Rockstar - Twelve

Acordar na manhã seguinte não foi algo fácil. Não pela dor de cabeça que estava me matando, nem pelo cheiro de álcool insuportável que estava nas minhas roupas que ainda eram as mesmas da noite passada. Eu pouco me importava com a situação decadente que eu estava. Não com a decadência estampada na minha cara. Minha vontade de me enterrar sob as cobertas e passar dias trancada naquele cômodo, até o nó em minha garganta se desfazer. Até, de uma maneira mágica, meu coração parar de doer como se estivesse partido. E por mais que eu me force a esquecer e ignorar tudo o que havia acontecido noite passada, eu não conseguia entender por que eu estava tão machucada, porque eu me importava. 
Virei-me na cama encarando o lado vazio, onde alguns dias atrás, acordei com imagem de Alex tão próximo a mim. Meus dedos deslizaram sobre o travesseiro onde ele havia deitado, e era quase loucura, mas seu cheiro era tão presente naquele momento quanto no dia que ele me beijou no elevador.  Senti meus olhos ficarem embaçados segundos antes de uma lágrima escorrer por minha bochecha, e antes que eu percebesse eu estava chorando feito uma criancinha ingênua que acredita em qualquer coisa de dizem a ela. 

Era tarde quando a campainha tocou insistentemente me fazendo levantar e, aos tropeços, ir até a porta abri-la. 
― Vic... Meu Deus. ― Era Alison. Dei um sorriso fraco enquanto recebia um abraço de ela. ― Menina, você está horrível. Vamos logo tomar um banho. 
Antes que eu pudesse protestar, Alison me puxou até o banheiro colocando a banheira para encher. 
― Não... Alison. Não precisa... disso. 
― Laura me ligou hoje à tarde. Me contou sobre como te encontrou ontem. Olha pra você Vic, você ainda está com as roupas da noite passada. Você... você estava chorando?
― Não. ― Disse tolamente recebendo uma careta de Alison. ― Tá. Um pouquinho só... ― Me livrei da roupa que estava usando entrando na banheira e deixando a água quente me relaxar. 
― Miles te fez alguma coisa? ― Alison se aproximou sentando na beirada da piscina.
Miles? Eu não tinha muita ideia de como ele estava. Se ele havia ficado me esperando, se havia me procurado, se havia se perguntado em algum momento como eu realmente estava. Uma parte de mim, a parte que dava ouvidos às idiotices do Alex me dizia que ele não se importava o bastante para se preocupar.
― Não... Ele não fez nada. 
Alison ficou alguns segundo quieta. Eu não queria falar de Alex. Não queria me lembrar das palavras que ele me disse noite passada. E eu sabia perfeitamente que seria capaz de acreditar em cada mentira dita por ele e me deixar levar a ponto de confiar em Alex Turner. 
― Victória, você precisa colocar pra fora o que está de deixando assim. Quer conversar? 
― Não sei se falar sobre isso ajudaria em alguma coisa. 
― Sempre ajuda. Vou pedir uma pizza enquanto você termina o banho. ― Alison disse já na porta. 
Assim que ela a fechou, me afundei por completo dentro da banheira deixando a água quente relaxar todo o meu corpo. Será que Alex também tinha ido embora pela manhã quando acordou na mesma cama que aquela garota? Ou eles estão juntos até agora em um quarto qualquer? 

Não demorou muito para a pizza chegar. Sentamos na sacada da sala; eu com um copo de café bem forte e Alison com uma garrafa de cerveja e pegamos cada uma, uma fatia. Mas eu não estava com a mínima vontade de comer. Minha cabeça doía, e meus olhos ainda queriam estar fechados, eu queria estar dormindo. 
― Isso tem a ver com o Alex, não tem? ― Levei um tempo para concordar. Dei um suspiro cansado terminando meu café. 
― Por que ele precisa tanto complicar a minha vida? Eu não quero fazer parte dos jogos deles, Alison... Por que ele não pode simplesmente ir embora, e sei lá, procurar outra para cair na conversa dele. 
Alison estava concentrada no seu pedaço de pizza até eu terminar de falar. Ela colocou os talheres sobre a mesa e olhou de maneira séria. 
― Vic, o Alex não está jogando com você. Quanto tempo mais você vai levar para perceber que ele gosta de verdade de você? 
― Você está enganada. Você mesma viu a Alexa saindo do Mondrain. Alex ainda a ama. Eu tenho certeza.
― Amores vêm e vão. E você sabe muito bem como nosso coração pode ser cruel conosco. Quantas vezes você jurou amar um homem e depois viu que estava engada.
― É... mas todas essas vezes que eu me enganei foi porque eu estava tentando encontrar o Miles neles. Alex pode estar tentando fazer a mesma coisa...
Alison deu um gole na cerveja e recostou no sofá. ― Falando no Miles, ele pelo menos te ligou? ― Neguei com a cabeça. ― E é ele que você escolher ao invés do Alex?
Abri a boca para discordar, mas não sabia o que falar. Eu não queria pensar no que ela estava querendo insinuar, porque vindo de Alison parecia muito mais verdadeiro do que as mesmas palavras vinda de Alex. 
― Não é uma escolha. Não vou escolher um ou outro. A única coisa que eu tenho que fazer é lutar. Lutar para ter o amor do homem certo pra mim. 
― Amor? Homem certo? Vic... Pare de se enganar. Tudo o que o Miles de dá é migalhas. Olha, eu não sei o que aconteceu entre você na primeira vez que você ficaram, mas pelo que eu ouvi, ele te enganou. E ele pode muito bem estar fazendo a mesma coisa.
― Ele mudou, okay? ― Mas eu tentava convencer mais a mim do que a ela. Convencer-me que eu poderia amar Miles sem medos de me machucar.
― Vic... ― Alison segurou minhas mãos de maneira carinhosa, e eu podia ver em seus olhos o quanto ela se preocupava, o quanto ela queria cuidar de mim. Pelo menos, boas amigas eu tinha. ― Você é uma mulher espetacular. Porém ingênua... Ao mesmo tempo em que você encara o mundo de uma maneira surpreendente, você tem medo de sair da sua zona de conforto. Vira essa página, amiga. Alex é único homem que pode te amar de verdade.
― Mais do que ele amou a Alexa?
― Esquece a Alexa. Você é muito mais gostosa que ela. ― Rimos. ― Agora, pare de enrolar e como logo essa pizza. Você precisa se alimentar. 

Algumas horas mais tarde, Alison me convenceu a ir ao shopping fazer compras. Meanna e Laura já estavam lá, atoladas em sacolas de sapatarias. Passar um tempo com elas me fez bem. Foi como se eu me desligasse do meu mundo e me preocupasse apenas com nós quatro. Depois de visitarmos inúmeras lojas, fomos até o cinema ver qualquer filme que estivesse em cartaz. Eu realmente precisava descansar minha mente. Os próximos dias seriam completamente agitados. 

* * *

No domingo à noite, eu estava deitada na sala com um pote de pipoca entre as pernas, algumas garrafas de Stella Artois vazias na mesinha de centro – não pergunte porque, mas eu estava começando a criar gosto por cervejas – enquanto eu assistia um show do Foster The People na Multishow. Num momento de nostalgia me peguei lembrado do tempo em que eu passava noites em backstages de show, entrevistando várias bandas, recebendo cantadas idiotas, e até cedendo a algumas. Era uma época mais simples da minha vida. Às vezes me perguntou se eu não preferia ter parado por lá. E claro que eu não estava vendo o show por acaso. Mark tinha me ligado mais cedo, dizendo que estava com saudades, e que eu já havia aparecido em algumas revistas britânicas. Não perguntei sobre o que poderia ser as matérias, porque era lógico que era apenas uma indireta dizendo que ele já sabia que eu estava saindo com outro cara. Senti-me mal. Eu nunca ia deixar de gostar de Mark, mas não sentia por ele o mesmo que ele sentiu por mim, e de certa forma parecia que eu o havia enganado até o momento do nosso termino quando eu disse que não queria mais me relacionar com astros de rock. 
O show foi impecável. Eu estava orgulhosa deles, de tudo o que eles estavam alcançando. E esperava que Mark encontrasse alguém que merecesse todo o amor que ele tinha. 
Pouco depois de o show acabar, quando uma garota baixinha de cabelo verde estava entrevistando os caras da banda, minha campainha tocou. Levantei um pouco atrapalhada quase deixando a pipoca cair e corri até a porta. Eu usava um shortinho de pijama, um top cor de rosa e meias até o joelho, mas não me importava em atender assim, já que as únicas pessoas que tinha autorização de subir sem aviso eram Laura, Meanna e Alison. 

― He- ― mas a minha animação sumiu rápido demais. Tentei fechar a porta, porém Alex era mais forte do que eu e a empurrou com certa brutalidade me fazendo dar alguns passos para trás. 
― Precisamos conversar.
― Eu não quero falar com você. 
― Você não tem escolha. 
― ALEX, SAI DAQUI! 
― Não adianta gritar. ― seu tom de voz caiu, como se ele estivesse falando com uma criancinha mimada e mal criada que só sabe berrar. ― Não vai me fazer ir embora.
Alex me pegou pelo braço me levando até o sofá onde me colocou sentada e se juntou a mim. 
― Você está me machucando, eu vou chamar a policia. 
― Temos um acordo, lembra? O clube pela sua companhia. ― O sarcasmo estava estampado em seu rosto.
Não acreditava que Alex seria um cretino e jogar com aquilo no momento em que estávamos. Respirei fundo algumas vezes antes de olhar para ele. 
― Como você entrou aqui? Você não tem autorização para subir...
― Não preciso de porra de autorização nenhuma. 
― E o que você fez? Ofereceu dinheiro à recepção? Agora além de mentiroso você compra as pessoas pelo seu interesse. Parabéns Turner. Você está se superando.
― Como se você não fizesse o mesmo. Eu pelo menos uso meu dinheiro. Você usa o sentimento dos outros. Vamos lá, Bodini... Muito interessante o fato de você ter terminado com o Mark logo depois que conseguiu o dominio do Indie Music Festival. Você só precisava de alguém para te lançar nesse mundo do entertenimento que é Hollywood, pra você alcançar seu tão querido sonho de ser dona de uma porra de um evento. E o coitado do Mark foi o idiota da vez. Isso é papel de vagabunda, Vic. ― Meu nome era um deboche nos lábios dele. 
Levantei-me alterada, deixando o ódio tomar conta de mim, dei um tapa em seu rosto, tão forte que senti minha própria mão latejar. Meu coração acelerou ao me dar conta do meu ato, esperava que Alex revidasse em qualquer instante. Mas ele não ele fez. Turner apenas riu, uma risada desanimada e indignada. 
Passei a mão pelo rosto, tentando conter a vontade de gritar e de chorar. Por que, Senhor, minha vida está virando um completo inferno?
― Você não vê? Não consegue entender a merda em que eu já estou? Por que você ainda vem aqui para foder ainda mais a porra toda? 
― Eu só estou aqui, porque eu sou um tolo. Porque mesmo depois de tudo o que você falou no sábado à noite eu ainda não consigo me convencer que é verdade. 
― E o que eu preciso fazer pra te convencer, então? ― Perguntei cruzando os braços sobre o peito.
― Nada. ― disse simplesmente. ― Eu nunca vou... ― Reconheci minhas próprias palavras. ― Se você não está disposta a confiar em mim, também não vou confiar no que você diz. Mas uma hora, alguém terá de ceder, e esse alguém não será eu. 
― Eu nunca serei seu passatempo, Turner.
― Por que você não entende?
― Entender o que? ― Estava cansada. Recostei-me na bancada apoiando o peso do meu corpo enquanto prendia meu cabeço num coque. 
― Entender que pra mim você é algo que eu não posso simplesmente desistir. Que eu não vou parar até conseguir ter você só para mim.
― E depois que tiver, o que você vai fazer? ― Disse num tom debochado. ― Apenas me colocar na sua lista de mulher com quem já dormiu?
Alex ficou em silêncio por alguns segundo apenas fitando o chão. Seu maxilar, recentemente apoiado sobre as mãos, estava tenso. Seu olhar era duro, e a minha vontade era de deitar em seu colo, e sentir seu toque em mim, porque de alguma maneira eu sabia que isso o traria paz.
― Depois que você for minha, vou passar cada dia da minha vida fazendo tudo certo para nunca te perder. Mesmo sabendo que não será o bastante.
Um nó foi em minha garganta. Vire-me de costas para ele, para que não pudesse ver o efeito que tinha sobre mim. 
― Tocante. Mas não vale nada. Você vem aqui e me fala todas essas palavras lindas que me fazem passar a noite acordada me perguntando se é verdade e fazendo com que eu me apaixone cada vez mais. Me roubando todas as minhas certezas, caramba... Você tem ideia da bagunça que tem feito na minha cabeça? Eu não sou mais a mesma desde que você entrou na minha vida. E pior de tudo isso é saber que eu não sou nem a primeira, nem a segunda na sua lista de prioridades, Turner.
― Você é minha única prioridade.
― Então por que você ainda está com ela? ― Soltei alterada. ― Por que você dormiu com aquela garota loira depois que saiu do baile? Se você me quer, termina com a Arielle, desista de voltar para a Alexa e pare de ser esse filho da puta que está sempre atrás de uma foda. Porque só assim eu vou saber que é verdade.
― Que garota, Vic? Eu não dormi com ninguém. 
― Não? Jura? E quem era a vadia que estava no seu carro no sábado? Não venha me dizer que era a Arielle porque ela já tinha ido embora. 
― Eu não- ― Então ele parou como se lembrasse de algo e disse: ― Acho que deveria tomar mais cuidado com quem você escolhe para entrar na sua vida...
― O que? ― Perguntei sem entender nada.
― Esquece, o ponto não é esse. E se eu terminar? Eu serei sua única prioridade, Bodini? Ou você ainda vai continuar se engando em relação ao Miles? 
― Eu não estou enganada sobre isso. Eu sei exatamente o eu sinto por ele. 
Em um movimento súbito, Alex se levantou vindo até mim e me segurou pelos ombros. ― Sai dessa, garota! Você não o ama. 
― Como você tenta certeza dos meus sentimentos?
― Porque eu me sinto da mesma forma que você. Porque você está o tempo todo em minha cabeça bagunçando a porra toda, e eu não consigo pensar direito quando não estou perto de você, mas quando estou, não quero pensar em mais nada. Só ter a certeza que você é minha. E se eu estiver errado, quero mudar sua cabeça, até que isso tudo seja verdade. ― Suas mãos, dos meus ombros, caíram até meu quadril que ele puxou juntando ao seu. ― Até quando vamos ficar fingindo que não estamos apaixonados? ― Senti aquelas malditas borboletas fazendo festa em meu estomago só com a ideia de que ele pudesse me beijar. Seu cheiro de perfume masculino junto de cigarro e cerveja, me fazendo pensar que talvez ele só estivesse um pouco alto e que talvez eu estivesse também. 
Meus lábios se entreabriram e eu não conseguia parar de olhar os dele. E quando fiz, foi apenas para encarar seus olhos antes que ele me puxasse para um beijo. 
Suas mãos deram impulso em minha cintura para que cruzasse minhas pernas em seu quadril. Enquanto ele me sustentava na bancada seus dedos deslizavam pela parte nua das minhas costas me causando arrepios insanos e criando um gemido que eu prendi em minha garganta. Só então percebi o quanto minha boca sentia falta da dele. O quanto meu corpo sentia falta do dele, mesmo não o tendo provado por completo. A forma mágica como Alex Turner me fazia esquecer o mundo ao meu redor. 
Seus beijos desceram até meu pescoço enquanto eu me empenhava em deixar as marcas das minhas unhas em seus braços. Alex não demorou a retirar a primeira peça de roupa minha; meu topo cor de rosa. Ele me deu um sorriso sacana olhando em meus olhos por pequenos segundos antes de encarar meus seios com prazer. Seus dedos dedilharam cada centímetro da minha pele até tocarem o bico que ele logo cobriu com seus lábios. Soltei o gemido preso puxando alguns fios de seu cabelo e Alex pareceu gostar daquilo. Sua mão apertou meu seio livre enquanto ele arranhava levemente o outro com os dentes. Puxei seu cabelo com mais força o afastando do seu ponto de concentração. Dei um selinho leve em sua boca, e antes que ele pudesse aprofundar o beijo deslizei meus lábios até seu pescoço distribuindo algumas mordidas até o lóbulo de sua orelha. Suas mãos apertaram com mais força minha cintura e eu soube que estava indo pelo caminho certo. Em segundo me peguei puxando sua camisa com certa presa. Queria deslizar minhas mãos por sua pele, conhecer cada centímetro que ainda era desconhecido pra mim. Queria beijar seu corpo até que ele ficasse gravado em minha mente. Queria ter dele o suficiente para que se tornasse meu vício, e então não conseguir mais respirar sem. 
Alex se afastou o necessário para tirar meu short assim que ele viu minha calcinha de oncinha soltou um riso abafado. Eu odiava aquela calcinha. E me odeie mentalmente por estar com ela justo na noite em que eu iria, enfim, dormir com Alex.
Foi então que a minha ficha caiu. E por apenas um segundo a sanidade voltou a mim. Aquele segundo que você tem para se perguntar se o que você está fazendo é certo, que você pode dar um passo atrás de desistir de qualquer burrada, aquele segundo que você pensa nas consequências que seu ato pode causa. E então eu decide que eu não me importava mais com o que viria amanhã... Decide que eu amava o homem parado em minha frente brincado com a minha ridícula calcinha de oncinha. 
― Quarto. ― Sussurrei, e o sorriso bobo de Alex só se fez maior. Como uma criança que, enfim, ganha o presente que tanto queria de natal. 
Ele sustentou meu peso com apenas uma das mãos e desfez minha tentativa frustrante de coque.
Ele me carregou em meio a trôpegos e logo senti meu corpo cair na superfície macia da minha cama. Rolei sobre ele subindo em seu quadril. Beijei toda a extensão de seu peito e barriga permitindo que seu cheiro me dopasse. Alex acariciava meu cabelo, numa resposta não dita de que ele estava gostando daquilo. Quando meus lábios chegaram à barra de sua calça, me levantei para me concentrar em abrir seu cinto e me livrar daquela peça o mais rápido possível. E a ideia de Alex Turner nu em minha cama era inexplicável. Um misto de ansiedade e excitação que não cabia em mim. 
Deslizei minha mão por dentro de sua boxer, mas Alex me parou antes que eu chegasse aonde queria. 
― Não tão rápido, babe.
E me puxou pelo braço, me beijando logo em seguida. Turner nos virou na cama me deixando por baixo e foi a vez dele de passear seus lábios por minha pele. Suas unhas curtas deixavam fracas marcas por onde suas mãos passavam me apertando e quando ele chegou a minha calcinha, se livrou dela como se fosse algo que ele detestasse tanto quanto eu. Ele soltou uma risada cheia de significados antes de afastas minhas pernas e se ajoelhas entre elas. Segurou uma a colocando sobre seu ombro enquanto se aproximava mais. 
Fechei os olhos e agarrei o lençol sob meu corpo segundos antes de sentir sua língua em mim. Meu corpo se arqueou sem que eu percebesse, e um gemido fraco escapou por minha boca. Lembrei-me da sensação de sonhar com Alex, porém não se comparava com o que realmente era. Os dedos dos meus pés se contorceram e aquilo era quase uma tortura. Eu não conseguia me manter em silêncio. Agarrei os fios de seu cabelo, tentando o controlar seus movimentos, mas não era capaz de controlar absolutamente nada. E quando eu estava aponto de chegar ao meu ápice, Alex parou o movimento de sua língua. 
Ele deitou seu corpo sobre o meu e beijo minha boca de maneira voraz e faminta, seus dedos entrelaçaram em meu cabelo e o puxou com a força exata. 
― Eu preciso saber... ― Disse, ofegante, ao pé do meu ouvido. ― Se você é minha, Bodini. Eu preciso saber se amanhã não seremos estranhos um ao outro. ― Seus dedos brincavam comigo, de forma que eu não conseguia raciocinar direito. 
You got me, babe. Are you mine? ― Cantei.
Alex soltou uma risada quase descontraída e eu fiquei com medo de ter quebrado o clima com a minha piadinha. 
― Você é impagável. E irresistivelmente sexy cantando minha música. ― Levantei um pouco meu rosto para roubar um selinho dele e o puxei pela nunca aprofunda o beijo. 
Mais uma vez, nos viramos na cama. Foi difícil quebrar o beijo para me livrar de sua cueca, e quando fiz menção de deitar Alex me puxou pela cintura e me posicionou sobre ele. E aos poucos o senti deslizando para dentro de mim, me preenchendo, me completando em todos os sentidos que se possa ser possível. E então, me senti completamente inexperiente, quase sem saber o que fazer, corri meus olhos por seu rosto procurando por um sinal de que estava no caminho, mas tudo o que encontrei foi um Alex de olhos fechados que expressava apenas prazer e satisfação. E como mágica meu corpo pareceu ter o controle dos movimentos certos. 
Eu te amo, Alex Turner.

* * *

A hora não importava para nós, podia ser três ou onze da manhã. Estávamos sentados na cozinha – eu sobre a bancada, e ele comportadamente na mesa. – comendo o bendito brownie de chocolate, que curiosamente estava gostoso. Com gosto de velho, porém gostoso. Segundo Turner. 
― Você não cozinha tão mal assim, depois de tudo. 
― Eu cozinho perfeitamente bem para alguém que nunca tinha ligado o fogão antes. 
― Não exagera, vai... Ficou bom, mas já comi melhores. 
Arqueei as sobrancelhas e fiz a típica de cara de quem não se importava. ― É tudo o que você tem pra comer, então não reclame. 
― Não, ― um sorriso ladino se formou em seus lábios. ― tenho outra coisa para comer se o tédio bater. 
― Ah, quer dizer que foi o tédio que te trouxe até aqui, Turner? 
― Quase isso, estava cansado daquele bar que o Matt cismou que temos de ir todas as noites. ― Ele riu.
― Filho da puta!
Alex espetou o último pedaço e o levou até a boca. ― Tem cerveja na geladeira? ― Se levantou indo até ela, a abriu a olhando com curiosidade. 
― Só porque transamos você já está se achando o homem da casa?
― Da casa não, mas vamos levar em consideração que sou o primeiro homem que dorme com você aqui, então... isso conta de alguma forma. 
Abri a boca para protestar, mas então um pensamento me atingiu: Alex havia sido o primeiro homem que eu havia trazido pra cá, o primeiro que dividiu aquela cama comigo, e o primeiro que transou comigo no meu quarto.
Ele pegou uma garrafa de Stella Artois e foi para sala. 
Suspirei. Eu não acreditava no que estava acontecendo. Tudo parecia bom e perfeito demais, como um sonho. Era como se eu fosse acordar a qualquer instante sozinha na minha cama fria. 
Desci da banca num pulo e fui a procura dele. Alex estava na varanda debruçado na sacada fumando. Ele usava apenas sua boxer preta, o cabelo completamente bagunçado, e aquela posse de despreocupado. Aproximei-me cautelosamente e o abracei por trás deslizando minhas mãos por seu peito nu. Ouvi sua risada fraca antes que ele se virasse e me desse um beijo rápido. Engraçado como o gosto de cigarro em seus lábios não era mais irritante. Ele me pegou pela cintura e me sentou na sacada. 
― O que vamos fazer amanhã? ― Sua voz era carinhosa. Suave como se, se eu pudesse tocar, sentiria algodoes entre meus dedos. 
― Você pergunta isso como se esperasse ouvir que vamos passar o dia na cama deitados de conchinha. 
― E é o que eu espero. 
Ajeitei um fio de cabelo que estava caído em seu rosto. Eu poderia olhá-lo até que minha mente gravasse cada expressão em seu rosto, e ainda não seria o bastante. 
― Não posso. Minha última semana antes do festival. Há coisas que eu preciso resolver. 
― Meanna e Laura são completamente competentes para isso. ― Tragou o cigarro soltando a fumaça para o céu.
― Você sabe que não é assim... Há coisas que só eu posso resolver. ― Dei ênfase.
― Vou ficar aqui então te esperando até você voltar. 
― Não vai, não. 
Alex elevou o cigarro mais uma vez, mas ao invés de levar até sua boca, ele levou até a minha. O olhei de forma questionadora, mas ele apenas balançou a cabeça como se me incentivasse a fazer algo. Abri os lábios, receosa e Turner colocou o cigarro entre eles. Senti um leve formigamento quando minha língua sentiu o gosto da fumaça e quando me dispus a puxá-la para mim, me engasguei e comecei a tossir.
― Ótimo começo. ― Disse ele.
― Tá me zoando é? ― Falei ainda entre algumas tossidas. 
― Não, sério. ― Alex deu uma tragada rápida como se aquilo fosse a coisa mais simples do mundo de se fazer. ― Todos tossem na primeira vez, com você não foi tão vergonhoso como costuma ser. ― Dei um tapa em seu braço.
― Você faz parecer tão simples quando está fumando. 
Ele soltou uma risada boba. ― Vamos, tente outra vez, agora você já sabe o que esperar. Tente tragar devagar.
Segurei o cigarro entre meus dedos o levando até minha boca e traguei. A vontade de tossir ainda estava lá, mas eu a contive. Dei uma tragada um pouco maior e segurei a fumaça por alguns segundos antes de soltá-la. 
Alex parecia orgulhoso. ― Muito bem. Viu, não é tão ruim assim. 
― Isso se você não pensar no efeito em longo prazo. Já imaginou que isso pode te matar?
― Há muitas outras coisas que podem nos matar, Bodini. ― Ele deu um leve apertão em minha coxa. ― Por exemplo: A imagem de você com a minha camisa, sem calcinha e essas meias até os joelhos podem me fazer um ter um ataque do coração. 
Dei-me uma rápida olhada; não tinha nada demais em sua camisa azul da Lacoste e minhas meias brancas. 
― Hei! Eu não estou sem calcinha.
― Podemos resolver isso. ― Apertou minha cintura e piscou ladino. 
Alex me ofereceu o cigarro mais uma vez, e eu aceitei apenas para provar a ele que eu sabia e podia fazer aquilo. 
― Vamos para cama. Está tarde. ― Alex me tirou da sacada, porém me mantendo em seu colo. 
Caminhamos entre beijos até meu quarto. Preciso confessar que conheci ali um Alex que eu nunca pensei que pudesse existir. Um Alex, carinhoso e atencioso que repousou sua mão sobre meu quadril e, até que eu dormisse, sussurrou o um som estranho em meu ouvido como: Ooh, la la la. Ooh, la la la. Ooh la la la, ooh... 

Acordei com o toque irritante do meu celular. E até que eu atendesse, a pessoa precisou ligar pelo menos três vezes. Era o engenheiro que estava apresentando a proposta dos palcos querendo marcar uma reunião de última hora para a decisão final sobre o palco do Arctic Monkeys. Logo em seguida Alison me ligou dizendo que já havia feito uma reserva no Mondrain para a reunião com o engenheiro - que seria dali uma hora e meia - e para minha suíte. Já que eu ficaria lá durante o festival. 
Levantei desanimada, desejando ficar naquela cama pelo resto dia apenas ouvindo a respiração de Alex. Fui até o meu closet escolher minha roupa: Uma minissaia clara, camisa de botão jeans, botas num estilo country e um cinto da mesma cor. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e separei tudo o que eu precisava levar para o Mondrain naquela manhã. 
Pelo canto dos olhos, vi Alex se sentar na cama e passar a mão no rosto, bocejando. 
― Bom dia! ― falei alternando olhares entre meus documentos e ele. 
― Caraca, Bodini. Como você consegue ser tão barulhenta pela manhã? Bota infernal, essa... 
― Não fale assim da minha bota. Foi um dos últimos desenhos do Alexandro McQueen.
― Mais um motivo para ser infernal. Não sabia que ele fazia sapatos comuns... ― Alex buscou no criado mudo seu maço de cigarros pegando um e o jogando para mim.
― Obrigada. Mas prefiro preservar minha vida. 
Alex engatinhou sobre a cama e passou um dos seus braços por minha cintura me fazendo cair em seu colo. ― Aonde nós vamos, agora? 
― Você, eu não sei. Mas eu tenho uma reunião no Mondrain em uma hora. 
Houve um leve desapontamento em seu rosto que sumiu dando lugar a um olhar maroto. ― Temos meia hora, pelo menos, para fazer algo interessante. ― Ele se aproximou me dando um beijo que eu cortei rapidamente.
― Claro que vamos fazer algo interessante, como tomar um café da manhã. ― Me desvencilhei de seus braços ajeitando minha roupa. ― Vista-se, Turner. 
Contra sua vontade, ele se levantou procurando pelas peças de roupa jogas no chão do meu quarto. Alex me ajudou a terminar de fazer minha mala e em poucos minutos estávamos nos dirigindo até uma Starbucks para comprar meu café da manhã. Cockies e Mocca de chocolate branco. 
Quando chegamos ao hotel, Alex esperou pacientemente que eu fizesse o check-in, o tempo todo com a mão em minha cintura me puxando para si como se a qualquer momento alguém pudesse me roubar dele. 
― Tem ideia de que horas essa reunião termina?
― Não vai demorar. Se tudo der certo só precisarei assinar alguns papéis.
E foi quase isso. No momento que eu entre na sala de reuniões soube exatamente o que eu queria. Um monumento grande com o nome deles piscando em cores florescentes. 
O monumento se resultou em um AM gigante no fundo do palco com milhares de luzinhas piscando o show inteiro. O palco teria uma passarela que Alex pudesse utilizar para cantar Pretty Visitor e a bateria do Matt ficaria num segundo plano, mais alto que o normal para evitar que Turner subisse no instrumento para saltar. 
― Não temos tempo para enrolar com isso... o que você me dá?
― Vinte e seis horas. 
― Perfeito. ― Sorri assinando os papeis final que eram necessários. 

* * *

Estava mandando uma mengassem para as meninas dizendo que viesse para o hotel, quando Matt me parou no meio do corredor.
― Hey, Vic.
― Oi, Matt. Tudo bem? ― O cumprimentei com dois beijinhos.
― Alex disse que você tinha voltado pra cá. 
― Pois é, praticidade. Então, como está a preparação para o show? ― disse caminhando em direção ao elevador.
― Estamos anciosos pra caralho, fazemos isso há anos, mas sempre ficamos ansiosos.
Dei uma risada pela forma como ele falava.
― Tá indo pra onde? ― Ele perguntou quando entramos no elevador.
― Bar. As meninas vão me encontrar lá. 
Matt assentiu com a cabeça. ― Aquela garota loirinha, Alison. Ela ainda trabalha pra você? ― De início, achei uma pergunta um tanto estranha, mas depois leve em consideração que poderia ser apenas interesse masculino.
― Trabalha sim. 
― Ela sabe sobre você e o Alex? 
― Em qual parte? ― As portas se abriram e o calor da Califórnia já se fazia presente, mesmo que ainda estivéssemos no lobby. 
― Na parte que você gosta dele. 
Soltei uma falsa risada indignada. ― Eu não gosto dele. 
― Vocês não enganam ninguém há muito tempo. Mas então... 
― Ela deve desconfiar de alguma coisa, não sei. ― Dei de ombros. ― Por quê? 
― Nada demais. 
Ao que chegamos ao bar próximo às piscinas pude ver os outros três Monkeys e umas meninas que logo eu reconheci como Breana, Katie e Kelly. Parei por um segundo esperando ver Arielle ali, mas não a encontrava em lugar nenhum.
― Alex não seria louco de desperdiçar a chance ficar com você por causa da Arielle. ― um sorriso tímido surgiu em meus lábios. 
― Onde ela está? 
― Num quarto de hotel qualquer. Desde a noite no Playhouse que eles não se falam. Antes de te conhecer Arielle já sabia que você era uma ameaça pra ela. Sabia que Alex a deixaria por você. Por isso ela agiu tão naturalmente quando viu vocês dois juntos discutindo. ― Ele encostou à mesa longe da que os outros estavam, me fazendo parar também. ― Ela pensa que se der um tempo para vocês dois ficarem juntos, logo Alex vai perceber que estava enganado e vai voltar para ela. Ela o ama demais. ― Soltei um suspiro, aliviada ao mesmo tempo em que ficavam com peço em minha mente.
― E a Alexa?
― Ela... é complicado, sabe? ― Arqueei as sobrancelhas em questionamento. Matt ficou tão tenso de uma hora pra outra que parecia que eu estava falando com o próprio Alex. ― Alexa foi o grande amor da vida do Alex. Quando eles começaram a sair ele tinha uma cabeça nova, ainda. E por mais que já tivéssemos alcançado a fama, foi ao lado dela que as coisas mais importantes, para Alex, aconteceram. Tanto com a banda quando na vida pessoal dele. Quando ele se mudou para New York, ele estava pensando mesmo em pedi-la em casamento. Mas tudo começo a ir por um caminho que Alex perdeu o controle. A banda começou a tirar todo o tempo dele, e Alexa não queria mais acompanha-lo nesses eventos. E quando voltamos da nossa turnê nos Estados Unidos, ela não estava mais lá. ― Matt fez uma pausa olhando para mesa mais distante. Ele e Alex são amigos desde a infância e aquilo é o bastante para deixar Matt mal por ele. ― Naquela semana do show Alexa resolveu aparecer outra vez. Eles sempre saiam para conversar e Alex estava fazendo de tudo para voltar com ela. Então você apareceu e simplesmente mudou a mente dele como se pegasse um controle remoto e trocasse de canal. ― Demos uma risada boba. Dava para entender as comparações que a banda tinha em suas músicas, muitas vezes algo que você não julgaria “lapidado o bastante”. ― Alex tem essa imagem de fodão, mas verdade é tá mais para Último Romântico. Vamos... ― Passou o braço por meu ombro me guiando até nosso ponto de chegada. 

Devo confessar que fiquei um pouco sem graça, pela primeira vez estava me sentando com os Monkeys para falar sobre qualquer coisa que não fosse negócios. Cada um deles me apresentou as suas respectivas namorada e eu esperava uma careta ou até mesmo que pelo menos uma delas se recusasse a falar comigo, porém foram todas completamente simpáticas, talvez vissem a situação da mesma forma que o Matt, ou talvez fosse apenas falsa. Nunca se sabe. 
― Quer beber alguma coisa? 
Alex estava meio sentando e meio em pé num banco alto, sua perna suspensa servia de apoio para mim.
― Uma coca. 
― Não vai me acompanhar numa cerveja? 
― Nop! ― Balancei a cabeça fazendo bico e Alex logo tratou de roubar um selinho. ― Vai ficar se comportando com namoradinho? ― Arqueei as sobrancelhas.
― Não posso? ― Abaixou um pouco o rosto franzindo a testa. ― Vai dizer que você não ia gostar de pagar de namorada de Alex Turner? 
― Cala a boca. 
Mas antes que Alex pudesse levantar Nick se ofereceu para pegar minha coca. 
― Vic, ― Me virei em direção de Breana que estava sentada ao colo de Matt. ― Queremos credencial para todos os eventos do Indie Music Festival. ― Ela disse num tom brincalhão. ― Sair com o vocalista da banda tem seus prejuízos. 
― O prejuízo dela já é aturar o Alex. ― Jamie disse tirando uma gargalhada de todos na mesa. 
― Daqui a pouco ele começa com os ataques de estrela dele, ela vai meter o pé. ― Completou Matt.
― Como se ficar com a Bodini fosse fácil... Nunca vi uma mulher tão cabeça dura, parece uma porta. ― Abri a boca me fazendo de indignada, olhando para Alex. Fiz menção de dar um soco em seu braço, mas ele segurou meu pulso me puxando e enterrando o rosto em meu pescoço. 
Em uma mesa próxima, avistei um amigo que eu não via a um bom tempo, desde uma certa negociação. Mondrian estava começando a virar ponto de encontro. ― Josh! ― Gritei acenando. 
Homme se virou procurando, e pela sua expressão pude ver que ele estava tão surpreso quanto eu. 
― Victória... O que você tá fazendo no meio desse bando de vagabundo? ― Ele me deu dois beijinhos e cumprimentando os outros na mesa. 
Breana deu o dedo a ele e deu dois tapinhas em suas costas dizendo: ― Filho da puta! Vagabundo é você que não quer terminar essa porra desse álbum. 
― Breana, se você não fosse tão linda, diria que você precisar ser mais educada. ― Homme soltou seu típico sorriso que deixa muitas garotinhas apaixonadas.
― Josh só vem em nossa mesa para tentar roubar nossas mulheres. ― Jamie terminou sua cerveja, e passou os braços pela cintura de Katie como se Homme pudesse mesmo roubá-la dele.
Josh puxou uma cadeira sentando ao nosso lado. ― O álbum tá quase, lá...  faltam só algumas detalhes, mas a If I Had A Tail tá dando trabalho ainda, tá falando alguma coisa nela.
― Já disse que o que falta ali são alguns backing vocals de viadinho. ― Jamie disse. 
― Não serei o viado a fazer. ― Homme deu de ombro, pegando uma garrafa de Heineken no balde na mesa. ― E esse casório, sai ou não? 
― Vamos esperar banda entrar de férias da turnê do próximo álbum. ― Foi a primeira vez que ouvi Katie falar algum maior que um “uhum”. Ela era tão quieta quanto Jamie, dava para entender porque eles faziam um casal tão perfeito. ― 2015, talvez... 
― Josh, você ao show? ― Perguntou Alex.
― Não, estou ofendido demais por ela não ter me convidado para tocar em nenhuma edição do evento esse ano. ― Dei uma risada. Logo assim que saiu o Line-up, Josh me ligou perguntando por que eu não tinha chamado o Queen Of The Stone Age para tocar. 
― Idiota! Você está muito ocupado com a gravação do ...Like Clockwork para tocar num mero evento de rock. 
― Nunca estarei ocupado pra você. ― Ele piscou. 
― Vocês se conhecem? ― Alex perguntou de repente, um pouco alterado. 
― Claro. Foi pra ela que eu vendi o Rancho de la Luna. 
― Você vendeu o Rancho?
― Você comprou o Rancho? ― Matt e Alex perguntaram no mesmo instante, mas Turner falava comigo. 
― Comprei, tem poucas semanas. 
Nick voltou junto de um garçom com mais um balde de cerveja e varias garrafas miniaturas de uísque. ― Salve, Homme. ― disse distribuindo as garrafinhas para todos. ― Ainda bem quem eu trouxe mais.
― Nick, você deveria parar com essa mania de bichinha de comprar miniatura de uísque. ― E dava para entender perfeitamente bem porque Breana parecia que havia nascido para o Matt. Sempre tirando uma com a cara de qualquer um. 
Peguei minha coca dando um gole e apenas observei a conversa de todos na mesa. Era uma cena que nunca esperei ver. E eu, eu me sentia bem, sem o peso a que a muito eu levava em meu coração. Talvez eu estivesse apenas indo por um caminho que eu pudesse me machucar ainda mais, mas eu não iria pensar naquilo àquele momento. 

Josh e os meninos do Arctic Monkeys engataram numa conversa sobre as influencias que ambas as bandas estava sofrendo. E numa brincadeira, de repente estavam todos cantando Miss You do Rolling Stones enquanto Alex e Josh faziam os backing vocals.
― Josh, encontramos seu backing vocal de viadinho. Leve o Alex para o estúdio e termina logo essa porra de álbum. ― Alex mandou o dedo para Matt. 
― Acho que isso seria muito bom. 
― Victória, dê sua opinião profissional, já que você é a única forma em produção fonográfica. ― Olhei para Homme por cima da minha garrafa de refrigerante que Alex roubo no momento que eu repousei na mesa.
― Levando em consideração as influências do Arctic Monkeys e comparando os últimos álbuns do AM com os do QOTSA, tudo bem, mas colocar o Alex para fazer backing vocals é foder a porra toda. Leve o Matt com você. ― Recebi uma careta de Alex, enquanto o resto da mesa gargalhava. 
Então o aperto de Alex em minha cintura ficou mais forte e eu não acreditava que era pelo meu comentário. Ele me segurava com se eu pudesse escapar a qualquer momento, ou como se alguém pudesse me roubar dele. Mas não demorou muito para eu entender seu comportamento. 
― Hey! Oi Al, oi Vic... ― Meu coração disparou no segundo em que encarei aqueles olhos castanhos. E de alguma forma eu me senti fazendo algo completamente errado. 
― Miles...

Continua...


Nota da Autora...
Acho que enfim chegou a parte que todas vocês queriam. E a única coisa que eu posso dizer é AMÉM! até eu não aguentava mais a enrolação desses dois. Agora, preciso fazer um agradecimento muito importante: Agradeço ao AM por ter vazado e simplesmente entupido minha cabeça de ideias e inspirações. Inspirações essas que eu precisei parar e colocar cada ponto no papel, e uma coisa eu posso dizer, essa fanfic está parecendo novela das nove, acho que logo, logo vocês vão entender o que estou dizendo. E outra coisa que eu descobri que ao fazer esse fichamento é que há muita coisa para acontecer, porém o fim está próximo. Essa atualização era para ter acontecido no início da semana, porém fiquei sem computador essa semana e quase perdi essa bagaça toda. E... O que acharam da participação do Deus Josh Homme? Espero que tenham gostado, porque ele estará conosco até o final da história. Desculpem qualquer erro, e se houve alguma parte que ficou um pouco confusa. Deve admitir que não sou boa em escrever cenas em que há muitos personagens envolvido, juro que me esforcei.Obrigada, suas lindas. Muito AM na vida de vocês, um beijo!

When the zero’s line-up on the 24 hour o’clock, when you know who’s calling even though the number is blocked, when you walked around your house wearing my sky blue Lascoste, and you… Knee Sock.

15 comentários:

  1. Meu deus, que perfeito.
    Eu estou sem palavras pra descrever o quanto esse capítulo foi foda. O conjunto inteiro da obra cara. A cena da discussão deles me fez sentir aquela sensação de não saber o que está por vir. Ao mesmo tempo que achei grosseiro da parte do Alex, depois as palavras que ele disse, compensarem o ''vagabunda'' que ele soltou. Acho que ambos precisavam dessa conversa, pra vomitar tudo o que o outro precisava. A cena da bancada, as palavras, os gestos descritos, tudo me faziam ansiar por mais. Quando ela já estava aos beijos com ele, e ela teve aquele relapso de consciência, fiquei com muito medo dela fazer cu doce e mandar ele ir embora. Mas não o fez. O que me fez pular de alegria.
    O hentai deles foi perfeito, meu deus. Cada toque de ambos, a recapitulação do sonho erotico que ela teve com ele, eles totalmente entregues. Ai ai.
    A cena mais gostosa de ver foi eles conversando na sacada enquanto o Alex ensinava-a a fumar. Algo tão casual, tão rotineiro, algo que você fez perfeitamente. Nem parecia uma ''história fake'' parecia um relato pessoal mesmo. Aquele tipo de coisa que te faz pensar ''porra, por que não eu?" Aquele carinho que o Alex demonstrou para com ela e ela para com ele, me fez ter um orgasmo sentimental. ''― O que vamos fazer amanhã? ― Sua voz era carinhosa. Suave como se, se eu pudesse tocar, sentiria algodoes entre meus dedos.
    ― Você pergunta isso como se esperasse ouvir que vamos passar o dia na cama deitados de conchinha.
    ― E é o que eu espero.
    Ajeitei um fio de cabelo que estava caído em seu rosto. ''

    A conversa do Matt com a vic foi ESSENCIAL. E eu não quero deixar aqui a entender sobre a Alison, porque se for o que estou pensando, não vou gostar nadica. Ainda mais daquela parte que a Vic fala ''então quem era a mulher que estava com você no carro?"........ Dispensa comentários.
    Josh LINDOOOOOOOOO! Fiquei feliz que ele vai estar na história, espero que ele seja um paisão pra esse casal lindo! E miles... não fode.


    MILES NÃO FODE KCT!



    Só att, por favor. eu preciso de mais.

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    1. Anne.
      Primeiramente agradecer por esse comentário lindo. Estou muito feliz que vocês estejam entendendo o ponto da história.
      Victória Bodini não é mulher de fazer cu doce, haha. Bem, Josh como paizão do casal? Eu realmente não sei... Será que Josh seria um paizão ao lado da Victória?
      ps: Adorei o "E miles... não fode. MILES, NÃO FODE KCT!" UAHSUAHSUASHUASHASU'

      Beijos, Laii.

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  2. Eu estou morrendo neste momento. O que foi esse capítulo? Me explica, Laira! Foi perfeito, eu não consigo achar outra palavra que se encaixe na descrição. As referências as músicas, Knee Socks, Mad Sounds, tudinho me deixou com o coração acelerado. Eu acho que eu nunca fiquei tão feliz em ler um capítulo. Foi tudo tão maravilhosamente composto!

    Essa última parte, a conversa entre eles. O Matt falando da relação entre Alex e Alexa. Nossa, eu só posso me ajoelhar e rezar para que o próximo cap saía logo. Resumindo: eu amei tudo.

    PS: ALISON ESTOU DE OLHO EM VOCÊ.

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    1. Bel.
      Muito obrigada, por esse comentário lindo. Fico muito feliz que você tenha gostado, e essa felicidade se resume na minha vontade louca de escrever o tempo todo, haha! E como disse à Anne, que bom que vocês estão entendendo os pontos que quero chegar. E sobre a Alison... Por que está todo mundo de olho nela? Ela é uma boa amiga, poxa.

      Beijos, Laii.

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  3. Laira, socorro! Estou freaking out com esse capítulo que foi incrível e quase me fez chorar de vontade do Alex na minha vida. A discursão, o hentai, a conversa na sacada... UAU!!!! Não estou conseguindo conter a empolgação depois de ler essa maravilha. "o que vamos fazer manhã?" essa frase me derreteu de um jeito que julgo impossível porque isoladamente é uma pergunta qualquer... mas imaginar a voz do Al pronunciando cada sílaba é angustiante de tão lindo. Mad sounds, meu Deus!!! Que lindo, cara. Preciso de ajuda pra me recuperar. Sério. Agora falando na tensão Miles sai daí, deixa a Bodini em paz. Te peço: Não demora, preciso de mais. Beijo

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    1. Anôn.
      Ah, tadinho do Miles. Ele também foi engado pela Bodini e pelo melhor amigo... Nisso vocês não pensam, né? KKKK'
      Obrigada pelo comentário, flô. Vou tentar não demorar, juro.

      Beijos, Laii.

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  4. PERFEITO! PERFEITO! PERFEITO! Minha mãe acabou (Be cruel to me), mas eu ainda tenho paai! AMO ESSA FIC! E nossa, esse capítulo foi genial! Adorei a dinãmica dele e o Jooosh! E já tô louca pela próxima att, esse triângulo Miles/Vic/Alex tá bom demaais!

    E siimm! Muito estranho essa conversa sobre a Alison. Bel e eu estamos de olho!

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    1. Anôn.
      Você não é uma criança orfã, viu? rsrs'
      Fiquem de olho na Alison, então. E se acharem algo suspeito me avisem, para mim ela é super fofa e linda u.u

      Beijos, Laii.

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  5. Finalmente, finalmente! Amei os dois juntos! E a parte da camisa lacoste...
    Meu deus, ansiosa pela reação da Vic ao ver o Miles!! Não demora tanto pra postar, por favor!! rs
    Beijos

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    1. Carol.
      Também estava louca para escrever a noite desses dois, por mim, isso teria acontecido há MUITO tempo, mas acho que não teria tanta graça.

      Beijos, Laii.

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  6. ahh que booom que vc ta aqui, ta demorando muito pra atualizar hein?!
    mas eu to gostando e finalmente , o que esperava desde o primeiro cap.. a vic se entregou por alex , mas pelo que eu to vendo ela vei fazer merda nehh?! aff esse miles tem que sumir , pra deixar os dois em paz , mas .. foi o melhor cap da fic! hahah
    NÃO DEMORA HEIN LAIRA!
    bjbj

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    1. Marii*
      Estou aqui, siiiim. Mil desculpas pela demora, tenho tentado fazer isso rapidinho, mas fiquei sem meu notebook semana passada. Mas já comecei a escrever o outro capítulo e vamos cruzar os dedos para eu conseguir postar em uma semana, mais ou menos.

      Beijos, Laii.

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  7. AHHHHHHHHHHHH! que tensão neste fim de capitulo! espero que a Vic nao estrague td!
    esperando ansiosamente pelo próximo! não demora por favbor!!!!!!
    bjo

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  8. MILES NAO FODE!
    Josh <333333
    PQP tô morrendo aqui, esse Alex todo fofo-sacana mds <333
    Continua LOGO,Laira plmdd! Eu só espero que essa Alison nao tenha dormido com o Alex, eu fui com a cara dela '-'
    E Miles, vai dar uma rolê de vassoura e deixa a Vic ser feliz, seu vadio e_e

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  9. Pra mim, Alison gosta do Alex ou já teve alguma coisa com ele (e fez aquilo pra foder com ele, por vingança) ou o Alex só deu carona pra ela e ela se ensinuou pra ele sl...mas que ela é mais falsa do que nota de três, ela é!
    Enfim, adoro essa atualização, porque eu fico imaginando a cara de merda do Miles quando viu a Vic no colo do Al. E a presença do Homme deixa a atmosfera da fic mais engraçada e paternal (afinal de contas, ele cuida Vic mas se tiver que cuidar do Al, ele também não se recusa #AMO!)
    Amo, sou, respiro a sua fanfic. xxxxxx

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