Old Yellow Bricks 04: Honey hard as it seems



– Droga, essa hora não passa – Murmurei para mim mesma. Havia poucas pessoas na lanchonete ainda e entre elas estava o Turner, lembranças percorreram a minha cabeça, mas fiz questão de desfazê-las e me concentrar no trabalho.

– Se quiser pode ir para casa Maria – O gerente da lanchonete falou enquanto apoiava os dois cotovelos no balcão me fitando. Ele era o gerente mais charmoso da face da terra, tinha os olhos claros e o cabelo bem preto, sua pele branquinha o fazia aparentar bem menos idade do que ele tinha.

– Tudo bem então, acho mesmo que vou para casa – Mordi o lábio e fui em direção aos fundos para pegar minhas coisas.

– Um momento Maria – Jeremy me chamou, o nome do meu querido gerente era esse. Virei-me e sorri. – O Turner não tirou os olhos de você – Revirei os olhos.

– Deve ser porque ele quer alguma cerveja – Sorri ironicamente e o fitei, ele estava agora se levantando e vindo em direção ao caixa.

– Com licença queremos pagar a conta – Matt disse enquanto nos olhava normalmente, já Alex não, ele olhava com intensidade.

– São 15 paus – Disse Eduardo. Eu e Alex apenas trocamos alguns olhares, mas logo desviei olhando para qualquer coisa que havia por perto. Matt lhe entregou o dinheiro. – Obrigado, voltem sempre – Jer disse sorrindo amistosamente.

– Pode deixar – Matt disse sorrindo e nos deu tchau. Turner foi mais audacioso e sorriu de canto para mim, respirei fundo eu estava tremendo. Senti os olhos do Edu sobre mim.

– Tem certeza que ele só queria outra cerveja? – E arqueou uma das sobrancelhas. Revirei os olhos e sai da lanchonete.



O caminho foi tranqüilo, peguei um táxi, pois não estava a fim de ir caminhando, além do mais era perigoso. Cheguei em casa e Luiza ainda estava acordada.

– Como foi o trabalho hoje? – Ela me perguntou enquanto andava pela casa com um pacote de salgadinhos.

– Ah sabe... Foi normal. – Bufei sentando-me no sofá e desamarrando meu all star. – Só que o Alex estava lá – Continuei a tirar meu tênis e percebi que Luiza me encarava.

– E você ainda me diz que foi normal? Na boa Maria não te entendo às vezes – Ela falou séria.

– Sim, foi normal... Como se Alex David Turner fosse alguma coisa para mim – Bufei revirando os olhos.

– Mesmo depois de tudo o que Ac... – A interrompi.

– Olha Luiza não quero falar disso, para mim não tem importância. Vou dormir. – Disse um pouco grossa e subi para meu quarto, tranquei a porta e comecei a chorar, agachei e já não poderia mais deixar de lembrar-me de tudo. Eu tinha uma história, uma história triste e eu fui a causadora de muito sofrimento. Daqueles imperdoáveis. Alex estava de volta apenas para me bagunçar e me fazer quebrar o que havia prometido para mim mesma.


Domingo eu odeio domingos. Acordar era a coisa mais difícil do mundo e ainda após uma noite de trabalho. Levantei-me e me despi indo tomar um banho quente, fui fazer meu exercício de domingo, Luiza me arrastava sempre alegava que eu deveria fazer algo para não acumular gordura.

– Lu – Eu disse enquanto íamos andar.

– Oi? – Ela disse me olhando.

– Sabe você acha que o problema está comigo? Quer dizer... Por as pessoas não gostarem de mim? – Disse fitando o chão, eu ainda estava me sentindo mal com tudo.

– Claro que não, as pessoas não sabem a oportunidade que estão perdendo não te conhecendo melhor – Ela sorriu – Acontece que as pessoas são ignorantes e você as conhece muito bem – E continuou sorrindo, sorri para ela – Você está me perguntando por conta do Alex não é? Olha Maria ainda acho que deveria abrir o jogo com ele... – Ela disse e aquelas palavras ecoaram dentro de mim.

– Lu, não dá... Você sabe que não falarei nada – Falei tentando não pensar nesse assunto – Você sabe que as coisas não dão certo para mim – A fitei.

– Larga de ser boba... – Ela revirou os olhos. Rimos um pouco. Quando olhamos para frente nos deparamos com o Matt, ele me olhou, acho que me reconhecera da noite passada. Ele veio ao nosso encontro senti minhas pernas amolecerem.

– Ei você é a garçonete de ontem não é? – Ele disse sorrindo.

– Um, é sou eu sim – Disse sem grande motivação. Ele sorria um pouco.

– E você é? – Ele disse olhando para Luiza.

– Luiza – Ela respondeu sorrindo.

– Olá pra vocês duas... É vamos fazer um show particular essa noite para arrecadar alguns fundos para o asilo, no qual a mãe do Turner ajuda, se quiserem ir – Ele disse ainda sorrindo, mas agora era um sorriso diferente, mostrando um pouco os dentes e não pude deixar de notar que havia ansiedade em seus olhos.

– Veremos – Eu disse já indo andando, não estava com paciência para aguentá-lo. Luiza me puxou e eu revirei os olhos.

– Nós vamos sim – A olhei com reprovando com o que tinha feito. Matt fechou os olhos e continuo sorrindo um pouco.

– hoje à noite nos veremos então? – Disse olhando para mim, assenti com um meio sorriso e Luiza fez o mesmo. – Então tudo certo, nos vemos à noite. –Acenamos e continuamos a andar.

– Você é louca mesmo né Luiza? Onde estava com a cabeça em aceitar – Senti um frio percorrer a espinha.

– Para de ser medrosa garota nós vamos sim, não fique assim pela presença do Alex vai ter vários gatos e podemos aproveitar a noite – Ela disse sorrindo maliciosamente, era um argumento válido já que eu estava carente e precisando de alguém. – Além do mais o Matt é gatinho... – Olhou para mim.

– Ah! O Matt? – A olhei incrédula.

– Ele não tirou os olhos de você – Paramos em um banco e nos sentamos.

– Hum, ele é bonitinho... – Disse e senti que corei.

– Pronto... Sem Alex Turner essa noite – Ela disse sorrindo e sorri junto a ela.

6 comentários:

  1. O que essa fic tem que me intriga tanto ainda é um mistério. Acho que vai ser algo que eu só vou ser capaz de responder quando termina-la. E essa história da Maria?! Estou me perguntando o que diabos aconteceu, que história é essa?
    Sinto uma pontinha de dor toda vez que rolo a tela pra baixo e vejo que já acabou tão rápido. Anne, eu não sei o que você fez, se você põe alguma magia na sua escrita, mas eu vou dormir pensando em OYB toda vez que eu a leio. É uma coisa tão simples, mas tão envolvente.
    Eu me questiono a razão de eu ter ficado tão obcecada com essa fic, mas sinceramente, eu não faço a miníma ideia, eu não sou capaz de apontar algo e falar "é por isso que eu gosto dessa fic". Por favor, leve isso no bom sentido hahaha.
    Mas enfim, esperando pelo capítulo quatro ansiosamente.

    Beijos, Bel.

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    1. Ah Bel, eu fico tão feliz em saber que OYB te deixa assim. Ela é uma fanfic importante pra mim e fico tão contente quando as pessoas conseguem enxerga-la como algo bonito. Os capítulos são curtinhos mesmo, é que ano passado eu não tinha tanta noção. :( E eu estou consertando muita coisa antes de postar, por exemplo, nesse capítulo eu tirei um parágrafo super desnecessário haha. Enfim, muito obrigada mais uma vez e se der hoje eu posto o capítulo 5! ♥♥

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  2. Eu quero saber da história do Alex e da Maria! Pelo visto ela se sente a heartbreaker, mas aposto que ela não errou sozinha. O Al é um tonto por não reconhece-la. Como deu pra perceber, estou muito ansiosa por esse momento hehehe Gente, o Matt! Esse menino vai transformar o negócio em triângulo amoroso... Estou achando difícil a Maria resistir aos encantos do gordinho mais lindo do mundo, SIM... Tenho quase certeza de que o Matt vai investir Maria. Acaba muito rápido de tão boa que é a leitura. Quero mais! E desde já, obrigada pelas petições, Bel :)))

    Beijos, Annelinda.

    Steph

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    1. Ela não é exatamente uma heartbreaker. Aconteceram muitas coisas nos anos passados, você vai entender o porque do Al não se lembrar dela. :( O Matt é um amor demais, ele vai fazer umas coisas pela Maria que olha...Hahahaha. Steph, fico feliz que esteja acompanhando, mesmo, mesmo. ♥♥

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  3. Oi!!!
    Li o prólogo e os dois capítulos hj! Amo sua maneira de escrever! Já estou envolvida com a história assim como me envolvi rapidamente pelo BCTM!
    Esperando anciosamente pelo próximo capítulo!!!
    Beijos

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