― Pude ver em seu rosto como aquelas palavras o
atingiram. ― Você desistiria da Alexa por mim? Você seria capaz de me amar mais
do que a ama?
― Eu seria capaz
de qualquer coisa por você.
― Você está
mentindo outra vez.
Alex aproximou
seus lábios dos meus num selinho silencioso. Eu sabia que ele estava esperando
uma permissão para aprofundar o beijo, mas eu não seria capaz de fazê-lo.
― O que eu
preciso fazer para você confiar em mim?
― Nada. ― dei de
ombros. ― Eu nunca vou...
O silêncio caiu
sobre nós de maneira tortuosa. Por um longo momento apenas encaramos um ao
outro.
― Alex... ― Era a
voz de alguém não muito distante.
Virei-me em direção
ao som e vi Ariella parada não muito distante de nós dois.
Esperei de Alex
se afastasse e fosse atrás dela com mil desculpas para aquela cena, mas ele não
o fez.
― Eu já vou. ― a
voz dela saiu um pouco presa como se tentasse manter o tom. ― Você vem comigo
ou vai ficar com ela? ― Ele não respondeu. Tentei empurrá-lo de maneira sutil,
mas Alex não saiu de onde estava. ― Tudo bem... ― E ela simplesmente deu as
costas e foi embora.
Aquilo me deixou
pior do que eu já estava. E a vontade de chorar se concretizou nas lágrimas que
escorram em meu rosto.
― É por isso que
eu nunca vou confiar em você.
Alex se afastou
passando a mão pelo cabelo. Ele estava visivelmente cansado e confuso.
― Eu quero fazer
as coisas certas por você. Mas eu não sei como começar. Porra Bodini, você não
me dá chance nem mesmo de dizer o que eu sinto.
― E eu não quero
saber. Não quero ouvir você mentindo pra mim.
― É verdade,
caralho! ― Seus olhos ficaram grandes, de repente. Alex me segurou pelos braços
me fazendo olhar fixamente para ele. Eu estava assustada e com medo. ― Por que
você não acredita em uma única porra que eu digo? Por que você prefere se foder
com outro cara que não dá a mínima para os seus sentimentos, enquanto, caralho,
eu gosto de você de verdade. E quando eu digo que eu faria qualquer coisa por
você, eu realmente faria. Por que você não consegue entender?
Os gritos de Alex
começaram a atrair a atenção de quem estava em volta. ― Você está me
machucando. Me solta...
― Eu só preciso
que você diga que vai tentar confiar em mim. Porque você também me quer, você
também quer ficar comigo. Então me diz que vai ficar ao meu lado.
Balancei a cabeça
negativamente. ― Não... ― chorei. ― Vai embora. Por favor...
― Então diz Victória,
diz que você não gosta de mim, diz que você não me quer... Diga olhando em meus
olhos.
Respirei fundo
sentindo seu aperto em meu braço ficar mais fraco. Pisquei algumas vezes para
retomar o foco, antes de olhar fundo naqueles olhos castanhos. Olhos que me
assombravam, olhos que eu começa a, tanto, amar.
― Eu não quero
você. Eu nunca estive perto de te amar, e nunca irei. Eu nem mesmo gosto de
você, então, sinta-se a vontade para sair da minha vida e nunca mais me dirigir
a palavras.
E quando terminei
de falar, não quis olhar para ver sua expressão, porque, qualquer que fosse só
me machucaria ainda mais.
Alex Turner
soltou os meus braços. Virou-se e foi embora antes que eu pudesse cair sobre
meus joelhos e começar a chorar.
Os minutos se passaram e eu não
conseguia me mexer. Eu não queria sair dali, e não me importava que estivesse
sentada no chão frio da boate.
Alguém se sentou
ao meu lado e passou os braços por meu ombro. ― Ah, amiga... O que houve com
você? ― Eu não sabia dizer se era Meanna ou Laura. ― Vem, vou te levar para
casa.
Com a ajuda dela,
me levantei e caminhamos até a saída da boate. Sob as luzes da rua pude
reconhecer o sorriso carinhoso de Laura. Ela suspirou e colocou meu cabelo
atrás de uma das minhas orelhas. ― Vou chamar um táxi, fique comportada.
Enquanto ela ia
até um dos carros parados em frente a casa noturna, eu registrei a última cena
da minha noite: Alex abrindo a porta do Audi preto dele para uma garota loira
um pouco magrinha e com pose de modelo. Ele parecia tão bem deslizando a mão
pela cintura dela.
Continua...
N.A.: Só
tenho duas coisas para dizer hoje: Desculpem-me pela quantidade de palavrão.
Momentos de raiva entre esse casal causa isso.
E... C’mon, c’mon, c’mon, September,
9th
My days end best when the sunset get itself behind. That little lady
sitting on the passenger side. It’s much less picturesque without her catching
the light…
Ao contrário do que tu disse no grupo, o capítulo de jeito maneira ficou ruim. Muito pelo contrário, foi essencial para o decorrer da fanfic. teve informações importantes, personagens que apareceram que definitivamente são importantes para a fic e para o casal principal.
ResponderExcluirMiles é um cretino. Eu estou ficando com raiva dele porque ele esta enganando a Vic e ta achando que só vir com chamegos que vai ficar tudo bem. Poor Miles, ele nem sabe que a Vic está se enganando e enganando ele em relação aos sentimentos dela. Porque afinal, a cena final do Alex e dela discutindo foi genial.
Mas eu também não sei qual é do Alex. E preciso confessar que fiquei um pouco confusa entre esse quarteto Alex, Alexa, Arielle e Victoria. Principalmente a parte que ela liga pra ele...
Enfim, mais um capítulo lindo e por favor, não demore pra att eu estou ansiosa pra mais e mais!!!!!!! beijo xx
Exatamente, Anne. Achei o capítulo um pouco chato, por conta desses 'detalhes' que são importantes, mas sem eles não haveriam os próximos capítulos. Ai, juro pra você que fico com pena do Miles quando leio os comentários de vocês. Acho que eu estou começando a gostar dele tanto quanto a Vic gosta e agora estou protegendo o infeliz. KKKK' E em relação a esse quarteto: Bem, tudo se explicará em breve. E é essencial que TODAS VOCÊS prestem atenção em cada detalhe que surgirá a partir de agora na história.
ExcluirBeijos, Laira!
Eu nunca vou entender como você achou que esse capítulo não tava bom. Hahahahahahahahaha
ResponderExcluirEu adorei! E pôxa, deu peninha do Alex no momento da discussão dos dois, mas realmente também não entendo qual é a dele, ele realmente tem muita facilidade pra arrumar outras e ainda fala do Miles (que está sendo um fdp). D:
Não demora mais tanto assim pra postar a att não, eu gosto tanto dessa fic. *-*
Ain, será mesmo que o Miles está sendo um FDP? não sei... Juro que não sei. Como disse, eu não acredito que ele possa mesmo estar sacaneando a Vic.
ExcluirPrometo que vou tentar postar mais rápido, até porque os próximos capítulos estão cheios de coisas que eu estou morrendo de ansiedade para vocês descobrirem, haha.
Beijos, Laira.
Meu deeeeeeus, e agora? D:
ResponderExcluirPrimeiro: Como assim o capítulo ta ruim? Não viaja, menina, isso ta mais que ótimo!! Mas cara, agora o Alex acha que ela não gosta dele, ele vai desistir?! É isso mesmo? Sem Turdini? Vilex? (Nome de remédio masok)
Nããão, não pode acabar D: Eu só quero que o Miles se mostre o fdp que é, a Vic aceite que gosta do Alex e eles fiquem juntos felizes pra sempre! hahah
Por favor, atualize logo, eu preciso saber o que vai acontecer!
Nunca mais vou falar que um capítulo tá ruim, vocês são sempre loucas e descordam de mim :s É aquilo... prestar bastante atenção nos detalhes agora, e sempre levar em conta que a Vic "pode" se estar alterada ao "narrar" certas coisas. Enfim, calando a minha boca aqui.
ExcluirBeijos, Laira.
ahhhh q bom q vc voltou com rockstar,tava com sdds...quando é q a vic vai dar uma chance pro alex??!
ResponderExcluiresse miles é um puto mesmo
n precisa se desculpar pelos palavroes,aposto q ngm aq liga hahahah
eeei ve se n demora com o prox cap
bjbj
Estoy de vuelta, Marii! Vic precisa largar de ser cabeça dura, de verdade. Mas acho que o coração dela está aponto de falar mais alto que o orgulho. Vou começar a escrever o próximo capítulo hoje mesmo.
ExcluirBeijos, Laira.
Que capítulo foooooooooooda em todos os sentidos! Já posso ver com o desenrolar dele que os próximos vão ser maravilhosos também. Sério, eu amo essa fic demais <3 Tô achando o Miles muito fdp, e a Vic muito fofinha com ele, enquanto o Alex tá sendo um lindo e ela esnoba ele... apesar de ele não lagar esse encosto da Arielle euhaueaeia
ResponderExcluirArielle, Alexa, Vic e Alex no mesmo lugar no festival promete hahahaha Espero ansiosamente por mais ♥
Arielle, Alexa, Vic e Alex no mesmo lugar... Isso sem falar nos ex's da Bodini que vão estar lá também. Alguém ai ainda lembra do Mark?
ExcluirBem... Só perguntando, haha!
Beijos, Laira.
MARK VAI APARECER AINDA? UHÚÚÚÚLL o/
ExcluirOooooooi! É a primeira vez que comento aqui no blog, apesar de ter sido leitora fantasma por meses. Acho que já li todas as fanfics daqui! Hahaha Juro que vou passar a comentar mais sobre os capítulos. Sei que comentários dão um ânimo a mais ;)
ResponderExcluirDeixando claro desde já que adoro tudo! Rio, sofro com os personagens e me imagino nas cenas.
Sobre o capítulo: Achei ótimo!!! O que Miles tem de filho da mãe, tem de sedutor. E o que foi o encontro de todos?? MEU DEUS! A parte da discussão entre Alex e Vic foi incrível! Imaginei o Alex falando todos os palavrões possíveis hahahahaha. E apesar dele ser confuso, fico com peninha e espero que se acerte com a Vic *-*
Enfim, vou esperar pelos próximos capítulos! Beijos!
ELE NÃO DORMIU COM ELA! Eu posso apostar nisso!
ResponderExcluirOh Victoria, why so blind?