Sentia algo molhado repousar em minha bochecha e
gradativamente percorrer o resto do meu rosto até chegar a minha boca. O gosto metálico
ficou evidente assim que movi meus lábios para saber o que era. Forcei-me a
abrir os olhos, mas o esforço era tanto, que acabei desistindo e apenas
soltando o peso do meu corpo em algo duro, onde eu me encontrava deitado. Após
algumas tentativas, consegui abrir meus olhos, mesmo com as pálpebras
implorando para que eu as fechasse novamente. Havia um barulho de máquina ao
fundo, mas não conseguia distinguir onde eu estava e o que era aquele som,
minha visão não havia se acostumado com os raios solares que vinham a minha
direção heroicamente.
Eu tinha noção do que tinha acontecido, logo imaginava que
ou estava nos destroços do avião ou morto. Foi nessa hora que eu não sabia o
que era realidade, mas de uma coisa eu estava certo. Qualquer que fosse a minha
situação, eu estava muito fodido. Foi assim que adormeci novamente, sem saber
dos riscos e muito menos das minhas chances.
(...)
Jamie se encontrava deitado perto de muitos corpos. Seu
corpo ainda tentava resgatar alguma força para poder se locomover e ver como a
situação estava. Sua mente estava inquieta e cansada, sentia seus dedos formigarem
e o sangue escorrer por várias regiões de seu corpo. A qualquer momento, ele
iria se desesperar, porque era incapaz de se mover.
Alex Turner se encontrava a poucos metros dali,
inconsciente, mas vivo. Seu corpo estava sob um galho grande de uma árvore e
sua face bastante cortada. Outras duas pessoas estavam perto dele, mutiladas.
Seus corpos sem vidas davam a impressão de que não havia nenhum sobrevivente,
além das turbinas em chamas do avião boing 123.
Jamie conseguiu se sentar ainda atordoado e com fortes dores
de cabeça, ele observou ao seu redor e se assustou ao ver o corpo do amigo e
companheiro estirado em baixo de um galho. Conseguiu reunir todas as forças
existentes e inexistentes, que nem sabia que existia em seu corpo, e andou até
o corpo do amigo. A primeira reação de Jamie foi colocar seu dedo no pescoço de
Alex, para medir o pulso. Ele estava vivo, mas não sabia se duraria por muito
tempo. Jamie procurou por mais sobreviventes, mas não encontrou.
(...)
“URGENTE! Avião caiu
perto da cidade de Frieira de Primiero na mata local. Fomos informados que o
voo vinha do Brasil e ia em direção a Londres, tendo escala em Milão. Não
sabemos a causa do acidente, mas todas as equipes de resgate estão indo para o
local. Grande tragédia. Vamos torcer para que haja sobreviventes”.
- Vamos lá pessoal, sem moleza! – Gritou Skye
enquanto colocava seu equipamento de segurança e os prendia. – Precisamos achar
o máximo de sobrevivemos possíveis.
- Sim, senhora. – Marco, comandante do batalhão de resgaste
disse. – Procurem como se fossem suas famílias, seus amigos e conhecidos lá.
Nossa missão é salvar vidas. Vamos lá time, vamos lá! – Incentivou o
comandante. – Skye, vem comigo no caminhão. Teremos um caminho diferente.
- Sim, senhor. – Skye disse pegando a coleira de Fred, seu
inseparável amigo de resgate.
Após sua vida desmoronar, a jovem moça de 30 anos, decidiu
que não queria mais viver no mundo corporativo das multinacionais, e nem ganhar
milhões. O seu desgaste emocional antes dos 30 fez com que ela percebesse que
não viveria muito se não mudasse de vida e de atitude. Logo que se mudou para
Itália, se inscreveu em um curso de resgate e depois de 6 meses, já salvou mais de vinte vidas.
A depressão pegou Skye ainda adolescente. Com a pressão de
seus pais com que ela seguisse os mesmos rumos que a família Tyler, a jovem não
aguentou a pressão e caiu na dependência de remédios e outras drogas. Após
estudar em uma das maiores universidade do mundo, Skye conseguiu uma vaga na
maior multinacional da europa, com sede em Londres. Com apenas dois anos de
trabalho, ela já havia ganhado inúmeros prêmios por sua capacidade de liderar e
resolver problemas internos e externos. Dinheiro e mais dinheiro, fama, estar entre os
trinta jovens mais bem sucedidos da década, não conseguiam preencher o vazio
que existia dentro de Skye.
Tudo desabou quando sua avó faleceu em um acidente de carro.
Clarice era o porto seguro de Skye, a moça desabafava e via a avó como a figura
materna que nunca teve. E foi assim que as drogas e distúrbios psicológicos
invadiram de vez a vida da ruiva.
- Skye, eu quero que você vasculhe com o Fred a área próxima
ao acidente, se tivermos sobreviventes, pode ser que eles tenham saído para
buscar ajuda – Sorrio Marco e Skye o acompanhou.
- Pode deixar, farei isso. Vamos Fred, vamos garoto. – A jovem
acariciou o pelo do cachorro e pulou do caminhão, indo em direção a sua grande
missão do dia.
Eitaaaaaaaaa. Beatriz está des-mai-a-da.
ResponderExcluirNunca pensei que a Skye fosse resgatá-los! Na verdade eu nem imaginava como ela ia se meter na história! Mas quero saber mais sobre ela, parece que vai ser uma personagem super bem desenvolvida!
Achei lindo o Jamie se esforçando tanto pra salvar o Alex <3 e espero que eles se recuperem sem mais imprevistos!
Mas achei esse capítulo muito pequenininho comparado à minha ansiedade, menina!! Quero capítulo dois logo, e o quero grande hahaha
Si Bea, foi pequenino. :( Mas é que como a história está começando ainda, não vi a necessidade de jogar muita informação de cara. Haha. <3
ResponderExcluirJamie bb! HELP! EMANUELLE ESTÁ DESMAIADA TBM. Anne vc ta demais. A Skye gnt, socorro. Não tem como não gostar da fic, to me roendo de curiosidade.
ResponderExcluirBeijo, Manu do Jamie.
Jamie fofo ajudando Alex bb ujhndfuirgnioe i cant even Anne destruidora de corações
ResponderExcluirAnne do céu, de onde você tira essas coisas?
ResponderExcluirJá vi que a Skye vai ser uma protagonista forte, pois salvar vidas não é pra qualquer um. Ainda mais depois de tudo o que ela passou. E gente, como será quando eles se conhecerem?
Mal posso esperar!!
Beijos, Bel.
Minha querida, eu só posso dizer que sua escrita deixa marcas profundas em mim, e que é difícil não lembrar do meu bebê Still Take You Home, e das sinopses lindas que você me deu a oportunidade de conhecer.
ResponderExcluirMais uma vez, me deixa jogada com infinitas possibilidades. Que história cativante e arrebatadora, desde o primeiro minuto! A sinopse me deixou excitada e curiosa, já bombardeando informações nunca antes pensadas.
Adorei a escolha de ambiente, e as marcas profundas da protagonista, que parece possuir alma pura e fincada, uma beleza ímpar, e principalmente, precisar de uma nova expectativa. Que história cativante e arrebatadora!
O acidente foi um choque, e apesar de soar utópico, faz completa parte da aura que essa fanfic me transmitiu. Jamie se preocupando com seu irmão Alex, e todos os detalhes correspondentes. Que história cativante e arrebatadora!
Eu espero de coração, que sua inspiração flua e transmita muita dedicação. É sempre bom começar algo nas férias, um projeto interessante. A resposta está sendo positiva, então aproveite disso, e nos traga sua linda escrita.
Que história cativante e arrabatadora!
Jamie e Alex juntos. Uma mulher. Não pode dar errado..
Beijos,
Sua Débs.
Anne, meu bem, só tive a oportunidade de ler agora e fiquei tão afobada com esse capítulo. Ver os meninos machucados e no meio dos destroços não foi uma sensação legal. Mais surpreendente ainda foi ver que a nossa querida protagonista está envolvida no resgate. Eu esperava que ela fosse uma das passageiras, me surpreendi e estou fascinada pelo enredo da sua história. Ansiosa demais pelo que está por vir. Sua fic é como aqueles filmes bons que nos deixam sedentos pelo restante. Sua escrita é maravilhosa e nem preciso dizer mais isso. Ps: senti o gosto de sangue na parte do Al. Quero mais.
ResponderExcluirBeijos, Steph <3