Stuck On the Puzzle 13: Ottoman.

N/A: If I was to say to you, girl we couldn't get much higher... Come on baby, light my fire.... Tá, essa nem a música do capítulo, mas tá na minha cabeça há horas. Boa leitura!

Papai do céu, obrigada por fazer a porta do elevador abrir, sim?

“Marine.” Insistiu, assim que eu saí andando.

E ignorei-o desde que dei meu primeiro passo para fora dali. Passei pela porta automática do hotel e olhei para cima para me relembrar do nome, só para prevenir.

“Marine, volte aqui nesse instante.” Ele estava irritado. Não, muito irritado.

“Ou o quê?” me virei, jogando os braços para cima. “Ou o quê, Turner? Diz!”

Alex se aproximou, segurando meus pulsos como se eu estivesse tendo um colapso.

“O que você vai fazer se eu não te obedecer, hein? Vai me bater?”

“Não, Marine, eu vou ficar louco.”

Aquilo me fez calar a boca. Eu deveria estar reagindo com muita violência e desespero para estar sendo segurada daquele jeito.

Eu queria chorar, minha visão já se embaçava. Mas eu não podia. Não na frente dele.

Tentei engolir o choro e o fiz, obtendo sucesso. Mas Alex continuava ali. Merda, eu deveria ter ficado em casa.

“O que você quer? Por que você está fazendo isso comigo?”

“E isso no caso seria...?”

“Bastou apenas uma frase absurda dentro daquela porra de elevador para me fazer desconfiar do meu próprio namorado!”

“Eu não disse que ele está te traindo, eu só disse que amor à distância não dura... Principalmente quando é um amor jovem.”

“A maioria, Alex. A maioria. Não quer dizer que vá acontecer comigo.” Insisti. “Em qualquer caso, sempre há exceções, e o fato de serem poucas não vai mudar o de que elas existem! E se eu for uma exceção?”

Ele ficou quieto por um tempo, com as mãos nos bolsos.

“Acho que você está fazendo muitas perguntas.”

“Como não fazer? Você está me confundindo.”

Alex inclinou rapidamente a cabeça para o lado, jogando uma mecha do seu cabelo para o lado, e voltou a olhar para mim.

“Você é quem está me confundindo.”

Respirei fundo, esfregando a mão no rosto. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi a decisão de andar pelo caminho da avenida e ver aonde dava.

“Fala sério.”

Infelizmente, Alex me seguiu.

“Eu estou sendo cem por cento verdadeiro.”

“Sou a vigésima garota que aparece na sua vida desde que seu relacionamento está em decadência.”

“Bom, não a vigésima.”

“Você já deve ter dito essa frase mil vezes para um monte de meninas, mulheres, e quer saber qual a diferença entre elas e eu?” perguntei, desafiadora. “Eu não vou ceder e largar tudo o que eu tenho para ser um brinquedinho de distração.”

“Quer saber? Você é uma exceção.” Disse, do nada.

“O que?”

“Está certo, me atrasei um pouco para responder à sua pergunta” ele coçou o nariz. “Mas é. Você é uma exceção, não só nesse seu namoro, mas na minha vida.”

Cruzei os braços. Estávamos parados na divisão da avenida. Um lugar que, particularmente, considero perigoso.

“Bastou olhar para você só para esquecer o nome da minha própria namorada por cinco minutos, talvez dez, eu não sei. Mas eu estou lutando, fazendo o possível para ter você por perto.”

Penso naquilo, mas logo espanto meu pensamento quando um carro passa por ali, fazendo um ventinho formar-se em nossa direção.

Alex disse que estava cansado de ser um romântico sem salvação e que estava realmente tentando ser um cara mais firme, seguro e autoconfiante. Ele sabia que estava realmente dando o seu melhor quando eu estava por perto e ele tinha... Vontades. Ele também falou que se sentia estranho por explodir em sentimentos quando, tecnicamente, nós mal nos conhecíamos. Bem, eu sabia o necessário: presunçoso e insistente.

Do nada, uma ideia extraordinária e genial surgiu.

“Você quer me beijar, Alex?” pergunto, com um ar de inocência.

Ele olhou para mim com uma cara de quem dizia: “mais essa agora”.

“I’m really fucking trying not to.”

“Eu perguntei se você quer.”

Alex ficou em silêncio, olhando para o chão. A cada cinco segundos, trocava seus pés de posição.

“Eu sei que você quer.”

“Pare com isso” mais implorou do que falou. “Você e essas suas frases, sempre acha que está certa!”

“Mas eu estou.”

Talvez se eu o beijasse de verdade dessa vez, ele ficaria quieto.

Me lembrei de Rodrigo. Ele gostava tanto de mim, mas duvido que não estaria beijando alguma outra para preencher o vazio, digamos assim, por mais que fosse insignificante.

“Você é inteligente. Parece ser bem sábio.... Só que usa isso para se gabar, principalmente na minha frente”, eu disse. “E bonitinho. Eu confesso. Mas só me ouviu dizer isso agora porque gosto do meu namorado.”

“É. Minha namorada já me caracterizou como um cara que prefere ficar em casa lendo o dicionário.”

“Será que pode ficar um segundo sem falar dela?”

“Ciúmes?” perguntou, com um sorriso de satisfação.

“Claro.” Debochei.

“Agora sabe como eu me sinto quando você fala do seu.”

Filho de uma puta!

“Voltando ao elogio” Alex riu, passando a mão pela nuca. “Isso é inegável. Mas obrigado. E você é adorável, mas só me ouviu dizer isso agora porque eu já te chamei de muita coisa.”

“Você é bom nesse negócio de flertar, eu acho.” Dei de ombros.

“É, eu sei” ele disse, acendendo um cigarro. “Só que ainda ando meio desarmado.”

Eu ri. “Certo. Não se preocupe. Te digo uma coisa, Alex” ele levantou a cabeça para prestar atenção. “Vamos fazer um acordo: a gente sai por aí e vê no que é que vai dar. Você me leva para conhecer as áreas mais interessantes de San Diego e eu te beijo no final, se eu realmente sentir que me diverti.”

“E como eu vou saber que você se divertiu?”

Olhei para os traços em branco pintados no asfalto cinza. “Bem, toda vez que eu vou num parque de diversões, eu volto no brinquedo que eu mais gostei pelo menos duas ou três vezes.”

Ele coçou a cabeça, rindo. “Isso não faz o menor sentido.”

“E desde quando algo envolvendo um cara como você tem que fazer sentido?”

Alex tragou mais uma vez, soprando uma fumaça imensa que se desmanchou rapidamente no vento.

Ele hesitou por um momento, parecia pensativo. Aquilo era loucura, minha proposta era insana e eu não estava arrependida. Mau sinal.

“Fechado.” Demos as mãos, selando o acordo.

***

N/A: Eu não sei o que Ottoman significa exatamente, mas é o nome da música, então foi o título do capítulo. AUAHUHASHSUHS

Tá, não sei porque eu ri.

Enfim, eu estou postando no Spirit também só para prevenir plágios. E lá eu recebo mais comentários, MUITO MAIS, por isso continuo rápido. Então, queridas leitoras daqui, agradeçam por eu não depender dos comentários do blog, porque se fosse...

Mas é claro que tem leitoras lindas que deixam comentários lindos que valem por mil, isso é fato. O que eu tô querendo dizer é que eu recebo visualização demais pra uma média de 3 comentários por capítulo. Vamos trabalhar isso, né, galera? Eu não gosto de fantasmas. 

E aí, onde vocês vão passar o reveillon?