Eu não queria que Alex me levasse para a minha casa ou pior,
para a dele. Eu já estava com problemas de mais para resolver e não queria
lidar com o maior dos maiores problemas do mundo. Alex Turner. Ele acha que
pode chegar de fininho, com essa cara de cachorro sem dono, me oferecer uma
carona, que eu vou ir transar com ele. Eu já era vacinada quando o assunto era
o cara mais charmoso do Planeta e ele sempre tinha que inovar para conseguir me
levar para cama, o que deixa tudo mais excitante.
- O que você quer fazer hoje? Beber uma cerveja, jogar
poker... – Alex ligou o carro distraidamente e continuou falando casualmente.
Definitivamente ele tinha uma memória péssima e havia esquecido a pequena
discussão que tivemos hoje cedo. – Matt disse que pede desculpas por hoje cedo
e que pode se redimir te pagando aquela aposta que vocês fizeram... – O
interrompi ligando o som do carro impaciente.
- Alex, chega. – Disse séria e olhei para fora da janela.
Seu olhar pairava sob mim e eu apenas mordi o meu lábio inferior nervosa. – Me
leva para casa. - Disse baixinho e ele virou-se para frente sem responder.
O som de Black Sabbath invadiu o nosso silêncio particular.
Aquele silêncio que matava, mas que significava que ambos estavam pensando em
algo que os prendia. Alex de vez em quando tamborilava seus dedos sob o volante
no ritmo da música, e eu apenas olhava meu celular a cada um minuto, para
conter minha vontade de falar algo. Parecia uma eternidade até minha casa.
- Pronto. – Disse seco e eu olhei-o ansiosa. Eu esperava
alguma coisa dele, qualquer palavra, qualquer gesto, mas não veio. Abri a porta
do carro e ia colocando meu pé para fora, mas fui impedida por mãos que eu
conhecia bem. Sem olhar pra trás, ouvi sua respiração próxima a minha nuca e
sua outra mão afastando meu cabelo de meu ombro, depositando um selinho ali. Eu
estava cedendo. Sim, eu estava cedendo. – Não torne isso doloroso e complicado,
Claire. – Deslizou seus lábios para minha nuca e soltou sua mão de meu braço,
virando meu rosto para encara-lo. – O que você quer que eu faça? – Disse
sereno.
- Quero que pare com isso. – Seus olhos eram intensos e eu
sempre absorvia tudo o que podia deles. Afastei-me arriscando um sorriso
amarelo. Alex não se moveu, mas ainda me encarava. Mordi os lábios sem ao menos
perceber, lábios que já estavam secos de vontade de beijar o homem que estava a
minha frente. Ecstasy puro. Alex se aproximava cada vez
mais para perto de mim, sabendo que não conseguiria recuar e deixa-lo ali.
Minha sanidade não estava presente há muito tempo e não seria ali que ela
apareceria. O roçar de nossos lábios fez meu abdômen se contorcer. Suas mãos
seguravam meu rosto e puxava-o para o dele enfim, encostando nossos lábios.
Aquele gosto peculiar de cerveja misturado com uma bala de menta fez minha
língua buscar por mais, saciar o desejo incontrolável de tê-lo mais uma vez.
Talvez eu seja uma pessoa fraca mesmo, não conseguia controlar nem meus
próprios hormônios, quiçá controlar o que sinto. E o que sentia ali era
inevitável.
Alex separou nossos lábios e eu senti a frustração sendo
tomada por todo o meu corpo, ele passou a língua pelos seus lábios de uma
maneira extremamente sexy, minha respiração estava acelerada e Alex parecia ter
o controle de tudo. Ajeitando-me no banco, olhei para frente e apenas encarei a
rua confusa.
- Bom, eu vou indo. – Disse torcendo os lábios e saindo do
carro. Eu realmente esperava respostas, mas o silêncio dele me perturbava, eu
nunca sabia o que ele estava pensando.
- Jantar amanhã? – Alex alterou a voz para que eu ouvisse,
virei-me para ele e inventei a primeira desculpa que eu havia bolado em
segundos.
- Não, tenho trabalho da faculdade. – E dei as costas para
ele, caminhando até o portão da minha casa.
Você pode até achar que tem controle da situação, até alguém
como Alex Turner entrar na sua vida e se achar no direito de te bagunçar por
completo. Depois de um longo período tentando achar a chave da pequena porta de
casa, sentindo os olhos de Alex pesando em minhas costas, eu consegui adentrar o
único local que me sentia sã o suficiente. Era o que me faltava, sanidade em
relação a tudo que tratava do idiota que eu estava transando quase todos os
dias.
**
(Dia 1)
- E você é de Los
Angeles mesmo? – Disse o vocalista do Arctic Monkeys, o hálito de cerveja
chegou ao alcance do meu nariz e eu apenas torci os lábios. Seus movimentos
eram sexys e eu estava caindo na dele. A lábia desse músico é incrível.
-Sim. E você é de
Sheffield? – Disse chegando mais perto devido ao som alto do pub.
- Sheffield, isso. –
Disse-me dando um gole em sua cerveja, sorrindo em seguida. – Claire, gosto
desse nome. – Seu olhar era intenso, raro e peculiar. Jamais havia visto um
homem com os olhos tão belos. Na verdade, eu nunca havia visto um home mais
belo que Alex Turner. Vê-lo pelos vídeos do youtube não são nada comparado a
sentir a sensação de estar perto deste homem ao vivo e a cores. O cheiro que
exalava era totalmente delicioso, a postura de caçador que ele adotava era de
tirar o fôlego, sua voz calma e serena e ao mesmo tempo forte e rouca dava um
tom único a ele. – Quer dar uma volta? – Disse casualmente e eu apenas sorri
terminando de tomar minha cerveja.
- Desculpa
interromper, mas Alex, eu preciso falar com você. – O baterista Matt Helders
havia nos interrompido e me olhava um olhar piedoso como se pedisse desculpas.
– É urgente. – Disse por fim. Alex olhou pra mim e depois bufou.
- Claire, eu tenho
realmente que ir. – Disse calmo e eu apenas dei de ombros. – Me passa o teu
número? – Disse-me eu me surpreendi assim como o baterista ao nosso lado.
- Claro.- Peguei seu
celular e anotei meu número, ele fez o mesmo com o meu. - Nos vemos por ai,
Turner. – Disse e ia me virando para encontrar Kate que estava sentada em uma
mesa com nossos outros amigos.
- Eu te ligo. – Ouve a
voz de Turner dizer, apenas sorri convencida.
**
- Você é um idiota – Disse Matt entregando-me uma cerveja e
sentando no sofá em minha frente. – Definitivamente um idiota. – Disse-me.
- Ela me faz de idiota. – Disse dando um gole na cerveja
enquanto mexia freneticamente meu pé. Eu me sentia um pateta quando estava com
ela. Sempre tinha o controle da situação com mulheres com quem transava. Mas
Claire era diferente, ela me fazia ficar a mercê de todas as vontades dela e eu
quase nunca podia controlar o desejo insano de possui-la. Seus grandes olhos verdes brilhavam quando eu
a tocava, seus lábios carnudos era deliciosos e seu cheiro era viciante. O
problema era quando eu caia em si do que estávamos fazendo. Eu tinha namorada,
Claire não queria algo sério, e eu estava totalmente confuso em relação a como
agir.
- Não, você é um idiota. – Matt repetiu rindo em seguida.
- Cala a boca. – Murmurei encostando a cabeça no sofá.
N/A: Oi gente, eu voltei. Primeiramente obrigada pelos comentários lindos do prólogo, fiquei bem entusiasmada em continuar a história. Devo avisar que gosto de histórias intensas e com uma boa carga emocional. Sou alá Tolkien, gosto de descrever bem as situações e apenas usar as falas em horas necessárias, diálogos curtos e precisos. Enfim, é isso. E até o próximo. <3
Estou amando desde o primeiro capítulo!! Esse jeito de contar a história em flashbacks como "500 dias com ela" foi uma ideia ótima. Já estou apaixonada pela sua escrita e quero saber mais sobre esse Alex que "fica a mercê de todas as vontades da Claire" ! Ansiosa pelo próximo capítulo.
ResponderExcluirBeijos
Muito bommmm s2 o teu Alex é perfeito.
ResponderExcluirmuito legal esse capitulo!n vejo a hora do proximo!bjsss
ResponderExcluirFics viciam? Acho que a sua é a resposta que sim, viciam
ResponderExcluirserio, amo seu modo de escrever! mais capitulos!
ResponderExcluirLINDO! Os dois estão com a corda no pescoço, isso vai ser interessante!
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