Misfit Love - Humbug: Capítulo 08


N/A: Olá, meninas! Espero que tenham curtido essa festa maravilhosa chamada Natal, cheia de coisas boas (comida feat presentes). Preparadas para a atualização da semana? Será que teremos Alexa Chung como algumas leitoras chutaram no último capítulo? Ah, há uma personagem extra que me atrevi a colocar na história, tenho alguns planos para o futuro que poderão ser úteis para ela. Aproveitem bastante essa postagem que é o meu singelo presente de Natal. E se possível, ao terminarem, comentem! xx

* * *


E Pam não parava de tagarelar desde que batemos a porta do táxi. A sua boca falava mais do que os meus ouvidos aturavam, logo ignorando o mar de nervosismo de minha amiga.
Susie nos esperava do lado de fora da enorme tenda de Cynthia Bennett, no Bryant Park, entupido de holofotes que muito diminuíam a beleza natural do parque. Espremendo o microfone headset contra a boca, Su não parecia nada tranquila.
- Graças a Deus vocês chegaram! – exclamou, dando-nos um abraço de alívio – Vamos, vamos, temos que fazer um milagre em seu rostinho.
Puxando a namorada pela mão, empurrou com impaciência a aba da tenda. Nos bastidores, tudo aquilo parecia um labirinto repleto de fios, pessoas de preto e luzes laranja que deixavam o local bastante quente. Encolhi-me contra um canto quando uma modelo correu completamente nua ao nosso lado.
- É, amor, agora eu entendo o porquê adora desfiles de moda. – brincou Pam, com um olhar irônico e libidinoso.
- Quem dera ter cabeça para pensar nisso.
 Em algumas brechas pude olhar a área principal, ainda com poucos convidados e aparentes 100 cadeiras. Parecia um evento seletivo, apenas os melhores ou mais íntimos. Misturando-se aos burburinhos dos convidados e bastidores, tocavam músicas pop comandadas por um DJ que Susie gritara o nome, mas não conhecia. Por trás da passarela, o glamour comumente visto no desfile caía em uma máscara de realidade. Modelos sem maquiagem, apertadas aqui e ali por fitas, reclamando dos saltos desconfortáveis ou bebendo um suco natural através dos canudinhos em copos presos pelas mãos agitadas dos assistentes, contrastavam com capas de revistas e vídeos luxuosos postados na internet.
- Precisamos passar algumas coisas antes de conversarmos com a senhora Bennett. – afobada, Susie empurrou-nos para o canto da sala.
- Eu não sei desfilar, não tenho a mínima ideia de como isso funciona, Su. – começou Pam, o rosto contorcido em frustração.
- É o menos importante, está me ouvindo? A personalidade é o que conta. As pessoas acreditam que técnica é o suficiente para sustentar uma boa passarela, mas preste atenção no que estou te dizendo, seja confiante e conquistará não só a Bennett, como todos os críticos lá fora. – Susie apertou positivamente as mãos da companheira.
- Personalidade você tem de sobra, Pam. Esses cabelos cor de fogo são meio caminho andado. – sorri, dando um tapinha em seu ombro.
- É, até que eles estão sendo úteis. – ela amassou as madeixas contra os dedos, distraída – Mais alguma dica?
- Lembra-se daqueles desfiles que às vezes obrigo você a me acompanhar?
- Impossível esquecer tais programas de índio. – Pamela deu de ombros, repreensiva – Ok, comentário meio preconceituoso.
- Sem discussões sociológicas sobre isso. – apressou Susie, impaciente - Voltando ao assunto... Tente representar as modelos dos desfiles que já viu. Se tiver uma que se identificou, ficou marcada em sua cabeça, sei lá, use-a como base.
- Certo.
- Acha que consegue dar conta do recado?
- Tentarei, prometo que tentarei.
As duas se abraçaram mais uma vez, num suspiro ansioso.
- Vocês vão ver, acabará tudo bem. – dei a última voz de esperança.
Deixei que as duas fossem em busca da chefa de Susie. Temi que de alguma maneira ela pudesse me tratar como penetra, checando com os seguranças o meu nome na lista de convidados. Restrita no mesmo canto da sala em que conversamos, agi automaticamente, fundindo-me ao plástico branco da tenda. Os corpos graciosos e esguios das modelos poderiam me intimidar caso não aceitasse minha baixa estatura e as curvas naturais de qualquer mulher normal. Eu nunca tive uma beleza convencional, em que as pessoas olhavam para mim exclamando “maravilhosa”. Era do tipo que precisava de duas checadas antes de receber o mínimo elogio de “simpática”. Peguei-me rindo sozinha, agradecendo cada parte do meu corpo desajeitado, gorduroso e minúsculo. Se eu fosse como elas, agradeceria do mesmo jeito. Não era apenas o puro amor próprio, havia todo um processo de adaptação. Aceite o que tem e faça o melhor com ele, e nisso eu acreditava firmemente.
Pelo visto Pam fora aceita. Guiada por Susie até uma das cadeiras vazias em frente ao espelho, mãos vorazes voaram em seu cabelo e rosto, começando a transformação. Su estava fabulosa com uma contagiante expressão de alegria quando passou por mim lançando uma piscadela. Tranquilizada, sentei-me num banquinho vazio, ao lado de uma modelo de grandes olhos avelã e porte descontraído.
- Você não é muito acostumada com os bastidores, não é? – ela disse com a voz suave, balançando a taça de champanhe no ar.
- Na verdade nunca estive em um. – assumi nervosamente, alisando os fios desarrumados do cabelo com as pontas dos dedos.
- É uma loucura, mas tudo é costume. – a garota deu um sorriso amigável, estendendo sua mão para mim – Breana McDow.
- Alice Murray. – apertei-a, gostando de sua simpatia, principalmente porque agora havia algo interessante para fazer – Então, vai desfilar?
- Não, não curto passarela. – ela negou com a cabeça, dando um gole no champanhe – Sou modelo fotográfica.
- Muito mais maneiro. Trabalhei com algumas modelos numa atividade da Universidade, sabe? Tô tentando abranger a área.
- Ah, entendo isso de abranger área, porque já fiz vários testes para a televisão, de séries a filmes, mas nunca me chamam. Acho que não tenho sorte. – Breana deu de ombros, tentando não parecer triste.
- Uma hora as coisas simplesmente acontecem. – tentei soar encorajadora e fui bem recebida – Desculpa a curiosidade, só que estou tentando entender como veio parar aqui.
- Pergunto o mesmo sobre você, Alice.
- Uma amiga minha foi chamada de última hora para desfilar, a namorada dela estagia com a Cynthia Bennett. Estou aqui completamente aleatória, típico acaso. E você?
Breana sorriu como se achasse a história atraente e divertida. Ela pôs a taça vazia no chão, ao lado da cadeira, cruzando as pernas com pressa. Aparentava ser uma pessoa enérgica.
- Ficando com o fotógrafo contratado pela Bennett. Ele disse que tinha um evento, convidou-me para acompanhá-lo e cá estou eu. – ela apontou para o próprio corpo – Grande merda esse desfile, mas disfarço tudo como uma expressão bêbada e sorrisinhos enjoados, como eles adoram. – Breana forçou uma careta, tentando exemplificar o que acabara de falar – Ei, posso te perguntar uma coisa?
- Claro! – exclamei em meio às discretas risadas.
- Você é britânica?
- Sou. O meu sotaque denunciou, não é?
- Um pouco. – dando uma piscadinha, sussurrou em meu ouvido – Sou louca para ficar com um inglês, eles tem cara de frígidos.
- Desde quando isso é atraente, Breana? – arregalei os olhos, buscando entendê-la.
- Para uma californiana não há coisa melhor que um balde de água fria, querida.
- Yin e Yang? – ergui as sobrancelhas sugestivamente.
- Exatamente isso, Alice, exatamente isso.
Conversamos por tempo indeterminado, aprofundando os detalhes. Breana foi uma das pessoas mais acessíveis e amigáveis que conheci no período em Nova Iorque, receptiva a qualquer tipo de assunto, sempre com um sorriso interessado no rosto. Fez com que aos poucos quebrasse meu julgamento irracional contra o trabalho das modelos e a ligação indireta dos nossos empregos contribuiu e muito para esse entendimento. Quando já estávamos íntimas o suficiente para comentar momentos vergonhosos da nossa temporária estadia na cidade, do outro lado da sala recebi um aceno agitado de Susie. Antes de atender a minha amiga, troquei telefones e redes sociais com Breana, vendo em sua incrível personalidade uma amizade em potencial.
Su chamou-me porque Pam estava pronta e, com certeza, aquele minuto foi memorável. Pamela estava deslumbrante numa roupa de frio, que seguia os padrões do desfile outono-inverno. Os cabelos de vermelho artificial foram amarrados em um rabo de cavalo baixo, fios soltos e despenteados ao redor do rosto ossudo e sardento. Sobre o vestido xadrez preto e vermelho, um suéter de preto fosco e sem mangas, complementado por um cinto de couro escuro. Dando uma desfilada tímida, ela balançou a bolsa em tom café quase como uma profissional. Entre os outros apetrechos da produção, Pam largara o ar descolado nova-iorquino, conquistando uma suave aparência estudantil londrina.
- Estou de acordo com os seus padrões? – ela perguntou provocativa.
Confirmei, trocando um hi-5. Num piscar de olhos a correria se intensificou, principalmente após o aviso de que o desfile começaria em cinco minutos. Pamela deu pulinhos nervosos, tentando não se entregar ao pessimismo.
- Desejem-me sorte! – sussurrou, antes de ser guiada para uma fileira perto da saída para a passarela.
- Estaremos torcendo por você. – falei, ficando ao lado de Susie, que parecia emocionada.
Várias televisões foram instaladas nos bastidores, dando uma visão geral da passarela e da mistura de críticos e personalidades da mídia ocupando as fileiras frontais. Su, menos sujeita as agitações, deixou que as outras colegas de trabalho guiassem as modelos. Explicou-me que chamou a namorada após o problema com uma das garotas contratadas, que deu um enorme ataque de atenção, numa atitude rebelde de pop star. Era a It Girl que Bennett insistira para que entrasse no desfile, mas que muitos dos empregados já sabiam que geraria problema devido às frequentes manchetes nas revistas de fofoca. Então tiveram a confirmação, quando a garota chegou bêbada e drogada, quebrando coisas e fazendo vexame, ameaçando se jogar no meio dos jornalistas e fotógrafos do evento. Expulsa por seguranças com grande sacrifício, foi criado um desfalque no desfile que não podia ser preenchido pelas tradicionais modelos reservas, pois essas já estavam inclusas na lista. Susie viu em Pam uma reunião de boas possibilidades que poderiam dar certo ou extremamente errado. Caso desse certo recuperaria a moral com a chefa, perdida desde o desastre com as roupas de estilo grunge, assim como contribuiria e muito para a melhora da condição financeira da namorada. Se tudo desse errado, bem, não haveria emprego, nem dinheiro, simplesmente duas contas no vermelho.
 A par da real importância do trabalho de Pam, senti-me mais nervosa e motivada a energizar a minha amiga. Durante muito tempo eu e Susie ficamos de mãos dadas, com os dedos livres cruzados, repetindo um mantra de boa sorte. Quando houve a troca de roupas, fui abandonada por Su, mas logo me fiz íntima de vários coquiteis de frutas, animando-me o suficiente para contrastar com o meu espírito mórbido do começo do evento.
Ambas as garotas haviam se saído bem. Pamela, embora visivelmente inexperiente comparada às outras modelos, quando sozinha na passarela quase não levantava suspeita. Susie, anestesiada, deixava cada vez mais as obrigações do trabalho de lado, em tremedeiras de alegria ao perceber que a namorada foi a público duas vezes sem o menor problema. No final do desfile estávamos reunidas, com grandes sorrisos comemorativos no rosto.
Enquanto as roupas eram devolvidas para a arara e os sapatos eram postos no sapateiro, permiti que as garotas conversassem mais intimamente sem a minha presença. Disse que as esperaria no corredor e assim seguiríamos para a festa.
Num gesto automático, sem muito que fazer, abri a bolsa de mão retirando um cigarro, mas parei a atitude assim que meus olhos cruzaram com uma placa proibindo fumar. Balancei a cabeça com impaciência, batendo um dos pés monotonamente.
- Alice?
Possivelmente eu não conhecia aquela voz grave, gentil e com o sotaque muito próximo ao meu. Me virei simpática, com um sorriso receptivo, esperando encontrar alguma conhecida britânica nos limites do Tio Sam, que minha memória fraca esquecera temporariamente. Estática, a sensibilidade transformou-se em cólera, os lábios tremulando a medida que os joelhos fraquejavam.
- Alice, não é isso? Alice Murray? Eles falam muito de você.
Confirmei com a cabeça, refletindo os costumes pregados pela sociedade numa conversa, evitando o constrangimento do silêncio.
- Sim, sim, sou a Alice. – falei em um chiado. Logo pigarreei, recuperando um pouco dos sentidos - E você é a famosa Alexa Chung, não é? Também já falaram muito de você.
O espectro em meu corpo levantou lentamente uma espingarda, enfiando-a grosseiramente em minha boca, prestes a dar um tiro e explodir os meus miolos.
- Uau! – Alexa se agitou, impressionada – Uau! Parece brincadeira conhecê-la justamente aqui. – com os olhos claros, observou ao redor, estampando uma atrativa risada, talvez repetida falsamente para uma penca de participantes em conversas inconvenientes.
- É, é um ambiente fora do comum para os meus padrões. – empurrando a ponta da espingarda contra a bochecha, falei tão embolado como o meu imaginário.
- Estranho, não acha? Para conhecê-la foi preciso invadir a minha área.
A simpatia fixa não se dava ao trabalho de estender-se visivelmente ao artificial. Mas os olhos de Alexa, estreitos como de um gato desconfiado, analisando a perigosa presa, a denunciavam. Sentia-me um pequeno camundongo, preparada para guinchar na surpresa de garras esmagando meu corpo.
- Você é bonita... Tem uma beleza peculiar. – continuou, analisando-me – Te imaginava um pouco mais imponente, assumo.
- Na maioria das vezes passo em branco. – revelei, numa expressão tonta, desconfortável.
Alexa repentinamente parou de sorrir, acenando cordialmente com a cabeça. Parecia entediada.
Enquanto engolia em seco, vestindo o papel de presa, fui salva pelo gongo. O meu celular vibrava dentro da bolsa, despertando uma esperança que parecia impossível de ser sentida. Eram minhas meninas, Pam e Susie, chamando-me para a festa, tirando-me dessa tremenda enrascada. Estava tão inebriada que mal olhei o visor do aparelho.
- Um segundo. – sussurrei, erguendo o dedo indicador.
- Ali?
Não, não eram minhas meninas. Pelo visto, a tragédia encontrara o meu endereço, batendo bebadamente na porta de casa, gritando para que eu a recebesse de braços abertos.
- O-oi! – gaguejei, encarando os meus saltos em refúgio.
- Ah, desculpa não ligar antes, mas o set parece um inferno. Ainda estamos gravando e deram-nos 10 minutos de folga. – Alex disse em um modo apressado, cansado, desabafando em meu ouvido.
- Que pena. – respondi vagamente, desinteressada, desejando que Alexa desse um singelo tapinha em meu ombro, despedindo-se.
- O que está fazendo? Decidiu terminar o trabalho? Ei, o Matt acabou de mandar um beijo.
- Outro para ele. – entretanto, ela esperava-me pacientemente, um tanto desatenta, cruzando os braços como apoio – É... Estou um pouco ocupada agora. Podemos nos falar em outro momento?
- Merda. – ele sussurrou, envergonhado – Não quis te atrapalhar em suas atividades.
- Não, não, tudo bem. Só não é uma boa hora, entende? – Al parecia chateado consigo, provavelmente reagindo defensivamente a minha atitude pouco calorosa.
- Claro, sem problema. Amanhã ligo para você, hm? Boa noite, Ali.
- Boa noite, A... A-Amanda. – mordi a língua ao quase falar demais.
Quando devolvi o celular à bolsa, Alexa repetia metade da minha ação de minutos atrás, puxando o cigarro e acendendo-o com um isqueiro dourado. Automaticamente olhei para a placa proibindo fumar sobre os seus ombros.
- Não se preocupe, não vão fazer nada. – disse, expelindo a fumaça para cima, logo a abanando com a mão magra – Então, como ele está?
Finalmente a conversa chegara ao ponto que eu esperava desde o começo. Não havia mais o semblante amistoso de recém-conhecidas. Alexa tomara sua pose de ataque, roubando a imponência não encontrada na inimiga.
- Ele quem? – era a minha vez de soar sonsa.
- Ora, não brinque comigo, Alice. – ela sorriu divertidamente, franzindo o nariz – Não brinque, Murray.
Suspirei impaciente. Aquilo tomava um rumo chato, entediante. Se ela me odiava, que estapeasse minha face, levantasse a voz, buscasse a sua tão desejada humilhação contra a infeliz que a humilhara. Mas eu não podia aguentar aquela prepotência de uma mulher ferida. Alexa não estava em condições de estampar a mínima superioridade.
De repente percebi que eu mesma me rebelava, de presa para caçadora, buscando defender o que tanto queria que fosse meu.
- Eu ainda não sei do quê ou de quem está falando, Alexa, desculpe-me. – quase me deliciei com a faísca de irritação que surgiu suavemente em seus olhos.
Tragando o cigarro novamente, aproximou-se de mim um pouco perigosa, delicadamente segurando o meu braço. Em segundos esfregava seus lábios de nicotina em minha orelha, sussurrando:
- Tome cuidado, Ali... Tome cuidado.
Pude sentir as minhas bochechas em brasa, o meu peito apertando-se. Alexa logo sumira por entre as diversas abas da tenda, transformando-se numa tremenda dúvida de alucinação ou realidade. O desfecho da conversa ainda arrepiava o meu corpo e caminhei para o lado de fora, fugindo do calor que me incomodava.
Tonta, suando, me desintoxiquei do veneno de uma Alice malvada. Ela lembrava os primeiros dias de Nova Iorque, quando eu andava por aí como uma pantera, destemida e poderosa. Alex retirara essa parte de mim, oferecendo-me a velha Alice frágil e amigável, facilmente atingível. Alexa, em minutos, conseguiu bombardear dois lados do meu extremo.
Caminhando pelas ruas escuras, molhadas pela garoa que cessara, parei em uma viela para respirar, apoiando as mãos nos joelhos bambos. A sensação era surreal, um confronto que sempre temi e finalmente acontecera, assim tão desprevenidamente. Tentava entender as consequências dessa descoberta, tentava entender como a descoberta havia acontecido.
Em uma escada de três degraus, na lateral de um prédio pomposo, joguei-me sem o menor medo do perigo. Durante horas pensei em alternativas, durante horas quis saber o meu destino e o de Alex. Eu não tinha a menor chance contra a Alexa, não adiantava iludir-me que nos últimos meses ganhara força no coração daquele confuso garoto, que parecia perdido no meio das investidas sedutoras de duas mulheres. Eu ainda era sua última opção e logo tudo chegaria ao fim, não havia escolha. Não havia possibilidade de ganho, apenas perda. A ladainha sobre propriedade foi por água abaixo. Queria-o para mim, mas não tinha forças para tê-lo.  E não conseguia me munir para uma batalha, nossas armas e estratégias eram desproporcionais. No limite do oficial, psicológico, corporal, numa análise geral e realista, Al ainda era da Alexa e eu deveria me preparar para todos os tipos de consequências. 


12 comentários:

  1. AI MEU DEUS, to sem chão. Tadinha da Ali, difícil não se sentir diminuída perto da Chung malvada...
    Devo repetir o tamanho do meu amor por essa fic e pela alice? Sim. Imenso. Quero muito ver como a Ali vai lidar com isso e a reação do Al, senhorrrrrrrr me segura.
    AAAAAAAAAAAH e a Bree, imensurável minha felicidade de ver ela interagindo com a Ali, A M E I hahahahha
    aguardando desesperadamente a prox att,
    beijos, Isa

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    1. Isa, você é um amorzinho hahaha <3 A Alexa é linda mesmo, mas foi muita maldade da parte dela encurralar a pobre da Ali, a tadinha passou a maior parte do tempo da conversa sem reação! Vamos ver o que ela vai fazer e como o Al vai ficar sabendo desse encontro, não é mesmo?

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  2. Olá, Bia!

    Desculpe sumir assim, depois vou dar uma aparecidinha na Ask. Mas é que fim de ano dificulta as coisas, a casa tá cheia de gente e dá uma preguiça de ser sociável o tempo todo. Porém, quero dizer que continuo lendo a fanfic mesmo que as 4 ou 5 horas da manhã, enfim, é isso. Parece que houve um "a pedidos" nesse capítulo 8, porque você trouxe a Alexa pra história. Minha opinião sobre ela é tipo, neutra, não sou fã, nem vejo muita coisa útil no que ela faz da vida, além de se vestir bem, segundo opiniões, mas por outro lado, nada contra a garota. Só que numa história, é inevitável não sentir antipatia por Alexa, ainda mais numa situação tão favorável pra ela. Pegar a Alice na surdina, num meio um pouco "hostil", dizendo assim, é total desaforo. Muito petulantezinha a atitude da Alexa, aff! =/ Embora isso, adorei a narrativa, deu pra pegar a tensão toda concentrada nas duas, porque é de se entender que a Alexa tem lá o direito de partir pra cima da suposta garota que é "amante" do namorado dela. Ah, um adendo especial, a aparição da Breana foi pra lá de simpática. Posso prever uma futura parceria entre ela e a Ali mais pra frente. o/
    Um super beijo pra você! ♥
    Thaís.

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    1. Fim de ano é uma correria tremenda mesmo, tanto é que acabei atrasando a atualização dessa semana porque não tive tempo, acredita? ):
      Uma vez eu conversei sobre a Alexa no ask, não lembro se foi com você, mas comentei que não tinha interesse de repetir uma dose dela na história ou coisa assim. Acabei que revendo essa minha decisão, sabe? Todo mundo já conhece o final de Humbug porque Ali contou em Misfit Love, então eu tive que utilizar aquilo que é possível e coerente para fazer um ápice, nesse caso a Alexa. Minha opinião sobre ela é como a sua, totalmente neutra. E na verdade não entendo todo esse alvoroço só por ela ser bonita e se vestir bem... Enfim, isso não vem ao caso, não é? No fundo não tenho nada contra a Alexa e, na fanfic, tento me distanciar de sua "pessoa real", porque em Humbug ela é uma personagem moldada por mim, então posso fazer o que quiser hahahaa. Não é minha intenção fazê-la de vilã, essa história de "vilania" não cai muito bem em Misfit Love, porque tento puxar o máximo para a realidade e na realidade ninguém tem um lado completamente bom e um completamente ruim, todos somos uma mistura das duas coisas, sabe? Então eu só coloquei Alexa como provavelmente uma mulher traída reagiria ao ver a amante de seu namorado num evento que não é de sua alçada. Agora concordo que foi um tanto de desaforo e até mesmo de covardia pegar a Alice assim na surdina ): mas até que que nossa protagonista se saiu bem, quando se recuperou do choque, conseguiu manter a cabeça erguida sem aceitar a imposição de "vadia".
      Eu achei que Breana e Alice se dariam super bem juntas <3 espero poder escrever mais coisas com as duas juntas, talvez fique bem divertido kkkk
      Até a próxima atualização, Thaís! É sempre bom vê-la por aqui.
      Beijos grandões ♥

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  3. A Breana é super simpática, exatamente como eu imagino que ela seja na vida real, e essa Alexa ameaçadora hein, ainda bem que a Alice mostrou que não tá pra brincadeira só espero que a Ali perceba que no final o Alex vai escolher ela <3 <3
    Esse capítulo ficou muito top, parabéns : ) Bjossss

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    1. Ooooi, Rúbia!
      Eu não tenho lá muito interesse pelas namoradas dos garotos, mas assumo que Breana tem um pouquinho mais de destaque comparada as outras, porque ela parece bem louquinha e divertida hahaha adorei colocá-la na história.
      Aaaaah se Alice conseguisse ver o futuro e saber que Al ficaria com ela, num instante esse monte de insegurança ia embora hahaa
      Obrigada pelo comentário, viu? Até a próxima atualização (que vai atrasar um pouquinho, desculpa!)
      Beijos <3

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  4. Eu entrei no blog sem querer e achei tua fic, li ela toda muito rápido. Você escreve de um jeito perfeito que fez eu me sentir que nem Alex e Alice. Gostei de ml a ponto de não ter paciencia pras outras estórias daqui porque ml me completou. Continua, sim? Atualiza logo que tô desesperada pro próximo capitulo.
    Bjos, Natália

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    1. Natália, que bom que Misfit Love te completou. Sei exatamente o que é procurar por uma fanfic e finalmente conseguir achar algo que deixe assim, conectada com a história. Fico feliz de ter alcançado meu objetivo e de ter te conquistado dessa maneira, viu? Obrigada por comentar e por ter se tornado uma leitora.
      A atualização vai demorar um pouquinho, mas logo, logo sai.
      Beijos enormes!

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  5. ALOU, comentário-surpresa do Benny!
    Desde o outro capítulo fiquei pensando "eita danado, a Alexa vai aparecer" (acho que todas as leitoras deduziram isso) e boom, aconteceu. Gostei da forma como você abordou a atitude dela para com a Alice: sutilmente venenosa e com simpatia fingida, uma mulher ferida e tentando ser elegante ao mesmo tempo. E gostei de, no fim das contas, Alice não ter baixado a guarda. Ela é insegura, mas ao mesmo tempo sabe do seu valor, o que a torna uma personagem complexa. Espero que esse episódio não a faça desistir do Alex para sempre :(
    Continue mesmo a história viu Benny, bjs <3

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    1. Quando eu vi uma coruja ali na parte de comentários só pensei em "Benny" agindo kkkkk
      Miga, você escreveu todo o wikipedia da Alexa nesse capítulo "sutilmente venenosa e com simpatia fingida, uma mulher ferida e tentando ser elegante ao mesmo tempo". Acho que a missão foi cumprida, né? Enquanto escrevia tentei não fazê-la como uma desmiolada ciumenta, imagina só o vexame hahaha A Alice é insegura em umas coisas, segura em outras, ela sabe que o Al gosta dela, mas não sabe se ele gosta o suficiente para abandonar a namorada, é uma confusão eterna... Enfim, vamos ver no próximo capítulo qual atitude essa senhorita toma.
      Tô devendo o tradicional comentário de Benny em Photograph, mas logo, logo chega, pode esperar, porque Phil tarda, mas não falha (Heather que o diga kkkk).
      Obrigada por vir aqui comentar <3
      Beijos de seu Naldo xx

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  6. forninho no chão, apenassss

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  7. Por essa eu não esperava.
    Essa Alex, que nas outras fics, inclusive na minha, é pintada como a mocinha, a garota ideal, agindo como uma megera digna de desenhos da Disney. Adorei, tudo!

    Bjos, Babs.

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